O município de Mogadouro iniciou a recuperação do circuito turístico da cascata da Faia Alta, uma atração turística que está inserida no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).
“Trata-se de um percurso pedestre que foi construído em 2004 e que se encontra num avançado estado de degradação ao nível dos passadiços, pontes e centro interpretativo (…) O investimento ronda os 28 mil euros”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel.
De acordo com o autarca, esta intervenção faz-se em nome da segurança para os visitantes e da melhoria de todo o circuito pedonal, no qual todos os materiais vão ser substituídos.
A cascata da Faia Alta é uma queda de água natural existente na ribeira de Lamoso, com cerca de 60 metros de altitude.
Sociedade: Idade de acesso à reforma avança para os 66 anos e nove meses
Em 2026, a idade legal de acesso à reforma vai avançar para os 66 anos e nove meses, segundo uma portaria publicada, confirmando os valores estimados com base nos dados da esperança média de vida divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social em 2026 […] é 66 anos e 9 meses”, lê-se na portaria do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social publicada hoje em Diário da República e com produção de efeitos a 1 de janeiro.
Estes 66 anos e nove meses correspondem a uma subida de dois meses face à idade normal de acesso à reforma a partir de janeiro de 2025.
Na prática isto significa que os trabalhadores que não estão abrangidos pelo regime das muito longas carreiras contributivas nem pelo regime de flexibilização da idade da reforma aplicável a quem aos 60 anos de idade completa 40 anos de descontos, terão uma penalização se optarem por reformar-se antes dos 66 anos e nove meses de idade.
A idade normal de acesso à pensão de velhice varia em função da esperança média de vida aos 65 anos de idade, indicador publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Foi com base nestes dados que a idade normal de acesso à reforma foi fixada nos 66 anos e sete meses em 2025 e que agora foi fixada nos 66 anos e nove meses para quem se reforme em 2026.
O novo diploma confirma também que quem se reforme antecipadamente em 2025 terá uma penalização, por via do fator de sustentabilidade, de 16,9%, a que se soma ainda um corte de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade normal de acesso.
“O fator de sustentabilidade a aplicar […] ao montante estatutário das pensões de velhice do regime geral de segurança social iniciadas em 2025 é de 0,8307”, refere o diploma, valor que resulta nos referidos 16,9%.
Aqueles 16,9% comparam com o corte de 15,8% aplicado a quem em 2024 se reformou antecipadamente.
O sistema de pensões atualmente em vigor comporta, contudo, várias situações em que o corte pelo fator de sustentabilidade não é aplicado, mesmo que a pessoa aceda à pensão antes da idade normal.
Estão neste caso as pessoas que, enquanto têm 60 anos de idade completam 40 anos de carreira contributiva, sendo que nesta situação se lhes aplica a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação.
Já quem reúne as condições previstas no âmbito do regime das muito longas carreiras contributivas – onde estão os trabalhadores com 60 ou mais anos de idade e 46 ou mais anos de descontos e começaram a trabalhar antes dos 16 anos – podem reformar-se sem qualquer penalização.
Palaçoulo: Palestras “As raízes judaicas do jubileu”
No âmbito do ano jubilar 2025, realizaram-se na sala de encontro, do Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja, no dia 28 de dezembro, duas palestras dedicadas ao tema “As raízes judaicas do jubileu”, com a finalidade de entender a razão de ser deste preceito da Igreja Católica.
O mosteiro trapista de Palaçoulo anunciou que as palestras tiveram como finalidade compreender o modo como o jubileu católico, nascido de raízes judaicas, floresceu na tradição cristã, carregando consigo uma mensagem intemporal de esperança, renovação e misericórdia divina.
Giusy Maffini, a madre superiora das Monjas Trapistas, explicou que no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, não há a Porta Santa. Mas há condições e um ambiente de silêncio e oração propícios à comunhão com Deus e à obtenção da indulgência jubilar.
“No próximo dia 2 de fevereiro, aquando do Dia do Consagrado (a), nós próprias, as monjas trapistas, vamos preparar-nos para pedir a indulgência jubilar”, disse.
