Justiça: Ministério abre concurso com 51 vagas para oficial de justiça

Justiça: Ministério abre concurso com 51 vagas para oficial de justiça

Neste mês de abril, os oficiais de justiça vão ter um movimento extraordinário de colocação, com 51 vagas resultantes de desistências do último concurso de recrutamento, que abriu 570 vagas, agora redistribuídas dando prevalência às comarcas mais deficitárias.

De acordo com informação divulgada pelo Ministério da Justiça (MJ), o movimento extraordinário decorre de 1 a 30 de abril, alocando 29 das vagas às secretarias do Ministério Público e as restantes 22 a secretarias judiciais.

Podem candidatar-se até 30 de abril os funcionários judiciais que queiram mudar de comarca (mobilidade interna), aos quais é atribuída prioridade, e os que ficaram colocados numa bolsa de recrutamento após não terem conseguido colocação, mas foram aprovados em concurso.

Segundo o MJ, foi alocado o maior número de vagas às comarcas mais deficitárias, ficando o maior número de lugares adstrito às comarcas de Lisboa: Lisboa, Lisboa Norte e Lisboa Oeste.

Para as secretarias do Ministério Público estão abertos dez lugares na comarca de Lisboa Oeste – oito em Cascais e dois em Sintra; cinco para Lisboa Norte (Loures); seis para Lisboa; seis em Faro – quatro em Portimão e dois em Faro; e dois em Coimbra.

Nas secretarias judiciais foram abertos cinco lugares na comarca de Lisboa; cinco na comarca de Lisboa Norte – três em Vila Franca de Xira e dois em Loures; sete na comarca de Lisboa Oeste – quatro em Sintra e três em Cascais; dois em Setúbal; um em Évora; um em Bragança; e um em Santa Cruz das Flores, nos Açores.

Haverá um novo movimento em julho, mais alargado, já tendo em conta a reformulação da estrutura da carreira, e que vai abranger promoções, adiantou ainda o MJ.

Ainda de acordo com a tutela, o Governo vai rever o mapa de pessoal dos funcionários judiciais em todas as comarcas do país, considerando que o atual, que já tem seis anos, “já se revelou estar desajustado às necessidades concretas”.

A Direção-Geral de Administração da Justiça (DGAJ) deverá apresentar uma proposta nesse sentido, na sequência do pedido formulado pela secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, mas o MJ não refere qualquer prazo quer para apresentação de proposta, quer para efetiva revisão do quadro de pessoal das comarcas.

Para definir a condição de comarca deficitária e ponderar o número de funcionários que deve compor o quadro de pessoal de cada uma, o MJ vai ter em conta as pendências e o movimento processual, assim como o número de processos entrados e o número de processos concluídos.

Dando o exemplo das comarcas de Beja e Portalegre, onde todos os funcionários de quadro estão colocados, não havendo aí lugares por preencher, o MJ refere que apesar disso estas são comarcas com carência de funcionários face ao volume de trabalho, um “desajuste que se pretende corrigir”.

Fonte: Lusa

Ensino: Termina prazo de candidatura a concursos de professores

Ensino: Termina prazo de candidatura a concursos de professores

Os professores têm até às 18:00 de 2 de abril para se candidatarem aos concursos de colocação para o próximo ano letivo, com 11 mil vagas disponíveis, número que os diretores escolares dizem ser insuficiente.

As candidaturas, através da plataforma eletrónica da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), podem ser submetidas até às 18:00.

Este ano, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) vai abrir 11.056 vagas, das quais 5.623 serão disponibilizadas para os quadros de zona pedagógica.

Esses lugares serão ocupados por professores contratados que passam a integrar os quadros por cumprirem os requisitos da norma-travão (436), com três contratos sucessivos em horário anual completo, ou através do mecanismo de vinculação dinâmica (5.197), introduzido pelo anterior executivo no novo regime de gestão e recrutamento.

Além destas, o MECI vai abrir ainda 5.433 vagas em quadros de escola, no âmbito do concurso interno, que permite aos professores já vinculados aproximarem-se de casa.

Do total das 11.056 vagas, 4.305 (39%) correspondem a zonas da Grande Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve, onde existe maior falta de professores.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) considerou, no entanto, que as 11 mil vagas serão insuficientes para deixar de haver alunos sem aulas e estimou que o problema só ficará resolvido em 2030.

