Para assinalar o Dia da Mulher, as Termas de Vimioso estão a promover de 1 a 9 de março, uma campanha de cuidado facial feminino, com oferta ao circuito de piscina termal, banho turco e sauna.
As Termas de Vimioso informam que a oferta do circuito “Vales de Vimioso” consiste numa hora de piscina de água termal, com acesso a banho turco e sauna. Por sua vez, o “Vimioso Facial – Cuidado Feminino” é um tratamento e hidratação de rosto. A promoção para assinalar o Dia da Mulher tem um custo de 22 euros.
De 11 a 19 de março, as Termas de Vimioso vão também assinalar o Dia do Pai (19 de março), com uma campanha promocional destinada aos homens. A campanha inclui duche jato, com a oferta do circuito Vales de Vimioso (piscina, banho turco e sauna). A promoção para o Dia do Pai custa 10 euros.
Para usufruir destas promoções, nas Termas de Vimioso, deve efetuar marcação através do número de telefone 273 511 381.
As Termas de Vimioso fazem parte do roteiro termal, em Portugal. Segundo investigações hidrológicas, às águas termais de Vimioso, têm efeitos terapêuticos nos sistemas músculo-esquelético, dermatológico, reumático, aparelho respiratório (ORL) e na saúde oral.
Dia da Mulher
O Dia Internacional da Mulher é comemorado, anualmente, a 8 de março.
O Dia Internacional da Mulher pretende celebrar os direitos que as mulheres já conquistaram e continuam a reivindicar. Entre estas conquistas destacam-se o direito ao voto, a luta pela igualdade salarial, a maior representação em cargos de liderança, a proteção em situações de violência física e/ou psicológica e o acesso à educação, direitos que continuam por cumprir em vários países do mundo.
Barragens: Associação do Baixo Sabor surpreendida com a não negociação antes das autárquicas
A Associação de Municípios de Baixo Sabor (AMBS) mostrou-se surpreendida com a posição da empresa Movhera, de não querer negociar a revisão das contribuições financeiras para o Fundo do Baixo Sabor e de Foz-Tua, antes das eleições autárquicas.
O presidente da AMBS, Eduardo Tavares, disse que a posição da Movehera é de espanto, porque os autarcas que dirigem os quatro municípios que integram os Baixo Sabor são eleitos para mandatos de quatros e não para mandatos de três anos e meio.
“Nós não compreendemos o porquê de a Movhera ter tomado esta posição. Somos eleitos para quatro anos e temos o direito e a responsabilidade de gerir e tomar as nossas decisões em prol do nossos territórios durante quatro e não três anos e meio e não concordamos com a posição da empresa ”, reforçou o também autarca socialista de Alfândega da Fé.
A Movhera, empresa concessionária de seis barragens transmontanas, mostrou-se disposta a iniciar negociações para rever as contribuições financeiras para os Fundos do Baixo Sabor e de Foz-Tua, mas só após as eleições autárquicas.
A empresa elétrica explicou que está “preparada para estas negociações dos dois fundos assim que o processo eleitoral autárquico esteja finalizado e os resultados das eleições oficialmente publicados”.
A concessionária dos aproveitamentos hidroelétricos do Baixo Sabor e de Foz-Tua espera ainda que as negociações “sejam regidas pelo espírito de boa-fé e seriedade que caracteriza as suas relações no território, e que seja outro passo em frente para o desenvolvimento da região”.
Eduardo Tavares lembrou que o protocolo que estabelece um montante de 400 mil euros para o Fundo Baixo Sabor termina no próximo mês de abril, sendo considerada pelas autarcas uma boa oportunidade para iniciar a negociações
“Esta é uma boa oportunidade também para iniciar o diálogo sobre as energias renováveis, sendo um bom sinal que empresa dava aos políticos e aos portugueses, como sinal de proatividade, chegar-se a um consenso nesta matéria mais cedo”, vincou o líder da AMBS.
Os fundos do Baixo Sabor e Foz-Tua são contrapartidas financeiras criadas pelas Declaração de Impacto Ambiental (DIA) dos respetivos aproveitamentos hidroelétricos.
