Política: Governo apresenta orçamento ao país

Política: Governo apresenta orçamento ao país

O presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro apresenta esta quinta-feira, dia 14 de novembro, em Castelo Branco, uma iniciativa conjunta com o CDS-PP, de explicação e debate do Orçamento do Estado, com a participação de vários ministros, em todos os distritos do país.

A iniciativa, intitulada “Orçamento do Estado para 2025: Portugal no bom caminho”, termina a 22 de novembro.

“Esta é uma iniciativa conjunta entre o PSD e o CDS-PP, conta com a presença dos ministros de diferentes áreas governativas, cobre todos os distritos do continente e tem por objetivo a discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano”, refere um comunicado dos sociais-democratas.

Depois de Luís Montenegro, que marca presença num jantar em Castelo Branco, na sexta-feira, dia 15, a iniciativa conta com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em Aveiro, e do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, em Viana do Castelo.

No sábado, haverá sessões de esclarecimento no Porto, com o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, em Bragança, com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e em Braga com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

No Domingo, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, estará presente numa sessão em Torres Vedras, que representa a distrital Lisboa/Oeste no PSD.

O resto do programa será posteriormente divulgado.

A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada na generalidade a 31 de outubro com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e a abstenção do PS.

Os restantes partidos da oposição – Chega, IL, BE, PCP, Livre e PAN – votaram contra.

O PS já anunciou que se irá abster também na votação final global, marcada para 29 de novembro, assegurando a viabilização do primeiro Orçamento do Estado apresentado pelo executivo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro.

A discussão do Orçamento do Estado na especialidade na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) está a decorrer até sexta-feira, com audições de todos os ministros e de instituições e organismos como o Tribunal de Contas, o Conselho Económico e Social e o Conselho das Finanças Públicas.

O prazo para os partidos apresentarem propostas de alteração ao Orçamento do Estado termina igualmente na sexta-feira.

Segue-se depois, de 22 a 29 de novembro, a discussão na especialidade em plenário, de manhã, e votações na COFAP, de tarde, com o encerramento e a votação final global marcados para dia 29.

No cenário macroeconómico em que assenta a proposta de Orçamento para 2025, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 e que a taxa de inflação diminua para 2,6% neste ano e 2,3% no próximo.

O executivo pretende alcançar excedentes orçamentais de 0,4% neste ano e de 0,3% no próximo ano. Quanto ao rácio da dívida pública, estima a sua redução para 95,9% do PIB em 2024 e para 93,3% em 2025.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Concatedral celebra 438 anos

Miranda do Douro: Concatedral celebra 438 anos

A 16 de novembro, assinalam-se em Miranda do Douro, os 438 anos da dedicação da Concatedral, uma celebração anual que que pretende recordar a importância histórica e religiosa da cidade e evoca a consagração do antigo altar, ocorrida em 1586.

O aniversário da Dedicação da Concatedral vai celebrar-se com a Missa Solene, às 17h00.

De acordo com o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, esta efeméride histórica está relacionada com a elevação em 1545, da então vila de Miranda do Douro a cidade e sede de diocese, pelo que se tornou necessária a edificação de um novo templo.

A construção da Sé de Miranda, iniciou-se em 1552, por ordem do rei, D. João III e os trabalhos decorreram ao longo de quase cinquenta anos, tendo sido concluídos por volta de 1595.

O templo dedicado a Santa Maria Maior ou Nossa Senhora da Assunção manteve o estatuto de sé episcopal até 1780. No entanto, devido à condição da fronteira, a cidade de Miranda do Douro viu-se envolvida em vários conflitos e guerras. De 1710 a 1762, esteve mesmo sob o domínio espanhol, o que obrigou o bispo a mudar-se para Bragança.

Com esta mudança episcopal, a cidade de Miranda do Douro perdeu importância e a Sé de Miranda passou a ser designada por Concatedral.

Atualmente, este templo do século XVI continua a ser o local mais visitado na cidade de Miranda do Douro e gera grande devoção, não só a populaçáo local, como também nas populações vizinhas de Espanha.

HA

Segurança Social: Alerta para SMS fraudulento sobre dívida

Segurança Social: Alerta para SMS fraudulento sobre dívida

O Instituto da Segurança Social (ISS) alertou para uma nova tentativa de fraude por SMS, que está a circular sobre um suposto pedido de liquidação de dívida.

“Alerta-se para uma tentativa de fraude recebida por SMS”, lê-se numa nota publicada no site do Instituto da Segurança Social.

