Argozelo: Confraria promove a rosquilha

Argozelo: Confraria promove a rosquilha

No Domingo, dia 6 de abril, foi apresentada na vila Argozelo, a “Confraria da Rosquilha”, uma nova associação local que tem por missão preservar, transmitir e promover este doce tradicional, em Portugal e no estrangeiro.

De acordo com Ana Luísa, a Confraria da Rosquilha surgiu da ideia de cinco amigos, naturais da vila de Argozelo, com o propósito de ajudar a preservar a receita original da rosquilha e levar este produto a novos mercados e públicos.

“Já este ano, uma das primeiras atividades da Confraria da Rosquilha é realizar o capítulo de entronização, com a constituição dos órgãos sociais, de modo a contar com um número cada vez maior de novos membros, todos com a mesma missão de preservar e promover a rosquilha de Argozelo”, disse.

Outro propósito inicial da nova confraria é o de registar a marca “Rosquilha de Argozelo”, com o objetivo de uniformizar a utilização dos ingredientes, padronizar o modo de confecção e comercializar este doce tradicional ao longo de todo o ano.

“Atualmente, em Argozelo há cerca de 20 pessoas que confeccionam as rosquilhas. A nossa intenção é guardar e transmitir este saber às novas gerações, para que este legado gastronómico e cultural não se perca”, acrescentou.



A confraria foi apresentada no decorrer da XVIII Feira da Rosquilha, em Argozelo e na sessão foram apresentados os traje da Confraria da Rosquilha. A indumentária é feita de burel, com as várias cores acastanhadas da cozedura das rosquilhase inclui representações das rosquilhas e dos ingredientes como o trigo, açúcar, azeite e os ovos.

A vice-presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Carina Lopes, natural de Argozelo, frisou que outra missão da Confraria da Rosquilha é promover turisticamente a vila de Argozelo.

“Aproveitando o potencial gastronómico e económico da rosquilha, queremos atrair a vinda de pessoas à vila de Argozelo e por conseguinte ao concelho de Vimioso. Já este ano, em conjunto com outros produtos, a rosquilha de Argozelo foi um dos destaques na Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorreu de 12 a 16 de março”, informou.


Segundo Carina Lopes, doravante a nova confraria vai dar a conhecer a “Rosquilha de Argozelo” em concursos de doçaria, feiras e eventos, nos âmbitos regional, nacional e também internacionalmente.

A Rosquilha

A Rosquilha é um doce tradicional, confeccionado com farinha, fermento, açúcar, ovos, manteiga, azeite e banha de porco. Há quem adicione aguardente e sumo laranja.

Juntam-se todos estes ingredientes, amassam-se bem, dá-se-lhes a forma circular para depois irem ao forno.

A rosquilha é tão apreciada pelo público, que antes mesmo do certame começar em Argozelo, sucedem-se inúmeras encomendas deste doce tradicional de Páscoa.

HA

Argozelo: Chegas de touros encheram a Feira da Rosquilha

Argozelo: Chegas de touros encheram a Feira da Rosquilha

No fim-de-semana de 5 e 6 de abril, aquando da realização da XVIII Feira da Rosquilha, a vila de Argozelo, no concelho de Vimioso, recebeu a visita de milhares de pessoas para visitar o certame e assistir às “renhidas” chegas de touros de raça mirandesa.

As tradicionais chegas de touros mirandeses são um espetáculo de força e virilidade que desperta o interesse do público.

Durante dois dias, a XVIII Feira da Rosquilha, em Argozelo, contou com a participação de 40 produtores locais e regionais e um variado programa de atividades. No sábado dia 5 de abril, os maiores destaques do evento foram o Passeio de Todo-o-Terreno (TT), a atuação do Rancho Folclórico de Vimioso e o concerto musical dos Irmãos Coragem.

No Domingo, dia 6 de abril, a celebração da eucaristia no recinto da feira, seguida da apresentação da Confraria da Rosquilha e as chegas touros trouxeram milhares de pessoas a Argozelo, que este ano celebra o 24º aniversário de elevação à categoria de vila.