No Ano Santo de 2025, a obtenção do perdão ou indulgência jubilar implica a prática das “obras de caridade e de misericórdia”. Ao longo do ano jubilar, os católicos são convidados a “praticar obras de caridade ou misericórdia, principalmente ao serviço de quem vive oprimido e necessitado”.
Sobre a história dos jubileus, Teresa Alves, doutorada em biologia molecular e estudiosa da Sagrada Escritura, explicou na sala de encontro do mosteiro trapista de Palaçoulo, que o jubileu tem raizes judaicas.
“O jubileu tem a sua raiz mais antiga no livro do Levítico. Trata-se de um preceito que Deus pede ao povo judeu para praticar, o que nem sempre foi feito. No Antigo Israel, no ano jubilar libertavam-se os escravos, redistribuíam-se as propriedades e dava-se descanso à terra. Com este preceito, Deus queria libertar o povo judeu da idolatria da posse e fomentar a partilha, a fraternidade e a confiança na misericórdia divina”, explicou.
Nas sessões, em Palaçoulo, Teresa Alves revelou que com o nascimento de Jesus, Ele mesmo é o Jubileu.
“No Livro do Profeta Isaías (61:1) está escrito: «O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para levar a boa-nova aos que sofrem; para curar os desesperados; para proclamar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros; para proclamar um ano da graça do Senhor.». E no Evangelho segundo São Lucas, Jesus lê esta mesma passagem da Escritura e afirma: O Espírito do Senhor está sobre mim…”, disse.
Sobre o significado da Porta Santa, Teresa Alves, explicou que representa a passagem do pecado à redenção, da incredulidade à fé e da morte à vida.
“A Porta Santa é um símbolo, normalmente é a porta de uma catedral, e quem a atravessa deve fazê-lo com um desejo de conversão e de renovação espiritual. A Porta Santa recorda-nos que a salvação, isto é, a felicidade chega-nos por Jesus Cristo, já que Ele mesmo afirmou ser a porta. A Porta Santa tem também uma dimensão mariana, pois a Virgem Maria é a Porta pela qual o Salvador se fez homem”, disse.
Por sua vez, o capelão do mosteiro trapista de Palaçoulo, o padre António Pires, explicou que o jubileu acontece de 25 em 25 anos e por isso é uma oportunidade para os fiéis darem mais atenção a Deus.
“É um ano de graça, de perdão, de reconciliação e de libertação. Para cada um de nós, este ano jubilar deve ser encarado como uma oportunidade de descoberta de Deus. E é também uma oportunidade para que cada pessoa, cada família, cada paróquia e diocese cresça na fé, na caridade e em particular na virtude da Esperança”, disse.
O ano jubilar iniciou-se no dia 29 de dezembro em todas as dioceses, com a abertura da Porta Santa e a celebração solene da Missa. Na concatedral de Miranda do Douro, o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, disse que o Jubileu é “um grande dom”, que propicia o reencontro com Deus e uns com os outros.
O ano jubilar dedicado ao tema ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude) decorre até 6 de janeiro de 2026, solenidade da Epifania do Senhor.
Miranda do Douro: D. Nuno Almeida abriu a Porta Santa da “Esperança”
No Domingo, dia 29 de dezembro, na Festa da Sagrada Família, o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, presidiu à Missa Dominical, na concatedral de Miranda do Douro, antecedido do rito de abertura da Porta Santa, que deu início ao Jubileu dedicado à virtude da Esperança.
“O rito de passagem pela Porta Santa tem por objetivo exprimir, para cada cristão, o desejo de um encontro com Cristo e com os membros do seu corpo que é a Igreja”, refere o livro da celebração, divulgado pela Santa Sé.
Na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), o Papa Francisco determinou que, no dia 29 de dezembro de 2024, os bispos diocesanos deviam celebrar a Missa, como abertura solene do ano jubilar, segundo o ritual preparado para esta celebração.
A diocese de Bragança-Miranda assinalou, de forma solene, o início do Jubileu convocado pelo Papa, com celebrações em Bragança e em Miranda do Douro.
Na cidade de Miranda do Douro, a celebração iniciou-se com uma procissão, entre a igreja da Misericórdia e a concatedral, onde o bispo diocesano presidiu o rito da abertura da Porta Santa.
Dom Nuno Almeida afirmou que o Jubileu é “um grande dom”.
Na missa celebrada na concatedral, o bispo diocesano, referindo-se à festa da Sagrada Família, começou por dizer que “todas as famílias já terão vivido situações de angústia e aflição e que o jubileu existe para que haja reencontros com Deus e uns com os outros”.
“Não há famílias perfeitas, não há comunidades perfeitas, não há paróquias perfeitas. E por causa disso, todos precisamos de ser perdoados e de dar o perdão.”, disse.
Dom Nuno Almeida explicou que as famílias, as comunidades e as paróquias estão sempre em caminho, em construção, em reparação. E para viver neste contínuo estado de abertura a Deus e aos outros, o bispo diocesano referiu-se à virtude da esperança.
“O que podemos fazer para que cresça em nós a virtude da Esperança? Há que sair da rotina e da monotonia! Há que ser discípulos missionários com audácia! Que este ano jubilar seja uma oportunidade para peregrinar em busca do perdão e da salvação”, disse.
As dioceses católicas de Portugal assinalaram em todas as catedrais, o início do Jubileu 2025, centrado na temática da esperança, conforme estipulado pelo Papa.
“Envolvidos pela luz e pela graça do Jubileu 2025, queremos continuar a construir comunidades sinodais e missionárias”, exortou D. Nuno Almeida.
Historicamente, a adoção de uma Porta Santa é atribuída ao Papa Martinho V, por ocasião do Jubileu Extraordinário de 1423.
“Neste Jubileu, procuremos levar a esperança onde ela se perdeu: onde a vida está ferida, nas expectativas traídas, nos sonhos desfeitos, nos fracassos que despedaçam o coração; no cansaço de quem já não aguenta mais, na solidão amarga de quem se sente derrotado, no sofrimento que consome a alma; nos dias longos e vazios dos reclusos, onde existe violência doméstica, nos aposentos estreitos e frios dos pobres, nos lugares profanados pela guerra e pela violência”, apelou D. Nuno Almeida.
O município de Miranda do Douro assinou um protocolo colaboração financeira no valor de cerca de 180 mil euros, para a conclusão da estrada que liga a aldeia de Palaçoulo até ao Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja.
“A conclusão desta estrada com cerca de dois quilómetros de extensão, compreende um investimento de 179.025,52 euros, com uma comparticipação de 50% pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), ou seja, 80.500 euros ”, indicou o vice-presidente do município, Nuno Rodrigues.
Segundo Nuno Rodrigues, esta nova infraestrutura visa facilitar o acesso de peregrinos e visitantes ao Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, inaugurado no passado dia 23 de outubro.
“O Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja é uma obra imponente que veio para ficar e já está a atrair grupos e pessoas no âmbito do turismo religioso, o que por conseguinte beneficia outros setores de atividade como o comércio, a restauração e a hotelaria da região”, indicou o autarca.
A assinatura do protocolo entre o município de Miranda do Douro e a CCDR-N realizou-se no dia 26 de dezembro e contou com a participação do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.
“São territórios de baixa densidade, em que o desafio demográfico e económico é tremendo. Nesta medida, a aplicação destes fundos direcionados para territórios de baixa densidade com algumas carências, permite introduzir alguns fatores de equilíbrio e de diferenciação, promovendo a chamada coesão territorial”, disse o secretário de Estado.
Os contratos foram também assinados pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, António Cunha, pelo Diretor da Direção-Geral das Autarquias Locais, Andra Nikolic, e pelos representantes dos municípios beneficiários.
Para o presidente da CCDR, um dos principais desafios a vencer nestes municípios “é certamente a demografia”.
“São municípios beneficiados pela força da natureza, mas onde as atividades económicas e o desenvolvimento não têm possibilitado a fixação de pessoas. Portanto, conhecemos o quadro muito desafiante que é para os presidentes destes municípios a sua gestão diária”, assinalou.
Em 2025, prevê-se uma descida da taxa de inflação, no entanto vai registar-se uma subida generalizada dos preços de alguns serviços e bens, como o pão, rendas, telecomunicações, as portagens e os transportes.
