Impostos: Descida na retenção na fonte

Impostos: Descida na retenção na fonte

Em 2025, as tabelas de retenção do IRS começam a ser aplicadas aos salários e pensões pagos a partir de janeiro e numa remuneração de 1.500 euros trazem uma descida de 3,40 euros na retenção mensal.

A redução do imposto retido mensalmente é feita em comparação com o valor ‘descontado’ nos dois últimos meses de 2024. Mas, se a comparação for feita com o imposto pago entre janeiro e agosto, há a registar uma descida de 17,24 euros.

O valor do imposto considerado neste exemplo parte do pressuposto que o trabalhador em causa não tem dependentes e, sendo casado, o outro elemento do casal também trabalha.

Havendo um dependente, por exemplo, as contas são diferentes, sendo que num salário bruto de 1.500 euros, o valor que o trabalhador retém mensalmente a partir deste mês será de 164,70 euros. São menos 17,21 euros face ao que descontou em janeiro e agosto e menos 3,37 euros na comparação com valor retido nos últimos dois meses do ano.

As tabelas de retenção agora publicadas, num despacho assinado pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, seguem o modelo que vigora desde o segundo semestre de 2023, desenhado com o objetivo de aproximar o valor mensalmente retido ao imposto que cada perfil de trabalhador ou de pensionista tem efetivamente a pagar.

Sendo a retenção na fonte um adiantamento, o IRS devido por cada contribuinte é apurado no ano seguinte, com a entrega da declaração anual, com a conta final influenciada pelo valor das despesas apresentadas, pela existência de outros rendimentos de englobamento obrigatório ou que o contribuinte pretenda englobar ou ainda pela opção da entrega da declaração em conjunto ou em separado (para os unidos de facto e casados).

A retenção na fonte do IRS em vigor em 2025 tem em conta, como refere o despacho, as alterações ao IRS contempladas no Orçamento do Estado (OE2025), nomeadamente a atualização dos escalões, a subida do salário mínimo (SMN) de 820 para 870 euros (que continua isento da retenção mensal) e a subida do mínimo de existência (valor isento de IRS) para os 12.180 euros (14xSMN).

Num salário de 2.000 euros brutos a retenção passa a ser de 326,01 euros (menos 23,19 euros do que em janeiro de 2024 e menos 4,63 euros do que em novembro e dezembro). Havendo um dependente, a retenção passa a ser de 304,58 euros (menos 23,19 euros do que em janeiro e menos 4,63 euros do que em novembro e dezembro).

No caso dos reformados, sobretudo os da Segurança Social, as tabelas de retenção que entram agora em vigor não vão poder ser aplicadas já às pensões de janeiro – que são pagas esta semana – sendo o acerto feito nos meses seguintes.

Este é também o mês em que as pensões são atualizadas, pelo que, um reformado que em 2024 tinha uma pensão de 1.450 euros brutos, verá o seu valor avançar para os 1.498,58 euros este ano.

Já a retenção mensal do IRS, que de janeiro a agosto de 2024 foi de 177,47 euros e que nos últimos dois meses do ano passado foi de 164,14 euros, passa a ser agora de 165,79 euros.

Em termos líquidos, este reformado vê a pensão aumentar de 1.285,86 euros em dezembro para 1.332,79 euros em 2025, apesar de a retenção ser agora ligeiramente mais alta (subindo em 1,65 euros por mês).

O ano de 2025 traz também mudanças no IRS Jovem: além de duplicar o número de anos do benefício (de cinco para 10), reforça o valor total isento de imposto e alarga o universo de beneficiários porque o regime deixa de estar ligado à conclusão de ciclos de estudos, passando a abranger todos os jovens.

Quem tem até 35 anos (e trabalhe há menos de 10 anos) poderá começar já a sentir os benefícios do IRS Jovem tendo, para tal, de solicitar à entidade empregadora que lhe faça a retenção com base neste regime fiscal, que contempla uma isenção de 100% no 1.º ano de obtenção de rendimentos, de 75% do 2.º ao 4.º ano, de 50% do 5.º ao 7.º ano e de 25% nos três anos restantes.