No recinto da feira, a padaria de São José, de Argozelo, foi um dos produtores locais que participaram na XVIII Feira da Rosquilha. Na montra da padaria, havia rosquilhas, pão, folar, económicos, pão com chouriço e bola de carne. Sobre a nova Confraria da Rosquilha, a padaria São José, felicitou a iniciativa que vai assegurar a preservação da receita e da confeção deste doce tradicional, para depois o promover em feiras regionais, nacionais e internacionais.

Do lado do público, Gualdino Flores veio de Bragança até Argozelo para visitar a XVIII Feira da Rosquilha. O visitante brigantino considerou um evento uma boa iniciativa, tendo aproveitado a oportunidade para comprar as tradicioanais rosquilhas e também alcaparras.

A senhora Teresa, veio da aldeia de Veigas (Quintanilha) para visitar pela primeira vez, a Feira da Rosquiha, em Argozelo. Disse ser uma apreciadora deste tipo certames que dão destaque aos produtos locais e regionais, tendo adquirido rosquilhas e queijo.

De Vilar Seco (Vimioso), Maria João Rodrigues, também foi uma estreante na Feira da Rosquilha e mostrou-se muito agradada com a montra de produtos e o programa de atividades. Dada a proximidade da Páscoa, aproveitou para comprar o folar.

Todos os anos, a Feira da Rosquilha é organizada pela freguesia de Argozelo e conta com o apoio logístico e financeiro do município de Vimioso.

No encerramento da XVIII Feira da Rosquilha, o presidente de freguesia de Argozelo, José Miranda, vincou que a finalidade deste certame, que inclui atividades desportivas, musicais e etnográficas, é sobretudo a promoção dos produtos e tradições locais.

“Das várias feiras que se realizam no concelho de Vimioso, a Feira da Rosquilha, em Argozelo, é talvez a que atrai mais gente, dada a vizinhança com os concelhos de Bragança, Espanha e Macedo de Cavaleiros”, afirmou.

Questionado sobre o desenvolvimento deste certame que já vai na 18º edição, o autarca de Argozelo, indicou que há a pretensão de construir um pavilhão multiusos na vila, para facilitar a organização deste tipo de eventos.

“Em Argozelo, precisamos de um pavilhão multiusos, para realizar este tipo de eventos, assim como para a prática desportiva. Com um pavilhão, vamos poupar cerca de 10 a 12 mil euros por ano, no aluguer das atuais tendas”, adiantou.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, António Santos Vaz, referiu que estas feiras são um investimento que traz retorno económico, turístico e social às várias localidades do concelho.

“As feiras dedicadas aos produtos e tradições locais dão uma enorme visibilidade às várias aldeias e vilas do concelho. Este movimento de pessoas e bens contribui para a dinamização da economia do concelho e é um incentivo para os produtores e artesãos locais. Simultaneamente, estas feiras, são oportunidades de encontro e confraternização entre as gentes locais e os muitos visitantes de outras localidades”, concluiu.

Os Pauliteiros de Miranda (Sendim) animaram a Feira da Rosquilha, na tarde de Domingo, em Argozelo.

HA

Saúde: INEM melhora socorro no interior do país

Saúde: INEM melhora socorro no interior do país

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garantiu que o recente acordo, assinado com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), vai permitir melhorar e alargar a rede de socorro, em especial no interior do país.

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) alertou que os meios do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) alocados aos bombeiros são “manifestamente insuficientes” no distrito de Bragança.

“São manifestamente insuficientes. À medida que nos afastamos das grandes cidades, principalmente nas zonas do interior – e o distrito de Bragança é um dos mais fustigados – aquilo que o INEM investe e suporta é uma ambulância por cada concelho, o que é pouco”, disse o presidente do órgão sindical, Rui Lázaro.

Em resposta, o INEM assegurou que o acordo celebrado a 28 de fevereiro com a LBP “vai atualizar de forma muito significativa os subsídios a atribuir pelo INEM aos Corpos de Bombeiros, de forma a garantir a sustentabilidade do serviço”.

O subsídio pago pelo INEM às corporações de bombeiros vai ser aumentado em 2 mil euros por mês, passando de 6.690 euros para 8.690.

“Ao mesmo tempo, este acordo vai promover uma maior e melhor cobertura nacional da rede de emergência médica, com especial foco nas regiões do interior do país, aumentando-se em número e em disponibilidade os meios a acionar pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM”, assegurou o INEM numa nota escrita.

Em Bragança, são 12 concelhos e existem 15 corpos de bombeiros. Três deles – Torre de Dona Chama (Mirandela), Sendim (Miranda do Douro) e Izeda (Bragança) – são postos de reserva, em vez dos chamados Postos de Emergência Médica (PEM), protocolados com o INEM.

Nos casos dos postos de reserva, o serviço é na mesma adjudicado pelo INEM, mas a ambulância e tripulação a utilizar em caso de ativação são da responsabilidade dos bombeiros.

Quanto à identificação dos novos PEM a abrir, “vai resultar de um estudo conjunto realizado pelo INEM e LBP, tal como previsto no acordo”.

O INEM disse ainda que, em conjunto com a LBP, vão monitorizar “de forma permanente a eficácia e a qualidade do socorro pré-hospitalar” ao abrigo deste novo protocolo, prometendo atuar “sempre que necessário para melhor adequar o sistema às necessidades dos cidadãos”.

Neste momento, o INEM tem 448 PEM em todo o país, que são operados por elementos dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, estabelecidos através de protocolos de colaboração.

Dos 448 PEM, “426 operam fora dos concelhos de Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Aveiro e Faro”, segundo os dados fornecidos pelo INEM.

No distrito de Bragança, existem 13 PEM, 2 no concelho de Bragança e um por cada um dos restantes concelhos do distrito. 

“Para além dos PEM, e dos meios próprios do INEM, existem ainda 102 Ambulâncias Reserva do INEM em todo o país, três das quais no distrito de Bragança”, informou ainda o INEM.

Fonte: Lusa

Vimioso: Governo autoriza IP a avançar com a ponte para Carção

Vimioso: Governo autoriza IP a avançar com a ponte para Carção

O Governo autorizou a Infraestruturas de Portugal (IP) a disponibilizar 30 milhões de euros, repartidos por quatros anos, para prosseguir com os estudos e ações para a construção da ponte rodoviária Vimioso–Carção, sobre o rio Maçãs.

“Conforme decorre da Resolução do Conselho de Ministros nº 69/2025, de 10 de março, a ponte sobre rio Maçãs é um dos investimentos rodoviários identificados como prioritários por este Governo, tendo sido determinada à Infraestruturas de Portugal, S.A. que prossiga com os estudos e ações tendo em vista a concretização do mesmo”, indicou o Ministério das Infraestruturas.

Em 20 de março, foi publicado em Diário da República (DR) que a dotação financeira para dar andamento aos trabalhos da ponte sobre o rio Maçãs, na Estrada Nacional 218 (EN218), tenha uma cabimentação pública de 500 mil euros para 2025, oito milhões de euros para 2026, de 14,5 milhões de euros para 2027 e sete milhões para 2028.

“A organização do território e o reforço da coesão nacional é um dos grandes desafios do país. Corrigir assimetrias regionais e procurar o equilíbrio de oportunidades de todos os cidadãos, independentemente do local onde vivam, é função fundamental do Estado”, lê-se na publicação em DR.

Para o presidente da Câmara de Vimioso, António Santos Vaz, esta decisão do Conselho de Ministros é o concretizar dos anseios com mais de 30 anos das populações de Vimioso e dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta, para uma “ligação mais rápida e segura” à sede de distrito, Bragança e à autoestrada transmontana (A4).

“Estive reunido com responsáveis da Infraestruturas de Portugal (IP) e estou convencido que chegamos a um ponto que não tem retorno. A ideia desta ligação começou a ganhar forma em 1998 com a ligação a Bragança pela margem esquerda do rio Sabor, ligando Vimioso a Outeiro, a qual não foi autorizada por diversos pareceres ambientais devido a uma colónia do famoso rato-de-cabrera”, lembrou o autarca social-democrata.

António Santos disse à Lusa que os acessos à ponte são “um dado adquirido”, porque “a IP está a trabalhar afincadamente neste projeto da ponte sobre o rio Maçãs e respetivos acessos”.

“É preciso limar algumas arestas, principalmente em matéria de segurança rodoviária desta infraestrutura. Há algumas inconformidades e, segundo fui informado, serão facilmente resolvidas em colaboração com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR)”, vincou.

O autarca de Vimioso acrescentou ainda que tem garantia “absoluta” que até ao início do primeiro semestre de 2026 será lançado o concurso internacional para a execução desta obra.

“Os 500 mil euros inscritos para 2025 são para pagamentos aos projetistas que estão a fazer as respetivas correções de segurança solicitadas pela ANSR. Os oito milhões de euros previstos para 2026 serão para execução dos trabalhos, bem como os 14,5 milhões de euros para 2027. Estou convencido que em janeiro, e de acordo com o que me foi dito na reunião com a IP, a obra esta a começar”, afiançou António Santos.

O autarca frisou que esta obra foi adiada ao longo de 30 anos e agora está convicto que, independentemente de quem governar o país, não haverá retrocessos neste “projeto de vital importância” para o planalto mirandês e para o distrito de Bragança.

Em março de 2009, a construção de uma estrada naquele local foi travada pela presença de uma colónia de ratos-de-cabrera, protegidos pela União Europeia, e a opção foi definitivamente abandonada pelo governo de então, que optou como solução pela construção da ponte sobre o rio Maçãs e respetivos acessos, devido aos “inúmeros condicionalismos ambientais”.

Em dezembro de 2022, a então ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, garantia “a possibilidade de financiamento” da ligação Vimioso-Carção, com a respetiva ponte, “por se tratar de um caso excecional” para estradas que correspondam a ligações transfronteiriças.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Bemposta: 700 mascarados de diferentes países europeus

Bemposta: 700 mascarados de diferentes países europeus

As ruas da aldeia de Bemposta, no concelho de Mogadouro, foram invadidas por uma cortejo de mais 700 figuras representativas de rituais ancestrais europeus, numa manifestação cultural característica das festas solsticiais e carnavalescas de vários povos.

As máscaras e mascarados fazem parte da identidade cultural de povos de norte a sul da península ibérica e de países como Bulgária, Roménia, Itália. No passado dia 5 de abril reuniram-se em Bemposta, representantes destes rituais cuja simbologia remete para a fertilidade, a morte, as tradições rurais e a censura social, através das ‘tropelias’ de figuras espampanantes e por vezes misteriosas.

O Encontro de Rituais Ancestrais, que decorreu na aldeia de Bemposta, no concelho de Mogadouro é um evento eminentemente cultural, de origem rural, revelador de marcas que a história e a tradição deixaram nas terras e nas pessoas que as habitam, em muitos e distintos espaços europeus.

À passagem destes mascarados ninguém ficou indiferente e cada um, à sua maneira, procurou interagir, fosse com uma ‘selfie’, uma fotografia mais elaborada ou com um registo para as redes sociais. O mais importante é manter viva a cultura dos povos. E, no caso destas tradições milenares que teimam em manter a sua pureza, sem alterar rituais nem os confundir entre si, dadas os seus diferentes significados.

Manuel Traviesso é o porta-estandarte dos mascarados de Tremor de Arriba, uma pequena aldeia do município espanhol de Igüeña, na província de Leão. Disse à agência Lusa este encontro de rituais ancestrais é ideal para dar a conhecer as tradições, por se tratar de um localidade transfronteiriça, com uma identidade muito própria no que respeita a tradições dos mascarados.

“Todos estes rituais têm muita história e aqui pudemos partilhar todas as nossas vivências e tradições e conhecer outros de vários pontos de Portugal e Espanha e da Europa, porque descobrimos que em muitos casos há raízes comuns”, vincou este mascarado que representa as celebrações carnavalescas do seu povo.

Por seu lado, Ana Maria Martins, uma das represente da Associação do Velho de Vale de Porco, no concelho de Mogadouro, explicou que estes rituais, com os seus mascarados, estão vivos, sendo este tipo de iniciativa muito importante divulgar as tradições

“Este encontro de rituais é importante para dar a conhecer as figuras de mascarados”, afirmou, acrescentando no entanto não ser este “o melhor local” para dar a conhecer os rituais. “Estes rituais têm que ser vistos nos seus locais de origem, com todas místicas que os envolve”, defendeu.

Já Torino Marras, vindo da Sardenha, represente dos mascarados desta região de Itália, disse que as origens do seu ritual remetem para o sacrifício humano, visando melhores culturas, tratando-se de uma tradição ancestral ligada às colheitas agrícolas e à pastorícia de inverno da sua região.

O representante do Grupo dos Caretos de Salsas, José da Fonte, frisou que começam a aparecer jovens que mostram interesse em aderir aos grupos de mascarados, para não deixar perder a tradição, chegando mesmo a pagar, por vezes, para vestir o fato dos mascarados.

“As pessoas começam a ter vaidade em vestir a máscara, situação que não acontecia antes da pandemia de covid 19″, afirmou. “As pessoas que estão associadas às tradições raianas do distrito de Bragança e do outro lado da fronteira”, na linha de Zamora a Ourense, fazem parte de um “território onde há afinidades nestes rituais, presentes aqui em Bemposta”.

O investigador Roberto Afonso, um dos mais destacados a nível nacional destas tradições ancestrais, explicou que estes encontros constituem “uma forma eficaz de promoção deste tipo de festas ligadas ao Solstício de Inverno e ao Carnaval”, advertindo “que se deve ter o cuidado de não se confundir os rituais uns com os outros e máscaras umas com as outras”.

“Este encontro de rituais está bem organizado já que cada grupo está identificado com uma placa que diz quem são e de onde vêm”, observou.

O investigador descreveu ainda que o encontro de rituais de Bemposta já assumiu um caráter internacional nestas tradições dos mascarados, dado o número de grupos presentes.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, anunciou hoje a criação de um grupo trabalho que visa a classificação dos rituais solsticiais do concelho de Mogadouro, e uma futura candidatura à sua inscrição no Património Imaterial da UNESCO.

“Nós, quando lançamos um repto, é porque de certo modo já foi abraçado. Já estamos a trabalhar na contratualização de um grupo de trabalho que nos apoie na recolha do património e da sua história e tudo o que seja necessário para fundamentar esta candidatura. É trabalho difícil, mas ficará feito para quem vier dirigir os destinos da autarquia de Mogadouro”, disse o autarca, numa referência às próximas eleições autárquicas, a realizar este ano.

A presidente da Maschocalheiro – Associação de Bemposta, Amélia Folgado, garantiu que o Encontro de Rituais Ancestrais é para continuar e a cada ano com mais participantes, por ser uma iniciativa que já marca o panorama europeu das máscaras ancestrais.

Fonte: Lusa | Fotos: HB

Jesus é misericordioso

V Domingo da Quaresma

Jesus é misericordioso

Is 43, 16-21 / Slm 125 (126), 1-2ab. 2cd-3.4-5.6 / Filip 3, 8-14 / Jo 8, 1-11

O episódio da «mulher adúltera» é certamente dos mais conhecidos e mais comoventes do Evangelho. Olhemos a cena: a malícia dos acusadores, felizes por terem achado um modo de provocar a pessoa de Jesus, utilizando a fraqueza daquela mulher indefesa; o silêncio angustiado da mulher arrastada, julgada e condenada pelo zelo religioso hipócrita dos observantes da Lei; o comportamento soberano e compreensivo de Jesus, que condena o pecado, mas é misericordioso com a pecadora.

Frente a frente, a miséria e a misericórdia. Jesus a escrever no chão, talvez por não querer encarar a maldade desavergonhada dos escribas e fariseus, que vão ser desmascarados e passar de acusadores a acusados.

Condenar e apedrejar a mulher pelo adultério? E o homem com quem foi surpreendida a cometer esse crime? O Senhor faz ver aos que se julgam mais cumpridores e santos que somente quem é inocente pode pronunciar-se sobre os comportamentos alheios. Só Deus julga com justiça, sem ser justiceiro, mas misericordioso.

Amor com amor se paga. «Perdoai-nos, como nós perdoamos!». «Nunca homem algum falou como este homem». Escutemos Jesus, pratiquemos o que disse, façamos o que Ele fez e como fez! A observância quaresmal consiste em progredir no amor fraterno perdoando, não julgando nem condenando, fazendo o bem, sendo tolerante, optando por ver no próximo não o negativo, mas o lado bom.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Paradela: III Trail Contabando do Café

Paradela: III Trail Contabando do Café

Após o sucesso das duas primeiras edições, a secção de atletismo do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), volta a organizar no Domingo, dia 6 de abril, na aldeia de Paradela, o III Trail Contrabando do Café, uma prova desportiva que pretende dar a conhecer a história do contrabando e a beleza do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

Nesta terceira edição, o Trail Contrabando do Café, em Paradela, vai realizar-se em três modalidades: a caminhada de 12 quilómetros, de caráter recreativo e lúdico; a corrida de 15 quilómetros; e a corrida longa, com uma distância de 30 quilómetros.

Nos três percursos, caminhantes e atletas vão percorrer trilhos nos montes e arribas do rio Douro, outrora usados pelos contrabandistas na travessia entre Portugal e Espanha.

Em 2024, esta prova de atletismo reuniu em Paradela, mais de 400 pessoas, entre caminhantes e atletas, que ficaram maravilhados com a beleza das paisagens, não obstante a dureza do percurso e o intenso calor.

Em Paradela, tal como noutras localidades situadas na fronteira entre Portugal e Espanha, as trocas comerciais com o povo vizinho sempre existiram. 

Mas, foi a partir de 1936, com o deflagrar da guerra civil espanhola, que o contrabando aumentou muito entre portugueses e espanhóis.

Diz-se que nessa época, os portugueses levavam para Espanha, produtos como o café, farinha, pão, azeite, gado suíno, tripa de porco ou têxteis.

De Espanha, os portugueses traziam gado, volfrâmio, a moeda (na altura, a peseta) e bens valiosos como artigos de ouro, prata, obras de arte e outros artigos de fácil comercialização.

HA



Sociedade: Protocolo pretende responder às necessidades das empresas e dos imigrantes

Sociedade: Protocolo pretende responder às necessidades das empresas e dos imigrantes

A diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), Eugénia Quaresma, afirmou que o protocolo de cooperação sobre migração laboral regulada, assinado entre o governo, confederações patronais e associações empresariais, “pretende responder” às necessidades das empresas, de Portugal, e dos migrantes.

“É uma ponte daquilo que nós defendemos, que é uma via regular e segura para que os migrantes possam chegar a Portugal. No fundo trata-se de recrutar nos países de origem para que venham trabalhar em Portugal tendo asseguradas algumas condições, desde a aprendizagem da língua, à questão do alojamento, da saúde”, disse Eugénia Quaresma esta quinta-feira, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O governo português assinou com cinco confederações patronais e associações empresariais um protocolo de cooperação para a migração laboral regulada, que vai entrar em vigor no dia 15 de abril, onde se regula, por exemplo, a atribuição de vistos, referindo que deverá realizar-se no prazo de 20 dias desde o dia de atendimento do requerente.

“No fundo estamos a falar dos vistos de trabalho que sempre estiveram previstos, mas que queremos que realmente funcionem, porque uma das grandes queixas é que não se dá uma resposta atempada. As pessoas estão demasiado tempo à espera, e é este tempo de espera que faz com que desesperem e procurem outras vias, e é isto que temos que combater”, desenvolveu a diretora da OCPM, organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

A entrevistada, membro do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, acrescenta que existe aqui “um papel fiscalizador do Estado que tem que funcionar”, explicou também que a qualidade dos atendimentos faz-se “muito pelas associações de imigrantes, as instituições da Igreja”, e “é importante a sociedade civil contribuir para a avaliação da qualidade”, quer-se monitorizar, “mas não esquecer os direitos humanos”.

Eugénia Quaresma indicou que “um parceiro importantíssimo” é a Direção-Geral dos Assuntos Consulares, porque estas medidas vão “impactar de uma maneira muito forte os consulados nos países de origem”, uma cadeia que “não pode falhar, para que se cumpram estes 20 dias”, e consigam “combater as máfias que poderão aproveitar-se”.

As confederações patronais e associações empresariais que celebraram o protocolo de cooperação sobre migração laboral regulada são dos setores do Turismo, da Agricultura, Comércio e Serviços, Indústria e Construção, áreas que, segundo Eugénia Quaresma, “dizem e sublinham”: ‘nós precisamos de trabalhadores, sem os trabalhadores migrantes a economia para, e a economia não cresceria tanto’.

“Quando ouvimos dizer que vem gente desnecessária é falso. Precisamos de trabalhadores, de ocupar estes postos de trabalho. Agora, é preciso que os serviços todos estejam articulados, que haja uma maior e uma melhor comunicação”, desenvolveu.

Segundo a diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações, há aqui também “um esforço da própria sociedade civil” para conhecer as pessoas que estão a chegar e “um esforço daqueles que estão a chegar de conhecer a população que os acolhe”.

No contexto das famílias migrantes que escolhem Portugal para trabalhar, esta responsável explica ainda que há uma série de medidas que o Governo foi tendo porque “quem sente este impacto maior são as instituições educativas”, e as escolas “estão a reclamar que primeiro precisam de recursos interculturais para lidar com tanta diversidade”.

“É preciso uma monitorização dos programas que já existem, e vão existindo alguns para promover este encontro, para acolher melhor porque os miúdos têm que aprender a relacionar-se, não é só a questão da língua, mas também o relacionarem-se uns com os outros”, desenvolveu Eugénia Quaresma.

O protocolo foi celebrado também com a Direção-Geral dos Assuntos Consolados e das Comunidades Portuguesas (DGACCP), a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), a Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros do Sistema de Segurança Interna (UCFE/SSI) e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Entrevista à diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), Eugénia Quaresma.

Fonte: Ecclesia

Legislativas: PS muda mais de metade dos cabeças de lista 

Legislativas: PS muda mais de metade dos cabeças de lista

A Comissão Política Nacional do PS aprovou os candidatos s deputados nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, com mudanças em 12 dos 22 cabeças de lista, em comparação com as últimas eleições.

Segundo informação na página do partido estas listas já foram aprovadas, com 92% de votos favoráveis, mantendo-se uma dezena de cabeças de lista das eleições do ano passado e um total de sete mulheres no topo das listas.

Conforme noticiado pela agência Lusa, o PS vai apresentar o deputado Pedro Delgado Alves como cabeça de lista por Coimbra e o vice-presidente do parlamento Marcos Perestrello por Santarém, voltando o líder socialista, Pedro Nuno Santos, a ser número um por Aveiro e Mariana Vieira da Silva por Lisboa.

De acordo com os estatutos do PS, cabe ao secretário-geral, Pedro Nuno Santos, indicar um terço do total de lugares, sendo os restantes dois terços da responsabilidade das comissões políticas federativas de cada círculo eleitoral.