No caso do Baixo Sabor, o concessionário é obrigado a dotar “anualmente com uma verba calculada de base de 3 % do valor líquido anual médio de produção do Aproveitamento Hidroelétrico e no caso de Foz Tua, o montante é de 2,25%, revertendo os restantes 0,75% para o Fundo Ambiental”.
A AMBS e a Movhera acordaram igualmente negociar os termos de um novo acordo entre si, “que espelhe os princípios deste memorando e que possibilite a revogação dos protocolos anteriormente em vigor”.
O Fundo Baixo Sabor (FBS) é um instrumento financeiro que está previsto na DIA e na avaliação comparada dos aproveitamentos hidroelétricos do Alto Côa e Baixo Sabor, emitida a 15 de junho de 2004.
O FBS foi criado no âmbito da Avaliação de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hídrico do Baixo Sabor (AHBS), com a missão de financiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a conservação da natureza e da biodiversidade.
No documento ficou expresso que o Fundo Baixo Sabor teria um financiamento de 3% sobre a receita líquida do AHBS.
A albufeira do Baixo Sabor estende-se ao longo de 60 quilómetros, desde a zona da barragem até cerca de 5,6 quilómetros a jusante da confluência do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.
Política: Hernâni Dias retoma mandato como deputado
Hernâni Dias, que se demitiu de secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território no passado dia 28 de janeiro, retomou o seu mandato como deputado do PSD, na Assembleia da República.
O parecer relativo à retoma do mandato foi aprovado por unanimidade, na Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados.
O regresso teve efeitos desde o passado dia 1 de março, sábado, sendo que hoje se realiza a primeira reunião plenária desde esse dia, com o debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP.
O ex-governante foi eleito pelo círculo eleitoral de Bragança, é professor, e toma o lugar de Clara da Conceição de Sousa Alves, advogada e professora universitária, que o substituiu.
Hernâni Dinis Venâncio Dias tinha pedido a suspensão do seu mandato por um período de 30 a 180 dias, na sequência da sua demissão do executivo minoritário PSD/CDS-PP, depois de ter sido noticiado pela RTP que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante, responsável pelo decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.
Esta foi a primeira demissão registada no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 2 de abril do ano passado.
Em 24 de janeiro, a Assembleia da República recusou revogar o diploma que permite a reclassificação de terrenos rústicos como urbanos, cuja apreciação parlamentar tinha sido solicitada por BE, PCP, Livre e PAN.
No âmbito desta apreciação parlamentar, no passado dia 28 de fevereiro, os deputados aprovaram, com os votos do PSD, CDS-PP e PS, alterações ao diploma, estabelecendo que a construção de habitação terá que ser, em parte, destinada para “arrendamento acessível” e construção a “custos controlados”.
Política: Governo vai apresentar moção de confiança
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai avançar com a proposta de uma moção de confiança ao executivo, pelo parlamento, “não tendo ficado claro” que os partidos dão ao executivo condições para continuar.
“Avançaremos para a última oportunidade de o fazer que é a aprovação de um voto de confiança”, afirmou Luís Montenegro , na Assembleia da República, na abertura do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP para “travar a degradação da situação nacional, 12 dias de responder a outra do Chega, com origem na situação da empresa familiar do primeiro-ministro.
Montenegro defendeu que “o país não pode ficar prisioneiro do egoísmo e do taticismo dos responsáveis da oposição”.
“Não estamos disponíveis para aqui estar na atmosfera das insinuações e intrigas permanentes que só têm um objetivo: a degradação da vida política e governativa com a pretensão de daí tirar dividendos partidários ou mesmo individuais para a concreta situação dos responsáveis dos partidos das oposições”, acusou.
E acrescentou: “Por isso, não ficando claro como resulta das intervenções dos maiores partidos da oposição, que o parlamento dá todas as condições ao Governo para executar o seu programa, avançaremos para a última oportunidade de o fazer que é a aprovação de um voto de confiança”, afirmou.
Montenegro admitiu que “a antecipação de eleições não é desejável”, onze meses depois de o Governo minoritário PSD/CDS-PP ter entrado em funções.
