Tó: Feira celebra o Dia de São Martinho

Tó: Feira celebra o Dia de São Martinho

No fim-de-semana de 9 e 10 de novembro, a localidade de Tó, no concelho de Mogadouro volta a organizar a Feira de São Martinho, um certame cujos destaques são os produtos Origem Mogadouro, tradições como as chegas de touros, o magusto e a prova de vinhos, a animação cultural dos pauliteiricos e o concerto dos Galandum Galundaina.

De acordo com o presidente da freguesia de Tó, Ricardo Marcos, a origem deste certame está relacionada com a feira mensal, que acontece a 11 de cada mês e ganha especial destaque em novembro, pois coincide com o Dia de São Martinho.

“Em Tó, a feira de novembro sempre foi vivida com um especial entusiasmo, dado que coincide com a festa em honra de São Martinho. Neste dia havia a tradição do magusto, das provas do vinho novo e também a feira de gado, com a compra e venda de animais. Na feira era costume comprar o porco para depois fazer a matança, que ocorria nos meses frios, de janeiro e fevereiro, durante os quais se fazia o fumeiro ”, explicou.

Para recordar a feira de gado, no certame deste ano volta a recriar-se a matança do porco e estão também programadas várias chegas de touros de raça mirandesa.

Ao longo dos anos, a organização da feira tem vindo a introduzir inovações, com destaque para a participação dos produtores do planalto mirandês.

“Atualmente, a Feira de São Martinho pretende dar visibilidade e promover os produtos regionais, com destaque para a marca “Origem Mogadouro”, que inclui o azeite, o vinho, o mel, os licores, o pão e a doçaria tradicional, os frutos secos, os queijos e o fumeiro”, sublinhou o autarca de Tó.

Outra componente importante nestes certames é a animação cultural. Este ano, a organização convidou grupos tradicionais do planalto mirandês, com destaque para as danças dos Pauliteiricos das Oficinas de Música do Município de Mogadouro, o concerto dos Galandum Galundaina ou a atuação do Rancho Folclórico da Mirandanças.

Questionado sobre o sucesso destas feiras comerciais e culturais no planalto mirandês, Ricardo Marcos, referiu que as pessoas sentem-se orgulhosas com o reconhecimento e o valor dado atualmente aos produtos e à cultura local.

“Julgo que as pessoas, sejam os produtores, como também o público, reveem-se e sentem-se orgulhosos com o valor dado aos produtos e às tradições da nossa região. A par das trocas comerciais, a Feira de São Martinho, em Tó, também faz muito bem à população local, pois é um modo de sair do isolamento e proporciona-lhes o encontro e o convívio com gentes de outras localidades, que nos visitam durante o fim-de-semana”, justificou.

Todos os anos, a Feira de São Martinho é organizada pela freguesia de Tó e conta com o apoio do município de Mogadouro.

HA

Sendim: Cooperativa olivícola começa a laborar a 14 de novembro

Sendim: Cooperativa olivícola começa a laborar a 14 de novembro

Em Sendim, a Cooperativa Olivícola “A Sendinense” vai começar a laborar a partir de 14 de novembro, anunciou a direção no decorrer da recente assembleia geral, durante a qual solicitou aos olivicultores associados a elaboração de uma lista para entrega das colheitas, de modo a evitar evitar filas e longos períodos de espera.

A assembleia geral reuniu mais de meia centena de olivicultores.

A reunião dos olivicultores realizou-se no Domingo, dia 3 de novembro, no pavilhão multiusos, em Sendim, onde a atual direção da cooperativa olivícola “A Sendinense”, liderada por José António Rodrigues, informou que vai começar a laborar a partir de 14 de junho.

Tendo em consideração a crescente mecanização na apanha da azeitona, os dirigentes da cooperativa propuseram aos olivicultores associados a elaboração de uma lista para entrega das colheitas, de modo a evitar filas e longos tempos de espera à porta da cooperativa, em Sendim.

“Futuramente e para acompanhar a celeridade da apanha da azeitona, a cooperativa pretende instalar outra linha de transformação em azeite, de modo a responder às exigências dos olivicultores associados”, indicou o presidente da cooperativa.

De acordo com a direção da cooperativa, na campanha deste ano, os preços praticados são:

– Azeitona para linha direta: 0,06€/Kg

– Azeitona para fazer azeite do sócio: 0,07€/Kg

– Azeitona do não sócio: 0,12€Kg.

“Este ano, o valor da maquia, isto é, a porção de azeite que a cooperativa retêm dos olivicultores, como remuneração pela transformação da azeitona é de 4,5%. Ou seja, por cada 100 litros de azeite fabricado, a cooperativa retêm 4,5 litros”, explicou.


Atualmente, a cooperativa olivícola “A Sendinense” conta com 505 associados, oriundos da vila de Sendim, mas também de localidades vizinhas, como Urrós, Trabanca (Espanha), Cércio, Atenor, Teixeira, entre várias outras localidades.

Na campanha deste ano, o olivicultor, Manuel Marcos Aleixo, de Sendim, prevê “uma boa colheita de azeitona, na ordem das seis toneladas”.

Por sua vez, Manuel Santiago, associado da cooperativa há 24 anos, adiantou que no seu olival há menos quantidade de azeitona, comparativamente com o anterior.

Outro olivicultor sendinês, Luís Peres, indicou que nos seus quatro hectares de olivais, perspetiva uma boa colheita em quantidade e qualidade de azeitona (negrinha e cobrançosa).

“Estimo colher entre 10 a 15 mil quilos de azeitona. No transporte da colheita, vou entregar uma parte à cooperativa e com outra parte da colheita vou fazer o meu próprio azeite”, disse.

A Sendinense – Cooperativa Olivícola, C.R.L., produz a marca de azeite “Arribas em Flor”, que é comercializado em garrafão ou garrafa e pode ser adquirido na cooperativa, em Sendim.

Para além do azeite, a cooperativa dispõe de uma máquina descaroçadora, o que permite reutilizar o caroço da azeitona.

Segundo a direção, as vantagens de ser associado da Cooperativa Olivícola “A Sendinense” são a prioridade na entrega da azeitona (relativamente aos não sócios); o custo de produção do azeite também é inferior; a maior facilidade na comercialização do azeite; e o acesso a apoios e incentivos na plantação de novos olivais.

HA

Pecuária: Doença da língua azul atinge todos os distritos

Pecuária: Doença da língua azul atinge todos os distritos

Os serotipos três e quatro do vírus da língua azul já atingiram todos os distritos de Portugal continental, só a Madeira e os Açores estão livres da doença, segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

“A área geográfica afetada pelos serotipos três e quatro do vírus da língua azul […] é constituída por todos os distritos de Portugal continental”, lê-se num edital da DGAV.

As regiões autónomas dos Açores e da Madeira não foram afetadas pelo vírus.

A febre catarral ovina ou língua azul é uma doença viral, de notificação obrigatória, que afeta os ruminantes e não é transmissível a humanos.

Em Portugal estão a circular três serotipos de língua azul, nomeadamente o BTV-4, que surgiu, pela primeira vez, em 2004 e foi novamente detetado em 2013 e 2023, o BTV-1, identificado em 2007, com surtos até 2021, e o BTV-3, detetado, pela primeira vez, em 13 de setembro.

A vacinação de ovinos e bovinos contra os serotipos um e quatro é obrigatória. Já contra o serotipo três é apenas permitida.

No que diz respeito ao serotipo três, os últimos dados, reportados à semana passada, indicam que foram contabilizadas 41 explorações de bovinos afetadas e 102 animais, sem mortalidade.

No caso dos ovinos, somam-se 238 explorações e 11.934 animais afetados e 1.775 mortos.

Por distrito, destacam-se Évora, com 90 explorações afetadas, e Beja, com 76, seguidos por Setúbal (48) e Portalegre (20).

O Ministério da Agricultura está a preparar o reforço dos apoios às organizações de produtores face à doença da língua azul e vai investir num plano de desinsetização para travar a propagação, avançou à Lusa.

Além do reforço da subvenção anual dada às organizações de produtores, o executivo de Luís Montenegro vai investir num plano nacional de desinsetização para travar a propagação do vetor transmissor e da doença.

O ministério liderado por José Manuel Fernandes adiantou que este plano vai permitir evitar a propagação do serotipo três da língua azul, mas também de outras doenças transmitidas por insetos, como a doença hemorrágica dos bovinos.

O Governo não revelou quando é que este plano vai avançar.

Fonte: Lusa

Cultura: Concursos para a direção de vários museus

Cultura: Concursos para a direção de vários museus

Os concursos internacionais para a direção de museus e monumentos nacionais em Braga, Bragança, Miranda do Douro, na região oeste, em Beja e Lisboa, abrem esta terça-feira, dia 5 de novembro, indicou a entidade pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP).

O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa e o Museu dos Biscainhos são os equipamentos em Braga que terão concursos abertos para a direção, a partir de dia 5 de novembro, na sequência da reorganização orgânica da antiga Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), que entrou em vigor em janeiro deste ano.

Os restantes museus com concursos abertos para a direção são o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, o Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro, os Museu José Malhoa/Museu de Cerâmica/Museu Etnográfico e Etnológico Dr. Joaquim Manso, na região Oeste, o Museu Rainha D. Leonor e a Igreja de Santo Amaro, em Beja, e a Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa.

De acordo com um comunicado divulgado por aquela entidade pública empresarial, o prazo para submissão de candidaturas decorre até 04 de dezembro e os mandatos serão exercidos em regime de comissão de serviço com a duração de três anos, entre 2024 e 2027, renovável por iguais períodos.

Com a constituição da MMP – a par do instituto público Património Cultural – tinham cessado as comissões de serviço de todos os museus e monumentos geridos pela antiga DGPC.

O decreto-lei que criou a MMP previa a abertura dos concursos até ao final do primeiro semestre deste ano.

Atualmente, encontram-se a decorrer concursos para a seleção dos novos diretores do Museu Nacional de Arte Contemporânea, do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, do Museu Nacional Grão Vasco, do Museu Nacional de Conímbriga, do Museu Nacional de Soares dos Reis/Casa-Museu Fernando de Castro, e do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo/Igreja das Mercês.

O prazo para submissão destas candidaturas, que abriram em 15 de outubro, decorre até 13 de novembro.

Os júris dos concursos, designados pelo conselho de administração da MMP com homologação da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, integram elementos nacionais e estrangeiros, incluindo académicos, investigadores e especialistas nas áreas da cultura, património e museologia, assim como representantes de associações profissionais do setor.

A escolha dos jurados, a quem competirá a avaliação dos candidatos, “resulta de um trabalho de colaboração” entre a MMP, a Associação Portuguesa de Museologia (APOM), o Conselho Internacional de Museus, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios e a Associação Profissional de Conservadores-restauradores de Portugal.

A fase de seleção prévia inicia-se após o encerramento do período de candidaturas e decorre no prazo de 30 dias corridos, sendo admitidos, no máximo, cinco candidatos à fase de entrevistas.

A MMP tem como objetivos definidos na sua criação a “gestão dos museus, monumentos e palácios nacionais, a execução da política museológica nacional e a proteção, conservação e restauro, proteção, investigação e valorização das coleções nacionais e do património cultural móvel”.

Fonte: Lusa

Sociedade: Solicitação de fatura aos lares de idosos

Sociedade: Solicitação de fatura aos lares de idosos

Os filhos de idosos que residem em lares e contribuam para o pagamento da mensalidade podem pedir que a fatura seja emitida com o seu NIF, no valor correspondente à parte que suportam.

A questão fiscal foi colocada à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) por uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) que quis saber se lhe era possível emitir fatura a cada um dos filhos de uma utente, na parte assumida por estes na mensalidade do lar.

Até agora, refere o pedido de informação vinculativa enviado pela ERPI, o valor integral tem sido faturado “sempre em nome da utente”, adiantando, contudo, que tem sido questionada “relativamente à parte que é assumida pelos filhos, uma vez que a utente não tem rendimentos para fazer face ao valor do encargo pago mensalmente”.

Na resposta da AT, é referido que a fatura que titula a prestação de serviços “deve ser emitida ao respetivo destinatário dos serviços prestados”, sendo que “na circunstância do utente não coincidir contratualmente com o destinatário do serviço, no todo ou em parte, deve ser emitida fatura, em nome e com o número fiscal de cada um, pelo valor do encargo efetivamente suportado”.

Fonte: Lusa

Avelanoso: Investigadores e agricultores falaram sobre a “tinta do castanheiro”

Avelanoso: Investigadores e agricultores falaram sobre a “tinta do castanheiro”

No âmbito da IX Feira da Castanha e Produtos da Terra, realizou-se na tarde de sábado, dia 2 de novembro, a palestra “Um olhar sobre os castanheiros”, durante a qual os agricultores locais receberam instruções sobre a origem de doenças como a “tinta do castanheiro” e o modo de enfrentar este problema.

A professora do IPB, Eugénia Gouveia iniciou a sessão de esclarecimento aos agricultores, em Avelanoso.

A sessão de esclarecimento decorreu na antiga escola, em Avelanoso, onde o presidente de freguesia de Avelanoso, Fernando Rodilhão, deu as boas-vindas aos docentes do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e aos agricultores locais.

“O conhecimento científico é uma mais-valia para enfrentar os vários e recorrentes problemas que afetam os soutos de castanheiros em Avelanoso e assegurar a produtividade de castanha”, disse ao autarca.

Na sessão de esclarecimento, os professores da Escola Superior Agrária de Bragança (ESA-IPB) focaram-se na doença da “tinta do castanheiro”.

“Esta doença já existe desde o século XVIII e provoca a podridão das raízes dos castanheiros, pelo que quando chove há um caudal de água negro, daí vem a designação de tinta”, explicaram.

Segundo os docentes, a origem desta doença está nos solos, que por vezes acumulam muita água e ficam encharcados; ou então são pouco profundos e não têm nutrientes suficientes, o que favorece o aparecimentos de microrganismos que provocam a podridão das raízes.

Perante este diagnóstico e para tratar os solos infetados com a doença da tinta, foi sugerido aos agricultores a não mobilização do solo na área da copa dos castanheiros.

“Já existem produtos fitofarmacêuticos para eliminar os microorganismos. O ideal é aplicar o tratamento no mês de julho, porque é a altura do ano em que há menos água nos solos. O tratamento deve ser repetido ao longo de vários anos”, aconselharam.

Para evitar o aparecimento da doença da tinta do castanheiro, os investigadores do IPB recomendaram aos agricultores de Avelanoso a plantação de castanheiros em terrenos adequados, arejados e com matéria orgânica suficiente que assegure o crescimento e o vigor das árvores.

Relativamente à produtividade dos soutos, os docentes da Escola Superior Agrária de Bragança indicaram que os solos no nordeste transmontano são ácidos, arenosos razão pela qual perdem facilmente os nutrientes.

“A falta de nutrientes nos solos é um problema sério para os castanheiros. Por isso, devem repor-se nutrientes importantes como o cálcio, o azoto e o potássio”, indicaram.

Sobre as lavras nos soutos de castanheiros, os investigadores do IPB referiram que a erosão dos solos é um grave problema em toda a região mediterrânea. Em alternativa às sucessivas lavras, foi sugerido o uso de herbicidas, o destroçador e as sementeiras de plantas que reponham nutrientes no solo.

HA

Avelanoso: Rota da castanha com 70 participantes

Avelanoso: Rota da castanha com 70 participantes

No sábado, dia 2 de novembro, o passeio pedestre “Rota da Castanha” contou com a participação de 70 pessoas, crianças, jovens e adultos que ao longo de nove quilómetros foram conhecer os soutos de castanheiros existentes em Avelanoso, uma atividade que integrou o programa da IX Feira da Castanha e Produtos da Terra.

Adrian Castro, natural de Madrid, foi um dos participantes no passeio pedestre “Rota da Castanha”. O jovem espanhol veio até Avelanoso, a convite de uns amigos para participar na IX Feira da Castanha e Produtos da Terra.

“Gosto muito do ambiente rural e em particular da tranquilidade das aldeias e do convívio com a população. Nestas feiras de produtos locais, sou um apreciador das castanhas assadas e das compotas”, disse.

E por falar em castanhas, no decorrer da caminhada, os participantes foram presenteados com uma merenda com castanhas assadas, fruta, água e até jeropiga.

Em Portugal, existem 50 mil hectares de castanheiros, sendo que a maior área está nas regiões das Beiras e em Trás-os-Montes.




Outro caminhante no passeio em Avelanoso foi Jaime João. Natural da aldeia, este jovem viveu vários anos em Lisboa e regressou recentemente à terra, onde planeia iniciar uma nova atividade profissional.

“Juntamente, com a minha esposa decidimos mudar da cidade para o campo. Nestas aldeias, as feiras como a da castanha são muito importantes para divulgar o que aqui se produz e também para combater o isolamento e a solidão das pessoas. Perante o preocupante problema do despovoamento, penso que inciativas como a feira da castanha aproximam muito as pessoas e propiciam o diálogo e o convívio ”, disse.


No final do passeio pedestre “Rota da Castanha”, os caminhantes juntaram-se num almoço convívio na IX Feira da Castanha e Produtos da Terra.

HA

Avelanoso: Feira da Castanha com emigrantes, turistas, espanhóis e caçadores

Avelanoso: Feira da Castanha com emigrantes, turistas, espanhóis e caçadores

A IX Feira da Castanha e Produtos da Terra, que decorreu em Avelanoso, nos dias 1 e 2 de novembro, registou a afluência de emigrantes, turistas, espanhóis e caçadores, que visitaram o certame para conhecer e adquirir alguns produtos locais e conviver com a população.

A aberura do certame ao público, contou a presença do presidente do município de Vimioso, António Santos, que mais uma vez explicou que a organização destas feiras nas várias localidades do concelho de Vimioso, têm a finalidade de promover os produtos endógenos e simultaneamente incentivar a fixação da população no mundo rural.

A seu lado, Fernando Rodilhão, presidente da Freguesia de Avelanoso, destacou e agradeceu a participação de 36 produtores locais e regionais, que expuseram produtos como a castanha, os produtos hortícolas, o mel, o fumeiro, a doçaria tradicional, os licores, os cogumelos, o artesanato, entre outros produtos e artigos.

A IX Feira da Castanha e Produtos da Terra, em Avelanoso, contou com a participação de muitos emigrantes, vindos sobretudo de França e de Espanha. Nesta estadia, os emigrantes aproveitaram para gozar alguns dias de férias, ajudar na apanha da castanha e celebrarem o Dia de Todos os Santos e a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

O emigrante, Bruno Miguel, vive e trabalha em Marselha (França) há seis anos. Todos os anos, aproveita esta altura do ano, para gozar alguns dias de férias e regressar a Avelanoso. Sobre a Feira da Castanha e Produtos da Terra, o jovem emigrante afirmou que está bem organizada e tem muita variedade de produtos e peças de artesanato.

“No regresso a França gostaria de levar um pouco de tudo, como o pão, os folares e o licor”, disse.

De passeio pelo nordeste transmontano, o casal de turistas ingleses, Henry e Saly Richette, aproveitaram para visitar a IX Feira da Castanha e Produtos da Terra, em Avelanoso.

“Aprecio muito estas feiras locais, onde é possível adquirir produtos autênticos e de muita qualidade. Nesta visita a Avelanoso, vamos aproveitar também para almoçar na feira e conviver um pouco com a população”, disse.

De Espanha, da localidade de Villardiegua de la Ribera, veio um grupo de amigos, para assistir às chegas de touros mirandeses. Entre eles, Fernando, disse apreciar a doçaria tradicional e o artesanato.

Este ano, as tradicionais chegas de touros de raça mirandesa na feira da Castanha de Avelanoso foram canceladas, devido ao incidente provocado pelo ataque de um touro, ao proprietário, um homem de 60 anos que ficou ferido e teve que ser transportado para o hospital de Bragança.

Na época do outono/inverno, outros visitantes das feiras nas aldeias do concelho de Vimioso são os caçadores vindos de outras regiões do país. Foi o caso de Carlos Pinto, natural de Amarante e que há 20 anos se desloca para o nordeste transmontano para caçar à perdiz.

“Nos meses de caça, eu e um grupo de caçadores amigos ficamos alojados em Vale de Frades. Hoje, durante a manhã fomos caçar. E depois do almoço decidimos visitar a IX Feira da Castanha e Produtos da Terra, em Avelanoso, onde comprei amêndoas e encomendei alguns quilos de castanhas e nozes”, disse.

Em Avelanoso, o primeiro dia da feira encerrou com o concerto da “Banda Nova Geração”.

No dia seguinte, os destaques foram a montaria ao javali, o passeio pedestre, a atuação do Rancho Folclórico de Vimioso, a palestra sobre os castanheiros, o magusto e o concerto do grupo “LMC Band”.

HA

Leitura: Cheque-Livro para 220 mil jovens

Leitura: Cheque-Livro para 220 mil jovens

Em Portugal, cerca de 220 mil jovens, com 18 anos, podem aceder, a partir de 4 de novembro, a um cheque-livro, no valor de 20 euros, para comprar livros em livrarias físicas.

O Programa Cheque-Livro é uma iniciativa do Ministério da Cultura para incentivar os jovens a frequentar livrarias e a ler livros, sendo dirigido a pessoas residentes em Portugal, que nasceram em 2005 ou 2006.

Os jovens podem pedir o cheque-livro na plataforma www.souleitor.gov.pt, mediante um registo prévio, usando depois o vale na compra de um ou mais livros, sendo excluídos manuais escolares, dicionários, livros de apoio ao estudo e livros não editados em Portugal.

O cheque-livro também só pode ser usado para comprar livros cujo número de identificação da obra (ISBN) seja validado pela plataforma, lê-se na página oficial.

Também na plataforma é possível ver um mapa com as mais de 200 livrarias aderentes, sendo grande parte delas pertencentes às redes livreiras Bertrand e Almedina, à rede FNAC e à cadeia de lojas Note, às quais se juntam algumas livrarias independentes e papelarias.

Quanto à distribuição geográfica das livrarias, nos distritos da Guarda, Portalegre e Beja existe apenas uma livraria aderente. O mesmo acontece em toda a região dos Açores, com a adesão de uma livraria em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Aquando do anúncio do cheque-livro, o subdiretor da Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB), Bruno Eiras, disse que “o número de livrarias ainda está em permanente crescimento”, arrancando com “mais de 200 livrarias registadas”.

Sobre a atribuição do cheque-livro, Bruno Eiras disse também que “o programa foi dimensionado para um número máximo de 220 mil jovens”.

Os beneficiários do Programa Cheque-Livro têm até 23 de abril de 2025 para usufruir dos vinte euros na compra de livros.

O cheque-livro é uma medida proposta pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, que defendia a atribuição de 100 euros aos jovens de 18 anos para a compra de livros, mas o Governo anterior decidiu fixar o valor em 20 euros.

O programa tem uma dotação de 4,4 milhões de euros, através do Fundo de Fomento Cultural.

Fonte: Lusa

Floresta: Corte de verbas na Política Agrícola Comum

Floresta: Corte de verbas na Política Agrícola Comum

A sociedade civil e setor florestal exigiram alternativas, para o corte de verbas no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), para Portugal, no período 2023-2027, que está em negociação com Bruxelas.

Num comunicado conjunto, 22 associações da sociedade civil sustentam que a redução de 44% nos apoios às florestas “coloca em causa gestão florestal e a prevenção de fogos rurais” e “afetará a sociedade pelo abandono crescente da floresta”.

Segundo as 22 associações, apesar dos significativos pareceres desfavoráveis no Comité de Acompanhamento e de várias posições públicas contra os cortes no investimento florestal constantes da terceira Reprogramação do PEPAC, esta foi submetida à Comissão Europeia, de acordo com comunicação formal do passado dia 15 de outubro. 

“Desde então, não houve, até ao momento, qualquer diálogo entre o Ministério da Agricultura e as entidades do setor florestal e as declarações recentes do ministro da Agricultura [José Manuel Fernandes] à comunicação social desvalorizam os cortes realizados”, argumentam as associações. 

As organizações referem que o Orçamento do Estado para 2025 não contém qualquer proposta que permita, de forma explícita, identificar uma alternativa que equilibre os cortes realizados no PEPAC. 

As 22 organizações representativas da sociedade e do setor florestal uniram-se para apelar ao Governo para que encontre alternativas, em outros instrumentos de financiamento público, para o corte realizado nas intervenções de apoio à floresta na terceira reprogramação do PEPAC.  

Estas organizações defendem também que a discussão do OE para 2025 na especialidade deverá contribuir para encontrar soluções de financiamento para a floresta. 

“Os apoios públicos são indispensáveis para garantir que a floresta seja gerida de forma a manter as funções de proteção da água, biodiversidade, solo, sequestro e armazenamento de carbono, assim como a manutenção de emprego e criação de valor. 

É urgente iniciar um diálogo entre o Ministério da Agricultura e as organizações que representam o setor florestal e a sociedade, de modo a encontrar soluções para o reforço do investimento público em gestão florestal”, defendem.

Entre as 22 organizações figuram a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Liga para a Proteção da Natureza (LPN), Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve (Almargem), Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável.

Fonte: Lusa