Banca: CGD não vai fechar agências

Banca: CGD não vai fechar agências

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse no parlamento, que o banco público não vai fechar qualquer agência em 2025 e 2026 e que a prioridade é dar meios aos clientes para a inclusão digital.

“Não vamos [fechar agências] e vamos manter o mesmo número de agências em 2025 e 2026”, disse hoje Paulo Macedo em audição na Comissão de Orçamento e Finanças.

O presidente executivo (CEO) da CGD está a ser ouvido hoje, no parlamento, sobre os serviços bancários prestados pela CGD após críticas de várias entidades – Comissão de Trabalhadores, sindicatos e também autarquias – sobre a redução de serviços em algumas agências.

Segundo o gestor, o que tem sido feito no banco público é adaptar as agências à evolução tecnologia pois “ninguém quer que a Caixa fique imóvel, que todos os outros se modernizem e a Caixa não”, e acrescentou que em todas as agências há trabalhadores “para apoiar cidadãos com mais dificuldade de manuseamento” para conseguirem fazer operações bancárias (mesmo as mais digitalizadas).

Paulo Macedo considerou ainda que se nas décadas de 1980 e 1990 a grande questão de inclusão na banca era a inclusão geográfica, hoje é a inclusão digital e disse que a CGD tem adaptado os seus balcões mas, ao mesmo tempo, dando meios para não deixar clientes de fora.

“Não vamos desguarnecer a inclusão física mas a prioridade é dar meios às pessoas de inclusão digital”, disse Macedo.

O presidente executivo da CGD afirmou que não há qualquer degradação de serviço na CGD, porque se não este não seria um “banco líder” e a crescer em crédito e depósitos.

Após notícias sobre redução de serviços em agências bancárias da CGD, nos últimos meses de 2024, os deputados chamaram várias entidades ao parlamento para clarificar a situação.

No parlamento, a Comissão de Trabalhadores da CGD disse que o banco público está a reduzir prestação de serviços bancários sobretudo no interior e ilhas e que com isso a empresa está a incumprir a sua missão de serviço público.

Segundo a CT, os números de encerramentos de balcões da CGD até 2023 impactaram muito a reputação do banco público pelo que houve uma alteração de paradigma com a administração do banco, liderada por Paulo Macedo, a optar por manter balcões, mas diminuindo os serviços prestados (com mais balcões sem tesouraria presencial) e diminuindo o número de trabalhadores (balcões com um, dois ou três funcionários).

“Passou-se não a encerrar, mas a diminuir, a restringir, a alterar o funcionamento”, disse o coordenador da CT, Jorge Canadelo, aos deputados, considerando que com as recentes decisões a administração da CGD está também a minar a coesão do país.

Neste momento, a CT já deu parecer a mais de 60 balcões do novo modelo de agências (designadas Noma Smart), mas acredita que lhes serão pedidos pareceres sobre muitas mais.

Em outubro, questionada sobre o novo modelo de agências, a CGD afirmou que “é completamente falso que esteja a reduzir serviços, nomeadamente no interior ou nas ilhas”, e que “só por manifesta má-fé o investimento superior a 70 milhões de euros que a Caixa está a realizar sua extensa rede de agências pode ser entendido como recuo de serviços, quando o mesmo se insere num plano de transformação digital que visa servir mais e melhor os seus clientes onde quer que eles estejam”.

No final de setembro, a CGD contava com 6.227 trabalhadores em 512 agências. O banco público teve lucros de 1.369 milhões entre janeiro e setembro (mais 40% face ao mesmo período de 2023).

Fonte: Lusa

Saúde: Avanços nos cuidados paliativos

Saúde: Avanços nos cuidados paliativos

O Observatório Português dos Cuidados Paliativos, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa (UCP), publicou os relatórios de 2023 que mostram que Portugal progrediu no reforço desta área, com formação e atividade assistencial.

“A formação de profissionais de saúde e a atividade assistencial em cuidados paliativos em Portugal demonstraram avanços significativos”, adianta o comunicado da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem da UCP.