Os preços da eletricidade são uma exceção, já que tanto no mercado regulado, como no mercado liberalizado, as tarifas devem baixar no próximo ano.
As famílias no mercado regulado de eletricidade teriam um aumento tarifário de 2,1% a partir de janeiro, mas, na prática, com taxas e impostos, vão ter reduções de entre 0,82 e 0,88 euros, devido à alteração legislativa que aumenta o valor do consumo de energia sujeito à taxa reduzida de IVA (6%), aprovada no parlamento.
No mercado liberalizado, que representa a grande maioria do consumo total, em Portugal continental, a EDP Comercial e a Galp anunciaram reduções de 6% na componente de eletricidade na fatura, devido à melhoria das condições de mercado (no caso da Galp em vigor desde 1 de dezembro).
Entretanto, fonte oficial da EDP precisou que a fatura dos clientes da EDP Comercial deverá baixar em média 7%, a partir de 1 de janeiro.
Outra das exceções à subida dos preços deverão ser os espetáculos de tauromaquia, devido à descida do IVA de 23% para 6% nos bilhetes.
Eis os principais aumentos de preços que se vão verificar no próximo ano:
Pão
O pão vai ficar mais caro em 2025, à boleia dos custos de produção e do salário mínimo nacional.
Apesar dos preços, as vendas da panificação e pastelaria registaram, em 2024, um ligeiro aumento em valor, mas em quantidade houve uma quebra.
Os consumidores continuam a apostar “nos clássicos”, como o pão tradicional e os pastéis de nata, mas também olham, cada vez mais, para os produtos inovadores, como pães integrais e para a pastelaria à base de plantas.
Leite
O preço do leite e dos produtos lácteos deverá continuar em alta a partir de janeiro, mantendo a trajetória verificada nos últimos meses de 2024.
Os custos de produção, nomeadamente do gasóleo e da eletricidade têm impulsionado o preço dos laticínios.
Face a este cenário, os produtores defendem previsibilidade e equilíbrio nos três elos do negócio – produção, distribuição e consumidores.
Café
Após o aumento do café nos mercados internacionais, é esperado um aumento de 10 a 30 cêntimos em cada chávena de café.
Tabaco e bebidas
Apesar de o imposto sobre estes produtos não ter aumentado, o preço dos selos dos maços de tabaco à venda em 2025, a ser suportado pelas tabaqueiras, sofre um aumento em 4%, o que, segundo alguns fiscalistas, pode provocar uma subida do preço final do tabaco.
Rendas
Após terem tido em 2024 o aumento mais alto dos últimos 30 anos, as rendas podem subir 2,16% em 2025, de acordo com o aviso do coeficiente de atualização de rendas publicado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Na prática, este aumento equivale a uma subida de 2,16 euros por cada 100 euros de renda, o que significa que uma renda de 750 euros poderá aumentar em 16,20 euros no próximo ano.
Tendo em conta as regras em vigor, para alguns inquilinos a subida poderá ser mais acentuada, já que os senhorios que não atualizaram a renda nestes últimos dois anos, poderão somar os coeficientes de 2023 e de 2024 aos 2,16% de 2025, num total de 11,1%.
Mas pode também suceder que não haja lugar a qualquer aumento, já que a atualização das rendas não é obrigatória e o senhorio pode optar por não a fazer.
Gás
As tarifas e preços aprovados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que contemplam um aumento de 6,9% para o gás natural para famílias que se encontram em mercado regulado, mantêm-se até 30 de setembro.
Telecomunicações
Os preços das comunicações da Altice Portugal vão aumentar no próximo ano, conforme o contratualmente previsto, exceto no Uzo e Moche. A NOS vai manter os tarifários, tal como a Vodafone Portugal, embora esta operadora admita alterações “pontuais” limitadas a um reduzido número de situações e serviços de clientes empresariais.
No final de novembro, fonte oficial da Altice Portugal, que detém a Meo, adiantou que vai proceder à atualização de preços em 2025, conforme contratualmente previsto e já divulgado, com exceção dos serviços da marca digital Uzo e da marca para o segmento jovem, Moche, que não vão ser atualizados.
Por sua vez, fonte oficial da NOS disse, na altura, que “não vai aumentar os seus preços em 2025”, uma decisão que “é transversal” a todos os serviços e tarifários da empresa.
Em resposta à Lusa, no final de dezembro, a Vodafone Portugal informou que “não terá atualizações de preços em 2025 para a generalidade dos seus clientes”, adiantando que “haverá casos de atualização pontuais, limitados a um número reduzido de produtos e serviços empresariais, em linha com as condições contratuais – nomeadamente a taxa de inflação apurada para 2024”. Estas alterações, refere a operadora, serão comunicadas de forma personalizada aos clientes abrangidos.
Comissões bancárias
Ter uma conta ou recorrer a serviços bancários também vai ficar mais caro em 2025, mas a entrada em vigor dos novos preços ocorre em datas diferentes consoante os bancos. No BCP, por exemplo, o novo preçário chega em 1 de fevereiro e no Novo Banco em 1 de março.
Portagens
As portagens das autoestradas deverão aumentar 2,21% em 2025, tendo por base o valor da inflação homóloga sem habitação de outubro determinado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), acrescido dos 0,1% de compensação às concessionárias.
A fórmula que estabelece a forma como é calculado o aumento do preço das portagens em cada ano está prevista no decreto-lei n.º 294/97 e estabelece que a variação a praticar em cada ano tem como referência a taxa de inflação homóloga sem habitação no continente verificada no último mês para o qual haja dados disponíveis antes de 15 de novembro, data-limite para os concessionários comunicarem ao Governo as suas propostas de preços para o ano seguinte. De acordo com os dados divulgados na segunda-feira, pelo INE, aquele referencial de inflação situou-se em 2,11%.
A este valor acresce 0,1%, na sequência do acordo celebrado em 2022 com as concessionárias das autoestradas para as compensar pelo travão que foi então imposto a uma subida de cerca de 10% em 2023.
A Brisa anunciou uma subida de 2,21% sobre 52 das 93 taxas de portagem aplicadas à classe 1 nas autoestradas que lhe estão concessionadas.
Em termos práticos, atravessar as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril fica mais caro em cinco cêntimos para os veículos da classe 1 e para os da classe mais alta o agravamento é de até 25 e 15 cêntimos, respetivamente.
O percurso Lisboa/Porto avança 70 cêntimos face ao praticado em 2024 e ir de Lisboa ao Algarve vai custar mais 60 cêntimos.
Ao mesmo tempo, deixa de se pagar portagens em algumas antigas Scut, nomeadamente na A4; A13 e 13-1; A22; A23; A24; A25 e A28.
Transportes
Os transportes públicos de passageiros vão aumentar 2,02% no próximo ano, de acordo com a taxa de atualização tarifária com base nos dados do INE sobre a inflação.
Já os passes Navegante vão manter os preços em 2025 na Área Metropolitana de Lisboa, assim como os bilhetes ocasionais referentes à Carris Metropolitana.
Já o bilhete ocasional da Carris/Metro aumenta em cinco cêntimos.
Na Área Metropolitana do Porto os preços também ficam sem alterações quer no passe Metropolitano, quer no Passe Municipal.
Por outro lado, está previsto um aumento do preço dos bilhetes comprados a bordo, na rede Unir, com as distâncias mais pequenas a avançarem 10 cêntimos, as intermédias 20 cêntimos e as mais longas 30 cêntimos.
O passe Circula.PT (que vem substituir o passe Social+) passa a ter um desconto de 50% na tarifa e o seu âmbito também é alargado em relação ao antecessor, contemplando cidadãos com um grau de incapacidade igual ou superior a 60% comprovado por Atestado Médico de Incapacidade Multiúsos, e um desconto de 25% para os desempregados de longa duração.
O Circula PT passa também a abranger todo o território de Portugal continental, contrariamente ao Social+, que apenas servia as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Museus
A Museus e Monumentos de Portugal aumenta o preço das entradas na maioria dos equipamentos por si geridos e que variam entre os dois e os sete euros.
Os maiores aumentos verificam-se em alguns dos equipamentos mais visitados do país, como é o caso da na Torre de Belém, do Museu Nacional dos Coches (inclui entrada no Picadeiro Real), no Museu Nacional de Arqueologia e nos Palácios Nacionais da Ajuda e de Mafra. No Mosteiro dos Jerónimos o preço de entrada aumenta de oito para 15 euros.
Outros museus têm as suas entradas aumentadas de 10 para 15 euros. São os casos do Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), o Convento de Cristo (Tomar) e o Mosteiro de Alcobaça.
Com o preço inalterado ficam o Museu Nacional do Traje e o Museu Nacional do Teatro e da Dança, ambos em Lisboa, mas há equipamentos culturais em que aumentam para o dobro, como o Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, e o Museu Nacional da Música, que vai abrir em Mafra em 2025, ou o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, de cinco para 10 euros.
Para os residentes nacionais continua, contudo, a gratuitidades no acesso a 37 museus, monumentos e palácios, 52 vezes ao ano e a qualquer dia da semana.
A partir de janeiro, as pensões até dois indexantes de apoios sociais (IAS) vão aumentar 3,85%, tendo em conta a atualização que decorre da lei e o aumento adicional aprovado no parlamento.
Neste universo de pensões de valor até 1.045 euros brutos (dois IAS) estão mais de 90% dos reformados e os primeiros a receber o aumento vão ser os da Segurança Social, cujas pensões deverão ser pagas no dia 8 de janeiro.
De acordo com fórmula de cálculo contemplada na lei (que tem em conta a inflação média sem habitação, registada em novembro, e o crescimento da economia) as pensões até este valor teriam em janeiro um aumento de 2,6%, ao qual se somam 1,25% propostos pelo PS durante a votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e viabilizados pela oposição.
No caso da fórmula que decorre da lei, a atualização das pensões até dois IAS é arredondada à primeira casa decimal, mas este arredondamento não se aplica a situações extraordinárias como são estes 1,25%, pelo que, segundo esclareceu à Lusa fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, estas pensões terão um aumento de 3,85% em 2025.
Há ainda um outro grupo de pensionistas que vai beneficiar deste aumento adicional de 1,25 pontos percentuais, nomeadamente aqueles cuja reforma se situa entre os dois e até aos três IAS (entre 1.045 e 1.567,5 euros).
Neste caso as pensões avançam 3,35%: 2,10% pela fórmula prevista na lei e 1,25% por via da medida extraordinária.
Segundo dados do Ministério do Trabalho há 317.509 pensões que estão neste intervalo (entre dois e até três IAS), sendo 170.874 da Segurança Social e 146.635 da Caixa Geral de Aposentações incluindo, em ambos os casos, pensões de velhice, invalidez e sobrevivência.
Nas reformas de valor superior a três indexantes aplica-se o aumento que resulta da fórmula legal.
Assim, as pensões entre três e até seis IAS (ou seja, até 3.135 euros) vão ser atualizadas em 2,10%. Já aquelas cujo valor está situado entre os seis e até aos 12 IAS (até 6.270 euros) têm um aumento de 1,85% em 2025.
Na prática, estes aumentos significam que uma pensão de 420 euros terá a partir de janeiro um aumento de 16,17 euros, enquanto uma pensão de 990 euros avança 38,12 euros.
Se o valor atual for de 1.400, a pensão é atualizada em 46,9 euros, se for de 1.900 subirá 39,90 euros e se for de 4.000 euros avançará 74 euros.
Ao contrário do que sucedia no passado, as pensões atribuídas ao longo deste ano serão também atualizadas em janeiro de 2025, após ter sido aprovada no parlamento legislação que eliminou a regra que travava o aumento no ano subsequente ao da sua atribuição. Em causa estão cerca de 155 mil pensões, segundo dados oficiais do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança e Social.
Sir 3, 3-7.14-17a / Slm 127 (128), 1-5 / Col 3, 12-21 / Lc 2, 41-52
Dentro da Oitava de Natal, celebramos neste Domingo, a Festa da Sagrada Família.
Maria e José são dois pais comuns que têm a responsabilidade de educar Jesus a crescer em «sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens», como lemos no Evangelho de São Lucas. É por eles que Jesus amadurece a sua vocação messiânica, aprofunda os costumes da época, aprende o ofício de carpinteiro, habitua-se a ler e a conhecer as Sagradas Escrituras. Esta é também a tarefa das nossas famílias cristãs, numa época em que esta instituição é pouco reconhecida.
A vida de Jesus, Maria e José não foi fácil. Família pobre e perseguida, que experimentou o exílio, fala de muitas famílias dos dias de hoje. Ao nosso lado pode haver uma família assim, a precisar do nosso apoio e do nosso testemunho. Se a Sagrada Família de Nazaré se deixou guiar pela confiança em Deus, temos de ajudar outras famílias.
Assentes em Deus, temos ainda de ser elementos construtivos e pacificadores nas nossas famílias, como nos recomenda São Paulo na Epístola aos Colossenses, revestidos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de paciência. «Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença» – como recorda o consentimento do rito do Sacramento do Matrimónio –, devemos aprender a viver na concórdia e na paz, à imagem do Amor de Deus.
Provavelmente, ao ler as Sagradas Escrituras, Jesus rezou a passagem do Livro de Ben-Sirá que nos é proposta neste dia, cuja mensagem se mantém muito atual. São os valores que devem existir no seio das famílias cristãs: respeito mútuo, perdão, amparo daqueles que chegam à velhice. Nestas recomendações se sintetizam as qualidades da caridade cristã, que devem ser testemunhadas pela Igreja no seio das famílias e das comunidades cristãs.
Vimioso: “O lobo e a raposa, um conto tradicional”
Em plena época de Natal, a Biblioteca Municipal Dr. Norberto Lopes, em Vimioso, acolhe na tarde desta sexta-feira, dia 27 de dezembro, a iniciativa “Conta-me um conto… Num serão de Natal”, da autoria de Rui Branco Silva.
A sessão cultural tem início às 15h00, destina-se a pais e filhos e o autor vai narrar o conto “O lobo e a raposa, um conto tradicional”.
De acordo com a vice-presidente do município de Vimioso, Carina Lopes, esta é uma iniciativa que visa promover o gosto dos miúdos e graúdos, pela leitura e pela frequência da biblioteca municipal.
“A nossa estratégia é organizar atividades em determinadas épocas do ano, como são as férias do Natal, de modo a oferecer às crianças e jovens a oportunidade de desenvolverem o interesse e o gosto pela leitura”, justificou.
Esta iniciativa cultural resulta do trabalho desenvolvido pela Rede Intermunicipal das Bibliotecas das Terras de Trás-os-Montes (RIBTTM), que integra as Bibliotecas Municipais de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor e Vimioso.
A RIBTTM nasceu de um acordo de cooperação celebrado entre a CIM das Terras de Trás-os-Montes e a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).
“Esta rede permite-nos partilhar conhecimentos e atividades entre as várias bibliotecas. Com esta cooperação, podemos otimizar recursos e promover a literacia das populações, na valorização do território”, explicou.
A RIBT-TTM tem como objetivos consolidar os públicos existentes nas bibliotecas municipais e atrair novos utilizadores, promovendo a requalificação de serviços bibliotecários e o trabalho em rede como estratégia para ampliar o impacto das bibliotecas públicas.
Meteorologia: Interior norte com nevoeiro persistente e gelado – IPMA
Os distritos de Bragança, Viseu, Guarda e Vila Real estão sob alerta laranja devido ao nevoeiro, que poderá ser gelado persistente, avisou o IPMA.
De acordo com o comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estes quatro distritos estão já sob aviso amarelo devido a nevoeiro com “persistência superior a 48 horas, em especial em zonas de vale”, que é válido até ao final de sexta-feira.
A partir das 00:00 de sábado e até às 12:00 de domingo, o alerta passa a laranja para estes distritos, devido a “nevoeiro, que poderá ser gelado, com persistência superior a 72 horas, em especial em zonas de vale”.
O IPMA emitiu ainda um alerta amarelo para o distrito de Faro devido a agitação marítima na costa sul, com possibilidade de “ondas de sueste com 2 a 2,5 metros, em especial no barlavento”. O aviso para Faro está em vigor e é válido até às 06:00 de sábado.
O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe situação meteorológica de risco moderado a elevado.
Já o aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.