“No próximo ano letivo haverá novamente muitos alunos sem aulas”, antecipou Filinto Lima, justificando que os lugares disponibilizados não compensam as saídas provocadas pelas reformas dos docentes.

De acordo com o MECI, as necessidades foram identificadas pelas escolas em articulação com a DGAE, tendo em conta critérios como o atual corpo docente nas diferentes disciplinas, a previsão do número total de alunos e as horas letivas necessárias para o próximo ano letivo.

O apuramento considerou também o número de docentes que não podem dar aulas, a escassez de professores e o histórico de dificuldades de recrutamento, com base nas vagas que não foram ocupadas nas necessidades temporárias até à segunda reserva de recrutamento.

No final, havia 4.729 “vagas negativas” que correspondem, por exemplo, a professores que vão passar à aposentação a partir do início do próximo ano letivo ou de docentes sem componente letiva atribuída.

Fonte: Lusa

Vimioso: Crianças formaram um Laço Humano Azul

Vimioso: Crianças formaram um Laço Humano Azul

O mês de abril é dedicado à Prevenção dos Maus Tratos na Infância e com este propósito, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vimioso organizou na tarde de 1 de abril, o Laço Humano Azul, em conjunto com os alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas (AEV).

O Laço Humano Azul foi formado pelas crianças do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).

O “Laço Azul” é o símbolo desta causa, que pretende sensibilizar para o problema dos maus tratos na infância. Com o lema ‘Serei o que me deres… Que seja Amor’, apela-se ao exercício de uma parentalidade positiva, sem recurso à violência verbal, física ou psicológica.

A presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), de Vimioso, Ana Sofia Rito, indicou que ao longo do mês de abril, vão realizar várias atividades para consciencializar a população para esta temática.

«A CPCJ de Vimioso vai organizar atividades com o propósito de sensibilizar a população do concelho para a Prevenção dos Maus Tratos na Infância. Entre estas atividades, destaco a entrega do flyer “Serei o que me deres… que seja amor”, a coreografia do Laço Humano Azul, a Caminhada Azul e várias ações de sensibilização nas paróquias e nas freguesias do concelho de Vimioso”, indicou.

A primeira destas atividades de sensibilização foi o Laço Humano Azul, que se realizou na tarde de 1 de abril, no parque municipal de Vimioso e que contou com a participação dos alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).

“A campanha do Laço Azul (Blue Ribon) iniciou-se em 1989, na Virgínia (EUA), quando uma avó, Bonnie Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu automóvel, de modo a chamar a atenção das pessoas para os maus tratos sofridos pela crianças. A cor azul simboliza as nódoas negras provocadas pela violência física nos corpos das crianças”, explicou.

A psicóloga, Ana Sofia Rito, acrescentou que a história de Bonnie Finney mostra que a preocupação de um único cidadão pode despertar as consciências do público em geral, para a denúncia de maus tratos, a prevenção e a promoção dos direitos das crianças.

Questionada sobre que ambiente educativo é necessário criar para que as crianças e os jovens cresçam em liberdade e responsabilidade, Ana Sofia Rito, indicou a “comunicação, o diálogo e a empatia”.

HA

Vale de Algoso: Simulacro ensinou a população a agir em caso de incêndio rural

Vale de Algoso: Simulacro ensinou a população a agir em caso de incêndio rural

No dia 31 de março, a aldeia de Vale de Algoso, no concelho de Vimioso, foi o local escolhido para um simulacro de incêndio, uma medida do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, que tem como finalidade ensinar a população a agir em caso de incêndio rural.

O exercício em Vale de Algoso foi coordenado pela Proteção Civil, Bombeiros, GNR e a União de Freguesias.

No concelho de Vimioso, as localidades de Vale de Algoso e Vale de Pena, dada a sua orografia, estão situadas em vales, geram maior preocupação em caso de incêndios rurais. Sendo aldeias que correm um risco acrescido de perigo, torna-se importante que os habitantes saibam o que fazer e para onde se deslocar, de forma a ficarem em segurança, disse Francisco Bruçó, coordenador municipal da Proteção Civil.

«O exercício, em Vale de Algoso, decorreu no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, implementado em Portugal, após o grave incêndio de 2017, em Pedrogrão Grande, que provocou a morte a dezenas de pessoas, fez centenas de feridos e destruiu meio milhar de casas, empresas e muitos hectares de floresta”, indicou.

Sobre o simulacro de incêndio, em Vale de Algoso, o coordenador da Proteção Civil, Francisco Bruçó indicou que a operação contou com a participação dos Bombeiros de Vimioso, da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uvas.

“A aldeia de Vale de Algoso está situada num vale, rodeado de vegetação, o que agrava o risco de incêndio. Nesta localidade, o exercício consistiu em evacuar as pessoas para um local seguro dentro da aldeia. O refúgio deve ser uma área ampla, pavimentada e sem vegetação próxima”, explicou.

Neste exercício, os bombeiros, a GNR e a Proteção Civil tiveram ainda a missão de evacuar as pessoas idosas e os doentes que não têm capacidade de locomoção.

Para a presidente de União de Frequesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, esta ação de sensibilização junto da população de Vale de Algoso foi de grande importância.

“A aldeia de Vale de Algoso pela sua orografia montanhosa é uma zona menos lavrada e cultivada, o que propicia o crescimento de vegetação e por isso aumenta o risco de incêndios rurais. Dado que vale mais prevenir do que remediar, este exercício teve como finalidade preparar a população para agir em caso de incêndio”, disse.

A presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, felicitou a população pela adesão à iniciativa.

A presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, informou que com o início da primavera/verão estão a sensibilizar as populações para a limpeza da vegetação à volta da aldeia e das habitações.

“O prazo para a limpeza de terrenos está a decorrer até 30 de abril. A realização de queimadas extensivas implica a comunicação prévia à linha SOS Ambiente 808 200 520 e à junta de freguesia e à Câmara Municipal”, informou.

Limpeza de terrenos

Os terrenos rurais junto aos edifícios e às localidades devem ser limpos até dia 30 de abril de 2025.

Os proprietários ou arrendatários que sejam responsáveis por terrenos agrícolas próximos a habitações ou edifícios atividades económicas são obrigados à limpeza numa faixa de largura não inferior a 50 metros.

Na área circundante às localidades, a faixa de limpeza deve ter uma largura de 100 metros.

O programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” está a ser implementado em todo o país, pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias e tem como objetivos incentivar à participação das populações na proteção dos aglomerados populacionais e na salvaguarda de pessoas e bens.

HA

Ambiente: Ministra pede menos lixo e mais reciclagem

Ambiente: Ministra pede menos lixo e mais reciclagem

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, apelou aos portugueses para produzirem menos lixo e reciclarem mais, assinalando que decorre um concurso internacional para desenvolver uma campanha em Portugal para “Reduzir, Reutilizar e Reciclar”.

“Portugal tem de fazer um esforço em relação ao lixo que produz e ao que faz com ele (…). Temos de produzir menos lixo, o que implica consumirmos e desperdiçarmos menos. Temos de reutilizar muitas coisas, ou parte destas, que habitualmente deitamos fora sem pensar duas vezes”, declarou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

No discurso que fez hoje durante a apresentação da programação do Bioblitz 2025, no Parque de Serralves (Porto), a ministra do Ambiente e Energia defendeu a necessidade de “aproveitar as matérias-primas” que estão presentes em muitas coisas a que se chama de lixo, para produzir “coisas novas” e que “ajudarão também a gastar menos recursos do nosso planeta”.

Maria da Graça Carvalho defendeu a máxima dos “três ´R´: Reduzir, Reutilizar e Reciclar” para uma economia circular, assumindo que o caminho para proteger a natureza está resumido nessas três palavras.

“Temos agora em concurso internacional uma campanha para ser feita em todo o país, principalmente junto aos jovens, nas escolas, nos meios de comunicação local e nacional para Reduzir, Reutilizar e Reciclar”.

Recordou que Portugal “é um dos países a União Europeia com maior área florestal”, com “36% do território em Portugal é floresta” e assinalou que Portugal está também a investir nas áreas marinhas protegidas e nos rios.

“No último ano, Portugal recuperou, ou começou a recuperar, mais de 500 quilómetros de rios, para os devolver à natureza e às pessoas”, disse relembrando, por exemplo, o trabalho feito no “corredor verde do Rio Leça” e a assinatura do protocolo de renaturalização do Rio Neiva, em Vila Verde, à qual vai presidir hoje à tarde.

A iniciativa Bioblitz de Serralves, que arrancou hoje no Parque de Serralves para as escolas e que se estende até ao próximo fim de semana para o púbico em geral, prevê vários espetáculos para toda a família, bem como um “Green Market” (mercado verde), visitas guiadas, oficinas pedagógicas, saídas de campo e cinema dedicado à temática ambiental.

Segundo disse Isabel Pires de Lima, presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves, o Bioblitz, que integra a agenda da sustentabilidade, registou 50 mil visitas em 2024 e para esta 11.ª edição de 2025 aguarda-se um número de visitantes semelhante.

Fonte: Lusa

Olivicultura: UTAD vai avaliar rega com água residual tratada

Olivicultura: UTAD vai avaliar rega com água residual tratada

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, está a realizar um ensaio experimental para avaliar a rega em olival com água residual urbana tratada, no âmbito do projeto europeu I-ReWater.

A academia transmontana explica, em comunicado, que o projeto possui 16 parceiros de Portugal, Espanha, França e Andorra que vão estar reunidos de 2 a 4 de abril, em Vila Real.

O projeto estende-se até 2026 e tem um orçamento de mais de 2,2 milhões de euros, cofinanciado em 75% pelo Fundo FEDER.

O I-ReWater visa melhorar a gestão dos recursos hídricos na agricultura, integrando a utilização de água residual urbana tratada na rega agrícola e, entre outros, resultará na apresentação da “Estratégia para a utilização de água recuperada na rega no espaço SUDOE [sudoeste europeu]” e na criação de uma plataforma na internet de acesso livre.

Pretende-se promover a gestão sustentável dos recursos hídricos e uma adaptação às alterações climáticas.

O projeto é tecnicamente apoiado por 15 ensaios-piloto localizados em diferentes partes de Espanha, Portugal e França. Concretamente, há 13 ensaios em culturas lenhosas (lúpulo, amendoal, olival e vinha) e dois em culturas hortícolas (tomate para indústria e melancia) em que os resultados serão analisados a todos os níveis: agronómico, social e ambiental.

A UTAD é, segundo explicou no comunicado, responsável pelo ensaio em olival em Portugal, um trabalho que vai ser desenvolvido pelo Departamento de Agronomia da Escola de Ciências Agrárias de Veterinárias, da responsabilidade da professora Anabela Silva.

Neste encontro, dar-se-á precisamente a conhecer o ensaio-piloto que os investigadores da academia transmontana vão implementar numa parcela em Mirandela (Bragança), em conjunto com o agricultor Sucessus Vini.

A empresa Águas do Norte, parceira tecnológico da UTAD, explicará as adaptações efetuadas na Estação de Tratamento de Águas Residuais de Mirandela (ETAR) de Mirandela para produzir água para reutilização de classe C, de acordo com o Decreto-Lei 119/19.

A UTAD explicou que o objetivo do ensaio, que decorre em maio, junho e outubro, é avaliar a utilização de um “novo recurso hídrico” na rega do olival.

Segundo concretizou, os dois tipos de água a utilizar para comparar o comportamento fisiológico da planta serão águas residuais urbanas (classe C), provenientes da ETAR adaptada pela Águas do Norte, e água normal proveniente de uma charca localizada na própria exploração.

Ambos os tipos de água serão aplicados por sistema de rega gota a gota.

O programa do encontro que acontece na UTAD inclui ainda uma sessão de formação sobre a instalação de sensores de tronco e de solo para o controlo da rega com água residual urbana tratada.

A formação será conduzida por técnicos da empresa LabFerrer, fabricante sediado em Lleida (Catalunha), e terá o apoio do Centro de Investigação e Tecnologia Agroambientais e Biológicas (CITAB).

Será também realizada uma prova de cervejas produzidas a partir de lúpulo regado com água urbana reutilizada nos pilotos da Galiza e de Castela e Leão (Espanha).

O evento termina com uma reunião do comité diretor e técnico do projeto I-ReWater.

Fonte: Lusa

Adolescência: Instituto de Apoio à Criança trabalha situações de bullying

Adolescência: Instituto de Apoio à Criança trabalha situações de bullying

O presidente do Instituto de Apoio à Criança (IAC) afirmou que “as situações disruptivas que acontecem na adolescência não são de hoje”, comentando o impacto da minissérie televisiva ‘Adolescência’ e destacou que o organismo “trabalha as situações de bullying diariamente”.

“Cada adolescência é uma adolescência. É importante dizer que os problemas que aparecem na adolescência surgem da infância e têm uma repercussão na adolescência. A questão da adolescência também tem um aspeto biológico que é importante perceber”, referiu Manuel Coutinho, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A minissérie ‘Adolescência’, lançada pela plataforma Netflix no dia 13 de março, conta em quatro episódios a história de um adolescente inglês, de 13 anos, acusado do homicídio de uma colega de escola, convida à reflexão sobre temas como o bullying, as redes sociais, os telemóveis e o uso dos computadores, a saúde mental.

“A questão das situações disruptivas que acontecem na adolescência não são de hoje; outra coisa é que não há uma adolescência, há adolescências, por isso, nenhum adolescente é igual a outro. Atenção a esta ideia mimética de pensamos que aquilo que aconteceu o acontece a todos”, assinalou o psicólogo.

O presidente do IAC precisa que o organismo tem equipas de mediação escolar, gabinetes de apoio ao aluno e à família, de norte a sul de Portugal, “para resolver estas situações”, não as resolvem todas, mas o “grande objetivo é prevenir que situações de risco aconteçam”; quando há denuncias ou situações de bullying vão “resolver com a comunidade, com a escola, com a família e com os bullies”.

“As pessoas preocupam-se muito, e bem, com os crimes, com as situações graves que acontecem, mas nós não podemos ficar só aí, temos de olhar para as causas. Sem causas não há crimes e, se calhar, em vez de estarmos a falar sempre, ou tantas vezes, na questão do bullying, devíamos perceber porque é que há bullies, porque é que há crianças e jovens que fazem mal aos outros”, desenvolveu Manuel Coutinho, assinalando que as crianças e jovens que fazem mal aos outros “não foram bem-amadas, têm uma vinculação com alguma dificuldade”.

“Claro que não são todas. Há muitas que não foram bem-amadas que conseguem passar e dar o melhor de si, mas nós temos de ver o que é que está na origem dos maus-tratos e não só olhar para os maus-tratos”, acrescentou.

O psicólogo destaca que “é possível cuidar, é possível formatar e é preciso marcar limites”, os limites na educação, porque, “muitas vezes, não preparam o rio para que ele não transborde”, e a estes adolescentes, quando eram crianças “tudo é permitido, exceto o que é proibido” e têm de perceber claramente que “há coisas que não podem ultrapassar”.

Manuel Coutinho, que se afirma “a favor do uso do telemóvel”, indica que “o problema é a forma como se utiliza e usa o telemóvel”, e lamenta quando “crianças que quase não conseguem segurar a cabeça, em vez de terem uma chucha, têm um telemóvel à frente”, dado pelos próprios cuidadores.

Se eles são criados logo com os telemóveis, a dependência vai surgindo e vai-se instalando. Depois, com os perigos dos telemóveis há a questão do jogar que é diferente do brincar. O brincar é algo extremamente importante e as crianças devem brincar, os jovens devem brincar, e os adultos devem brincar, faz parte da construção psíquica e é importante. O jogar online pode tornar-se frequentemente um vício, uma adição”.

A entrevista emitida no dia 1 de abril, no Programa ECCLESIA (RTP2) abordou ainda os casos de abusos de poder e abusos sexuais no contexto da Igreja Católica em Portugal, a respeito do final prazo definido para apresentação de pedidos de compensação financeira por parte de pessoas que declarem ter sido vítimas, quando crianças ou adultos vulneráveis.

Fonte: Ecclesia

Programa Ecclesia

Miranda do Douro: Centenas de Capas Ibéricas trouxeram diversidade à cidade

Miranda do Douro: Centenas de Capas Ibéricas trouxeram diversidade à cidade

Com o propósito de estreitar os laços de amizade e aprofundar a cooperação transfronteiriça entre Miranda do Douro e a vizinha Espanha, realizou-se no Domingo, dia 30 de março, o I Encontro de Capas Ibéricas, um evento cujo maior destaque foi a diversidade de capas tradicionais existentes nos dois países.

O desfile das Capas Ibéricas.

Em Miranda do Douro, este encontro fez parte do programa da Exaltação da Capa de Honras Mirandesa e juntou centenas de portugueses e espanhóis, vindos das regiões vizinhas de Zamora e Salamanca.

Destas regiões, destaque, por exemplo, para a Capa Parda Alistana (Aliste), que dada a proximidade geográfica a Miranda do Douro, tem grande semelhança com a Capa d’Honras Mirandesa. Confeccionada com a mesma lã das ovelhas, este traje é utilizado em cerimónias importantes como a Semana Santa, em Zamora (Espanha).

No I Enconto de Capas Ibéricas, participaram ainda representantes da Capa de Béjar (Salamanca) e da Capa Espanhola.

Recorde-se que a Capa d’Honras Mirandesa é considerada um dos mais importantes símbolos da identidade do povo mirandês, evocando valores ancestrais como a honra e o respeito.

O momento alto deste encontro entre mirandeses e espanhóis foi a celebração da eucaristia na concatedral de Miranda do Douro. A celebração foi presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, que trajado com uma Capa d’Honras Mirandesa saudou as centenas de participantes portugueses e espanhóis.

Na homília, Dom Nuno Almeida, referiu-se à parábola do Pai misericordioso, afirmando que é urgente dar testemunho de valores como a fraternidade e a solidariedade.

“Também as Capas d’Honra evocam valores importantes como a honra e o respeito. Entre nós, os cristãos, o único olhar permitido é o respeito e a solidariedade entre irmãos e irmãs”, disse.

No final da missa, seguiu-se uma breve cerimónia, na qual a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, agradeceu o trabalho conjunto entre as entidades portuguesas e espanholas, na coorganização do I Encontro de Capas Ibéricas.

“Neste primeiro encontro conseguimos reunir centenas de pessoas, que envergando as suas capas tradicionais, estão a promover a sua região e a sua cultura. Neste encontro em Miranda do Douro, quero ainda destacar a participação das crianças, que envergando também elas as capas d´Honras Mirandesa estão desde cedo a afeiçoar-se a um dos símbolos mais identitários da Terra de Miranda”, disse a autarca.

Por sua vez, o representante da Asociación para la Promócion e Estudio da Capa Parda Alistana (Zamora), Luís Castro, sublinhou a importância de reunir num mesmo evento, as capas tradicionais de várias regiões de Espanha e Portugal.

“No I Encontro de Capas Ibéricas podemos ver um pouco a rica diversidade de capas existentes em Espanha e Portugal. Na comarca de Aliste, por exemplo, a capa alistana é muito utilizada em cerimónias importantes como os casamentos, a festa do patrono da localidade e outras festividades”, justificou.

O I Encontro de Capas Ibéricas foi organizado pelo município de Miranda do Douro, em parceria com a Asociación de la Capa Alistana e a Asociación Amigos de La Capa de Béjar (Salamanca).

Neste primeiro encontro participaram ainda outras entidades como a Diocese de Zamora, a Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), representantes de freguesias do concelho de Miranda do Douro, a associação Mirandanças, o Centro Etnográfico e Musical Sons da Terra, várias confrarias e outras entidades.

HA

Incêndios: GNR já sinalizou 7.192 terrenos para limpeza da floresta

Incêndios: GNR já sinalizou 7.192 terrenos para limpeza da floresta

A Guarda Nacional Republicana (GNR) já sinalizou este ano 7.192 terrenos para serem limpos no âmbito da Campanha Floresta Segura 2025, que visa a prevenção dos incêndios florestais.

A Campanha Floresta Segura 2025 da GNR arrancou em 1 de fevereiro e prolonga-se até 30 de novembro, sendo que de 16 de fevereiro até 30 de abril decorre o período para a sinalização dos terrenos por falta de gestão de combustível.

Quanto às datas previstas para as ações de fiscalização, ainda não há calendário, estando-se “a aguardar o Despacho Conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da proteção”, acrescentou a Guarda.

De acordo com dados provisórios da GNR, entre 16 de fevereiro e 20 de março, nos 18 distritos de Portugal continental já foram sinalizados 7.192 terrenos.

Leiria é o distrito onde mais terrenos já foram sinalizados, com 1.878. Seguem-se Santarém, com 828, e Coimbra, com 610.

Os três distritos onde, até ao momento, foram referenciados menos terrenos são Évora (18), Portalegre (26) e Porto (124).

Quanto aos restantes distritos, em Castelo Branco foram marcados 548 terrenos, em Braga 532, em Viseu 491, em Bragança 394, em Aveiro 344, em Viana do Castelo 267, em Vila Real 244, em Setúbal 188, em Beja 187, em Lisboa 182, na Guarda 166 e em Faro 165.

Na Campanha Floresta Segura 2024, segundo a GNR, foram realizadas 7.237 ações de sensibilização, que chegaram a 115.568 cidadãos.

No ano passado, foram efetuadas 10.256 sinalizações e, “no que diz respeito à fiscalização, foram elaborados 2.233 autos de contraordenação por falta de gestão de combustível e 3.028 autos de contraordenação por outras infrações”.

Este é o número mais baixo de coimas por falta de gestão de combustível dos últimos seis anos.

Segundo informação disponível na página de Internet da GNR sobre os anos anteriores, em 2023 os autos de contraordenação por falta de gestão de combustível foram 2.577, enquanto em 2022 registaram-se 2.271 autos e em 2021 elaborou 3.176.

O número mais elevado de autos foi registado em 2019, com 6.866.

Até 30 de novembro, “a Guarda irá promover diversas ações de sensibilização e monitorização, ações de fiscalização, de vigilância e deteção de incêndios rurais (IR), de investigação das causas destes crimes de incêndio e validação das áreas ardidas, com o objetivo de prevenir, detetar, combater e reprimir atividades ilícitas, garantindo a segurança das populações, dos seus bens e a preservação do património florestal”, integradas na campanha anual Floresta Segura.

Esta campanha “reforça ações preventivas e repressivas, promovendo uma maior resiliência ao território face aos incêndios, garantindo a segurança das populações e sustentabilidade do património florestal nacional”.

Fonte: Lusa

Cultura: Obras no Museu da Terra de Miranda avançam para a 2ª fase

Cultura: Obras no Museu da Terra de Miranda avançam para a 2ª fase

O Museu da Terra de Miranda, localizado na cidade de Miranda do Douro, vai avançar para a segunda fase de remodelação e ampliação do imóvel, com uma dotação de 450 mil, foi anunciado em Diário República (DR).

Segundo a diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto, o anúncio do concurso público para a segunda fase das obras de requalificação do espaço museológico “peca por tardio”.

“Apesar da demora, a empreitada é de vital importância para se prosseguir para um terceira fase da obra que está orçada em cerca de meio milhão de euros e que vai permitir a abertura ao público desta unidade museológica, fechada há cerca de três anos”, indicou Celina Pinto.

A segunda fase da obra tem um prazo de execução de 120 dias (quatro meses).

Segundo a responsável, a primeira intervenção no Museu da Terra de Miranda foi concluída no início de 2024.

As obras de remodelação e ampliação do Museu Terra de Miranda iniciaram-se a 17 de dezembro de 2022. Esta intervenção recebeu um orçamento de 1,1 milhões de euros, cofinanciados pelo Programa Operacional Norte 2020, e resultando de uma candidatura apresentada pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN).

As intervenções vão proporcionar “condições dignas ao funcionamento desta instituição, que se quer capaz de cumprir a sua missão museológica de conservação, salvaguarda, interpretação e comunicação do património cultural, assim como o reforço de constituição de equipas, de parcerias e redes de trabalho, objetivando o desenvolvimento de um trabalho estrutural”.

Outro dos objetivos é a criação de novos conteúdos, permitindo a aproximação a uma nova museologia, mais contemporânea, mais sensitiva e mais interativa, sentida e partilhada num espaço de referência que ultrapassa a dimensão local.

O Museu da Terra de Miranda é detentor de um potencial “incondicionalmente único no contexto nacional”.

Desde agosto de 2022, o museu encontra-se temporariamente instalado no antigo Paço Episcopal de Miranda do Douro.

O Museu da Terra de Miranda foi fundado por António Maria Mourinho e a sua abertura ao público ocorreu a 18 maio de 1982.

Fonte: Lusa