Exemplificando: um jovem com 28 anos que se encontre em 2025 no seu 5.º ano de trabalho paga IRS apenas sobre metade do rendimento que aufira (até ao limite de cerca de 28 mil euros anuais) e poderá pedir à empresa para adequar a retenção na fonte a este perfil de isenção.

Fonte: Lusa

Sociedade: Portugal ainda é um dos países mais desiguais da UE

Sociedade: Portugal ainda é um dos países mais desiguais da UE

Portugal permanece um dos países mais desiguais da União Europeia (UE), dado que um quinto da população, cerca de 2,1 milhões de pessoas vive em situação de pobreza ou exclusão social, indica o estudo “Portugal Desigual”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Na ausência de qualquer tipo de transferência social, a pobreza seria de 40,3%, constatou o investigador Carlos Farinha Rodrigues, numa atualização de dados do projeto “Portugal Desigual”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Em 2022, Portugal era o quarto país mais desigual da UE, assinalou o autor do trabalho.

Os indicadores de privação material e social mostram uma evolução positiva. Contudo, alguns aspetos mais sensíveis pioraram, como a existência de mais atrasos – motivados por dificuldades económicas – em algum dos pagamentos regulares.

A isto “não será alheio o agravamento dos preços, em particular os da habitação”, sublinhou o investigador.

Em 2023, cerca de 1,8 milhões de residentes em Portugal encontravam-se em situação de pobreza monetária, ou seja, auferiam um rendimento mensal inferior a 632 euros, sendo que a intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres) manteve-se praticamente inalterada (25,7%), acima dos 21,7% registados em 2021, segundo a mesma fonte.

O autor conclui que também a distribuição das prestações sociais é desigual.

Em 2022, o total das prestações sociais representava 28,1% do rendimento equivalente das famílias. Destes, 23,7% correspondiam a pensões de velhice e de sobrevivência (a maioria das quais de natureza contributiva) enquanto 4,5% representava outros tipos de prestações sociais.

“Analisando como o total das prestações sociais se distribui ao longo da escala de rendimentos, é possível verificar que 41,9% dessas prestações se dirigia para o último quintil da distribuição (os 20% de maiores rendimentos) enquanto o primeiro quintil da população (os 20% de menores rendimentos onde se inclui a população em situação de pobreza) somente auferia 10,7% do total das prestações sociais”, referiu no documento.

Para o investigador, a explicação desta distribuição “profundamente assimétrica” das prestações sociais reside em dois motivos: na importância que as pensões de velhice e de sobrevivência têm no total das prestações e no facto de as pensões contributivas mais elevadas geralmente estarem associadas à parte superior da distribuição dos rendimentos.

“Utilizando os dados publicados pelo Eurostat, é possível verificar que, em 2022, o efeito redistributivo de todas as prestações sociais era na UE de 26,7 pontos percentuais, enquanto em Portugal esse valor era de 24,8”, justificou Carlos Farinha Rodrigues, que se baseou também em dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para a análise apresentada.

Excluídas as pensões de velhice e de sobrevivência, a distância entre Portugal e a média europeia seria “mais expressiva”, defendeu.

“Na UE, o impacto atenuador das transferências sociais (excluindo pensões) sobre a taxa de pobreza era de 8,6 pontos percentuais enquanto em Portugal era menos de metade”, sustentou.

Tendo por base o coeficiente de Gini – um indicador de desigualdade na distribuição do rendimento – o arquipélago dos Açores é a região com maior assimetria de distribuição de rendimentos (33,8%), cerca de 1,9 pontos percentuais acima da média nacional (31,9%).

No continente, a região mais desigual é a Grande Lisboa, com um coeficiente de Gini de 32,9%.

Olhando para os últimos 30 anos, o investigador conclui que houve “uma alteração profunda” no padrão da pobreza.

“Se nos primeiros anos a pobreza dos idosos era um dos principais fatores de preocupação, nos anos mais recentes é a incidência da pobreza nas crianças e jovens que predomina”, destacou. A partir de 2007, a taxa de pobreza das crianças e jovens “ultrapassou a dos idosos”, exceto em 2023.

No último ano, houve um agravamento da taxa de pobreza dos idosos para 21,1% (em 2022 tinha sido de 17,1%), o que para Carlos Farinha Rodrigues, é “extremamente preocupante”, mesmo que, como observou o INE, possa ser explicado pelas alterações na metodologia de cálculo das pensões de velhice no Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos de 2024.

Fonte: Lusa; Gráficos: FFMS

Ensino: Projeto-piloto dá mais voz aos alunos

Ensino: Projeto-piloto dá mais voz aos alunos

Dez escolas integradas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária vão participar, durante três anos, num projeto-piloto que pretende dar mais voz aos alunos na vida escolar e na tomada de decisões.

A iniciativa resulta de um protocolo de colaboração entre a Direção-Geral da Educação (DGE) e a UNICEF Portugal, que fica responsável por acompanhar a implementação da abordagem educativo do Programa de Educação pelos Direitos e Crianças.

O objetivo, explica a UNICEF Portugal em comunicado, é “promover a participação democrática dos alunos na vida escolar, dando voz às crianças e jovens como protagonistas das decisões”.

Dessa forma, pretende-se desenvolver competências sociais e emocionais que contribuam para o sucesso dos alunos além da escola, como o pensamento crítico, a comunicação, a liderança e resolução de conflitos, e o trabalho em equipa.

A abordagem educativa da UNICEF procura potenciar ambientes de aprendizagem que assegurem a proteção e desenvolvimento integral das crianças nas comunidades, e fá-lo ao reconhecê-las como “sujeitos de direitos” e ao valorizar a sua participação ativa na sociedade.

Começando pela sua participação ativa na vida escolar, as escolas deverão consolidar práticas inclusivas e que essa participação, reforçando o sentimento de pertença à escola.

“O direito à participação é de todas as crianças, mas sabemos que é particularmente importante para crianças em situação de maior vulnerabilidade, porque permite desenvolver um conjunto de competências para a vida”, sublinhou a diretora de Programas e Políticas de Infância na UNICEF Portugal.

Francisca Magano explicou que nas escolas envolvidas será possível testar e avaliar diferentes práticas e dinâmicas que promovam oportunidades de participação.

Um exemplo, implementado numa escola que já trabalha com a abordagem educativa da organização, é a implementação de inquéritos aos alunos que permitiram identificar necessidades e depois, trabalhar em conjunto para desenvolver projetos que respondam a essas necessidades.

Noutra escola, de primeiro ciclo, foi criada uma Assembleia de Alunos em que as próprias crianças definiram e distribuíram pelouros, desenvolvendo “competências de liderança, responsabilidade, trocam ideias e aprendem a ouvir o outro”, sublinhou a responsável.

Ao longo de três anos, o projeto será implementado em 10 das mais de uma centena de escolas TEIP de quarta geração, identificadas pela DGE.

Fonte: Lusa

Igreja: Dom Nuno Almeida iniciou visita ao arciprestado de Miranda

Igreja: Dom Nuno Almeida iniciou visita ao arciprestado de Miranda

O bispo de Bragança-Miranda. Dom Nuno Almeida iniciou neste mês de janeiro, a visita pastoral ao arciprestado de Miranda (Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso), tendo presidido do Domingo, dia 5 de janeiro, à celebração da eucaristia, na concatedral de Miranda do Douro e em Vimioso, aquando na solenidade da Epifania do Senhor.

Na visita à Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, em Vimioso, Dom Nuno Almeida presidiu à eucaristia na solenidade da Epifania do Senhor.

Após da visita pastoral ao arciprestado de Bragança (concelhos de Bragança e de Vinhais), o bispo diocesano iniciou agora a visita às comunidades dos concelhos de Vimioso, Miranda do Douro e Mogadouro.

“À semelhança da visita de Nossa Senhora à sua prima, Santa Isabel, a visita pastoral do bispo tem por finalidade conhecer e dar-me a conhecer às comunidades. No dia-a-dia, proponho-me visitar as pessoas, as paróquias, freguesias e outras instituições de cada concelho. Nestas visitas, o dever do Bispo, é também anunciar o Evangelho, em gestos, celebrações e com ações de formação, que ajudem as comunidades a viver fervorosamente o jubileu da Esperança”, adiantou.

Na visita ao arciprestado de Miranda, o bispo diocesano vai visitar primeiro, a Unidade Pastoral Senhora da Visitação, no concelho de Vimioso.

Nesta Unidade Pastoral Senhora da Visitação trabalham como párocos, os padres Rufino Xavier e Aníbal Anunciação, assim como o diácono permanente, António Rebelo e ainda os Frades Capuchinhos (que durante a visita pastoral vão orientar alguns cursos bíblicos).

O bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida iniciou o seu trabalho na diocese, no dia 25 de junho de 2023.

HA

Vimioso: “O Cantar dos Reis está enraizado no coração das pessoas” – Dom Nuno Almeida

Vimioso: “O Cantar dos Reis está enraizado no coração das pessoas” – Dom Nuno Almeida

No Domingo, dia 5 de janeiro, a vila de Vimioso foi o palco do “Cantar de Reis”, um encontro que neste novo ano reuniu 10 grupos de várias freguesias do concelho, que quiseram preservar uma das mais belas tradições de Natal, com a entoação de cânticos dedicados ao Nascimento do Deus Menino.

O Grupo Coral de Vimioso cantou as “Boas Festas”.

O “Cantar de Reis” foi coorganizado pelo município de Vimioso e a Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, teve lugar no pavilhão multiusos de Vimioso e iniciou-se com a celebração da Eucaristia Dominical, presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.

A eucaristia alusiva à Epifania é uma das festas centrais do tempo litúrgico do Natal, conhecida popularmente como Dia de Reis. Na solenidade da Epifania do Senhor, Dom Nuno Almeida chamou à atenção para a iniciativa dos magos do oriente, que foram ao encontro do Deus Menino.

“Neste ano jubilar que já estamos a viver, inspiremo-nos no exemplo de coragem e humildade dos Magos dos Oriente e vamos também nós ao encontro do Senhor, pois Ele é a fonte do Perdão e da Esperança”, disse Dom Nuno Almeida.

Apontando para o presépio, o bispo diocesano, explicou que aí não há muros, nem portões e a entrada é livre.

“Perante os desentendimentos e o egoísmo, precisamos abrir o nosso coração e tornar-nos mais irmãos uns dos outros. Prestemos uma particular atenção para o acolhimento das pessoas imigrantes que chegam ao nosso país, à procura de trabalho e de melhores condições de vida”, indicou.

O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, presidiu à Missa Dominical, celebrada no pavilhão multiusos, em Vimioso.

Após a celebração religiosa seguiu-se o espetáculo do Cantar de Reis, que nesta edição contou com a participação de dez grupos, vindos das freguesias de Algoso, Argozelo, Mora, Pinelo e Vale de Pena, Santulhão, Uva, Vila Chã da Ribeira, Vilar Seco, Grupo Coral de Vimioso e Rancho Folclórico de Vimioso.

No repertório musical, os vários grupos cantaram temas como “Boas Festas”, “Cantar do Reis”, “Aqui vimos”, “Trigo, nozes e marmelada” e “Vós que vindes de Belém”, “Champanhe, minha champanhe”, entre outros cantares.

Para o presidente do município de Vimioso, o encontro de Cantar dos Reis é mais uma iniciativa conjunta da autarquia com outras instituições locais, que tem por objetivo recolher e preservar as tradições do concelho.

“O trabalho de recuperar e preservar o património cultural do concelho implica o envolvimento de todos. Desde logo o município, as freguesias, as paróquias, os lares de idosos, o agrupamento de escolas, entre outras entidades”, disse.

Já o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida enfatizou que o Cantar dos Reis é uma tradição muito bela que dá a conhecer a alma do povo.

“O Cantar dos Reis está muito enraizado no coração das pessoas. E estes cânticos alusivos ao Nascimento de Jesus, ajudam-nos muito a centrarmo-nos no essencial. Hoje em dia, o Natal, está tão repleto de propostas e de presentes que corremos o risco de nos esquecermos do homenageado, isto é, o Nascimento de Jesus Cristo”, disse.

Dom Nuno Almeida acrescentou que os encontros de “Cantar os Reis” são também oportunidades de convívio, de partilha e de aprendizagem entre todos os participantes e o público.

Do lado dos participantes, António Martins, um dos membros do Grupo Coral de Vimioso, expressou grande alegria pela participação no Cantar dos Reis e sublinhou a importância de transmitir aos mais novos este legado cultural.

“Estes cânticos foram-nos transmitidos pelos nossos antepassados. Agora cabe-nos a nós incentivar as crianças e os jovens a aprenderam estas músicas e o seu significado que é anunciar o Nascimento do Deus Menino. Queira Deus, que esta tradição do Cantar dos Reis não e perca e continue todos os anos”, disse.

Em Vimioso, o Cantar de Reis concluiu-se com a Partilha de Reis – um lanche oferecido pelo município de Vimioso – e o concerto dos Zingarus.

HA

Política: Movhera apoia populações onde tem barragens

Política: Movhera apoia populações onde tem barragens

A empresa Movhera reiterou o compromisso com as comunidades onde tem empreendimentos hidroelétricos, afirmando que continua a trabalhar de forma colaborativa e séria para fortalecer os laços sociais e contribuir “positivamente” para o desenvolvimento dos territórios.

“Reiteramos o nosso compromisso com as comunidades locais e continuaremos a trabalhar de forma colaborativa séria para fortalecer os nossos laços e contribuir positivamente para o desenvolvimento local”, indicou a empresa elétrica.

Esta tomada de posição da Movhera surge em resposta ao Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), que num comunicado emitido na sexta-feira acusava a empresa de “comportamento colonial” relativamente às comparticipações que a concessionária das seis barragens transmontanas dá a associações culturais e desportivas deste território.

Face a esta situação a Movhera lamentou o comunicado emitido pelo MCTM afirmando que, para além de se basear em informação falsa e ter um tom desadequado, denota completo desconhecimento do trabalho realizado na e pela região nos últimos anos”.

 Em causa estava o apoio solicitado pela Associação Recreativa de Jovens Mirandeses a quem coube a organização do Festival Geada no último fim de semana, que segundo a Movhera “enquadra-se, como muitos outros recebidos, na sua política de fomento à atividade socioeconómica verde e à região de Trás-os-Montes e Alto Douro”.

No mesmo comunicado, o MCTM indicava igualmente que os municípios deste território têm o dever de exortar os cidadãos e organizações locais a rejeitar estas “esmolas” enquanto as empresas não regularizarem as suas obrigações fiscais e não demonstrarem respeito pela região.

“Paralelamente, as autarquias devem substituir estes pseudofinanciamentos por apoios municipais ou nacionais dignos e adequados”, vincava o MTCM na mesma nota.

O MCTM apontava como exemplo o patrocínio que a Movhera deu recentemente ao Festival Geada que decorreu em Miranda do Douro no passado fim de semana, “com algumas centenas de canecas de barro de valor irrisório, que se esgotaram logo no primeiro dia e, de tão frágeis, partiam-se nas mãos dos festivaleiros”.

Por seu lado, a Movhera, concessionária de seis barragens transmontanas, lamentou também o ataque proferido à organização do Festival Geada, que em seu entender “não é partilhado pela população mirandesa”.

“Os promotores deste Festival, que pretende promover a cultura da Terra de Miranda, só merecem o louvor de todos os intervenientes locais”, vincou a empresa.

A Movhera acrescentou ainda que é um dos maiores contribuintes nacionais e locais.

