V Domingo do Tempo Comum

Em Deus posso confiar!

Is 6, 1-2a.3-8 / Slm 137 (138), 1-2a. 2bc-3.4-5.7c-8 / 1 Cor 15, 1-11 ou 1 Cor 15, 3-8.11 / Lc 5, 1-11

O profeta Isaías reconhece a grandeza de Deus, faz a experiência de ser chamado para uma missão e é convidado a cumpri-la. O Senhor concede-lhe o perdão e santifica-o (1.ª Leitura). A nossa fé baseia-se na Boa Nova da Ressurreição de Jesus. Ele está sempre vivo para interceder por nós. Ele envia-nos a anunciar a Boa Nova de que está sempre connosco (2.ª Leitura). Apesar da consciência de serem pecadores, Pedro e os Apóstolos – os de então e os de agora – confiam naquele que os convida a ser seus seguidores (Evangelho).

Como Isaías e como Simão Pedro, damo-nos conta da nossa fragilidade, da nossa inclinação para o mal e de como, por mais que nos esforcemos, não conseguimos mudar, converter-nos. É Deus quem toma a iniciativa de transformar os corações, porque é misericordioso e, apesar dos nossos erros, nos ama, ilimitadamente, como somos. N’Ele posso e devo confiar.

Não basta nem convence limitarmo-nos a ser canais que deixam passar o que transportam, sem conterem em si aquilo de que são transmissores. Temos de procurar ser conchas, recipientes que, bem repletos, derramem sobre os demais, como fonte inesgotável, a energia vital que deles transborda com abundância. Ninguém dá o que não tem, palavras não bastam. Alimentada pela oração, a fé impulsiona para a caridade e serviço em favor do próximo a quem somos enviados.

Com Deus podemos contar! Apesar dos fracassos, das desilusões, dos aparentes «becos sem saída», da falta de fervor na oração. De que precisamos? De confiar n’Ele, como Pedro, de nos apaixonarmos pela pessoa de Cristo, pelo seu exemplo, pela Palavra do Evangelho, até o nosso coração transbordar de fé e de amor agradecido ao Deus das surpresas.

Contar com Deus! Ele não falha, aguarda-nos, de braços abertos, quando se apodera de nós a saudade do seu amor de Pai de misericórdia. O Senhor convida-nos a, confiando n’Ele cegamente, sermos seus imitadores, «misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso». Uma vez mais: com Deus podemos contar! Ele não desiste de nós. Não desistamos de Deus!

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa | Foto: Flickr

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