Meteorologia: Natal com sol

Meteorologia: Natal com sol

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um Natal com sol e pouco frio, para os próximos dias em Portugal continental.

“Estes próximos dias até ao Natal, vamos ter um cenário de tempo seco com céu pouco nublado ou limpo” e, nalguns locais, preveem-se mesmo “temperaturas máximas até acima da média para a época do ano”, declarou à agência Lusa uma meteorologista do IPMA.

As temperaturas máximas deverão “variar sensivelmente entre os 12/14° e os 16/17°C, eventualmente nalguns locais do litoral, em particular do litoral sul, portanto na Costa sul do Algarve teremos temperaturas máximas até um pouco superiores, a variar sensivelmente entre os 17 e os 20°C”.

No nordeste transmontano e na Beira Alta as temperaturas máximas poderão chegar aos 12/13 graus.

“As noites serão de alguma forma frias, embora não com temperaturas muito baixas para a época do ano” e as temperaturas mínimas “deverão variar sensivelmente entre os 4 e os 7°C”, sendo que a faixa costeira da região sul e o litoral da região de Lisboa poderão ter “temperaturas mínimas um pouco superiores da ordem dos 7 a 10°C”.

Temperaturas mínimas “da ordem dos 0 a 2/4°C” estão previstas para o nordeste transmontano e Beira Alta, sendo “provável que em alguns locais do interior norte e centro haja formação de geada”.

Nestas regiões, a partir do dia 26, “é provável a formação de nebulosidade baixa, neblinas e nevoeiros”, adiantou a especialista.

Em relação ao vento, as previsões do IPMA indicam que até dia 25 deverá ser “fraco a moderado predominando de nordeste, soprando temporariamente forte nas terras altas”.

Fonte: Lusa

Futsal: Mirandeses isolaram-se no primeiro lugar do campeonato

Futsal: Mirandeses isolaram-se no primeiro lugar do campeonato

O jogo grande da 9ª jornada do campeonato distrital de futsal, opôs os dois primeiros classificados, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) que recebeu a visita do Sporting de Moncorvo e num jogo que não começou bem, os mirandeses acabaram por vencer por convincentes 6-3 e isolaram-se no 1º lugar da prova.

O mirandês, Léo, foi o homem do jogo ao apontar um hat-trick.

O jogo realizou-se no serão de sexta-feira, dia 20 de dezembro, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, onde os visitantes começaram melhor. Logo aos 10 segundos de jogo, numa transição rápida, o moncorvense, Hugo, inaugurou o marcador (0-1) uma recarga ao segundo poste, após um primeiro centro remate de um companheiro de equipa.

O Sporting de Moncorvo fez o 0-1, logo no início do jogo.

Aos 10 minutos, os moncorvenses distanciaram-se ainda mais no marcador, através de uma boa combinação coletiva e um remate rasteiro e cruzado, fazendo assim o 0-2.

Os mirandeses responderam aos 14 minutos, através de Leo, o mais inconformado da sua equipa, numa recarga dentro da área adversária, reduzindo a desvantagem para 1-2.

O brasileiro do CDMD, Léo, reduziu para 1-2.

O golo animou a equipa liderada por Vitor Hugo e passados três minutos, chegaram ao empate (2-2), através de um remate forte e colocado de Diogo.

No entanto, os moncorvenses responderam na jogada seguinte e adiantaram-se novamente no marcador (2-3), levando esta vantagem para o intervalo.

Na segunda parte do jogo, os mirandeses entraram mais agressivos sobre a a bola e o inconformado Leo, aos 22 minutos restabeleceu a igualdade (3-3), num remate inesperado junto à linha final que surpreendeu tudo e todos.

No minuto seguinte, Leo operou a reviravolta para os mirandeses e fez o seu hat-trick, ao concluir no ar, uma assistência do companheiro, Nickas. Este golo animou a equipa e pôr ao rubro, os adeptos em Miranda do Douro.

A vitória mirandesa começou a consolidar-se aos 29 minutos, quando na sequência de um canto, Miguel Diz, em cima da linha de baliza fez o 5-3.