“Mas será um mal necessário para evitar a degradação das instituições e a perda da estabilidade política por vontade de alguns agitadores. Numa palavra, se os partidos da oposição não assumem a legitimidade política do Governo para governar, mais vale dois meses de suspensão da estabilidade política do que um ano e meio de degradação e paralisia”, disse.
De acordo com a Constituição da República, o Governo pode solicitar à Assembleia da República a aprovação de um voto de confiança sobre uma declaração de política geral ou sobre qualquer assunto relevante de interesse nacional.
A rejeição de uma moção de confiança implica a demissão do Governo.
No Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, a comunidade das Monjas Trapistas, celebrou na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, dia 5 de março, o início da Quaresma, com a eucaristia e o ritual da imposição da Cinzas.
A Quaresma é um período de 40 dias (não se contabilizam os domingos), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
A eucaristia de Quarta-feira de Cinzas foi celebrada ao início da manhã (8h00), no igreja do mosteiro trapista, tendo sido concelebrada por três sacerdotes, que ensinaram que a quaresma é um tempo favorável para a libertação da efemeridade da vida.
“ O que é realmente importante na vida? A nossa existência é breve e ânsia de bens materiais acaba revelar-se uma felicidade ilusória e um engano?”, interpelou o sacerdote, na homília.
Para viver mais de acordo com os valores do Evangelho, o sacerdote que presidiu à celebração eucarística indicou que a oração, o jejum e a esmola (caridade) são meios para uma conversão (mudança) inteletual, moral e religiosa.
“Na Quaresma somos convidados a melhorar a nossa vida espiritual com jejum, oração e penitência. Não somos convidados a jejuar ou fazer penitência por uma obediência irracional (sem razão), dizendo-se: a Igreja manda, eu cumpro, «ponto final». Antes, é convidado a discernir as vantagens que, para a sua vida, poderá ter aquele sacrifício, aquele esforço. Jejuar pode ser um treino para comer menos. Uma penitência pode ser abster-se de algo agradável ou fazer algo desagradável para ouvir alguém”, exortou.
Segundo a Igreja Católica, a Quarta-feira de Cinzas é, juntamente com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios.
O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos; a abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre.
A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma, mas pode ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, com um caráter penitencial.
Nos primeiros séculos, apenas cumpriam o rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que queriam receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa.
A partir do século XI, o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma.
Na Liturgia, este tempo é marcado por paramentos e vestes roxas, pela omissão do ‘Glória’ e do ‘Aleluia’ na celebração da Missa.
A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
Na diocese de Bragança-Miranda, a Renúncia Quaresmal (IBAN: PT50004522164025488590831) deste ano, que é entregue nas Eucaristias do Domingo de Ramos, destina-se ao recomeço das “obras da Casa Pastoral Diocesana”.
Dom Nuno Almeida explica que precisam “urgentemente desta casa aberta a todos na hospitalidade e na espiritualidade”, para que a Igreja Diocesana “tenha um rosto sinodal missionário”.
Dom Nuno Almeida recorda as várias utilizações da Casa Pastoral Diocesana, com “um pequeno apartamento para residência do bispo”; uma casa do Presbitério, “de convívio e de formação permanente dos Pastores em todas as fases da vida sacerdotal”.
“A Casa Pastoral Diocesana pretende ser um lugar de retiros ou exercícios espirituais, de recoleções e de formação permanente dos Leigos. Aí também vai funcionar o Instituto Diocesano de Estudos Pastorais com cursos de Bíblia, Teologia, Liturgia, Pastoral, Direito Canónico, Espiritualidade e outras dimensões da Cultura Cristã, com uma biblioteca e um auditório, além dos quartos para o alojamento completo, em articulação com a igreja de S. José, cozinha, bar e lavandaria do Seminário”, indicou.
O bispo de Bragança-Miranda começa a nota pastoral ‘Avancemos unidos na esperança!’, a assinalar que o Papa Francisco, na sua mensagem para a Quaresma, recorda que, como cristãos, são “chamados a percorrer um caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários”.
Sendim: Carnaval com criatividade, humor e alegria
A vila de Sendim festejou o Carnaval, na terça-feira, dia 4 de março, com o desfile de máscaras, as sátiras e o enterro do entrudo, tradições voltaram a atrair muita gente à praça central da localidade, tendo este ano sido homenageado o “Tiu” Alfredo Júlio, saudoso animador do carnaval em Sendim.
O desfile de Carnaval, em Sendim.
Este ano, o desfile de Carnaval contou com a participação de oito grupos, entre os quais três grupos convidados das localidades vizinhas de Urrós e de Fermosellhe (Espanha).
Um dos grupos de mascarados foram os mordomos da comissão de festas em honra de Santa Bárbara. Com trajes e máscaras, os mordomos não só animaram o Carnaval, como também aproveitaram o evento para angariar dinheiro para a festa do mês de agosto. O mordomo Jorge Pacheco, revelou que foi a primeira vez que se mascarou de “mulher”, com o objetivo de contribuir para que o Carnaval em Sendim, não se desapareça.
De Fermosselle (Espanha), veio um grupo de senhoras espanholas, que inspiradas pelo programa televisivo “Maestros da costura”, trajaram vestidos coloridos e uma coreografia de dança, entoando a música “Carnaval”.
“O carnaval é uma oportunidade para pormos de lado a excessiva seriedade e aprendermos a viver com mais humor e alegria!”, disseram as senhoras, vindas de Espanha.
Em Sendim, outra atração no desfile de Carnaval é a representação teatral com a sátira aos acontecimentos mais caricatos ocorridos na vila, ao longo do ano. Neste carnaval, os alvos da crítica foram a preocupante situação económica da adega cooperativa, a espera pelo início da construção do novo matadouro e a recente falta de médicos no centro de saúde local.
O presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago (que este ano não se mascarou!) mostrou-se satisfeito pela continuidade dos festejos de carnaval na vila.
“Este ano, não podemos contar com a participação de algumas pessoas, por causa do avançar da idade e de problemas de saúde. Ainda assim, o nosso propósito é continuar a transmitir a bonita tradição do desfile de Carnaval aos mais novos”, disse.
Uma das novidades do carnaval deste ano, em Sendim, foi a homenagem ao saudoso “Tiu Alfredo Júlio”, responsável pela transmissão da tradição do “Enterro do Entrudo”.
“O “Entrudo” é um boneco feito de palha, que representa todos os males que aconteceram na vila ao longo do ano. Após o julgamento e a leitura do testamento é-lhe realizado o cortejo fúnebre pelas ruas da vila”, explicou o presidente de freguesia.
De visita a Sendim, a neta do homenageado, Paula Castro Almeida, mostrou-se agradecida pela homenagem e corroborou da opinião que o avô, Alfredo Júlio, foi o percursor da tradição do “Enterro do Entrudo” nesta localidade.
“O meu avô vestia-se de padre e era o grande animador do enterro do entrudo em Sendim. Recordo-me que a população concentrava-se no curral e depois realizava-se o cortejo fúnebre pelas ruas da vila, até ao adro da igreja matriz, onde era queimado o entrudo”, contou.
Carnaval ou Entrudo
O Carnaval ou Entrudo antecede a Quarta-feira de Cinzas, que dá inicio à Quaresma.
Carnaval é a expressão mais usada e provém do italiano “carnevale”, que, por sua vez, significa a abstinência de carne durante os quarenta dias da Quaresma.
Já a palavra “Entrudo” deriva do latim “introitus” e significa “entrada”, na Quaresma.
Por isso, o entrudo ou carnaval é um tempo de folia para ganhar ânimo para os quarenta dias de jejum, penitência e oração, até à Páscoa.
Quaresma: Mensagem do Papa reflete sobre morte e «grande promessa» da vida eterna
Na sua mensagem para a Quaresma, que se inicia com a Quarta-Feira de Cinzas, a 5 de março, o Papa Francisco reflete sobre a morte e a ressurreição, convidando os católicos a uma atitude de esperança e à “confiança em Deus e na sua grande promessa, a vida eterna”.
“Jesus, nosso amor e nossa esperança, ressuscitou e, vivo, reina glorioso. A morte foi transformada em vitória e aqui reside a fé e a grande esperança dos cristãos: na ressurreição de Cristo”, escreve Francisco, que se encontra internado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli.
A Mensagem para a Quaresma de 2025, ano de Jubileu, tem como tema ‘Caminhemos juntos na esperança’.
“Façamos este caminho juntos na esperança de uma promessa. Que a esperança que não engana, mensagem central do Jubileu, seja para nós o horizonte do caminho quaresmal rumo à vitória pascal”, apela o Papa.
A mensagem cita a encíclica de Bento XVI sobre a esperança, ‘Spe salvi’, sublinhando a centralidade da fé na ressurreição.
“Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada nele, seu Filho amado: a vida eterna”, indica Francisco.
O texto sublinha a necessidade de transformar a esperança em gestos concretos, na vida dos cristãos.
“Estou convencido de que Deus me perdoa os pecados? Ou comporto-me como se me pudesse salvar sozinho? Aspiro à salvação e peço a ajuda de Deus para a receber?”, questiona.
Vivo concretamente a esperança que me ajuda a ler os acontecimentos da história e me impele a um compromisso com a justiça, a fraternidade, o cuidado da casa comum, garantindo que ninguém seja deixado para trás?”
A Quaresma é um tempo litúrgico de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início com a celebração de Cinzas (05 de março, em 2025), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 20 de abril).
Miranda do Douro: Centro de Saúde dispõe de consulta de psiquiatria
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste disponibiliza uma consulta descentralizada da especialidade de psiquiatria, no Centro de Saúde de Miranda do Douro.
Em comunicado, a ULS Nordeste indica que esta iniciativa insere-se no projeto de descentralização de consultas hospitalares, que resulta da articulação entre os Cuidados de Saúde Hospitalares e os Cuidados de Saúde Primários, e permite o acompanhamento dos utentes próximo da sua residência.
“Nas valências da Saúde Mental, a implementação desta consulta no Planalto Mirandês, desde o passado mês de dezembro, representa o reforço da resposta nesta área de cuidados, contribuindo assim para evitar a deslocação dos utentes que necessitam de acompanhamento nesta especialidade”, indica a mesma nota.
Esta resposta insere-se também nos objetivos do Projeto EQUISAM que está curso, sendo financiado pelo Programa de Cooperação Interreg Espanha-Portugal (POCTEP), uma parceria da ULS do Nordeste com a Direção Regional de Saúde de Castela e Leão e das Universidades de Valladolid e de Salamanca, que promove a acessibilidade e equidade dos cuidados de saúde mental para a população da zona fronteiriça.
A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) tem um novo projeto de teleconsultas, para ser implementado no distrito de Bragança e que visa contribuir para a redução de deslocações às unidades de saúde.
Esta iniciativa de telemedicina começou nas primeiras semanas deste ano e está a abranger o Serviço de Epidemiologia, Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (SEPCIRA), com acompanhamento de doentes algaliados em risco de infeção, e as especialidades de Psiquiatria e Saúde Mental, Anestesiologia, Medicina Interna e Cuidados Paliativos, detalhou, em comunicado, a ULSNE.
Este reforço dos serviços digitais na área da prestação de cuidados de saúde associado “num distrito caracterizado pela dispersão geográfica”, descreveu a ULSNE, vai contribuir para “a redução das deslocações às Unidades de Saúde”, com garantias da manutenção da privacidade dos pacientes.
Fonte da ULS acrescentou que esta modalidade é prescrita apenas aos utentes que têm condições para poderem utilizar a teleconsulta, sendo o acesso ao serviço feito através da aplicação SNS24.
Esta solução tecnológica surgiu no seguimento do Dia Digital e Telessaúde, que aconteceu em 01 de outubro, quando se verificou uma “forte adesão dos profissionais de saúde da instituição às soluções digitais disponibilizadas na área dos telecuidados”.
Foram depois levadas a cabo reuniões técnicas entre os serviços envolvidos e, em articulação com Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), “foram ultrapassadas as principais questões operacionais e tecnológicas” que permitiram o arranque das teleconsultas já este ano, refere a ULS.