“Todos os anos, contribuímos, diretamente, para o crescimento de Trás-os-Montes, com investimentos em apoios às Agências Municipais e ao financiamento de iniciativas locais e criação de emprego direto e indireto”, frisou a empresa.

Movhera é a concessionária das barragens de Miranda, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz.

Fonte: Lusa

Política: Assembleias Municipais pedem entidade de inspeção

Política: Assembleias Municipais pedem entidade de inspeção

O regresso das auditorias de acompanhamento nas autarquias, através da criação de uma nova entidade de inspeção que ajude a que processos não cheguem aos tribunais, foi defendida pela Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM).

Albino Almeida, presidente da ANAM, defendeu a criação de uma entidade semelhante à extinta Inspeção Geral da Administração Local (IGAL), que possa ser responsável pela inspeção regular e periódica das autarquias e que ajude os autarcas nos seus processos de decisão.

“Mais vale prevenir do que remediar. Esta é uma luta contra a judicialização da política, especialmente a política autárquica”, afirmou Albino Almeida.

O presidente da ANAM considerou que, atualmente, “os autarcas decidem muito sós, com muito pouca segurança jurídica”.

“E depois acontecem as coisas que sabemos [os processos em tribunal], que naturalmente se podiam evitar se houvesse uma auditoria, como era feita nos tempos da IGAL”, observou.

A inexistência desta entidade que possa apoiar presidentes de municípios e de juntas de freguesia nas suas decisões é o que explica, segundo Albino Almeida, que existam nos tribunais “tantos processos abertos e no final não se conclua por existência de corrupção, porque o autarca não tinha como decidir diferente, a menos que soubesse alguma coisa que não sabe quando está a decidir”.

A medida defendida pela ANAM, acrescentou, “está em sintonia com a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) e com a opinião de centenas de autarcas dos executivos municipais”, para além de já ter sido considerada “uma necessidade, em tempos, pela própria Associação Nacional de Municípios Portugueses”.

Albino Almeida recordou que também a antiga Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal, já falecida, advogava que a questão devia ser reequacionada perante o Governo.

Questionado sobre contactos feitos com o Governo, Albino Almeida revelou que é “uma matéria que está dentro das preocupações” do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

“Aliás, o ministério tem um secretário de Estado, o doutor Hernâni Dias [antigo presidente da Câmara de Bragança e que tutela a Administração Local e Ordenamento do Território], que é uma pessoa muito conhecedora deste fenómeno”, argumentou.

O tema da eventual criação de uma nova entidade responsável por auditorias e inspeções aos municípios e freguesias esteve em debate numa conferência na Coimbra Business School, promovida pela ANAM.

Para além de Albino Almeida e do presidente da escola superior anfitriã, Alexandre Silva, o programa inclui as participações de Luis Correia, vice-presidente da Anafre, José Tavares, juiz conselheiro do Tribunal de Contas, Jorge Nunes, diretor de auditoria da Unidade de Saúde Local de Matosinhos ou Nuno Sá, diretor de Auditoria Interna da Câmara Municipal de Coimbra, entre outros especialistas, autarcas e académicos.

Fonte: Lusa

Sociedade: Esperança de vida aumentou 20,2 anos

Sociedade: Esperança de vida aumentou 20,2 anos

A esperança de vida aos 65 anos, aumentou 20,2 anos, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), ao divulgar o valor provisório para o período 2022-2024.

Face ao triénio anterior, verificou-se um aumento de 0,27 anos (3,24 meses).

“Manteve-se a tendência de crescimento da esperança de vida aos 65 anos retomada no triénio anterior, após a diminuição registada durante os anos de pandemia da doença covid-19 (-0,24 e -0,01 anos em 2019-2021 e 2020-2022, respetivamente), em que esta recuou a valores inferiores aos estimados para 2017-2019 (19,73 anos)”, assinalou o INE no Destaque hoje divulgado.

A esperança de vida determina a idade comum de acesso à reforma no regime geral de segurança social.

Fonte: Lusa

Grandíssima alegria!

Epifania do Senhor (Solenidade)

Grandíssima alegria!

Is 60, 1-6 / Slm 71 (72) 2.7-8.10-13 / Ef 3, 2-3a.5-6 / Mt 2, 1-12

A liturgia leva-nos, neste dia, à Solenidade da Epifania do Senhor. Na visita dos Reis Magos ao presépio de Belém, meditamos na manifestação de um Deus que vem para salvar o mundo inteiro.

A composição do lugar é-nos dada no Evangelho de São Mateus. Os Magos são-nos familiares pela presença que ocupam nos nossos presépios. Em muitos lares, neste dia, são colocados junto à gruta, como quem termina uma longa viagem e descobre a meta desejada. Chegam a Jesus guiados por uma estrela e confrontados com a desconfiança de Herodes. Não é fácil perseverar quando não se entende tudo nem é óbvio por onde ir. Também não é fácil purificar a imagem de realeza – um rei vive num palácio – para interpretar nas Escrituras que o grande Rei nasce pobre e frágil numa gruta, na periferia de uma cidade.

Quando encontram Jesus, brota nos corações destes estrangeiros a alegria de quem chegou a bom porto e encontrou o seu salvador.

Nos Magos estão representados os povos pagãos vizinhos a Israel e neles se vislumbram todas as nações que hão de acolher a Boa Nova do reino de Deus, nas quais se inclui o nosso país, neste lado do Ocidente virado para o Atlântico. Todos recebemos a mesma herança, pois pertencemos ao mesmo corpo e participamos da mesma promessa em Cristo Jesus, por meio do Evangelho, como diz o Apóstolo São Paulo na Epístola aos Efésios.

Provavelmente, esta é a história de cada ser humano que faz a experiência do encontro com Jesus na vida. Somos desafiados a sair do nosso «conforto» para nos pormos a caminho uns com os outros, nesta dinâmica sinodal que a Igreja nos propõe, atentos às «estrelas» que nos indicam a via a percorrer.

Nestes tempos difíceis em que vivemos, entre as guerras e os desastres naturais, há que fortalecer a fé para não deixar de confiar na ação protetora de Deus. E há que estar atento aos sinais de esperança da luz de Cristo, que nos redimensionam a compreensão da vida. Afinal, a realeza a que somos chamados não vem do poder e do dinheiro, mas da simplicidade, relação e do encontro.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Concerto de Ano Novo na Concatedral

Miranda do Douro: Concerto de Ano Novo na Concatedral

A Concatedral de Miranda do Douro acolhe este sábado, dia 4 de janeiro, o Concerto de Ano Novo, um espetáculo musical interpretado por Dinis Meirinhos e David Bento, dois instrumentistas de guitarra e violino.

No repertório do concerto, agendado para as 21h00, os jovens instrumentistas vão interpretar músicas clássicas do período barroco (1600 até 1750) e outros temas que vão até ao século XX.

Com percursos na guitarra e no violino, estes dois artistas iniciaram a sua formação musical no Conservatório de Música da Jobra, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro.

“Unidos por uma ligação de amizade e música que atravessou fronteiras e projetos, regressam agora a palco para nos presentear com um espetáculo inesquecível, que une a experiência de anos de carreira ao mesmo entusiasmo dos seus primeiros passos musicais”, informa o município de Miranda do Douro.

A entrada para o concerto é gratuita.

Nascido em Aveiro, Dinis Meirinhos compôs aos 18 anos, o seu primeiro concerto de guitarra. Seguiram-se obras para guitarra solo e ensemble - muitas das quais têm as suas raízes na música popular mirandesa ou em poemas de artistas portugueses. Como intérprete, toca regularmente em tournées como solista e como músico de câmara em Portugal e na Europa.
David Bento conta-se entre os violinistas portugueses mais ativos da sua geração e tem atuado regularmente em recital e a solo com orquestra. Apaixonado pela música de câmara, atua regularmente em festivais nacionais e internacionais.

Fontes. Lusa e HA