Apesar dos reforços contínuos, ainda há profissionais em equipas especializadas de cuidados paliativos sem formação específica.

“Em 2022, 11,2% dos profissionais que atuam com adultos não possuíam formação formal na área, sendo 10,3% entre os profissionais das Unidades de Cuidados Paliativos (UCP)”, adianta o comunicado.

Ainda assim, mais de 65% dos profissionais em Equipas Intra-hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) já contam com formação avançada, incluindo pós-graduações e mestrados, refletindo o progresso no desenvolvimento de competências especializadas.

De acordo com a UCP, o relatório enfatiza a importância de programas obrigatórios de educação e destaca a necessidade de fortalecer a formação contínua interdisciplinar e a expansão de estágios certificados para otimizar a qualidade dos cuidados, sobretudo em cenários de alta complexidade.

O estudo ressalta a insuficiência de serviços especializados em várias regiões, com uma taxa de cobertura de 9% para adultos e apenas 0,9% para pediátricos.

“Em 2022, foram referenciados 11.190 doentes para cuidados paliativos, dos quais 10.173 foram efetivamente admitidos, para e nas equipas que participaram no estudo”, pode ler-se.

De acordo com o comunicado da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem da UCP, “As Equipas Intra-hospitalares representaram a maior proporção de admissões (45,7%), mas a acessibilidade permanece desigual, com Lisboa concentrando 36,7% dos casos atendidos”.

Além disso, o relatório sugere medidas urgentes para aumentar a capacidade de resposta das equipas, com foco na adequação do rácio de profissionais por doente e na expansão do uso de instrumentos de avaliação padronizados.

A Faculdade de Ciências da Saúde da UCP sublinha que “estas conclusões reforçam a necessidade de maior investimento e uma estratégia de longo prazo para garantir que todos os cidadãos recebam cuidados adequados no momento certo”.

Os dois relatórios vão estar disponíveis no site do Observatório Português dos Cuidados Paliativos.

O Observatório Português dos Cuidados Paliativos do Centro Interdisciplinar em Investigação para a Saúde da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa monitoriza e promove o desenvolvimento desta área em Portugal, contribuindo com dados e recomendações estratégicas para apoiar políticas públicas e práticas clínicas.

Fonte: Ecclesia

Vimioso: Açude de Pena Penina armazena 80 milhões de litros de água

Vimioso: Açude de Pena Penina armazena 80 milhões de litros de água

Em Vimioso, está praticamente concluído o alteamento do açude de Pena Penina, uma obra indispensável para o armazenamento e o abastecimento de água às populações da vila e de outras localidades do concelho e que atualmente permite armazenar 80 milhões de litros de água.

Na sequencia da preocupante seca que assolou o país, em 2022, o município de Vimioso decidiu elevar o açude de Pena Penina, no rio Angueira, de modo a aumentar o volume de retenção de água.

“A água armazenada neste açude abastece, por conduta, a vila de Vimioso, assim como as localidades de Campo de Víboras, Vale de Algoso e Algoso. E através do transporte por cisterna são ainda abastecidas outras localidades do concelho”, informou o presidente do município de Vimioso, António Santos.

Os trabalhos de elevação do açude tiveram um custo total de 500 mil euros, sendo que 40% do investimento foi financiado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e os outros 60% pela autarquia vimiosense.

“No decurso dos trabalhos houve necessidade de reforçar o investimento, dado que o alteamento do açude exigiu um reforço em betão e em pedra, assim como a construção de um canal e um caminho de acesso”, indicou.

Com a elevação, o açude de Pena Penina, no rio Angueira, tem agora capacidade para armazenar 80 mil metros cúbicos de água ou seja, 80 milhões de litros de água.

O presidente do município de Vimioso, António Santos, indicou que a obra está praticamente concluída e no decorrer deste ano vai ser entregue e inaugurada.

Questionado sobre se o concelho de Vimioso dispõe agora das condições indispensáveis para armazenar e abastecer de água às populações, o autarca, António Santos, respondeu com cautela.

“Atualmente, a água é um bem essencial e um recurso que urge preservar. Com este objetivo, o município já está a elaborar novos estudos para que a água que atravessa o concelho de Vimioso, através dos rios Angueira, Maçãs e Sabor, seja devidamente aproveitada”, avançou.

A propósito do aproveitamento da água, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) defende que é necessário apostar cada vez mais na poupança deste recurso através de sistemas mais eficientes e da reutilização de águas para usos não potáveis.

HA



Pecuária: Obrigatoriedade de declarar ovinos e caprinos

Pecuária: Obrigatoriedade de declarar ovinos e caprinos

Neste mês de janeiro, os criadores de ovinos e caprinos devem entregar as Declarações de existências de animais por exploração (DEOC), informa a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

As Declarações de Existências DEOC podem ser efetuadas pelo criador, na área reservada do portal do IFAP. Para isso, devem entrar no Portal do IFAP, aceder a “O Meu Processo” » “Animais” » “Declaração de Existências (DEOC)” na Área Reservada.

Em Miranda do Douro, os criadores de ovinos e caprinos podem submeter as suas declarações através do serviço da Associação de Criadores de Ovinos Mirandeses (ACOM), instalado no edifício Junta de Freguesia de Miranda do Douro. Ou em alternativa, na sede da ACOM, instalada no Centro de Formação Agrícola, em Malhadas.

A ausência da Declaração de Existências determina a perda do direito de emissão de Guias de Circulação para a exploração. Já para o criador constitui uma contraordenação punível com uma coima cujo montante mínimo é de 100€, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 24° do Decreto-Lei n.º 142/2006, de 27 de julho, e as suas alterações.

A não entrega da DEOC pressupõe ainda que, quando os criadores são candidatos ao Prémio por Ovelha e Cabra, qualquer animal potencialmente elegível que não esteja corretamente identificado ou registado no SNIRA até ao início do período de retenção (1 de janeiro de 2025), não é contabilizado para pagamento e pode dar origem à aplicação de reduções/sanções ao referido Prémio.

Fonte: DGAV

«Esperança»: Autobiografia do Papa Francisco

«Esperança»: Autobiografia do Papa Francisco

A autobiografia do Papa Francisco, intitulada «Esperança» vai ser publicada neste mês de janeiro, em mais de 80 países, anunciou a editora, na Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha).

Em Portugal, a autobiografia do Papa Francisco vai ser publicada em papel e formato digital, no dia 20 de janeiro.

“O livro da minha vida é o relato de um caminho de esperança que não posso imaginar separado do da minha família, da minha gente, de todo o povo de Deus. É também, em cada página, em cada passo, o livro de quem caminhou junto de mim, de quem nos precedeu, de quem nos seguirá”, comenta o Papa Francisco na introdução do livro.

“Uma autobiografia não é a nossa literatura privada, é mais o nosso saco de viagem. E a memória não é apenas o que recordamos, mas o que nos circunda. Não fala unicamente do que foi, mas do que será. Parece que foi ontem, mas afinal é amanhã. Tudo nasce para florir numa eterna primavera. No fim, diremos apenas: não recordo nada em que Tu não estejas” – escreve Francisco.

Com uma “riqueza de revelações e histórias inéditas, comoventes e muito humanas, pungentes e dramáticas, mas também capazes de um verdadeiro humor”, as memórias de Francisco começam nos primeiros anos do século XX com a história das suas raízes italianas e a aventura da emigração dos seus antepassados para a América Latina, passando pela sua infância, adolescência, escolha vocacional, vida adulta, percorrendo todo o seu papado até aos nossos dias.

Um texto “de grande força narrativa” em que o Papa Francisco, através do seu relato autobiográfico, aborda “com franqueza, coragem e profecia algumas das questões mais importantes e controversas dos nossos tempos, bem como os momentos cruciais do seu serviço como pastor universal da Igreja”.

Escrito com Carlo Musso, ex-diretor editorial de não-ficção da Piemme e da Sperling & Kupfer, e depois fundador da editora independente Libreria Pienogiorno, de acordo com os desejos do Papa Francisco, este documento “excecional foi originalmente concebido para ser publicado após a sua morte, mas o novo Jubileu da Esperança anunciado para 2025, e as necessidades dos nossos tempos, levaram-no a disponibilizar agora este precioso legado”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

“Foi uma aventura longa e intensa que ocupou os últimos seis anos: o trabalho de redação começou em março de 2019 e será concluído nas próximas semanas”, comenta Carlo Musso.

O livro destinado a fascinar os leitores de todo o mundo e a representar “uma dádiva de esperança para as gerações futuras, é enriquecido por algumas fotografias notáveis, incluindo material privado e inédito disponibilizado pessoalmente pelo Papa”, acrescenta.

Fonte: Ecclesia

Preços: CTT vão aumentar correio regulado em 6,9%

Preços: CTT vão aumentar correio regulado em 6,9%

A partir de fevereiro, os CTT vão aumentar os preços do correio regulado em 6,9%, confirmou fonte oficial da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

“O aumento médio anual de preços dos serviços que integram o serviço postal universal objeto no convénio de preços, segundo o que foi proposto pelos CTT, será de 6,9%”, detalhou o regulador liderado por Sandra Maximiano.

“De acordo com a proposta dos Correios, os preços entrarão em vigor no início de fevereiro”, acrescentou a Anacom.

A subida dos preços do correio regulado nos CTT foi noticiada pelo ECO.

A atualização das tarifas resulta da fórmula convencionada em julho de 2022 para o cabaz do serviço postal universal que inclui, por exemplo, serviços de correspondência, correio editorial e encomendas.

Na prática, a fórmula acordada entre os CTT, a Anacom e a Direção Geral do Consumidor (DGC) tem em conta a queda do tráfego de correio e a inflação de junho a junho dos 12 meses que antecedem a apresentação da proposta ao regulador.

No ano passado, a empresa liderada por João Bento tinha aumentado os preços do correio regulado em 9,49%.

Fonte: Lusa

Justiça: Há falta de magistrados, oficiais e autonomia financeira

Justiça: Há falta de magistrados, oficiais e autonomia financeira

Na abertura do ano judicial, o procurador-geral da República criticou a falta de magistrados, de oficiais de justiça e de autonomia financeira da Procuradoria-Geral da República (PGR) e referiu-se ao novo projeto de recuperação de ativos.

No seu discurso de estreia, que acontece praticamente três meses depois de tomar posse como procurador-geral da República, Amadeu Guerra foi claro ao avançar com aquilo que considerou ser necessário alterar num futuro próximo.

Sobre a autonomia financeira, Amadeu Guerra deixou um recado ao Governo, referindo que a PGR não obteve “ganhos significativos ao nível das tecnologias e sistemas de informação” através dos Fundos Comunitários.

“As verbas disponíveis foram concentradas, tanto quanto se sabe, no IGFEJ e na DGAJ” e, por isso, esclareceu Amadeu Guerra, a PGR depende “da boa vontade dessas entidades”, tuteladas pelo Ministério da Justiça.

Uma autonomia financeira permitiria, por isso, ao Ministério Público fazer “uma gestão mais rigorosa das verbas a atribuir e apostar, de forma integrada, em ferramentas mais rentáveis no domínio da informatização, tratamento da informação e digitalização”.

Aproveitando o protesto silencioso que decorre no exterior do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), convocado pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), e à qual também aderiu o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), Amadeu Guerra sublinhou que “o maior constrangimento com que se depara a administração da justiça é, neste momento, a carência de oficiais de justiça e a falta de motivação destes”.

Esta falta de trabalhadores nos tribunais de todo o país “limita, em muito e de forma significativa, a celeridade processual”. E o mais importante, acrescentou, é que mesmo o concurso de oficiais de justiça que está neste momento a decorrer e que pretende colocar 750 profissionais, não deverá ser suficiente para equilibrar as insuficiências.

A terminar o seu discurso, Amadeu Guerra fez ainda referência à estratégia de recuperação de ativos, já elaborada e disponível e que pretende “assegurar que é criada uma efetiva cultura de recuperação dos ativos para a criminalidade económico-financeira em Portugal”.

“Já reuni com o Diretor Nacional da Polícia Judiciária que se mostrou disponível e entusiasmado com a vontade de assegurar outra dinâmica ao Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA)”, anunciou o procurador-geral da República.

Neste contexto, os bens recuperados devem ser vendidos o mais rápido possível, evitando assim que percam o seu valor, como acontece, por exemplo, com os carros apreendidos, que são colocados em armazéns durante vários anos.

A cerimónia oficial da abertura do novo ano judicial decorre no Salão Nobre do Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, e discursam também, além de Amadeu Guerra, a bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, juiz conselheiro João Cura Mariano, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Fonte: Lusa

Política: Marques Mendes diz que Portugal precisa de estabilidade, credibilidade e atratividade

Política: Marques Mendes diz que Portugal precisa de estabilidade, credibilidade e atratividade

O advogado e comentador político Luís Marques Mendes disse que Portugal precisa de potenciar as condições que vive atualmente de estabilidade, credibilidade e atratividade, para resolver as questões da pobreza, nomeadamente daquilo que chamou de pobreza empregada.

“Nós precisamos de potenciar, consolidar, desenvolver aquilo que temos de estabilidade, credibilidade e atratividade, para resolver as questões da pobreza envergonhada, dos sem-abrigo, da pobreza em geral, sobretudo da habitação que é dos maiores dramas da sociedade portuguesa”, disse Marques Mendes, durante o 5.º Encontro Nacional de Autarcas Social-democratas, que decorre em Ovar, no distrito de Aveiro.

Marques Mendes, que foi ovacionado de pé quando entrou na sala do Centro Cultural de Ovar, começou por recordar que foi autarca pela primeira vez aos 19 anos, tendo desempenhado o cargo de vereador e vice-presidente da Câmara de Fafe, entre 1977 e 1985.

“Desde esse momento fiquei com a ideia que ser autarca numa freguesia ou município é sacerdócio e verdadeiro serviço público”, afirmou o ex-presidente do PSD.

No seu discurso, Marques Mendes realçou que face aos desafios que a Europa enfrenta atualmente, Portugal vive “um tempo de exceção”, sendo, ao contrário de muitos países europeus, um país com estabilidade, para além de ser “altamente credível” e beneficiar de uma tendência de atratividade.

“Olhando para o Estado de Europa e do Mundo, é importante valorizar isto que temos. Porque isto não é tanto importante do ponto de vista do político A ou B, isto é importante do ponto de vista das pessoas. Quando há estabilidade, credibilidade, atratividade para investimento, a vida das pessoas tende a melhorar. Quando não há estabilidade, credibilidade e atratividade, a vida das pessoas fica mais difícil”, afirmou.

O ex-presidente do PSD alertou, contudo, para um problema que surgiu no país nos últimos anos a que chamou de “pobreza empregada”, que afeta milhares de portugueses.

“Estamos a falar de pessoas, muitas pessoas, de Norte a Sul do país, que têm um emprego, às vezes dois empregos, mas que chegam ao fim do mês e o seu salário não dá para pagar todas as despesas da família, por causa do aumento do custo de vida que aconteceu nos últimos anos, e que foi forte, e por causa, sobretudo, dos preços insuportáveis da habitação. Isto é pobreza”, sublinhou.

Num ano em que o país vai disputar as eleições autárquicas, Marques Mendes disse ainda que é preciso “introduzir a ideia de ambição com mais força na sociedade portuguesa”.

“Às vezes perdemos esta ambição, valorizamos o que vem de fora e desvalorizamos o que fazemos cá dentro. Nós temos a todos os níveis exemplos notáveis de sucesso. Temos é que os valorizar e, acima de tudo, mudar o nosso ADN. Uma nova ambição de facto para Portugal começa na freguesia, continua no município, acaba no país”, concluiu.

Questionado pelos jornalistas, Marques Mendes recusou-se a falar sobre a sua eventual candidatura à Presidência da República, tendo acrescentado que hoje “já tinha falado de mais”.

Fonte: Lusa

Justiça: Abertura do ano judicial

Justiça: Abertura do ano judicial

O ano judicial abre oficialmente a 13 de janeiro, numa cerimónia no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, onde está previsto um protesto de funcionários judiciais, contra a proposta de revisão da carreira.

A vigília silenciosa convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), e à qual também aderiu o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) fica marcada pelas t-shirts negras de protesto, com a frase “Justiça para quem nela trabalha”.

Em causa está a proposta de revisão da carreira destes profissionais, entregue pelo Ministério da Justiça aos sindicatos no final de dezembro, no âmbito da revisão do seu estatuto profissional, com condições que ambos os sindicatos consideraram inaceitáveis, como a divisão da carreira em duas e valorizações salariais que as estruturas não aceitam.

Fora dos discursos oficiais, procuradores e juízes já fizeram saber, através dos respetivos sindicatos e associações sindicais, que esperam que 2025 não seja um ano de ‘mais do mesmo’.

Os funcionários judiciais apelam à resolução de problemas, como o da revisão do Estatuto dos Funcionários Judiciais, lembrando os adiamentos causados pelas sucessivas greves, e a reformas estruturais, pedindo que a Justiça seja colocada como prioridade nacional e de ação política, sem esquecer as reivindicações de valorização das respetivas carreiras e da melhoria das condições de trabalho.

Nos discursos será a estreia do novo Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, na cerimónia de abertura do ano judicial, empossado em outubro, assim como da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, novos titulares nestas funções na sequência das eleições legislativas de março.

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deve discursar pela penúltima vez nesta cerimónia.

A cerimónia oficial está marcada para as 15h00, no Salão Nobre do Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, e discursam a bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra; a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice; o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o juiz conselheiro João Cura Mariano; o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco; e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Fonte: Lusa

Meteorologia: Descida das temperaturas

Meteorologia: Descida das temperaturas

As temperaturas vão descer, em especial as mínimas, sendo de -2 graus Celsius em algumas regiões do interior, indicou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“Vamos ter uma descida gradual dos valores de temperatura, principalmente da mínima e esta descida será até 15 de janeiro. Dependendo um pouco da localização, a descida será entre 4 a 8 graus Celsius. Descem um pouco mais na região do litoral porque as regiões do interior têm estado mais baixas nos últimos dias”, disse a meteorologista, Patrícia Gomes.

De acordo com a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para hoje está previsto céu pouco nublado ou limpo, descida das temperaturas, formação de geada essencialmente no interior e vento em geral fraco, soprando com mais intensidade nas terras altas.

“Para segunda-feira, dia 13 de janeiro, estão previstas temperaturas mínimas de -2 graus Celsius para Bragança e para a Guarda, em Vila Real 2 graus, Viana do Castelo 6, Porto e Lisboa 9 e Faro 8”, indicou.

Para terça-feira, segundo Patrícia Gomes, está prevista nova descida da mínima, com os valores a serem mais baixos nas regiões do interior. Estão previstas para Bragança e Guarda -4 graus, Vila Real -1, Lisboa e Viana do Castelo 04 e Évora 2 graus”, disse.

Quanto às temperaturas máximas, a meteorologista adiantou que hoje vão oscilar nas regiões do litoral entre os 14 e os 18 graus e no interior entre os 7 e os 11.

“Na terça-feira, as máximas vão variar no litoral entre os 12 e os 15 graus e no interior não ultrapassam os 10 graus””, referiu.

A partir de quarta-feira, dia 15, está prevista uma variação nas temperaturas, com subidas em alguns locais e descidas noutros.

“Não está prevista chuva. Tudo indica que pelo menos até ao fim da semana vamos ter céu pouco nublado ou limpo, vento de um modo geral fraco, geada especialmente nas regiões do interior e uma estabilização a partir de quarta-feira das temperaturas”, disse.

Fonte: Lusa