O instituto liderado por Octávio Félix de Oliveira adianta, que, na mensagem fraudulenta consta o seguinte texto: “Tem dívidas à Segurança Social sujeitas a cobrança a partir de 06-10-2024 pague ainda hoje e evite execuçao Ent: 11249 Ref: 550244103 Valor: 524,95 Eur”.

“Estas mensagens são fraudulentas e não são provenientes da Segurança Social, permitindo aos seus autores obter ilegitimamente valores decorrentes de supostas dívidas à Segurança Social”, avisa o organismo.

A Segurança Social lembra que “situação de dívida deverá ser sempre confirmada junto dos serviços da Segurança Social, através da Linha Segurança Social 210 545 400 ou 300 502 502, dias úteis, das 9h00 às 18h00”.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Dia diocesano da Juventude

Mogadouro: Dia diocesano da Juventude

Na diocese de Bragança-Miranda, o Dia da Juventude celebra-se no dia 23 de novembro, em Mogadouro.

A Jornada Mundial da Juventude, celebrada em cada Igreja particular, por ocasião da Solenidade de Cristo Rei, quer “ser a festa da fé, de missão, de peregrinação e de fraternidade universal, sendo também uma forte ocasião de discernimento vocacional”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

Mogadouro vai acolher esta iniciativa, que prepara já com “muito ânimo e esperança” porque quem “espera não se cansa”, “queremos contar com todas as realidades juvenis neste peregrinar da nossa diocese”, acrescenta.

PROGRAMA

08h30 – Check in – Convento de São Francisco

09h30 – Oração inicial – Convento de S. Francisco

10h00 – Partilha de grupos juvenis

10h30 – PEREGRINOS NA ESPERANÇA (Uma caminhada por vários pontos com dinâmicas, cultura e espaços de oração)

12h30 – Banda Filarmónica de Mogadouro – Convento de São Francisco

13h00 – Almoço – Cantina

14h00 – MISSIONÁRIOS DA ESPERANÇA (Ações missionárias em IPSS e pelas ruas de Mogadouro)

16h00 – Eucaristia de envio, na igreja matriz, presidida pelo bispo de Bragança, D. Nuno Almeida



Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Exposição de “Maçcarilhas i Bichas”

Miranda do Douro: Exposição de “Maçcarilhas i Bichas”

De 8 de novembro a 17 de janeiros de 2025, a Casa da Cultura, em Miranda do Douro, tem em exposição “Maçcarilhas i Bichas”, uma coleção de 35 máscaras em madeira, do artesão Carlos Ferreira, alusivas aos rituais solstícios de inverno, na Terra de Miranda.

Na inauguração da exposição, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que a data para apresentação desta coleção de máscaras foi escolhida numa altura em que se preparam as festas de solstício de inverno, na Terra de Miranda.

«No concelho de Miranda do Douro, o imaginário das máscaras também está presente nas festas do solstício de inverno que acontecem em São Pedro da Silva, com o “Velho e a Galdrapa”; em Constantim, “O Carocho e a Velha”, e no dia 1 de janeiro, em Vila Chã da Braciosa, festeja-se a “Festa do Menino”» – indicou a autarca.

Segundo o artesão, Carlos Ferreira, estas festas ou rituais atravessaram gerações, de sociedades medievais e camponesas, para se tornarem hoje elementos distintivos da cultura transmontana.

“Na região de Trás-os-Montes, a tradição das máscaras possui raízes profundas que remontam ao período neolítico e foram reforçadas pelas antigas sociedades agro-pastoris pré-romanas”, explicoiu.

Segundo o artesão, os rituais no concelho de Miranda do Douro estão relacionada com o solstício de inverno, evocando o culto ao deus Sol, à fecundidade e ao ciclo da natureza.

Fonte: Lusa e HA

Turismo: Rota gastronómica “Atravessando a Raia”

Turismo: Rota gastronómica “Atravessando a Raia”

No dia 8 de novembro, o salão nobre da Câmara Municipal de Miranda do Douro foi o local de apresentação do projeto transfronteiriço “Atravessando a Raia: Sabores da Fronteira”, uma iniciativa ibérica que decorre de 1 de novembro até 9 de dezembro e pretende promover turisticamente as regiões raianas através da gastronomia tradicional.

A iniciativa junta 40 restaurantes, de mais de 20 localidades raianas, onde são apresentadas 70 receitas que mostram a identidade gastronómica e cultural dos territórios fronteiriços, desde Miranda do Douro, passando por Almeida, no distrito da Guarda até às províncias espanholas de Zamora e Salamanca.

O projeto ibérico, em fase experimental, decorre aos fins de semana, de 1 de novembro até 9 de dezembro e pretende celebrar “a riqueza culinária” da raia.

Na apresentação da rota gastronómica, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril elencou os principais atrativos gastronómicos da Terra de Miranda, como são a Posta à Mirandesa, o Cordeiro de Raça Churra Mirandesa, o porco bísaro e a doçaria tradicional, com a Bola Doce Mirandesa.

“Este novo roteiro gastronómico tem como objetivo dar a conhecer a riqueza gastronómica e cultural de ambos os lados da fronteira e trazer mais turistas às regiões raianas, como Miranda do Douro”, precisou a autarca de Miranda do Douro.

Por sua vez, o vice-presidente do Turismo do Porto e Norte (TPN), Cancela Moura, acrescentou que o projeto visa promover o turismo através da gastronomia e do enoturismo e, desta forma, ajudar a combater a interioridade destas regiões de fronteira.

“Temos de aproveitar todas as sinergias da raia que são históricas e com identidade entre dois países ibéricos, sendo esta uma forma de nós estruturarmos um produto turístico de uma forma diferente, já que a gastronomia e o enoturismo estão em linha com a nova forma de fazer turismo, porque o turista já não procura apenas sol e praia, mas sim experiências e vivenciar as tradições de cada terra”, indicou.

De acordo com Cancela Moura, o turismo representa atualmente 11% do PIB mundial e a afluência de turistas à região de Trás-os-Montes também tem registado um crescimento.

“Trata-se de uma iniciativa que visa impulsionar o turismo, numa época do ano, o outono e inverno, em que há uma abrandamentos da afluência de turistas a estes territórios do interior”, justificou.

Do lado espanhol, o diretor-geral de Turismo da Junta de Castilha y León, Ángel Pierras, assinalou que esta proposta gastronómica combina o melhor de ambos os territórios raianos, oferecendo pratos tradicionais reinterpretados, com um toque contemporâneo do melhor da culinária fronteiriça, através de receitas que perduram no tempo através do saber de várias gerações.

“Cada restaurante aderente põe em destaque a autenticidade dos seus produtos, dando a conhecer a história e a cultural local através da gastronomia”, indicou.

A rota gastronómica “Atravessando a Raia: Sabores da Fronteira” é uma iniciativa conjunta do Turismo Porto e Norte, Turismo do Centro e da Junta Autónoma de Castela e Leão (Espanha).

A apresentação da rota gastronómica contou com a atuação do grupo luso-castelhano “Músicas da Raia”.

Fonte: Lusa e HA

Mogadouro: “Pare, Escute e Olhe – O Ramal Ferroviário do Sabor”

Mogadouro: “Pare, Escute e Olhe – O Ramal Ferroviário do Sabor”

O posto de turismo de Mogadouro acolhe até 5 de dezembro, a exposição “Olhe – O Ramal Ferroviário do Sabor” que reúne 11 propostas para “refuncionalizar e revitalizar” as antigas estações de comboio da linha ferroviária do Sabor.

“As propostas foram apresentadas através de 11 maquetes e outros documentos que foram, executados ao longo 14 meses de trabalho por alunos de arquitetura do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) do ano letivo 2022/23”, indicam em comunicado.

A mesma fonte dá conta de que “esta exposição e os trabalhos têm como objetivo sensibilizar a sociedade e as autoridades de gestão para o potencial destas estruturas abandonadas, que, enquadradas num programa de incentivos compatíveis com os interesses dos cidadãos e das administrações locais, poderiam voltar a ser um fator de desenvolvimento para a região e para o país”.

A Linha do Sabor foi concluída em maio de 1938 e ligava a estação do Pocinho [Linha do Douro] a Duas Igrejas, em Miranda do Douro, passando por Torre de Moncorvo e Mogadouro. A antiga linha ferroviária tinha uma extensão de 105 quilómetros e funcionou até janeiro de 1989. O serviço de passageiros terminou três anos antes, tendo ficado a linha dedicada apenas a serviço de mercadorias, estando agora ao abandono.

Fonte: Lusa | Fotos: MM

Douro Internacional: Projeto de educação ambiental “Miúdos pelo monte”

Douro Internacional: Projeto de educação ambiental “Miúdos pelo monte”

A Comissão de Cogestão Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) iniciou, em Miranda do Douro, a iniciativa “Miúdos pelo monte”, um projeto-piloto de educação e sensibilização ambiental destinado aos mais novos.

Esta iniciativa teve o seu início no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro e vai estender-se a mais três agrupamentos de escolas de outros tantos concelhos que integram a área protegida do PNDI, como Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.

Em declarações, o vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, explicou que este projeto-piloto é uma forma de os alunos conhecerem de perto a fauna e flora do PNDI .

“Esta é também um forma de dar a conhecer que nesta áreas protegida não há só restrições, mas também sensibilização ambiental num dos ecossistemas mais ricos da raia luso-espanhola”, vincou

Por outro lado, a Comissão Técnica da estrutura de cogestão desta área protegidas, presidida pelo autarca de Mogadouro, António Pimentel, indicou que este projeto tem por objetivo promover o conhecimento dos valores naturais e do território do PNDI e aumentar o interesse das crianças pela conservação e utilização sustentável da biodiversidade, bem como fomentar o sentido de pertença e de identidade em relação ao território.

Este projeto “será direcionado para os alunos do 4.º ano e de escolaridade e as atividades iniciam-se já neste mês dedicado à floresta autóctone, com o tema “Floresta na escola”, onde os alunos  vão descobrir o que é uma floresta e quais as árvores da sua terra”, vinca esta Comissão.

No segundo período letivo estes quatro municípios  vão procurar dar-se resposta a duas questões: Vivo num Parque Natural. Que aves voam nos nossos céus

No terceiro período, já com as temperaturas mais agradáveis, os alunos destes quatro concelhos serão convidados a descobrir a natureza e passar um dia no monte no território do PNDI, em convívio com os outros agrupamentos de escolas.

A iniciativa vai decorrer ao longo do ano letivo 2024/25 nos quatro municípios que integram o PNDI.

O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) é a segunda maior área protegida do país, onde estão inseridas 35 aldeias dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Figueira de Castelo Rodrigo, distrito da Guarda, numa extensão de 122 quilómetros, desde a barragem do Castro até à foz do rio Águeda.

Fonte: Lusa

Turismo: Governo prevê crescimento em 2025

Turismo: Governo prevê crescimento em 2025

Portugal deverá fechar o corrente ano com 27 mil milhões de euros de receitas turísticas e a perspectiva é de um crescimento de 9% no próximo ano, avançou o secretário de Estado do Turismo.

“À data de hoje sabemos que o país estima que vai atingir até ao final deste ano de 2024 qualquer coisa como 27 mil milhões de receitas [no turismo] e a perspetiva para 2025 é de crescer na ordem dos 9%”, referiu Pedro Machado.

O governante falava em Aveiro no painel de abertura de uma conferência dedicada à Estratégia de Turismo 2035, onde declarou que “Portugal não tem turistas a mais” e que a perspetiva é de continuar a crescer.

Esse crescimento, defendeu, comporta desafios e riscos que é preciso acautelar, ao nível da mão-de-obra, que é preciso qualificar, da transição digital das empresas e também da formação de imigrantes.

O envelhecimento, ou a pressão sobre os recursos, nomeadamente da água, são outras preocupações que apontou.

“Queremos ouvir também parceiros externos, nomeadamente os mais importantes ‘players’”, disse Pedro Machado, aludindo ao processo de construção da Estratégia de Turismo 2035, que está a ser desenvolvida com entidades públicas e privadas do “ecossistema” turístico.

Isabel Damasceno, que preside à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, ao intervir no painel, assumiu que o turismo “é um trunfo fundamental para o desenvolvimento e coesão territorial”.

No que toca aos fundos que vão estar disponíveis para apoiar o setor, Isabel Damasceno esclareceu que uma parte será alocada às comunidades intermunicipais, com apoios diferenciados cujo elemento agregador será a Entidade Regional de Turismo.

Coube ao presidente dessa Entidade a intervenção mais reivindicativa, ao reclamar uma distribuição mais equitativa dos fluxos turísticos gerados a partir dos aeroportos de Lisboa e do Porto.

“Somos a única região sem aeroporto e é preciso distribuir esses fluxos por todo o território”, reclamou Raul Almeida, referindo que a maior parte da centena de municípios do Centro se situa no interior.

Para o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, para contrariar “a grande litoralização” do turismo, deve ser feita a aposta na melhoria das acessibilidades, quer ferroviárias, quer mesmo rodoviárias, dando como exemplo não existir ainda uma autoestrada a ligar as cidades de Viseu e Coimbra.

Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, anfitrião da conferência referiu-se à evolução turística no seu município, “um destino único pela Cultura e condições territoriais”.

