IV Domingo do Tempo Comum
Liberdade
Deut 18, 15-20 / Slm 94 (95), 1-2.6-9 / 1 Cor 7, 32-35 / Mc 1, 21-28
Após relatar a cura de um homem com espírito impuro, Marcos partilha connosco o que os judeus comentavam na sinagoga sobre Jesus. Eles afirmavam que Jesus falava com autoridade. O que quereriam dizer com isto? Certamente não confundem Jesus com um autoritário ou um «mandão», pois não é esse o estilo de Jesus.
Jesus fala com confiança, como quem sabe o que pode fazer. A autoridade de Jesus brota da sua relação com o Pai, no Espírito, de quem se sente, a cada passo, confirmado na sua missão.
Nem sempre anunciamos Jesus com a confiança de quem está mandatado para o fazer. Nem sempre confiamos na assistência do Espírito Santo, que nos ajudará a discernir o que dizer e o que fazer. Mas Jesus prometeu-nos que o Espírito viria em nosso auxílio nesses momentos.
A melhor forma de anunciar o Evangelho não é necessariamente falar muito de Jesus, mas sim viver, com simplicidade e honestidade, ao estilo de Cristo, com a coragem de quem é habitado pelo Espírito. O nosso testemunho torna-se fecundo quando acompanhado de uma vida em coerência, em que as palavras se refletem nas boas obras.
É desta vida no Espírito que brota a autoridade. É desta forma que podemos desmentir o «mundo» quando este nos tenta convencer a viver resignados com a mentira, a intriga, a inveja e a maledicência.
Nós, discípulos de Jesus, fomos chamados e enviados a anunciar a Boa Nova. Jesus não só nos chama, como nos envia a chamar outros, denunciando pelo caminho os muitos «espíritos impuros» que contaminam o mundo. Não falhemos à nossa vocação e sejamos, com outros, testemunhas da luz de Deus entre a humanidade.
Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa