Vimioso: Obras no tribunal arrastam-se há mais de um ano

Vimioso: Obras no tribunal arrastam-se há mais de um ano

No passado dia 18 de outubro completou-se um ano desde o início das obras de reabilitação do Tribunal Judicial de Vimioso, uma empreitada que deveria ter sido concluída em 150 dias e cujo atraso tem provocado o adiamento de audiências e muitos sacrifícios às oficiais de justiça que aí trabalham.

O administrador judiciário da Comarca de Bragança, António Falcão, afirmou que a obra já devia estar terminada e por isso tem sido reclamada maior celeridade à empresa adjudicante da obra, a Bernardo Pinto Duarte & Marques, Lda..

“Recentemente, com a chegada da chuva houve uma infiltração de água na sala de audiências do Tribunal Judicial de Vimioso, o que levou à suspensão de várias audiências. A par disso, estão a trabalhar no tribunal duas oficiais de justiça, que nestas condições se deparam com muitos sacrifícios”, reclamou.

Recorde-se que o prazo estipulado para a conclusão da obras era de 150 dias, ou seja, seis meses. A reabilitação do edifício contempla o reboco das fachadas exteriores, a cobertura, a substituição da instalação elétrica, a remodelação da sala de audiências, a implementação de um sistema de climatização AVAC e uma rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida.

O concurso de empreitada de obras de reabilitação do Palácio da Justiça de Vimioso foi lançado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, I. P. , adjudicado à empresa Bernardo Pinto Duarte & Marques, Lda., tendo um um custo total de 491.850,35€.

Em 2017, o município de Vimioso alertou o ministério da Justiça, para o estado de degradação do edifício e a falta de condições de trabalho.

“A sala de audiências não dispõe de iluminação suficiente, nem tão pouco de sistema de climatização. Por outro lado, a secretaria, onde trabalham duas oficiais de justiça, não apresenta condições de conforto para quem aí trabalha, nem para os cidadãos. Chove lá dentro e de um modo geral, o edifício está em mau estado de conservação”, alertou o presidente do município de Vimioso, António Santos.

HA

Igreja: Símbolos da JMJ entregues a Seul

Igreja: Símbolos da JMJ entregues a Seul

Cerca de uma centena de jovens portugueses entregaram os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a Seul, capital da Coreia do Sul, que vai receber o próximo encontro de jovens da Igreja Católica, em 2027.

A entrega dos símbolos – cruz peregrina e ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – encerrou formalmente a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, com a delegação portuguesa a congregar cerca de uma centena de pessoas, “entre jovens e outros responsáveis da organização” da JMJ.

Integrados na comitiva estiveram o cardeal Américo Aguiar, principal rosto da organização da JMJ de 2023, o bispo auxiliar de Lisboa Alexandre Palma, novo presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, o patriarca de Lisboa, Rui Valério, e o bispo de Bragança-Miranda, Nuno Almeida, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (órgão da Conferência Episcopal Portuguesa que coordena a pastoral juvenil nacional).

A cerimónia de passagem dos símbolos decorreu no final da missa presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde o sumo pontífice apelou aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais.

Lisboa recebeu a edição de 2023 da JMJ, entre os dias 01 e 6 de agosto, com as principais cerimónias a terem como palco o Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, bem como o Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Estima-se que cerca de 1,5 milhões de jovens de todo o mundo participaram na JMJ realizada em Portugal.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).


Fonte: Lusa | Foto: Ecclesia

Agricultura: Governo anuncia aumento nos apoios aos jovens agricultores

Agricultura: Governo anuncia aumento nos apoios aos jovens agricultores

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, anunciou um “aumento brutal” no apoio aos jovens agricultores, esperando que a medida do Governo encoraje os jovens a dedicarem-se à agricultura.

“Vamos fazer um aumento brutal no apoio aos jovens agricultores”, disse o governante à margem da cerimónia dos 75 anos da União de Cooperativas Agros, em Vila do Conde, distrito do Porto, onde foi debatido o problema geracional do setor.

Segundo o governante, a nova tabela de apoios vai duplicar as verbas de auxílio já existentes, estando também a ser negociadas linhas de financiamento com taxas de juros reduzidas para os projetos de jovens agricultores.

“Um jovem agricultor que esteja em exclusividade terá 55 mil euros de prémio de instalação e se estiver numa zona vulnerável o prémio será 55 mil. Além disso, os projetos de investimento podem ter um apoio até aos 400 mil euros, sendo que um projeto de 500 mil euros terá um apoio de 60% e um superior a 500 mil euros terá 50% de apoio”, explicou o ministro.

José Manuel Fernandes vincou que é “muito importante para o país incentivar os jovens a instalar os seus projetos agrícolas”, divulgando a existência de negociações com “Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento, para concessão de empréstimos a taxas de juros muito reduzidas”.

Ainda no âmbito dos apoios europeus, o ministro da Agricultura disse esperar autorização para aceder a um fundo de apoio comunitário para mitigar os prejuízos que a tempestade ‘Kirk’ causou, em outubro, em várias explorações do norte e centro do país, nomeadamente nos distrito de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro.

“Já pedimos o levantamento dos prejuízos e esperamos que um regulamento europeu dê flexibilidade para a utilização do FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural) nesta situação”, disse.

José Manuel Fernandes acredita que a situação possa estar desbloqueada “ainda este mês, ou o mais tardar no próximo”, lembrando a condição de que tenha acontecido “um prejuízo superior a 30% por parcela”.

“Em muitos casos isso aplica-se, até pela quantidade de milho que caiu”, completou.

Aludindo a estes fenómenos climáticos extremos, o ministro da Agricultura reiterou a necessidade de os produtores estarem protegidos por seguros.

“O Estado já ajuda em 15 a 20 milhões [de euros] por ano na contratação de seguros, mas é importante que os agricultores os façam. Vamos ter, cada vez mais, fenómenos climáticos extremos e temos de ter seguros acessíveis e com eficácia”, analisou.

Para isso, o governante disse que é preciso também um trabalho junto da União Europeia para a existência “de garantia europeia de seguros”.

“Não é justo que alguns países de Estados-membros tenham acesso a seguros mais baratos”, completou.

Fonte: Lusa

Ensino: Ciências da Computação pode entrar no ensino obrigatório em 2025

Ensino: Ciências da Computação pode entrar no ensino obrigatório em 2025

As Ciências da Computação poderão integrar no próximo ano letivo o ensino obrigatório em Portugal, cumpridos cinco anos de testes em 24 escolas nacionais, avançou o presidente da Associação para o Ensino da Computação (ENSICO).

Segundo Luís Neves, desde 2020 que a associação desenvolve conteúdos, pilotos, avaliadores de impacto, ações de formação, parcerias académicas e empresariais para, num horizonte de cinco anos, até 2025, o seu programa de ensino da computação integre o ensino obrigatório, abrindo aos alunos das escolas públicas ou privadas, a possibilidade de aprender Ciências da Computação.

A ideia é que “a computação seja ensinada nas escolas ao longo dos 12 anos de escolaridade”, precisou o também fundador da associação, enfatizando que desde 2020 estão “a trabalhar para testar esse programa nas escolas”.

Sobre a metodologia, disse, passa por introduzir “conteúdos, as matérias que são dadas em cada aula e que vai progredindo de acordo com o programa que estão a desenvolver para os vários anos de escolaridade”.

Em informática, a computação consiste no tratamento de dados, de informação, através de um computador.

“Nos dois primeiros anos nem sequer usámos computador”, disse sobre o projeto que abrange atualmente sete mil alunos de 24 escolas dos concelhos de Arcos de Valdevez, Bragança, Gondomar, Vila do Conde, Mirandela, Monção, São João da Pesqueira e Cascais, lê-se no comunicado.

“Estamos a fazer isto envolvendo os professores das escolas, quer sejam do I Ciclo quer sejam os que depois dão os II e III ciclos e secundário, a maioria deles de matemática”, informou Luís Neves.

Paralelamente à implementação do programa no terreno, a associação, revelou o responsável, tem debatido a sua aplicação com o Ministério da Educação.

“As reuniões com a tutela têm evoluído bem, temos informado todos os governos, desde 2020, e já estamos em discussões com o atual Ministério da Educação e estamos muito esperançados, achamos mesmo que vamos atingir o objetivo de a partir de 2025 começar a trabalhar à escala nacional”, acrescentou o presidente da associação sediada no Porto.

E prosseguiu: “já estamos a preparar o arranque à escala nacional no próximo ano letivo, queremos que seja o maior possível, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores”.

Ressalvando que o sucesso da implementação do programa “vai depender da autonomia das escolas”, a associação aponta para, no “espaço de 10 anos, chegar a todos os alunos até ao 9.º ano e, depois, aos dos secundário”.

Segundo Luís Neves, 2.500 dos sete mil alunos envolvidos no projeto recebem apoio direto da NOS, uma parceria denominada Projeto Zer01, frisou, que permitiu à ENSICO “chegar a zonas mais desfavorecidas do país (…) e a agrupamentos e regiões com escolas com poucos alunos e com casos em que, uma parte deles, têm de fazer deslocações grandes para ir às aulas”

Fonte: Lusa

Vimioso: Caixa de Crédito Agrícola totalmente remodelada

Vimioso: Caixa de Crédito Agrícola totalmente remodelada

No dia 22 de novembro, o Grupo Crédito Agrícola reabriu a sua agência em Vimioso, após a remodelação e modernização do espaço, obras que vieram melhorar o atendimento aos clientes e associados, além de modernizar a imagem da agência.

O coordenador da agência de Vimioso, José Nuno Martins Pimentel indicou que o Grupo Crédito Agrícola está a remodelar as agências em todo o território nacional e neste âmbito decidiu remodelar totalmente o espaço em Vimioso.

“A agência de Vimioso tem 33 anos de atividade e as obras de remodelação visam proporcionar aos nossos clientes um espaço mais moderno e confortável”, justificou o coordenador.

Entre os vários serviços prestados pela Caixa de Crédito Agrícola de Vimioso destacam-se os créditos, depósitos, ATM e seguros.

A agência de Vimioso faz parte da Caixa Crédito Agrícola Douro e Sabor, que compreende as quatro agências de Miranda do Douro, Sendim, Palaçoulo e Mogadouro e serve cerca de 40 mil clientes.

Entre janeiro e setembro deste ano, o Crédito Agrícola teve lucros de 347,1 milhões de euros, mais 54,7% do que no mesmo período do ano passado.

O Crédito Agrícola assume também como missão o compromisso social, com projectos como o Prémio O Melhor Aluno, apoio a IPSS’s, escolas, iniciativas culturais, reflorestação e várias actividades desportivas.

A origem histórica das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo está associada às Santas Casas da Misericórdia – fundadas em 1498 sob a égide da Rainha D. Leonor e de Frei Miguel Contreiras – bem como nos Celeiros, criados em 1576 por D. Sebastião.

HA

Vimioso: Alunos finalistas iniciaram a apanha da azeitona

Vimioso: Alunos finalistas iniciaram a apanha da azeitona

No Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) iniciou-se a 22 de novembro, a apanha da azeitona, uma atividade que é realizada pelos alunos finalistas do 9º ano e que tem como finalidades realçar a importância desta atividade na economia local e angariar dinheiro para a viagem de finalistas.

A apanha da azeitona é uma atividade extra-curricular no Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).

O sub-diretor do AEV, o professor Licínio Martins, informou que a apanha da azeitona já faz parte do programa das atividades extra-curriculares e visa realçar a importância desta atividade na economia doméstica de muitas famílias do concelho de Vimioso.

“O Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) está inserido numa região rural e a tradição da apanha da azeitona faz parte do dia-a-dia das nossas gentes nesta época do ano. Dada a existência de um pequeno olival dentro do recinto do Agrupamento de Escolas de Vimioso /AEV), cabe aos alunos finalistas do 9º ano de escolaridade, a tarefa de apanhar a azeitona. A colheita é depois vendida e a receita angariada destina-se a financiar a viagem no final de ano letivo”, explicou.



Na escola de Vimioso, a apanha da azeitona iniciou-se na tarde de sexta-feira, dia 22 de novembro e contou com a participação de oito jovens estudantes. A tarefa, realizada em grupo, acabou por ser um momento de convívio e alegria.

O jovem Sandro Afonso, natural de Caçarelhos, informou que já tinha conhecimento desta atividade agrícola, pois costuma ajudar o pai na aldeia. Sobre a apanha da azeitona afirmou que é cansativa, mas quando é realizada com os amigos torna-se uma atividade entusiasmante.

Por sua vez, a companheira de turma, Mariana Luís, natural de Pinelo, corroborou da mesma opinião, dizendo que a atividade é “trabalhosa”, mas quando é realizada em boa companhia também é “divertida”.

Questionados sobre o destino da colheita de azeitona, ambos os jovens indicaram que é a venda para a posterior produção de azeite, um produto essencial na cozinha e na alimentação portuguesa.

Outro assunto na atualidade do Agrupamento de Escolas de Vimioso é a eleição do novo diretor do AEV. Os dois candidatos admitidos ao concurso foram anunciados a 18 de novembro de 2024 e a entrevista aos mesmos foi realizada no dia 22 de novembro de 2024.

Relativamente ao Natal, a festa no Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) está agendada para o dia 17 de dezembro e as férias decorrem de 18 de dezembro e até 5 de janeiro de 2025.

HA

Ambiente: GNR e Guardia Civil reforçam cooperação na área dos crimes ambientais

Ambiente: GNR e Guardia Civil reforçam cooperação na área dos crimes ambientais

A Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Guardia Civil espanhola realizaram o exercício transfronteiriço conjunto “LOBO24”, uma intervenção que envolveu uma centena de operacionais e meios técnicos e teve por finalidade o reforço da cooperação bilateral, na investigação de crimes ambientais complexos.

O exercício ibérico “LOBO24” decorreu no território raiano de Mogadouro e em Fermoselle, na província espanhola de Castela e Leão, onde os militares ligados ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e do Serviço de Protección de la Naturaleza (SEPRONA) da Guardia Civil criaram cenários reais de atentados contra o meio ambiente, como os incêndios florestais, o uso abusivo de água em região de seca ou atentados contra a fauna e flora e o uso de gases que provocam efeitos de estufa.

O coronel da GNR, Jorge Amado, disse que Portugal e Espanha têm estruturas muito semelhantes em termos de serviços de proteção ambiental, sendo importante que estas duas forças policiais treinem e aperfeiçoem os procedimentos e técnicas que se aprendem nos cursos de especialização dos militares.

“Este exercício operacional em cenário real, levado a cabo pela primeira vez na fronteira ibérica, teve quatro incidências que se desmultiplicaram em muitos outros cenários e que levaram a um treino operacional entre as duas entidades, para uniformizar procedimentos em termos de legislação, dos diversos ilícitos praticados que possam surgir a nível ambiental nos dois países ibéricos”, explicou.

Para a GNR, os programa europeus “Life” para a proteção da fauna e flora, os incêndios florestais, que têm impacto nos ecossistemas florestais com a consequente destruição dos habitats da fauna ibérica.

O impacto dos venenos colocados no terreno para eliminação de predadores como os lobos ou as aves de rapina, que acabam por morrer, comprometendo toda a proteção da fauna selvagem através das cadeias alimentares.