Entre as alterações a destacar em relação às listas aprovadas nas distritais, destaque para a inclusão da secretária-geral do JS, Sofia Pereira, como número dois pelo Porto, e, em número seis, Frederico Francisco, antigo secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas.

Já em Lisboa, o ex-secretário de Estado e deputado Miguel Cabrita subiu ao segundo lugar com a saída de Pedro Delgado Alves para liderar a lista por Coimbra.

No círculo eleitoral da capital uma das novidades foi a inclusão, em oitavo lugar, de Eva Cruzeiro, rapper formada em ciência política, e também a descida de uma posição, agora em 15.º, do antigo secretário de Estado Hugo Mendes, envolvido na polémica indemnização a Alexandra Reis na TAP quando Pedro Nuno Santos era ministro das Infraestruturas.

Em Braga, o chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos, Hernâni Loureiro, surge em sexto lugar.

O antigo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, lidera a lista pelo Porto e o antigo candidato à liderança do PS José Luís Carneiro, de novo, por Braga.

Para o círculo eleitoral de Santarém – que nas últimas eleições foi encabeçada pela líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, agora candidata à Câmara de Lisboa – a escolha recaiu no vice-presidente do parlamento Marcos Perestrello.

Em Setúbal, a lista será encabeçada pelo deputado e ex-secretário de Estado António Mendonça Mendes, que ocupa o lugar deixado pela agora eurodeputada Ana Catarina Mendes.

Pedro Nuno Santos volta a liderar a lista por Aveiro, juntando-se à lista dos “repetentes” das últimas eleições, a vice da bancada e ex-ministra Marina Gonçalves (Viana do Castelo), o antigo líder parlamentar Eurico Brilhantes Dias (Leiria), o ex-secretário de Estado Nuno Fazenda (Castelo Branco), Luís Dias (Évora), Jamila Madeira (Faro), Francisco César (Açores) e Elza Pais (Viseu).

Os círculos da emigração sofreram ambos alterações e será candidata pela Europa Emília Ribeiro e, por Fora da Europa, Vitor Silva.

Em Vila Real, a lista será este ano liderada por Rui Santos, atual presidente da câmara, e, na Guarda, por Aida Carvalho, presidente do Conselho de Administração da Fundação Côa Parque.

Mexidas também em Bragança, assumindo agora o topo da lista a atual presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues.

Em Beja o regresso do antigo deputado Pedro do Carmo e, em Portalegre, do também ex-deputado Luís Moreira Testa.

Entre as novidades está a Madeira, que nas últimas legislativas teve à frente Paulo Cafôfo, recentemente derrotado nas eleições regionais da Madeira, e agora terá como cabeça de lista Emanuel Câmara, atualmente presidente da Câmara do Porto Moniz.

Fonte: Lusa

 

Miranda do Douro: Uma centena de crianças nas atividades de ocupação de tempos livres de Páscoa

Miranda do Douro: Uma centena de crianças nas atividades de ocupação de tempos livres de Páscoa

Termina a 4 de abril o segundo período escolar e a Câmara Municipal de Miranda do Douro preparou para as férias de Páscoa, das crianças do concelho, com idades compreendidas entre os 3 e os 12 anos, um diversificado programa de Atividades de Ocupação de Tempos Livres (ATL).

No site institucional, o município de Miranda do Douro informa que o ATL de Páscoa tem por finalidade apoiar as famílias e proporcionar atividades de animação e umas férias ativas para as crianças do concelho.

As Atividade de ocupação de Tempos Livres (ATL) vão funcionar na Escola Básica de Miranda do Douro (EB1) e no Jardim de Infância de Sendim, de segunda e sexta-feira, das 9h00 às 17h30.

Ao longo de nove dias de férias, uma centena de crianças, entre os 3 e os 12 anos, vão participar em atividades como piscina, música, artes plásticas, dança, yoga, jogos de tabuleiro, jogos tradicionais e jogos desportivos, entre outras atividades.

Após as férias, o regresso às aulas para o 3º período escolar, está agendado para o dia 22 de abril.

HA