Para a administração da ULS, esta nova plataforma potencia a eficiência ao nível do atendimento, “proporcionando igualmente uma maior comodidade, tanto para os utentes como para os profissionais”.
Esta ULS presta cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados à população do distrito de Bragança, contando com os hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela e 14 centros de saúde, de acordo com informação disponível na página de Internet da unidade.
Carnaval: Cecília Reis Rosa veste fato dos «caretos»
Desde 1968, Cecília Reis Rosa veste o traje de careto de Podence, numa tradição habitualmente atribuída aos homens mas que esta professora aposentada não deixa esquecer.
“A primeira vez que eu vesti o fato foi porque eu fui maltratada por um careto. Deixou-me as nádegas todas negras, apalpou-me. Na minha família não havia fatos de careto – a minha mãe dizia que eram a incarnação do diabo, mas o meu pai mandou-me vestir de careto para me defender”, conta Cecília Reis Rosa programa ECCLESIA.
Professora de ensino especial aposentada, recorda como “antigamente” os homens “eram loucos” e faziam de tudo para “chegar à dama amada”.
“Desde há muito tempo, é-lhes tudo permitido. Antigamente andavam pelos telhados, partiam portas, andavam aos pulos, ficavam cansados e iam para as adegas beber ou roubar chouriças, galos e galinhas para fazer tainadas, partiam tudo, mas era para chegarem à dama amada”, explica.
A tradição dos Caretos de Podence foi reconhecida em 2019 como Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, e à aldeia de Trás-os-Montes chegam por estes dias cerca de 65 mil visitantes que reconfiguram um local habitado por 200 pessoas.
Egas Soares veste o traje de careto há cerca de 30 anos, atualmente um dos mais velhos do grupo que continua a tradição, e junta, na sua famílias diferentes gerações, uma vez que já se faz acompanhar pelo neto vestido de careço, com três anos.
“Vestir o fato é uma sensação muito linda, porque é uma adrenalina que uma pessoa sente. Só o estar a preparar o saco, estar a preparar as calças, as botas e os chocalhos, as campainhas, uma pessoa parece que esquece de tudo o que se passa à nossa volta. E depois é a força de vontade, porque há uma força suplementar que nos aparece e que conseguimos fazer-lhe ultrapassar tudo e mais alguma coisa”, explica.
A deslocação a Podence, localidade de Macedo de Cavaleiro, na diocese de Bragança-Miranda, conduz as pessoas que procuram “conhecer as tradições” e o “Carnaval genuíno de Portugal”.
Cecília Rosa Reis lamenta uma população envelhecida na aldeia e explica que hoje são os imigrantes que levam a tradição dos caretos além fronteiras.
Egas Soares aponta, em entrevista ao programa ECCLESIA (RTP2), a importância do reconhecimento mundial após a indicação da UNESCO, em 2019, facto que tem levado o grupo de caretos a viajar para dar a conhecer a tradição.
A Associação Grupo de Caretos de Podence desenvolve projetos culturais e educacionais para manter junto das novas gerações a tradição dos caretos.
O fato, feito de lã e com as cores da bandeira portuguesa – vermelho, verde e amarelo – é feito num tear e, explica Cecília, “um metro demora hora e meia a fazer”.
Cristiano enverga um fato, cuja manta veio dos seus bisavós.
“A manta foi-me oferecida pela minha avó, veio dos meus bisavós. Mas eu não tinha idade ainda para usar. São mais crescido é que fiz o fato para continuar a servir e não estragar, antes alugava. Para mim é uma honra usar um fato que está na minha família há muitos anos”, conta.
O fato fica completo com os chocalhos que “antigamente andavam no pescoço das vacas, do gado, das vacas”.
“Os chocalhos e as correias estavam relacionadas com o poder económico do lavrador. Quanto mais campainhas o careto trouxesse e mais chocalhos, mais rico era o pai, o avô e o tio”, explica Cecília.
A Associação Grupo dos Caretos de Podence inaugurou a 3 de março, um mural de homenagem ao Papa Francisco, em que aparece ladeado de dois caretos, num agradecimento pela audiência que o grupo teve em janeiro, no Vaticano, ocasião em que ofereçam “uma casaca de honra dos caretos”.