No minuto seguinte, Vitor Hugo, faz o 6-3 final, ao aproveitar uma perda de bola adversária e na transição rápida rematou rasteiro e cruzado para o fundo da baliza do Moncorvo.

Aos 30 minutos de jogo, o mirandês Vitor Hugo fez o resultado final de 6-3.

Com a vitória, o Clube Desportivo de Miranda do Douro isolou-se no comando do campeonato distrital de futsal, somando nove vitórias e os correspondentes 27 pontos.

Já o Sporting de Moncorvo ocupa agora o 2º lugar no campeonato, com oito vitórias e uma derrota.

Equipas

Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD): Guilherme, Vitor Hugo, Castro, Ricky , Leo, Couto (cap.), Finha, Pina, Diogo, Nickas, Dylan, Pedro Alves, Miguel Diz, David e Renato.

Treinador: Nélson Moreira

“Entrámos mal no jogo e não conseguimos pôr em prática a nossa estratégia nos minutos iniciais. A partir dos dez minutos, conseguimos assentar e creio que fomos mais dominadores e consistentes na procura do golo. Ainda assim até ao intervalo, o Moncorvo foi mais eficaz do que nós e levou a vantagem de um golo para o descanso. Na segunda parte, corrigimos alguns detalhes e conseguimos marcar quatro golos sem resposta, o que nos deu uma vitória robusta e sem contestação. Estamos felizes pela vitória e por terminar o ano civil isolados no primeiro lugar do campeonato. No entanto, ainda falta muito campeonato para jogar e esta é apenas mais uma vitória na nossa caminhada” – Vitor Hugo

Sporting de Moncorvo: Quim, Rúben Eugénio, Portela, Marco, Rúben Leal, Faneca, Asen, Grilo, Bata, Hugo, Fábio e Carlos Esperto (cap.)

Treinador: Jorge Paiva

“Entrámos muito bem no jogo e o nosso golo madrugador deu-nos confiança e chegámos ao 0-2, por mérito nosso. Depois, penso que fomos muito permissivos ao consentir o empate a 2-2. Fizemos o 2-3 e acho que na primeira parte fomos superiores ao adversário. Na segunda parte, não conseguimos impor o nosso jogo e ritmo. Com a reviravolta do 4-3 a favor do Miranda, a minha equipa não soube reagir, fisicamente estivemos pior do que o adversário e isso derrotou-nos. Foi um bom jogo de futsal, parabéns ao CDMD pela vitória.” – Jorge Paiva

HA

São Pedro da Silva: O Velho e a Galdrapa animaram a Festa de Santa Luzia

São Pedro da Silva: O Velho e a Galdrapa animaram a Festa de Santa Luzia

A população de São Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro, recriou no Domingo, dia 22 de dezembro, o tradicional peditório para a Festa em honra de Santa Luzia, que consiste num antigo ritual protagonizado pelos mascarados “O Velho e a Galdrapa”, cuja missão é ir de casa em casa, recolher as dádivas e convidar as pessoas a festa.

A festa em honra de Santa Luzia, com o ritual do Velho e da Galdrapa é uma das festas de solstício de Inverno, no concelho de Miranda do Douro.

Para o presidente da União de Freguesias de Silva e Águas Vivas, Silvino Silva, a Festa de Santa Luzia, animada com o ritual do peditório é uma marca identitária da aldeia que importa preservar e promover.

“A freguesia de Silva, em conjunto com a associação cultural e recreativa local e o município de Miranda do Douro, estamos a trabalhar para preservar e promover esta festa de solstício de inverno, na região e no país. Para isso, procuramos envolver a população local, convidando todos a participar na festa e a conviver no almoço comunitário. Simultaneamente, estamos a trabalhar para tornar a festa mais interessante e apelativa para quem nos visita. E este ano, inauguramos o mural com os mascarados do “Velho e a Galdrapa” e foi apresentado um livro de contos sobre estas festas de mascarados na região”, indicou.

Em representação do município de Miranda do Douro, o vereador, Vitor Bernardo, felicitou a população de São Pedro da Silva, pela recuperação desta antiga tradição, que vem enriquecer o património cultural do concelho.

“A festa de Santa Luzia, com o ritual do Velho e a Galdrapa, em conjunto com as festas de solstício de Inverno das aldeias de Constantim (27 a 29 de dezembro) e de Vila Chã da Braciosa (1 de janeiro) são um património cultural valiosíssimo, que importa preservar e dar a conhecer. Para o município de Miranda do Douro, a cultura é um importante fator de desenvolvimento turístico, social e económico, em particular nestes meses de dezembro e janeiro”, justificou.

Sobre a candidatura apresentada pelo município de Miranda do Douro, das Festas de Solstício de Inverno, ao Inventário do Património Cultural Imaterial, o etnógrafo, Mário Correia, indicou que as três festividades estão a ser analisadas separadamente.

“Acredito que a Festa de Santa Luzia ou do Velho e a Galdrapa, em São Pedro da Silva; a Festa de São João Evangelista ou Fiesta dos Moços, em Constantim; e a Festa do Menino – Fiesta De L Menino, em Vila Chã da Braciosa, lá para meados de 2025, vão ser aprovadas e inscritas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial”, indicou.

De acordo com Alfredo Cameirão, da Associação Cultural e Recreativa de Silva, a tradição do peditório para a Festa em honra de Santa Luzia, feito pelos mascarados do Velho e da Galdrapa, foi desaparecendo a partir da década de 1960, devido ao êxodo populacional provocado pela emigração para França e para as ex-colónias, em África.

“Na década de 1990, houve uma primeira tentativa de recuperar esta antigo ritual da festa de Santa Luzia. Mas foi a partir de 2013, com exceção dos dois anos da pandemia, que conseguimos voltar a realizar, ininterruptamente, o peditório encenado pelas figuras mascaradas do Velho, e Galdrapa e os Bailadores”, explicou.

Matilde Anes, emigrante em Pamplona, Espanha, aproveitou esta altura do ano para regressar à aldeia natal e participar no ritual do Velho e da Galdrapa. Disse recordar-se desta tradição desde a sua infância, tempos em que as famílias ainda matavam o porco para depois fazer o fumeiro.

“Naquele tempo, o peditório para a festa em honra de Santa Luzia era realizado por estas figuras mascaradas, o Velho e a Galdrapa, que nas visitas às famílias, entravam pela casas adentro e sorrateiramente roubavam chouriças, alheiras e salpicões, para no final fazer um leilão no adro da igreja. Durante tarde, a festa continuava com um baile”, recordou.

Teodoro, outro ex-emigrante, decidiu regressar definitivamente a São Pedro da Silva, após 50 anos de trabalho, em França. Ao receber em sua casa, a visita das figuras mascaradas do Velho e e Galdrapa, ofereceu-lhes uma chouriça e um salpicão.

“Regressei a Portugal, há dois anos, para me instalar em São Pedro da Silva, onde estou criar cavalos. Gosto muito de viver na aldeia e dou os parabéns à organização pela recuperação desta antiga tradição na festa de Santa Luzia”, disse.

Victor Diez e Rosa Villace, vieram de Léon (Espanha), para conhecer e participar na festa do Velho e da Galdrapa, em São Pedro da Silva. O casal de espanhóis disse interessar-se pelo património cultural imaterial comum nos dois lados da fronteira.

“Estamos a documentar todo o saber que está na origem destas festas de inverno, no nordeste transmontano”, disseram.

Este ano, a festa de solstício de inverno, em São Pedro da Silva, teve como novidades a inauguração do mural dedicado aos mascarados “O Velho e a Galdrapa” e a apresentação do livro de contos “Pretérito Imperfeito”.



HA

Cultura: Mascaradas solsticiais são uma marca identitária

Cultura: Mascaradas solsticiais são uma marca identitária

No Norte e Centro do país, as festas das máscaras, associadas ao Solstício de Inverno, estão a ganhar uma nova identidade, graças ao cuidado das populações na preservação destas tradições ancestrais.

“Há um ressurgimento do orgulho pela identidade cultural”, disse o investigador Roberto Afonso, colecionador de máscaras populares. “Possivelmente, isso acontece em tempos de crise e, nos últimos anos, na atual conjuntura, levou a que as pessoas se apegassem às suas tradições, àquilo com que realmente as identificam e é seu. Estas tradições são tão nossas e da nossa terra, que podem ter ajudado neste reencontro”.

Segundo o investigador, as festas do solstício quase desapareceram com a emigração e a Guerra Colonial, e com ações posteriores, de alguns setores da sociedade, que procuraram impor ou seguir hábitos mais sofisticados, tidos como “de maior nível”.

“Esta tipo de manifestação cultural era considerada por alguns intelectuais como provincianas e para contrariar esta corrente, as populações meteram mãos à obra e fizeram ressurgir estas iniciativas e manter o seu orgulho neste legado que foi passando ao longo de gerações”, vincou Roberto Afonso.

As gerações mais novas são as responsáveis por este regresso das mascaradas portuguesas, “porque são elementos distintivos do país, onde o Nordeste Transmontano se destaca”, disse.

Das 45 mascaradas que atualmente se realizam em Portugal, 36 decorrem nos distrito de Bragança, onde o concelho do Mogadouro conta seis rituais, seguindo-se Bragança, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros, Vimioso, Vinhais, Torre de Moncorvo, Mirandela e Alfândega da Fé.

De acordo com o investigador Roberto Afonso, as mascaradas portuguesas de inverno têm o seu arranque no dia 31 de outubro, na povoação de Cidões, Vinhais, com a Festa da Cabra e do Canhoto.

Seguem-se, em dezembro, a partir do dia 13, dia de Santa Luzia, as festas do Velho e da Galdrapa, em São Pedro da Silva (Miranda do Douro), prosseguindo depois, durante o ciclo dos 12 dias entre o Natal e a Epifania, as festas nos concelhos de Bragança (Aveleda, Grijó, Parada, Pinela, Rebordãos e Varge), Macedo de Cavaleiros (Arcas), Miranda do Douro (Constantim e Vila Chã de Braciosa), Mirandela (Torre de Dona Chama), Mogadouro (Bemposta, Bruçó, Tó, Vale de Porco, Valverde e Vilarinho dos Galegos) e Vinhais (Ousilhão, Rebordelo, Travanca e Vale das Fontes).

Neste período, de 26 de dezembro a 6 de janeiro, o período do solstício em que as máscaras assumem maior protagonismo, a maior parte das manifestações – sem sacrifício de outras evocações – é dedicada a Santo Estêvão, primeiro mártir do cristianismo, dito padroeiro dos rapazes.

Os festejos com mascarados prosseguem depois durante o Carnaval, em diversas localidades do país, sendo alguns mais mediatizados e turísticos, como é o caso do Entrudo Chocalheiro de Podence, em Macedo de Cavaleiros, reconhecido Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 2019, e que já constitui um dos principais cartazes turísticos da região.

Outras manifestações, apesar da sua escala mais local, distinguem-se também pelas tradicionais máscaras, transgressoras e indiferenciadas entre si, e pelos trajes usados nos seus rituais.

“Sem tecer quaisquer considerações relativamente aos carnavais urbanos que assumiram já uma massiva dimensão comercial e mediática – Loulé, Madeira, Sesimbra, Torres Vedras, Ovar, Funchal, entre outros -, merecem especial menção algumas manifestações que vão acontecendo espontaneamente em diversas localidades e que mantêm traços de ancestralidade e genuinidade”, prosseguiu Roberto Afonso.

O investigador dá como exemplo os entrudos de Castro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo, protagonizado por Farrangalheiros, mulheres que tapam a cara com rendas e usam um ‘garruço’ em forma de cone e tiras de papel coloridas), das Aldeias de Xisto (Góis, Coimbra), de Ílhavo (Aveiro), de Lagoa de Mira (Coimbra), de Lazarim (Lamego), o Entrudo Lagarteiro de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda), e os entrudos de Sambade (Alfândega da Fé), de Lagarelhos (Vinhais), de Vila Boa (Vinhais), de Vinhais, de Cardanha (Moncorvo) e de Santulhão (Vimioso).

As festividades deste período do ciclo de inverno culminam na quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, dia em que a Morte e os Diabos saem à rua em Bragança, Edrosa (Vinhais) e Vinhais.

Fora do Solstício de Inverno acontece, atualmente, uma única festa com mascarados em Portugal, a 24 de junho, Dia de São João, na localidade de Sobrado (Valongo, Porto), designada de Bugiada e Mouriscada.

O investigador Antero Neto, responsável pelo ressurgimento de várias destas tradições no Planalto Mirandês, é da opinião de que há muitas destas mascaradas não será possível recuperar, alertando para o cuidado de não se cair em tentações de inventar.

“Não se pode cair na tentação ridícula de inventar, porque são [tradições] genuínas”, disse à Lusa o autor de diversas obras nos domínios histórico, antropológico e etnográfico do planalto mirandês. “A recuperação deste tipo de iniciativas tem de ser verdadeiramente documentada. Sou crítico destas atitudes que estão ser tomadas por algumas coletividades que apresentam este tipo de tradições adulteradas e não estudadas”, frisou o autor de “As Festas de Inverno e os Mascarados de Valverde”.

Para Antero Neto, a tradição oral das populações é o verdadeiro legado para a recuperação destas tradições milenares.

António Pinelo Tiza, membro da Academia da Máscara Ibérica, disse à Lusa haver igualmente um trabalho na região de fronteira para preservar estes ritos ancestrais ligados às máscaras solsticiais.

“As ‘mascadas’ na Península Ibérica estão vivas e reúnem à sua volta muitas pessoas, desde investigadores a grupos de mascarados, estando mesmo em curso um processo de reconhecimento a nível mundial destas tradições”, enfatizou.

Em Mogadouro, está patente, até ao próximo dia 23 de fevereiro, a exposição itinerante “Máscaras Rituais de Portugal – Coleção de Roberto Afonso”, ordenada cronologicamente, que estabelece um roteiro das mascaradas em Portugal.

Fonte: Lusa

Fiscalidade: Liquidação do IMI sobre 6  barragens 

Fiscalidade: Liquidação do IMI sobre 6  barragens

Após a reunião com a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, os autarcas transmontanos garantem que receberam indicações do governo de que foram emitidas notas de liquidação de IMI sobre a venda das barragens.

Na reunião participaram os presidentes da Câmara de Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo e o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, que tutela do pelouro das Obras Públicas.

O presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães disse que a governante deixou a indicação de que foram emitidas notas de liquidação em sede do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Segundo o autarca, a liquidação corresponde ao de 2020 e subsequentes.

“Agora vamos aguardar a reação da concessionária das seis barragens [Movhera] e acompanhar todo este processo no que respeita à cobrança do IMI”, vincou João Gonçalves.

O autarca social-democrata acrescentou ainda que esta liquidação marca simbolicamente a passagem de quatro anos sobre a venda da seis barragens [Miranda, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz Tua], “onde vários eventos foram acontecendo, mas há convicção de que há impostos para liquidar”.

O vereador do município de Miranda do Douro, Vítor Bernardo, garantiu que viu a nota de liquidação do IMI, referente à barragem de Miranda.

“Eu, pessoalmente, tenho conhecimento e sei porque a sede formal da Movhera é na barragem de Miranda, e vi o documento que foi colocado à parte do deste equipamento e sim, as liquidações terão sido efetuadas”, frisou o autarca mirandês.

Segundo Vítor Bernardo, durante a reunião que decorreu no Ministério das Finanças, em Lisboa, foram cumpridos os três despachos emitidos, anteriormente, pelo então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix.

“Quanto à não cobrança de qualquer imposto, a senhora governante, escudou-se, naturalmente, no processo em curso no Ministério Público (MP), que está a investigar um alegado crime de evasão fiscal ”, disse.

 A Câmara Municipal de Miranda do Douro interpreta esta decisão da emissão das notas de liquidação em sede de IMI “como uma meia vitória, num processo que já se arrasta há quatros anos”.

“Mas a vitória final para os municípios, será quando for cobrado o Imposto de Selo, IMI, IRC e outras taxas fiscais”, destacou Vítor Bernardo.

Do lado de Torre de Moncorvo, o presidente da Câmara, José Meneses, avançou que os autarcas manifestaram o desconforto à secretária de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a não cobrança dos impostos sobre a venda das barragens, cuja receita é importante para este território.

“Caso venha a ser cumprida a nota de liquidação do IMI, só no concelho de Torre de Moncorvo, o montante a encaixar, em sede de IMI, ascende a cerca de três milhões de euros”, vincou o autarca.

Os municípios do Nordeste Transmontano com barragens colocaram hoje as bandeiras municipais a meia haste em sinal de protesto pela falta da cobrança dos impostos resultantes da venda de seis centros eletroprodutores instalados neste território.

Aderiram ao protesto os municípios de Alfândega da Fé, Mogadouro, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães.

Os autarcas deste cinco concelhos, em documento enviado na quinta-feira à agência Lusa, afirmaram que “a venda por 2,2 milhões de euros feitas, a coberto de fórmulas de planeamento fiscal agressivo, sem o pagamento de IRC, do Imposto do Selo e do IMT e IMI, lesou os contribuintes portugueses em mais de 400 milhões de euros”.

Em 20 de dezembro de 2024 passam quatro anos sobre o negócio em que a EDP Produção de Energia SA, vendeu por 2.200 milhões de euros seis barragens no rio Douro a um fundo liderado pela francesa Engie.

Segundo este grupo de autarquias, “o mais grave é que o negócio só se concretizou porque na véspera foi feita uma alteração cirúrgica ao artigo 60 do Estatuto dos Benefícios Fiscais”.

Os municípios subscritores deste comunicado dizem permanecer “firmes, atentos e determinados a obter a cobrança dos impostos pela venda das barragens, até porque mais de 200 milhões de euros são receita dos municípios”.

Fonte: Lusa

São Martinho: Homem de 70 anos morre num incêndio em casa

São Martinho: Homem de 70 anos morre num incêndio em casa

Na madrugada do dia 22 de dezembro, deflagrou um incêndio numa habitação em São Martinho de Angueira, no concelho de Miranda do Douro, que causou a morte a um homem de cerca de 70 anos, informou o comandante dos bombeiros locais, Luis Martins.

Segundo o comandante, o alerta do incêndio foi dado às 05:40 e propagou-se à habitação contígua, dado que o interior das habitações eram de madeira.

No local estiveram 24 operacionais apoiados por seis viaturas e a GNR.

De acordo com a corporação de bombeiros, o corpo da vítima mortal, único morador daquela casa, foi transportado para o gabinete médico-legal de Bragança.

A Polícia Judiciária (PJ) também esteve no local a fazer perícias.

Fonte: Lusa

Celebrar o Natal!

IV Domingo do Advento 

Celebrar o Natal!

Miq 5, 1-4a / Slm 79 (80), 2-3.15-16. 18-19 / Hebr 10, 5-10 / Lc 1, 39-45

Estamos na reta final do tempo do Advento. Aproxima-se a passos largos o Natal.

O profeta Miqueias anuncia o nascimento do Messias em Belém. E diz desta cidade que «será a Mãe do Salvador. Aí nascerá o Rei futuro, que será Pastor do seu Povo. Com o seu nascimento, não só trará a Paz, reunindo os filhos de Deus dispersos, como Ele mesmo será a Paz».

A missão de Jesus passa pela instauração de um mundo novo que se constrói pela paz, não com a força e a violência. O Reino que Jesus vem para instaurar identifica-se com a união, a humildade e a simplicidade.

Celebrar o Natal, mesmo no contexto atual, marcado por tantas guerras que parecem não ter fim, significa acreditar que o amor vencerá. Por isso, estes dias de fim de Advento mostram que o verdadeiro compromisso com a causa da paz passa por construir caminho juntos.

No encontro de Maria e Isabel, como relata o Evangelho de São Lucas, podemos encontrar traços deste caminhar em sinodalidade em duas mulheres que estão para ser mães. Maria traz no seio o Menino Jesus; Isabel é de idade avançada e será a mãe de João Batista. Duas mães que se encontram, que se ajudam, que partilham a alegria da fecundidade.

Olhando para elas, podemos dizer como o autor da Carta aos Hebreus: «Eis-me aqui: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade». Depois deste longo percurso de Advento, a liturgia deste domingo desafia-nos a oferecer a vida com aquilo que carrega de alegrias e tristezas. Disponíveis para colaborarmos no projeto de Deus, caminhamos cientes de que Jesus pode ajudar-nos a dar sentido à vida, renovando-a e enchendo-a de sentido.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Filarmónica Mirandesa oferece Concerto de Natal

Miranda do Douro: Filarmónica Mirandesa oferece Concerto de Natal

Neste sábado, dia 21 de dezembro, a Associação Filarmónica Mirandesa oferece um Concerto de Natal, na concatedral, em Miranda do Douro, num espetáculo musical que conta com a participação da Banda Filarmónica de Lamas e uma homenagem aos antigos músicos mirandeses.

Após a recente participação no Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas, em Lisboa, a Associação Filarmónica Mirandesa está de regresso a casa, onde vai presentear a população de Miranda do Douro com o já tradicional Concerto de Natal.

O espetáculo musical está agendado para as 21h00, na concatedral de Miranda do Douro e este ano tem como convidado, a Banda Filarmónica 25 de Março, vinda de Lamas, no concelho de Macedo de Cavaleiros.

Outro destaque no Concerto de Natal é a homenagem aos antigos músicos da Associação Filarmónica Mirandesa, que foi fundada em 1893.

HA

Política: Câmaras com bandeiras a meia haste reclamam impostos das barragens

Política: Câmaras com bandeiras a meia haste reclamam impostos das barragens

Os municípios transmontanos, com barragens edificados nos seus territórios, como são Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães vão colocar as bandeiras a meia haste, em sinal de protesto pela falta da cobrança dos impostos resultantes da venda das barragens, pela EDP a um consórcio liderado pela empresa Engie.

Em sinal de indignação e de protesto, esta sexta-feira, dia 20 de dezembro, as bandeiras municipais vão estar a meia haste, durante o encontro com a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, agendado para as 11h00, no Ministério das Finanças, em Lisboa.

Os autarcas de Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Anciães, afirmam que “a venda por 2,2 milhões de euros feitas, a coberto de fórmulas de planeamento fiscal agressivo, sem o pagamento de IRC, do Imposto do Selo e do IMT e IMI, lesou os contribuintes portugueses em mais de 400 milhões de euros”.

Para o presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, concelho que tem no seu território, uma das seis barragens [Bemposta] que entraram no negócio feito entre a EDP e a Engie, disse à Lusa que vai colocar a bandeira municipal a meia haste como forma de reclamar os imposto devidos.

“Entendemos que temos direitos sobre os impostos resultantes da venda das seis barragens da bacia hidrográfica do rio Douro, tais como Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz Tua. Este negócio não foi feito corretamente, e se não foi há que fazer as devidas correções”, indicou o autarca social-democrata deste município do distrito de Bragança.

Vítor Bernardo, vereador do município de Miranda do Douro que tem no seu concelho as barragens de Miranda e de Picote, afirmou que vão proceder à colocação das bandeiras a meia haste, em sinal de luto, “pela pobreza franciscana que existiu na não cobrança de impostos e a consequente não entrega desses montantes aos municípios que têm esse direito”.

“Passados quatro anos sobre a venda das seis barragens, que se saiba, ainda nada foi feito em matéria de cobranças dos impostos por esta transação milionária”, vincou o autarca mirandês.

Em 20 de dezembro de 2024 passam quatro anos sobre o negócio em que a EDP Produção de Energia SA, vendeu por 2.200 milhões de euros seis barragens no rio Douro a um fundo liderado pela francesa Engie.

“O negócio ruinoso para os contribuintes e para o prestígio das instituições só foi possível porque o [então] ministro Matos Fernandes e a Agência Portuguesa do Ambiente [APA] o autorizaram, apesar de previamente alertados pelo Movimento Cultural da Terra de Miranda [MCTM], indicam os autarcas na mesma nota.

Segundo este grupo de autarquias, o mais grave é que o negócio só se concretizou porque na véspera, foi feita uma alteração cirúrgica ao artigo 60 do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

“Uma lei à medida dos poderes instalados fabricada nas costas e com prejuízo dos contribuintes. Todos estes factos são do conhecimento público e foram a seu tempo denunciados, quer ao Ministério Público quer à Autoridade Tributária”, referem.

Os autarcas em causa interrogam-se de como é possível que a inspeção tributária realizada ao negócio da venda das barragens continue em banho-maria ou a quem interessa que a inspeção tributária se tenha tornado numa “espécie de obras de Santa Engrácia, sem fim à vista, e com os responsáveis pelo embuste impunes”.

Os municípios subscritores deste comunicado dizem permanecer “firmes, atentos e determinados a obter a cobrança dos impostos pela venda das barragens, até porque mais de 200 milhões de euros são receita dos municípios”.

“Estamos determinados a lutar até conseguirmos que se faça justiça a todos os cidadãos que vivem nos nossos concelhos. Nós vamos conseguir, só vamos parar quando a EDP pagar os 200 milhões de Euros que nos deve”, insistem estes municípios transmontanos com barragens nos seus territórios

Em 18 de novembro, o MCTM alertava para o “grave risco” de o Governo deixar caducar o IMI das barragens referente ao ano de 2020, sendo isto considerado “um grande escândalo nos negócios das barragens”.

Fonte: Lusa

Espanha: Crescimento da economia

Espanha: Crescimento da economia

Em 2024 e 2025, o Banco de Espanha melhorou em três décimas, as previsões de crescimento da economia do país, prevendo agora aumentos do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,1% e 2,5%, respetivamente.

A melhoria das previsões do Banco de Espanha – em linha com o que têm feito o próprio governo espanhol e entidades internacionais nas últimas semanas – deve-se ao bom desempenho da atividade na segunda metade deste ano, em especial, o consumo privado e público.

O banco central espanhol destacou, no relatório com as novas estimativas, que o crescimento do PIB em 2024 e 2025, sustentar-se-á essencialmente na procura interna e, sobretudo, no consumo privado, devido à evolução positiva do rendimento disponível, do mercado laboral, da confiança das famílias e do esperado aumento da população.

O investimento, que continua a ser a componente da procura interna mais frágil, aumentará também o contributo para o crescimento do PIB espanhol nos próximos trimestres, impulsionado pela execução de fundos europeus e por melhores condições de financiamento (crédito), segundo o Banco de Espanha.

Quanto à inflação, o banco central manteve as últimas previsões, que são de 2,9% para 2024 e 2,2% em 2025.

O Banco de Espanha prevê, por outro lado, que a taxa de desemprego no país, que tem um dos valores mais altos de toda a União Europeia, continue a baixar bos próximos anos, de 11,5% em 2024 para 9,9% em 2027.

Já as previsões para o défice público para este ano pioram numa décima, estimando agora o banco central que seja 3,4% do PIB, por causa dos gastos associados às inundações de 31 de outubro na região de Valência.

Em 2025, o défice público espanhol deverá baixar para 2,9% do PIB, segundo o Banco de Espanha.

Quanto à dívida pública espanhola, o banco central prevê que fique este ano em 103,1% do PIB e em 102,6% em 2025.

Também a Comissão Europeia (CE) melhorou no mês passado as perspetivas para o PIB de Espanha.

A CE prevê agora que Espanha cresça 3% em 2024 (mais cinco décimas do que os 2,5% que o PIB aumentou em 2023).

Segundo a CE, a inflação espanhola deverá ser 2,8% este ano (foi 3,4% em 2023) e a taxa de desemprego deverá situar-se em 11,5% (12,2% em 2023).

A CE manteve, por outro lado, a estimativa de um défice público de 3% do PIB este ano em Espanha (foi 3,5% em 2023).

Para 2025, Bruxelas prevê que o PIB de Espanha cresça 2,3%, que a inflação seja 2,2%, que a taxa de desemprego caia para 11% e que o défice público diminua para 2,6% do PIB.

O crescimento de Espanha deve-se ao consumo, “sustentado pela continuação da resiliência do mercado de trabalho, e pelo reforço do investimento”, segundo disse a Comissão Europeia (CE) no mês passado.

“A atividade económica [em Espanha] manteve a dinâmica no primeiro semestre de 2024, sustentada pela forte evolução do consumo e do impulso da atividade turística. A expansão económica deverá continuar no segundo semestre do ano”, segundo a CE.

Fonte: Lusa