Igreja: Papa Leão XIV comemora fiéis defuntos com Missa num cemitério em Roma
O Papa Leão XIV vai deslocar-se este Domingo, dia 2 de novembro, ao Cemitério de Verano, em Roma, para presidir à Missa na comemoração de todos os fiéis defuntos.

A Eucaristia tem início marcado para as 16h00 locais (menos uma em Lisboa) e segue uma tradição iniciada pelos últimos pontífices.
De acordo com o comunicado do Vicariato de Roma, esta celebração integra-se nas iniciativas promovidas pela diocese por ocasião desta celebração do calendário litúrgico.
Leão XIV referiu-se a esta comemoração na audiência geral desta semana: “A oração pelos nossos entes queridos lembra-nos que a nossa pátria está nos céus”.
“Que os esforços para obter os bens temporais, necessários na vida terrena, brotem sempre do amor e da fidelidade à verdade do Evangelho, que não passam porque têm a sua fonte no próprio Deus”, acrescentou.
A comemoração de todos os fiéis defuntos remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.
Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).
Dia de Todos os Santos
A Igreja Católica celebra a 1 de novembro a solenidade litúrgica de Todos os Santos, feriado nacional em Portugal, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente.
As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos quer no contexto feliz do tempo pascal, quer na semana a seguir.
No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de maio de 610, quando dedicou à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que passou a ser comemorada todos os anos.
A partir destes antecedentes, as diversas Igrejas começaram a solenizar em datas diferentes celebrações com conteúdo idêntico.
A data de 1 de novembro foi adotada em primeiro lugar na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno, tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), provavelmente a pedido do Papa Gregório IV (790-844).
Segundo a tradição, em Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.
Fonte: Ecclesia | Foto: Flickr