A esse propósito, referiu que a aposta como Capital Portuguesa da Cultura “é também uma operação de marketing territorial bem sucedida”, defendendo a importância da identidade, dos valores democráticos, da sustentabilidade e da tecnologia, como fatores de atração.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Tó: “A Feira de São Martinho é uma marca identitária da aldeia” – Ricardo Marcos

Tó: “A Feira de São Martinho é uma marca identitária da aldeia” – Ricardo Marcos

Nos dias 9 e 10 de novembro, a aldeia de Tó, no concelho de Mogadouro, foi o destino de muitas pessoas, naturais da localidade e outros visitantes, que quiseram participar na Feira de São Martinho, um certame que juntou a mostra de produtos locais, com uma variada animação cultural, em que os maiores destaques foram o magusto, as chegas de touros e a gastronomia.

A comunidade de Tó participou ativamente na organização e animação da Feira de São Martinho.

O presidente da freguesia de Tó, Ricardo Marcos, afirmou que a Feira de São Martinho pretende ser uma marca identitária da localidade. Para tal, o certame deste ano, a par da promoção dos produtos locais ofereceu um variado conjunto de atividades e tradições, como a matança do porco, o magusto e a prova de vinhos, as chegas de touros, as músicas dos gaiteiros, as danças dos pauliteiros e a gastronomia.

“A reinvenção da Feira de São Martinho também tem como propósito reforçar e criar laços de amizade com as muitas pessoas, que sendo naturais de Tó, vivem e trabalham noutras localidades do país e no estrangeiro. Com a sua vinda a esta feira anual, os nossos conterrâneos ajudam a combater o isolamento que a população vive ao longo do ano, reavivam-se tradições e dinamiza-se a economia local”, justificou.

Outro objetivo da feira é a promoção e comercialização de produtos. O certame deste ano, contou com 18 expositores, sendo que quatro eram produtores de Tó.

“O nosso objetivo é continuar a incentivar os produtores locais a participar na Feira de São Martinho. Pretendemos que o certame cresça, de ano para ano e para isso procuramos introduzir novas atividades, produtos e novidades na animação para que o certame não seja repetitivo e traga novos públicos”, adiantou.

Uma das novidades na Feira de São Martinho deste ano foi a oferta da imagem de São Martinho, à localidade, após a celebração da eucaristia. A imagem foi oferecida por Francisco Maria Calisto, antigo guarda-fiscal, natural de Tó.

“Dado que na aldeia existe esta tradição, da feira mensal de novembro coincidir com a festa de São Martinho achei que fazia sentido oferecer a imagem do Santo à localidade, para que o povo tenha a quem honrar. Dou os parabéns à freguesia de Tó, pela iniciativa em recuperar a antiga tradição desta feira e festa e que está a ser um verdadeiro sucesso, pela grande afluência de pessoas!”, disse

Outra novidade na feira de São Martinho deste ano, foi o espaço dos produtos “Origem Mogadouro”. Com a mostra destes produtos, o público teve a oportunidade de conhecer e degustar os queijos, o fumeiro, o mel, frutos secos, chocolates, pastas de figo, azeites aromatizados, entre outros produtos alimentares e artigos de artesanato.

Da localidade de Tó, Balbina Silva, participou na feira com a venda de figos secos, avelãs, nozes, amêndoas, castanhas, ervas aromáticas e azeite.

“Aceitei o convite da freguesia de Tó para mostrar e comercializar alguns dos produtos que aqui se produzem. Desde sempre a Feira de São Martinho, foi uma oportunidade de encontro e convívio entre as gentes de Tó, com pessoas vindas de localidades próximas como Vila d’Ala, Algosinho, Peredo de Bemposta, Ventozelo, Lamoso, Bemposta, Brunhosinho, Sanhoane, Variz e até de mais longe como Bruçó”, recordou.


Do lado dos visitantes, a senhora Esperança Brás, viajou 45 quilómetros desde a aldeia de Estevais, para visitar a feira de São Martinho, em Tó.

“As feiras continuam a ser uma das atividades que trazem gente às aldeias, que infelizmente estão muito despovoadas. Felicito a freguesia de Tó, pela organização deste certame, que contribui não só para o convívio social, mas é também um incentivo para que se continue a cultivar a terra e a comercializar produtos locais. Também gostaria de ver uma feira destas na minha aldeia de Estevais”, disse.

Integrada na feira franca mensal de 11 novembro, a Feira de São Martinho é uma iniciativa da freguesia de Tó, que conta com o apoio do município de Mogadouro.

HA