“Temos equipas especializadas do SEPNA e do SEPRONA, nas áreas protegidas do Douro Internacional e das Arribes del Duero para fiscalizar e atuar nesta vertente dos venenos prejudiciais para a fauna a fauna nesta zona de fronteira. Para além situações que envolvem venenos, foram ainda treinados cenários de libertação de gases nocivos que provocam efeito de estufa”, indicou Jorge Amado.

Outro dos alertas é o transporte de madeira de pinheiros que a GNR quer ver controlada em ambos os lados da raia portuguesa com Espanha, através de ações de fiscalização.

Já o segundo comandante da SEPRONA da Guardia Civil espanhola, Júlio Serrano, explicou que este exercício deu a oportunidade de as duas forças de segurança trabalharem em conjunto em situações decorrentes ao longo de toda a fronteira entre os dois países.

“Temos de aprender uns com os outros. (…) No futuro temos de demonstrar as nossas forças e debilidades para haver uma melhor cooperação nas nossas missões”, indicou o responsável da SEPRONA.

Para a Guadia Civil, os maiores atentados ambientais na península ibérica são os incêndios florestais, o uso indevido da água para fins agrícolas ou outros que não são autorizados.

“Todos os anos temos milhares de incêndios que são provocados por incendiários para tirar benefícios por vários motivos. Há também outro crime muito associado às alterações climáticas, que é a extração ilícita de água, porque a península ibérica nas regiões a sul que não tem estes recursos em abundância, sendo o uso não autorizado, outro grande problema”, vincou Júlio Serrano.

Durante o exercício “LOBO24” pretendeu-se, ainda, avaliar os processos de planeamento e condução de exercícios, integrando as melhorias identificadas em outras ações conjuntas anteriores, e obtendo experiência para desenvolver os processos encadeados de investigação ambiental enquanto polícias ambientais de ambos os países.

Fonte: Lusa

Criminalidade: Polícia identifica nove métodos de burla por telefone

Criminalidade: Polícia identifica nove métodos de burla por telefone

A Polícia de Segurança Pública (PSP) identificou os nove métodos mais utilizados de burla por telefone, alertando a população para a ocorrência deste tipo de crime.

De acordo com a Polícia de Segurança Pública, “foram identificados nove métodos diferentes, que têm sido os mais utilizados na concretização desta prática criminal, e que correspondem a burlas, única e exclusivamente, praticadas através de telefone”.

Entre os métodos mais utilizados, segundo a PSP, estão a burla “Olá pai, Olá mãe”, quando “o criminoso faz-se passar por familiar [normalmente filho], por mensagem via WhatsApp, solicita pagamento para arranjar o telemóvel partido, para comprar um novo ou simplesmente para pagar uma suposta despesa inopinada e urgente”.

Já no caso da burla de falso arrendamento, perante um anúncio, a um preço bastante mais atrativo do que o habitual no mercado, é solicitado à vítima o pagamento do “sinal” do aluguer fictício.

Segundo a PSP, o pagamento pelo sistema MB Way também é utilizado em burlas, que normalmente são desencadeadas após um anúncio na internet de venda de um artigo, em que o burlão solicita que o pagamento seja efetuado por MB Way, dando ele próprio as instruções para o efeito, levando a vítima a fornecer os códigos de acesso ao levantamento num ATM da quantia estabelecida no negócio.

Uma oferta de emprego ou trabalho numa empresa conceituada, com ordenado atraente, é oferecido à vítima, mas trata-se de outra burla. Os burlões pedem uma espécie de “sinal” à vitima para despesas variadas.

O falso empréstimo também é uma das burlas mais utilizadas, nomeadamente quando o burlão pede a documentação da vítima e solicita também uma quantia de dinheiro para pagar taxas e concluir o processo.

A burla relacionada a compra/venda de automóveis ocorre quando o burlão coloca um anúncio em plataformas de compra e venda de viaturas ‘online’, a um preço bastante mais atrativo que o habitual no mercado, e o criminoso pede dinheiro à vitima para o transporte do automóvel ou outras despesas. O burlão pode clonar uma viatura e oferecê-la em várias plataformas da internet.

Outra burla ocorre quando o criminoso apresenta-se como funcionário de uma instituição credenciada [PSP, GNR, ASAE, PJ, AT], fazendo-o através de um contacto telefónico, um site falso, um e-mail ou uma mensagem escrita, indicando que a vítima tem coimas ou outras pendências por regularizar.

Outras burlas são o falso SMS de dívida, no qual a vítima tem de efetuar o pagamento de um serviço – na mensagem já são indicadas a referência e entidade – sob pena de vê-lo cortado, ou ainda o falso CEO, que consiste num contacto no qual o burlão se faz passar por um responsável de uma empresa ou organização, solicitando a um funcionário dessa mesma empresa ou organização que proceda a um pagamento, ao envio de algum tipo de informação sensível, ou à alteração de dados bancários.

A PSP alerta a população para não fornecer dados pessoais considerados intransmissíveis e suspeitar sempre de quaisquer solicitações que tenham urgência, pressionando a um pagamento/transferência imediato.

As pessoas devem evitar fazer qualquer transferência monetária, principalmente para o nome de outra pessoa que não daquela com quem se está a estabelecer o negócio e suspeitar de qualquer transação aparentemente bastante rentável e vantajosa, segundo a PSP.

A população não deve efetuar quaisquer ações em aplicações que permitam a transferência de dinheiro se não se sentir familiarizado com o seu funcionamento e os procedimentos a adotar, indicou a PSP, sublinhando que se deve ter cuidado no caso de um número desconhecido a contactar, identificando-se como familiar ou amigo, devendo colocar-lhe questões que apenas o próprio soubesse responder.

Fonte: Lusa

Política: Parlamento comemora 25 de Novembro

Política: Parlamento comemora 25 de Novembro

Passados 49 anos, o parlamento português comemora o 25 de Novembro de 1975, com uma sessão solene que vai seguir o modelo da cerimónia do cinquentenário do 25 de Abril, o que que motivou críticas de partidos da esquerda.

O início da sessão solene está previsto para as 11:00 e conta com intervenções, por ordem crescente, de todos os partidos com representação parlamentar, com exceção do PCP, que já anunciou que não vai marcar presença.

Vão discursar ainda o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, cabendo a intervenção final, à semelhança do que acontece na sessão solene do 25 de Abril, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Cada grupo parlamentar terá cinco minutos e meio para discursar – menos trinta segundos do que na sessão solene do 25 de Abril -, com exceção da deputada única do PAN, que deverá restringir a sua intervenção a dois minutos. Esta regra de limite de tempo não será, contudo, aplicada a Marcelo Rebelo de Sousa nem a José Pedro Aguiar-Branco. Pelo PS, será o deputado Pedro Delgado Alves a fazer a intervenção.

A 25 de Novembro de 1975, Portugal vivia uma tensão política e ideológica. A Revolução dos Cravos do ano anterior, depôs o regime autoritário do Estado Novo, mas as forças políticas e sociais em Portugal estavam divididas quanto ao rumo a ser seguido. O 25 de Novembro de 1975 foi uma tentativa de reconciliação e estabilização política, com uma intervenção militar liderada pelo general Ramalho Eanes, que procurou restaurar a ordem e iniciar a consolidação da democracia em Portugal.

Como aconteceu na última sessão solene do 25 de Abril, a cerimónia vai ter honras militares, será tocado o hino nacional por duas vezes e o parlamento será decorado com arranjo floral, embora não com cravos vermelhos.

Após a entrada dos antigos Chefes de Estado – entre eles o general Ramalho Eanes, o principal militar operacional do 25 de Novembro – os antigos presidentes da Assembleia da República, os antigos primeiros-ministros, e o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, chegam ao parlamento, a partir das 10:20, os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional.

Esta vai ser a primeira vez que a Assembleia da República comemora a operação militar do 25 de Novembro de 1975, depois de o CDS ter apresentado um projeto de resolução que recomendava a organização anual de uma sessão solene para celebrar a efeméride.

O modelo de sessão solene foi depois aprovado por PSD, Chega, Iniciativa Liberal e CDS – que formam uma maioria na Assembleia da República -, com a oposição de todas bancadas da esquerda parlamentar.

Entre esses partidos, o PCP já anunciou que vai faltar à sessão solene – considerando que pretende “relançar a ofensiva contrarrevolucionária contra Abril” – enquanto o Bloco de Esquerda indicou que vai marcar presença, mas apenas com um único deputado, que discursará para “denunciar a operação de desvalorização do 25 de Abril”.

Das dezenas de entidades que foram convidadas para esta cerimónia, que seguiu praticamente a lista de convites feitos para a sessão solene dos 50 anos da Revolução dos Cravos, a Associação 25 de Abril, presidida pelo Capitão de Abril Vasco Lourenço, já fez saber que recusou fazer-se representar, defendendo que “a História não pode ser deturpada”.

Também antigos membros do Grupo dos Nove – a ala moderada do Movimento das Forças Armadas (MFA) -, como o general Pedro de Pezarat Correia e o coronel Rodrigo de Sousa e Castro, disseram que declinaram o convite, considerando que a data está a ser deturpada e não pode ser equiparada ao 25 de Abril.

Fonte: Lusa

Cristo é Rei em amor pelos homens

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo / Dia Mundial da Juventude

Cristo é Rei em amor pelos homens

Dan 7, 13-14 / Slm 92 (93), 1-2.5 / Ap 1, 5-8 / Jo 18, 33b-37

Hoje é dia de Cristo Rei. Muitos veem esta festa como um ultrapassado e incómodo resquício de outros tempos, de promiscuidade entre poder temporal e espiritual. Mas o senhorio que se recorda aqui é o do Senhor, não o da Igreja ou dos seus membros e, como Ele próprio afirma no Evangelho de João que hoje escutamos, o seu Reino não é deste mundo.

Há um duplo sentido na forma como São João utiliza a palavra «mundo». Num primeiro sentido, Ele refere-se à totalidade da Criação, um Universo criado e sustentado pelo amor divino, o mundo que Deus ama de tal forma que oferece o seu próprio Filho para o redimir. Num segundo sentido, «mundo» é, em São João, uma forma de organização do poder que choca com a vontade de Deus, uma realidade política e cultural marcada pelo egoísmo, ódio, divisão e violência. É por isso que Cristo hoje afirma: «se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus».

Cristo é efetivamente Rei. É Ele o verdadeiro Senhor do Universo, mas a sua coroa é feita de espinhos e o seu trono é um instrumento de tortura. Ele é Rei porque não abdica do verdadeiro poder, o amor de Deus pela Humanidade. Ele é Rei porque rejeita entrar em jogos mesquinhos de poder, em negociatas interesseiras, como tantos agentes políticos que podemos encontrar no Antigo e Novo Testamentos, bem como nos nossos dias. Ele é Rei porque é fiel e n’Ele não há mentira nem engano. Estas são as marcas da realeza, uma realeza que incomoda e que é, em si mesma, uma provocação.

Nós sempre fomos uma religião subversiva e incómoda para o poder vigente. Um dos primeiros títulos atribuídos a Jesus é «Senhor», algo que nós tendemos a ler espiritualmente, mas que nos inícios era uma forma de desautorizar o poder do Imperador, para quem o título de «Senhor» estava reservado. Nas primeiras pregações, orações e nas cartas de São Paulo, Iesus Kyrios é o título mais comummente usado e, muitas vezes, causa de perseguição, pois Ele é verdadeiramente o Senhor do mundo e conta connosco para caminharmos com Ele, instaurando o Reino.

Permaneçamos fiéis ao senhorio de Jesus. Não hesitemos em proclamar este título, pois, de uma assentada só, negamos todos os falsos líderes e poderes e aclamamos o verdadeiro Rei, Jesus Cristo, o Senhor.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa