Espanha: Trás-os-Montes deu-se a conhecer em Valladolid

Espanha: Trás-os-Montes deu-se a conhecer em Valladolid

De 14 a 17 de novembro, os municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) participaram na INTUR – Feira Internacional de Turismo de Interior, que decorreu na cidade espanhola de Valladolid.




Ao longo de quatro dias, o evento que procura dinamizar o turismo em regiões de baixa densidade populacional, como Trás-os-Montes e a Comunidade Autónoma de Castela e Leão (Espanha) reuniu 1200 expositores.

Na feira participaram agências de viagens, operadores turísticos, alojamentos, associações, destinos de turismo cultural, transportes, turismo de congressos, turismo de natureza e turismo gastronómico e enoturístico.

O certame é considerado uma referência turística e teve como públicos-alvo os profissionais do setor e o público em geral.

Sobre a participação das Terras de Trás-os-Montes, os dirigentes transmontanos veem este evento como importante montra para a promoção do território, junto do vizinho mercado espanhol.

“A nossa centralidade ibérica faz com que as Terras de Trás-os-Montes despertem cada vez mais interesse nos turistas espanhóis, que procuram uma experiência diferenciadora, rica em tradição e em contacto direto com a natureza. Com a participação na INTUR, a região transmontana visa consolidar e expandir a sua notoriedade, promover as suas potencialidades turísticas e consequentemente fortalecer a presença no mercado espanhol”, justifica a CIM-TTM.

A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) compreende os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Na 27ª INTUR – Feira Internacional de Turismo do Interior, concelho de Miranda do Douro fez-se representar pelos Pauliteiros de Miranda, pelo Grupo Cultural e Recreativo Renascer das Tradições da Póvoa e pelos mascarados do solstício de inverno como a Festa do Menino de Vila Chã de Braciosa e o Velho e a Galdrapa de São Pedro da Silva.

No âmbito gastronómico, Miranda do Douro presenteou os visitantes com a degustação da Bola Doce Mirandesa, da Bola de Carne, do Fumeiro e dos Vinhos Regionais.

Por sua vez, em Valladolid, o concelho de Vimioso promoveu as Termas, o Parque Ibérico de Natureza e Aventura (PINTA) e a Feira de Artes, Ofícios e Sabores, agendada para os dias 6, 7 e 8 de dezembro.

Finalmente, o município de Mogadouro deu a provar aos visitantes espanhóis, os produtos “Origem Mogadouro” e apresentou alguns ícones da cultura local, como são as Máscaras e Rituais Ancestrais do concelho.

HA | Foto: Município de Mogadouro

Picote: Tradição “Ir a caminhos” aprofunda o espírito comunitário

Picote: Tradição “Ir a caminhos” aprofunda o espírito comunitário

Na aldeia de Picote, no concelho de Miranda do Douro, realizou-se a iniciativa “Ir a Caminhos”, uma tradição comunitária que consiste na limpeza e manutenção dos caminhos rurais, um trabalho que é feito duas vezes por ano e que simultaneamente promove o sentido de pertença entre os habitantes locais.

O presidente da freguesia de Picote, Jorge Lourenço, explicou que esta iniciativa é uma antiga tradição na localidade, que se realiza anualmente, nas épocas do São Martinho e depois no Carnaval.

“Duas vezes por ano, os picoteses reúnem-se para resolver alguns problemas da comunidade, como é a manutenção e abertura de caminhos rurais, outrora muito utilizados nas atividades agrícolas”, explicou.

Apesar da decrescente participação da população por causa do envelhecimento e o despovoamento, no sábado, dia 9 de novembro, a iniciativa “Ir a Caminhos” reuniu uma dúzia de pessoas, que melhoraram quatro caminhos rurais na freguesia.

Segundo Jorge Lourenço, se é verdade que este trabalho é da competência das freguesias, as autarquias não conseguem dar resposta a todos os problemas, pelo que precisam da participação da população local.

«A iniciativa “Ir a caminhos” é um bom exemplo da importância da participação cívica das pessoas no governo da freguesia e é uma forma de desenvolver o espírito de cidadania”, sublinhou.

Em Picote, o trabalho de manutenção dos caminhos rurais, proporciona também o convívio e a confraternização entre todos os participantes e a comunidade em geral.

“Na realização deste trabalho comunitário, destaco também o contributo daquelas pessoas, que pelo avançar da idade e/ou a doença, não podem participar nos trabalhos físicos, mas que ainda assim contribuíram com donativos para ajudar a pagar as despesas das máquinas e tratores”, disse.

Em Picote, o melhoramento dos caminhos rurais beneficia não só os agricultores, mas também os turistas que regularmente visitam a localidade e que tem como principais sítios de interesse turístico, o miradouro da Fraga do Puio, o Museu Terra Mater e a capela de Santo Cristo.

HA | Fotos: Freguesia de Picote

Espanha: Alunos podem concorrer às universidades espanholas

Espanha: Alunos podem concorrer às universidades espanholas

O acordo foi assinado entre os governos de Portugal e de Espanha e permite que os alunos portugueses e espanhóis, de 57 escolas nas zonas de fronteiras, vão poder concorrer livremente às instituições de ensino superior de ambos os países.

O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Alexandre, que considerou que este “é um passo inicial” para uma “união ibérica”.

“Neste momento, que nós temos na Europa, são espaços de ensino superior nacionais, em que, quem estuda num país, fundamentalmente candidata-se a universidades desse país e depois tem reconhecidas as qualificações que obtém nesse país também apenas nesse país”, descreveu.

Fernando Alexandre defendeu um “espaço europeu de ensino superior”, com o qual “a Europa possa atingir o mesmo nível de competitividade dos Estados Unidos (EUA), que são, de facto, um país onde o talento circula livremente e na Europa ainda não é assim”.

Fonte: RR

Espanha: Cultura e património aproximam portugueses e espanhóis

Espanha: Cultura e património aproximam portugueses e espanhóis

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) pretende reforçar a cooperação transfronteiriça com a Comunidade Autónoma de Castela e Leão (Espanha), no âmbito do património e da cultura, eixos considerados estratégicos para o desenvolvimento de ambas as regiões.

No certame “AR-PA” que decorreu em Valladolid (Espanha), o vice-presidente da CCDR-N, Jorge Sobrado, explicou que o património cultural e a cultura são eixos estratégicos de desenvolvimento e cooperação transfronteiriça.

“Com Castela e Leão não é possível falar de cooperação sem colocar no centro da agenda das relações [bilaterais] o património cultural, o património natural ou a cultura entendida como setor criativo ou do turismo cultural”, indicou o responsável pelas áreas da Cultura e Património, dentro da CCDR-N.

Jorge Sobrado acrescentou que, com esta forte presença na AR-PA – que reúne seis parceiros, desde o Porto a Vila Nova de Foz Côa (Guarda), passando por Miranda do Douro e o território do Baixo Sabor, dá-se um sinal de compromisso regional no estreitamento das relações culturais e patrimoniais com Castela e Leão.

“Há laços históricos e centenários, milenares, mesmo, entre o Norte de Portugal e Castela e Leão que são hoje verificáveis e experienciados em património, como, a título de exemplo, {as rotas] do românico e o património romano, [cujos] elementos territoriais devem ser explorados de forma conjunta”, explicou o responsável.

Neste contexto, Sobrado disse que nesta edição da AR-PA, haverá oportunidade “para dar mais um passo no sentido do diálogo e na aposta” a “desenvolver, como é caso do património romano de Três Minas [Pouca de Aguiar] com Las Médulas [Castela]”.

“Esta cooperação abre as portas ao complexo mineiro de Três Minas beneficiar do ‘selo’ da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [UNESCO], como já foi atribuído a Las Medulas. É esta cooperação que permitirá a extensão dessa classificação a Três Minas, abrindo as portas deste património nortenho à sua internacionalização, mas também, a um processo conjunto de valorização, investigação ou de marketing territorial”, destacou Jorge Sobrado.

Trata-se assim de um processo conjunto de aprendizagem, experiência e de caminho feito com Las Medulas, sublinhou.

O vice-presidente da CCDR-N para o Cultura e Património destacou ainda a cooperação da província espanhola de Zamora com a região Norte de Portugal para a articulação das rotas do românico.

Do lado da Junta de Castela e Leão, o diretor-geral do Património Cultural, Juan Carlos Prieto, adiantou que é preciso contar com fundos do programa transfronteiriço INTERREG para reforçar toda esta cooperação entre o Norte de Portugal e região raiana com Espanha.

“Não podemos desenvolver projetos culturais e patrimoniais em separado e terão de ser explorados conjuntamente, entre Espanha e Portugal, e tudo isto num só projeto comum”, vincou o responsável castelhano.

Para Juan Carlos Prieto o património cultural de Portugal e Espanha é único e é ibérico.

Fonte: Lusa

Solidariedade: Campanha «10 Milhões de Estrelas»

Solidariedade: Campanha «10 Milhões de Estrelas»

No Dia Mundial dos Pobres, assinalado a 17 de novembro, a Cáritas Portuguesa deu início à campanha solidária de Natal «10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz».

“Esta campanha não é uma campanha de distribuição de alimentos, é uma campanha de chamada de atenção. Se conseguirmos convocar as pessoas para a situação de precariedade dos seus vizinhos, já é bastante importante”, disse a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas.

O lançamento da campanha «10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz decorreu em Santarém, no Convento de São Francisco, com uma mesa redonda dedicada ao tema ‘Construção da PAZ – um contributo’.

A iniciativa conta também com uma caminhada, um momento artístico (bailado) e um manifesto sobre a paz.

“‘Dez milhões de estrelas’, eu gosto muito desta campanha porque é referência aos dez milhões de portugueses, já não são dez milhões, mas pronto… é referência que cada um de nós pode ser a estrela na vida de alguém. E, às vezes, não é com muito, é mesmo com proximidade e com pouco”, contou Rita Valadas.

A Cáritas Portuguesa convida os portugueses a participarem nesta iniciativa que é universal, através da compra de uma “vela estrela” de cor branca ou vermelha, disponível por apenas 2 euros.

Dos valores recolhidos, 65% destinam-se a financiar ações de impacto social em Portugal, enquanto os restantes 35% suportam o Fundo Lusófono Laudato Si, que financia projetos de Ecologia Integral nos países de língua oficial portuguesa.

“Por isso, o desafio é que esta campanha, naturalmente, nos dê condições para chegar o mais perto possível das pessoas que precisam e também com uma percentagem para algumas comunidades que nós também apoiamos, que são as comunidades ‘Laudato Si’, dos países de expressão portuguesa”, acrescentou a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, na entrevista conjunta Ecclesia/Renascença.

As velas estão disponíveis do site da Cáritas Portuguesa, nas 20 cáritas diocesanas, paróquias, lojas ‘Pingo Doce’ e farmácias aderentes.

A campanha ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’ nasceu em França, numa diocese, em 1984, com dois objetivos – sensibilizar para os valores da paz como vivência cristã do Natal e a ajuda financeira para uma causa concreta num país em dificuldades –, em 1991, transformou-se numa campanha da Cáritas Francesa (Secours Catholique), e estendeu-se à Europa em 2002.

Em Portugal, surge em 2003 e desde esse ano apoiou diversos projetos em Portugal, através da ação da rede nacional Cáritas, mas, também projetos de emergência nacional e de emergência internacional.

Fonte: Ecclesia

Tudo passa, só Deus permanece

XXXIII Domingo do Tempo Comum / Dia Mundial dos Pobres

Tudo passa, só Deus permanece

Dan 12, 1-3 / Slm 15 (16), 5.8-11 / Hebr 10, 11-14.18 / Mc 13, 24-32

As passagens apocalípticas do Evangelho fazem-nos estremecer. Talvez porque o quadro nos pareça sempre tão assustador que nem reconhecemos a esperança que as acompanha. No Evangelho de hoje, Jesus fala-nos do fim dos tempos, de como os astros deixarão de brilhar e as trevas cairão sobre a terra, para em seguida afirmar que é então que Ele virá sobre as nuvens, na sua glória. Ele diz-nos que vem e que traz a luz com Ele.

O Senhor não deixará que o cosmos simplesmente se dilua no nada. Ele virá ao encontro dos seus escolhidos. É esta a história do nosso Deus, que vem sempre até nós na necessidade. Ele tenta consolar-nos e apela a que tenhamos confiança no seu auxílio e presença salvífica. A nós, cabe-nos estar atentos aos sinais.

Para aprender a reconhecer os sinais de que o Senhor está perto, Cristo conta-nos a parábola da figueira. Quais são os sinais da sua proximidade? Não os cataclismos em si, mas a iminência do fruto. Tal como quando olhamos uma figueira, ao ver que «os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o verão está próximo», também ao ver estes prodígios e sinais podemos confiar que o Senhor se aproxima.

Estas passagens apocalípticas não são fáceis de interpretar. É compreensível que fiquemos pelo estrondoso e ameaçador. Mas estas passagens são, como diz Adrien Candiard, no seu livro «Algumas palavras antes do Apocalipse», aquelas que mais luz trazem aos tempos da desesperança. É através delas que o Senhor pretende confortar-nos no seio das tribulações, começando realisticamente por não negar o mal que podemos presenciar, mas apontando desde logo para a bonança que já se entrevê entre as nuvens.

Neste final do Tempo Comum, nestes dias em que a liturgia nos vai recordando o final dos tempos, olhemos além da catástrofe e coloquemos a nossa atenção no que Jesus verdadeiramente nos quer dizer: que podemos contar com Ele, que Ele estará connosco e que quando parecer que nada mais há a esperar, é então que Ele virá, entre nuvens, em toda a sua glória.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Alcobaça: Monjas Trapistas mostram a doçaria conventual

Alcobaça: Monjas Trapistas mostram a doçaria conventual

As Monjas Trapistas do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, estão a participar na 26ª Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais, que decorre de 14 a 17 de novembro, no Mosteiro de Alcobaça, no distrito de Leiria.

As monjas trapistas de Palaçoulo integram os cerca de 40 expositores presentes na Mostra de Doces e Licores Conventuais, sendo uma oportunidade para divulgarem a sua doçaria conventual.

Entre os doces fabricados pelas monjas de Palaçoulo, destacam-se os rabiscos de amêndoas, torroncinhos vestidos, ‘amaretti’ tenros, amêndoas vestidas, amêndoas pimentinhas, amêndoas salgadas, pãozinho do peregrino, trancinhas e ‘torrones’.

Na 26ª Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais participam também as comunidades das Monjas Cistercienses de Rio Caldo, do Santíssimo Sacramento do Mosteiro do Louriçal, do Mosteiro de Bande (Paços de Ferreira) de São Bento de Singeverga (Santo Tirso), o Mosteiro Cisterciense de Boa Vista (Brasil) e a Abadia de Herkenrode (Bélgica). com chocolate e cerveja.

No certame há centenas de iguarias, como as Cornucópias, Pão de Ló de Alfeizerão, Licor de Ginja de Alcobaça, Pastéis de Santa Clara de Coimbra, Brisas do Liz de Leiria, Licor de Singeverga de Santo Tirso, D. Rodrigo de Portimão, Pão de Rala do Alentejo, Trouxas do Mondego de Tentúgal, Pudim Abade de Priscos de Braga, Ovos Moles de Aveiro, cerveja e chocolate belga.

Desde 1999, a Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais mantém o legado dos monges e monjas cistercienses.

A 26ª edição realiza-se no Mosteiro de Alcobaça, considerado património da UNESCO, com um programa que inclui showcooking, concertos, atividades e exposições.

HA

Migrações: Portugal é o principal destino de imigração de sete países

Migrações: Portugal é o principal destino de imigração de sete países

Portugal está entre os principais destinos de imigração de sete países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), entre os quais o Brasil, Reino Unido, Itália, Índia, Cabo Verde, Angola e França.

Os principais destinos da emigração portuguesa são a Suíça, Países Baixos, Bélgica, Itália, Espanha e França, segundo o relatório de 2024, sobre Migração Internacional, no qual a OCDE analisa os dados da imigração de cada país-membro.

O relatório faz uma análise cruzada das migrações dos 38 países-membros da organização.

Em Portugal, no que diz respeito à população nascida fora do país, além dos países lusófonos, com Brasil e Angola no topo da lista – com 271,3 mil pessoas e 157 mil, respetivamente), destaca-se a França, com 103,3 mil, um país onde existem muitos lusodescendentes.

No que diz respeito às nacionalidades estrangeiras, em Portugal, o Brasil segue destacado, com 226,9 mil pessoas, seguindo-se o Reino Unido (44,6 mil) Itália (22,8 mil), Índia (33,6 mil) Cabo verde (32,7 mil) Angola (29,8 mil) e França (27,1 mil).

De acordo com os dados oficiais, Portugal tem 10,8% da população nascida no estrangeiro, em linha com a média da OCDE, que é de 11%.

No que diz respeito à taxa de desemprego, entre os portugueses é de 6,3% (acima da média da OCDE, 5,2%) e entre os estrangeiros é de 8,3% (um ponto percentual acima da OCDE).

Em 2023, o número de primeiros requerentes de asilo aumentou 31%, atingindo cerca de 2.600. Das 440 decisões tomadas em 2023, 71% foram positivas.

Refletindo a situação internacional, países como a Venezuela, Índia, Gâmbia, Afeganistão, Israel ou Argélia que não tinham pedidos de asilo em 2012 ou 2013 passaram a estar entre as 15 nacionalidades que mais requereram este tipo de proteção em 2022.

No que diz respeito à emigração de portugueses para países da OCDE, houve um aumento de 15% em 2022, para 59.000, com cerca de um quinto (19%) a optarem por Espanha, seguindo-se França (17%) e Suíça (16%).

No relatório, a OCDE destaca a criação em 2023 da Agência para a Integração, a Migração e o Asilo (AIMA) e “os esforços para aumentar a digitalização dos processos”, as “alterações às regras do programa de residência por investimento (Golden Visa)”, o novo Plano de Ação para a Migrações, o acordo de mobilidade dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Fonte: Lusa

Saúde: 900 mil portugueses são diabéticos

Saúde: 900 mil portugueses são diabéticos

Em 2023, cerca de 75 mil pessoas foram diagnosticadas com diabetes, elevando para mais de 900 mil o total de diabéticos registados nos cuidados de saúde primários, o valor mais elevado de sempre em Portugal.

Os dados constam do relatório de 2024 do Programa Nacional para a Diabetes (PND) da Direção-Geral da Saúde (DGS) e que indica que em 2023 foram registados 75.661 novos diagnósticos da doença, em Portugal continental.

“Em Portugal, em dezembro de 2023, estavam registadas mais de 900 mil pessoas com diagnóstico de diabetes nos cuidados de saúde primários, correspondendo a cerca de 8,6% do total de utentes inscritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o valor mais elevado de sempre”, salienta o documento.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) alerta que se mantém a tendência crescente verificada nos últimos anos e estima que, tendo em conta o elevado número de pessoas que desconhecem o seu diagnóstico, deverão existir mais de um milhão de portugueses com diabetes.

“O que é preocupante é que temos muitas pessoas identificadas, muitas pessoas em risco e isso faz prever que, nos próximos anos, possivelmente estes números vão continuar a aumentar”, adiantou a diretora do Programa Nacional para a Diabetes (PND).

Em causa está uma doença com “custos muito elevados”, uma vez que se estima que cerca de 12% do orçamento da saúde esteja relacionado com a diabetes, referiu Sónia do Vale, ao salientar que em Portugal “ainda falta fazer uma aposta na prevenção”, uma vez que é mais barato prevenir do que tratar a doença.

A despesa total com antidiabéticos estabilizou em 2023 – 494 milhões de euros em 2022 e 493 milhões de euros em 2023 -, após aumentos acentuados nos anos anteriores, adianta o documento.

O relatório indica também que em 2022 verificaram-se 254.516 admissões hospitalares de pessoas com diagnóstico de diabetes, sendo que em 21,1% dos casos a doença constituiu o diagnóstico principal, com uma duração média de internamento de 10 dias, superior à média geral dos internamentos no SNS que foi de 8,6 dias.

Nesse ano, a diabetes foi responsável por 3.727 mortes, correspondendo a 3% dos óbitos em Portugal, dos quais 9,4% ocorreram em pessoas com menos de 70 anos.

“Em 2022, a diabetes foi responsável por 2.838 anos potenciais de vida perdidos abaixo dos 70 anos, com uma média de 8,1 anos de vida perdidos por cada óbito ocorrido abaixo dessa idade”, alerta ainda o relatório.

De acordo com o documento, os novos casos de diabetes registados em 2023 tiveram uma cobertura elevada no acesso a cuidados de saúde em termos de vigilância médica e de enfermagem e estima-se que entre 35.000 e 40.000 pessoas em Portugal tenham diabetes tipo 1.

Em 2021 e 2023, nos cuidados de saúde primários foram identificados cerca de 3,4 milhões de utentes com pelo menos uma avaliação de risco de diabetes tipo 2, correspondendo globalmente a 55% da população alvo, dos quais mais de um milhão (31,9%) com risco moderado, alto ou muito alto.

Esses números permitem também dizer que mais de metade da população alvo está rastreada, realçou a diretora do PND, que elencou a obesidade, mas também o sedentarismo e o envelhecimento da população, como as causas para a elevada prevalência da doença em Portugal.

“Se conseguíssemos prevenir a obesidade, iríamos prevenir a maior parte dos casos de diabetes”, referiu Sónia da Vale.

Quanto ao rastreio das complicações da diabetes, em 2023 já foram alcançados os valores de pré-pandemia, no entanto, no caso da retinopatia diabética a taxa de cobertura populacional não ultrapassou os 51% e a taxa de rastreio populacional foi de 32%.

Para 2025-2027, o PND propõe um plano de ação para reduzir o desenvolvimento da diabetes em pessoas em risco, aumentar o número de diagnósticos precoces e reduzir a morbilidade e mortalidade por diabetes.

Sónia do Vale adiantou que foi delineado um programa para prevenção baseado nos cuidados de saúde primários, mas defendeu a necessidade de “dar o salto” para envolver também a comunidade e as autarquias, no sentido de apoiarem programas de prevenção e controlo da diabetes.

Já em relação aos programas para quem está com risco elevado, os “cuidados de saúde primários são muito importantes e, portanto, era importante reforçar as equipas e a ideia de que a educação terapêutica faz parte da atividade das unidades”, preconizou a diretora do PND.

Fonte: Lusa

Cultura: Sábado “Há Magusto no Naso”

Cultura: Sábado “Há Magusto no Naso”

O Santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa, acolhe no sábado, dia 16 de novembro, o tradicional magusto, uma iniciativa da Comissão de Festas com a finalidade de preservar a tradição, promover o convívio e angariar dinheiro para a festa do próximo ano.

Aquilino Ginjo, da Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora do Naso 2023/2025, indicou que o “Magusto no Naso” inicia-se a partir das 16h30, sendo que as inscrições são feitas no local e o valor a doar é livre.

“O magusto é sobretudo um momento de convívio, que inclui um misto de carnes, castanhas assadas, vinho novo e jeropiga. Dado que é uma atividade que tem como propósito angariar receita para a festa do próximo ano, convidamos todos a virem até ao santuário no Naso e a participarem no magusto”, disse.

A cada triénio, a festa em honra de Nossa Senhora do Naso é organizada por casais da aldeia da Póvoa, que assumem a missão de trabalhar ao longo do ano, na organização da festa em honra de Nossa Senhora do Naso.

“Durante o ano trabalhamos no bar da confraria, na loja de artigos religiosos e na organização de várias atividades como o magusto de São Martinho, a festa de São João Baptista e os jantares convívio mensais, com o objetivo de juntar dinheiro para a festa que decorre nos dias 6, 7 e 8 de setembro”, explicou.

A festa deste ano contou com a visita do bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, que presidiu à missa campal, uma celebração que juntou milhares de portugueses e espanhóis no santuário mariano do Naso.

HA