Fruticultura: Colheita de cereja reduz 20%

Fruticultura: Colheita de cereja reduz 20%

Em Alfândega da Fé, há uma redução de 20% na colheita de cereja, comparativamente com o ano passado, devido ao frio e à chuva, indicou a cooperativa agrícola.

“A cereja de primeira de estação, além de estar atrasada devido às condições climatéricas, tem o problema da água, e já a está a rachar. De maneira que esta é para esquecer”, antecipou à Lusa o presidente da Cooperativa Agrícola, Luís Jerónimo.

O fruto em maturação é sensível à humidade em excesso, que o faz inchar e ficar com fendas, além de perder qualidade, explicou Luís Jerónimo, e por isso ressentiu-se com os períodos de chuva mais recentes.

Quanto à cereja chamada de meia estação, e, a seguir, a mais tardia e última colheita anual, também se esperam perdas.

“A floração foi muito boa, mas depois, devido à chuva e ao frio que se fazia sentir durante a noite, os vingamentos foram muito fracos”, acrescentou ainda Luís Jerónimo.

Num ano normal de produção, Alfândega da Fé produz cerca de 200 toneladas de cereja, segundo o dirigente agrícola.

“Vamos colher, não quero exagerar, mas menos 20% do que o ano passado. E não nos podemos esquecer que estas últimas duas campanhas já foram fracas, em que tivemos o problema na floração e das geadas tardias”, afirmou.

Por isso e ainda segundo os dados da cooperativa local, neste ano de 2025, comparando com o que foi a apanha em 2024 e 2023, devem estar nos cerejais entre 60 a 70 toneladas de fruta.

Por causa destas incertezas no tempo, Luís Jerónimo contou que já há alguma tecnologia a favor dos agricultores, como umas “redes sombras”, que ajudam a proteger o fruto das geadas.

“Mas, de qualquer maneira, quando estamos a falar de frio e humidade, para já não temos como resolver essa situação”, lamentou o presidente agrícola.

De qualquer forma, espera-se que haja fruto e em boas condições para a Festa da Cereja&Co, marcada de 6 a 8 de junho, se o tempo firmar e vier “sol e calor para criar doçura”.

No dia 7 de junho, a vila de Alfândega da Fé organiza a maior Feira de Ano, que coincide com o III Grande Encontro de Stand Up Paddle e Caiaques nos Lagos do Sabor.

Fernando Daniel, Ana Moura e Karetus são os nomes maiores do cartaz musical do evento.


Fonte: Lusa

Olivicultura: Portugal exportou mais de 1000 milhões de euros de azeite

Olivicultura: Portugal exportou mais de 1000 milhões de euros de azeite

Em 2024, as exportações de azeite de Portugal devem ter ultrapassado os mil milhões de euros em valor, o que acontece pelo segundo ano consecutivo e é considerado “histórico” para o setor.

Segundo o presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), Gonçalo Morais Tristão, em 2023, o valor das exportações já tinha ultrapassado os mil milhões de euros e, em 2024, “deve ter andado pelos mesmos valores”.

“É histórico porque ultrapassarmos a barreira dos mil milhões de euros, ainda por cima em dois anos consecutivos, é muito importante para o setor”, que está assente em “dois tipos de exportações”, o do azeite a granel e o do azeite embalado, frisou.

Gonçalo Morais Tristão falava a propósito do Congresso Nacional do Azeite (CNA) e da Feira Nacional de Olivicultura (FNO), eventos que decorrem de 22 a 25 de maio, em Campo Maior, no distrito de Portalegre.

Na vertente do azeite a granel, segundo o presidente do CEPAAL, as exportações seguem “sobretudo para Espanha e para Itália”, enquanto, na vertente do azeite embalado e com marca portuguesa, “o principal cliente é o Brasil”.

O CEPAAL, aludindo aos dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), deste mês, indicou que a campanha de azeite 2024/2025 contou com um aumento de produção na ordem dos 10% face à anterior, atingindo as 177.000 toneladas (antes tinham sido 150.000).

Nesse sentido, o ano de 2024 é considerado “o segundo melhor ano de sempre”, com uma produção de azeite de “quase dois milhões de hectolitros”.

Segundo o CEPAAL, regista-se, assim, este ano, um ajuste do preço ao consumidor em baixa, face ao aumento de preços do ano anterior, na ordem dos “40%” na garrafa de azeite virgem extra.

“A redução dos preços é benéfica, porque poderá haver mais adesão ao consumo. A alta de preços provocou alguma redução de consumo que a produção não quer, mas a descida de preços também não pode ser para [valores] que não consigam pagar alguns custos da produção”, notou Gonçalo Morais Tristão.

Portugal é já o sexto maior produtor de azeite do mundo e o terceiro maior exportador da Europa, de acordo com o CEPAAL.

Após quase 20 anos de ausência, a Feira Nacional de Olivicultura regressa à vila raiana de Campo Maior, acompanhada pela primeira vez pelo Congresso Nacional do Azeite.

Os eventos, promovidos pelo município e pelo CEPAAL, vão decorrer, no que toca à feira, no jardim municipal, entre 22 e 25 de maio, enquanto o congresso tem lugar no centro cultural, a 22 e 23 de maio.

A FNO conta com um espaço de exposição de “mais de 300 metros quadrados, com cerca de 50 expositores”, e aposta num programa que reúne conhecimento, cultura, entretenimento e animação em torno da “celebração e valorização” do património oleícola.

O Alentejo representa quase 90% da produção nacional de azeite, com a região a possuir “mais de 209.000 hectares de olival, mais de 116 lagares e mais de 95%” de azeite virgem e virgem extra produzido.

O CNA conta com mais de 30 oradores nacionais e internacionais, que vão debater temas como novos desafios para o setor, a identidade do azeite português, o caminho do azeite na alta cozinha, entre outros.

O evento, com o Alto Patrocínio do Presidente da República, reúne ainda um painel com cozinheiros e escolas de hotelaria e turismo.

Fonte: Lusa

Santulhão: III Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana inaugura o Centro de Promoção dos Produtos e Tradições

Santulhão: III Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana inaugura o Centro de Promoção dos Produtos e Tradições

A Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana regressa no fim-de-semana de 31 de maio e 1 de junho, ao Centro de Promoção dos Produtos e Tradições de Santulhão, um moderno edifício que vai ser inaugurado no decorrer do certame, onde vão participar 30 produtores, com uma variedade de produtos locais como o azeite, o mel e o queijo.

A Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana é um evento comercial, cultural e recreativo que nasceu em 2023, com o propósito de valorizar e promover os produtos locais. Em Santulhão, o produto âncora é azeite proveniente da oliveira santulhana, a variedade de azeitona predominante nesta localidade do concelho de Vimioso.

O presidente da Freguesia de Santulhão, Jorge Gonçalves, confirmou que a feira vai realizar-se no moderno Centro de Promoção dos Produtos e Tradições, cujas obras estão concluídas e por isso vai ser inaugurado no dia 1 de junho.

“O Centro de Promoção dos Produtos e Tradições de Santulhão é um espaço polivalente que tem várias utilidades ao longo do ano. Desde o acolhimento a convívios e festas, passando pelos cursos socioeducativos, sessões de formação até à realização da aulas de ginástica de manutenção física, para as pessoas idosas”, indicou.

No certame agendado para o fim-de-semana de 31 de maio e 1 de junho, o Centro de Promoção dos Produtos e Tradições de Santulhão ser o espaço de exposição de 30 produtores locais e do concelho de Vimioso. Entre os produtos que vão ser comercializados destacam-se o azeite, o mel, o queijo, o fumeiro, a doçaria tradicional e o artesanato.

No programa de atividades da III Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, os destaques são a caminhada interpretativa “Por entre olivais tradicionais” e o workshop “Avaliação da fertilidade dos solos nos olivais”.

“A partilha do saber científico com os olivicultores tem sido uma aposta da freguesia de Santulhão. Em colaboração com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) já foram realizadas sessões de formação, sobre vários assuntos como o tempo ideal para a apanha da azeitona, as pragas e tratamentos do olival e os cuidados a ter com o solo. O workshop que vai decorrer na feira deste ano é uma continuidade das formações anteriores”, disse.

A caminhada interpretativa “Por entre olivais tradicionais” tem, segundo o autarca de Santulhão, o objetivo de explicar aos participantes que o olival é um ecossistema constituído pelas oliveiras e outros organismos vivos que importa valorizar e preservar.

Durante o fim-de-semana de 31 de maio e 1 de junho, o programa da Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, inclui várias atividades: um encontro de fotografia na natureza; o campeonato de jogos tradicionais concelhio; o passeio pedestre; o desfile de carros clássicos; e a constante animação musical, protagonizada pelo Rancho Folclórico de Vimioso; pelos gaiteiros; o XXIII Festival de Música Tradicional e Celta; Grupo de Fados e de Cavaquinhos da Universidade Sénior de Bragança; e os Pauliteiros de Miranda.

“Na Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, o programa diversificado de atividades pretende corresponder aos interesses de vários públicos. Todas as atividades têm como denominador comum o contato com a natureza e a valorização das tradições, pois são dois dos mais importantes e valiosos recursos da região”, justificou.

Entre os visitantes do certame em Santulhão, Jorge Gonçalves confirmou o regresso do grupo da Universidade Sénior, de Freixo de Espada à Cinta.

“O grupo da Universidade Sénior, de Freixo de Espada à Cinta, quis regressar à Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana. No ano passado participaram como visitantes em algumas atividades, como a caminhada interpretativa. Dado que apreciaram o certame, este ano o grupo de Freixo de Espada à Cinta quis regressar a Santulhão e decidiram participar num momento cultural, com a declamação e canto de poemas”, adiantou.

A III Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana é organizada pela Freguesia de Santulhão, em parceria com o Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS) e conta com o apoio do município de Vimioso e a colaboração da organização Palombar.

HA



Argozelo: São Bartolomeu é o local de partida para a VI Volta ao Nordeste em Bicicleta

Argozelo: São Bartolomeu é o local de partida para a VI Volta ao Nordeste em Bicicleta

O Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, é o local de partida da 1ª etapa da VI Volta ao Nordeste em Bicicleta, uma competição que tem como meta promover a prática do ciclismo na região e dar visibilidade à beleza natural do nordeste transmontano.

A sexta edição da Volta ao Nordeste em Bicicleta vai para a estrada a 23 de maio, com o contrarelógio noturno de 10 quilómetros, na cidade de Mirandela.

No dia seguinte, sábado, dia 24 de maio, o pelotão de ciclistas arranca do Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, às 10h00, para a primeira etapa da volta ao nordeste transmontano. Esta primeira etapa tem uma distância de 124 quilómetros, com passagens por Vimioso, Torre de Moncorvo e Vila Flor.

A segunda e última etapa da Volta ao Nordeste em Bicicleta conclui-se no Domingo, dia 25 de maio, com a ligação de 70 quilómetros entre Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé.

A VI Volta ao Nordeste em Bicicleta é organizada pela Associação de Ciclismo de Bragança (ACB) e conta com os apoios da UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo, Daitsu Portugal, Município de Mirandela, Município de Vimioso, Município de Vila Flor, Município de Macedo de Cavaleiros e Município de Alfândega da Fé.

HA

Mogadouro: Prova de BTT “Rota da Bôlas”

Mogadouro: Prova de BTT “Rota da Bôlas”

A prova de Bicicleta Todo-o-Terreno (BTT) “Rota das Bôlas” regressa à freguesia de Vila de Ala, no concelho de Mogadouro, nos dias 24 e 25 de maio, e espera mais de 100 participantes numa prova que alia o desporto, a gastronomia e a beleza paisagística.

“A prova de BTT aproveita condições únicas existentes nesta freguesa para a prática desta modalidade [BTT], que pretende promover, estimular e incentivar a utilização da bicicleta como meio de lazer, bem como divulgar a gastronomia, cultura e paisagens naturais desta região transmontana”, disse o presidente da junta de freguesia, Amilcar Machado.

De acordo o autarca desta freguesia de Vila de Ala, este ano está programado um espaço para a confeção das bôlas da sertã, típicas desta região, uma oficina que mostrará como se trabalha a lã de ovelha e um espaço infantil.

A prova desportiva vai realizar-se em três circuitos designados por “Maratona” (55 Km), “Meia Maratona” (35 Km) e “Passeio em Família” (15 km).

Fonte: Lusa

Mogadouro: Cidade acolhe a 1ª Expo Saúde & Bem-estar

Mogadouro: Cidade acolhe a 1ª Expo Saúde & Bem-estar

A 25 de maio, o município de Mogadouro promove a 1º Edição da Expo Saúde & Bem-Estar, um certame com cerca de 30 expositores ligados às mais variadas áreas da saúde e bem-estar e com fóruns profiláticos de destinos à prevenção.

Um dos destaques da iniciativa são os rastreios de saúde, como a pressão arterial, medição da glicemia, saúde visual, função respiratória e cardiovascular, nutrição, medicina familiar, suporte básico de vida, entre outras atividades preventivas ao nível dos cuidados primários de saúde.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel, a iniciativa é coordenada pelo Gabinete de apoio à Saúde e Bem-Estar desta autarquia que tem uma papel importante na prevenção das mais diversas patologias abrangendo todos escalões etários da população.

“Esta iniciativa, pretende alertar a população para a importância dos cuidados primários de saúde”, vincou o autarca mogadourense.

As atividades ligadas à saúde vão ser desenvolvidas no Parque Municipal de Exposições da cidade de Mogadouro e pelo Centro de Saúde local, contando com parceiros como a Unidade de Saúde do Nordeste, Liga Portuguesa Contra o Cancro, GNR, Hospital Terra Quente, Instituto Politécnico de Bragança, clínicas médicas e farmácias locais, entre os participantes.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: 800 pessoas no Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior

Miranda do Douro: 800 pessoas no Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior

A 21 de maio, a cidade de Miranda do Douro acolheu o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior, um evento desportivo, recreativo e cultural que reuniu 800 participantes, vindos de 11 concelhos da região norte, com os propósitos de incentivar a prática da atividade física, o envelhecimento ativo e o convívio.

O evento foi organizado pela Rede Intermunicipal “We are Sports”, em colaboração com o município de Miranda do Douro e teve como outros objetivos agir contra o isolamento e oferecer atividades que promovam o bem-estar físico e mental das pessoas idosas.

O representante da empresa “We are Sports”, Ricardo Fernandes, explicou que o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior é um projeto que está a ser implementado em todo o país.

“O nosso objetivo é ligar as pessoas e os territórios através do desporto. À semelhança de outros concelhos, o município de Miranda do Douro demonstra muito interesse na promoção do envelhecimento ativo e saudável e por isso acolheu este novo Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior. Não obstante, o problema do declínio demográfico e o envelhecimento da população, as pessoas idosas apreciam a atividade física, o convívio e a visita a novos locais”, disse.

Como anfitrião do encontro em Miranda do Douro, o vice-presidente do Município, Nuno Rodrigues, afrimou que foi com grande satisfação que acolheram o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior.

“A promoção do desporto e do convívio é fundamental para um envelhecimento feliz. Ao acolhermos o Encontro Intermunicipal do Desporto Sénior em Miranda do Douro, pretendemos dar a conhecer o nosso concelho e aprofundar os laços de amizade com os outros municípios”, disse.

Por sua vez, o técnico de desporto do município de Miranda do Douro, Francisco Parreira, informou que as pessoas idosas do concelho têm participado nestes encontros desportivos noutras localidades, como aconteceu em Almeida, Castro Daire e Sernancelhe.

“Hoje, coube-nos a nós receber a visita destas centenas de pessoas, para celebrar o desporto e os benefícios que a atividade física proporciona a todas as idades. Chegados à terceira idade, o desporto continua a ser uma atividade muito importante a nível físico, psicológico e sobretudo social”, justificou.

Em Miranda do Douro, os 800 participantes no Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior vieram dos concelhos de Alfândega da Fé, Almeida, Castro Daire, Freixo de Espada à Cinta, Mirandela, Murça, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Torre de Moncorvo e Vinhais.

O acolhimento aos grupos realizou-se no jardim dos Frades Trinos, com as tradicionais danças dos Pauliteiros, pelo grupo da Escola EBS de Miranda do Douro.

Seguiu-se uma “mega” aula de ginástica sénior. A manhã terminou com a cerimónia protocolar e um desfile dos vários grupos de séniores pelas ruas da cidade de Miranda do Douro.

A mega aula de ginástica sénior.

Questionada sobre a sua motivação para participar nos Encontros Intermunicipais de Desporto Sénior, Alegria Firmino, natural de Miranda do Douro, respondeu que esta atividade faz parte do programa da Universidade Sénior.

“Dado que sou aluna da Universidade Sénior, o desporto é mais uma atividade que me motiva a sair de casa para continuar a ter uma vida ativa. No âmbito desportivo, semanalmente, a Universidade Sénior proporciona-nos aulas de hidroginástica, boccia, marcha e corrida e walking football”, indicou.

Sobre a participação nos Encontros Intermunicipais de Desporto Sénior, Alegria Firmino, destacou que são oportunidades de convívio com outras pessoas e visitas culturais a outras regiões e localidades do país.

Em Miranda do Douro, o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior prosseguiu com um almoço partilhado, no pavilhão multiusos. À tarde, os alunos da Universidade Sénior de Miranda do Douro prepararam para os visitantes, apresentações alusivas à cultura mirandesa, com poesia, música e contos.

HA



Miranda do Douro: “A recriação histórica da Guerra do Mirandum já é uma marca cultural da cidade” – Nuno Rodrigues

Miranda do Douro: “A recriação histórica da Guerra do Mirandum já é uma marca cultural da cidade” – Nuno Rodrigues

A III Recriação histórica da “Guerra da Mirandum”, voltou a animar a cidade de Miranda do Douro, no fim-de-semana de 17, 18 e 19 de maio, um evento cultural que fez a população local (e os visitantes) vestir os trajes do século XVIII, para evocar um dos acontecimentos mais marcantes na história local, uma batalha que opôs Portugal à vizinha Espanha e destruiu o castelo da cidade.

A recriação histórica da Guerra do Mirandum iniciou-se com o cortejo pelas ruas da cidade de Miranda do Douro.

A recriação histórica da Guerra do Mirandum começou na sexta-feira, dia 16 de maio, com a participação dos alunos das escolas dos concelhos de Miranda do Douro e de Vimioso, como figurantes nesta viagem até ao século XVIII.

Nos três dias do evento, o público que visitou o Largo do Castelo, em Miranda do Douro, encontrou um mercado com produtos locais e a constante animação proporcionada pela música, canto, dança, malabarismo, acrobacia, jogos de destreza e treino de armas.

O centro histórico de Miranda do Douro foi também o cenário de antigas personagens do século XVIII, como os almocreves, mendigos e rameiras, carregadores, escravos, poetas, fidalguia, burguesia e o clero.

Segundo a história, a Guerra do Mirandum resultou da participação de Portugal na Guerra dos Sete Anos (1756-1763). A 8 de maio de 1762, o exército espanhol atacou a cidade fronteiriça de Miranda do Douro e nesta investida, o paiol do exército português, instalado na torre do castelo explodiu, causando a morte a cerca de 400 pessoas. A explosão levou à rendição dos mirandeses e à entrada do exército franco-espanhol na cidade.

Com esta recriação histórica, o vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, expressou a sua satisfação pela organização deste evento cultural, que simultaneamente, evoca a história da cidade e é mais uma valia para o turismo.

“A cidade de Miranda do Douro organiza pelo terceiro ano consecutivo a recriação histórica da Guerra do Mirandum. Esta é uma iniciativa da câmara municipal, que, em colaboração com 50 atores e figurantes e a participação entusiasta das associações locais, dos agrupamentos de escolas de Miranda do Douro e de Vimioso e dos produtores locais estão a fazer deste evento mais uma marca cultural distintiva de Miranda do Douro,. A recriação histórica da Guerra do Mirandum pela animação que dá à cidade, atrai novos turistas e visitantes prolonga a sua estadia na cidade, o que por conseguinte traz benefícios económicos e sociais para os setores do comércio, a restauração e da hotelaria”, justificou.

HA

Espanha: Mirandês em destaque no mundo rural

Espanha: Mirandês em destaque no mundo rural

A língua mirandesa vai estar em destaque num concurso espanhol, que valoriza as memórias escolares do mundo rural, na região de fronteira entre o planalto mirandês e a comunidade autónoma espanhola de Castela e Leão.

“Este concurso valoriza as memórias vividas nas escolas rurais de Portugal e Espanha e distingue-se, este ano, pelo reconhecimento do mirandês como uma das línguas aceites para participação”, disse à agência Lusa Suzana Ruano, da Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ACLM).

Este concurso procura recolher testemunhos de antigos alunos e professores que frequentaram ou lecionaram em escolas situadas em meios rurais dos dois países.

“O concurso procura pessoas que escrevam sobre as suas experiências, seja como professor, seja como aluno. Eu própria estudei numa escola do interior e verifiquei que há diferenças nos métodos de ensino na cidade”, indicou Suzana Ruano.

A edição de 2025 do Prémio Memória Escolar Rural, uma iniciativa promovida pelo município de Fonfria, uma localidade espanhola que faz fronteira com Miranda do Douro, conta com apoio científico do Observatório Social da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Salamanca.

“O objetivo é preservar a memória educativa que moldou gerações longe dos grandes centros urbanos e este ano com enfoque no mirandês”, indicou este membro da ACLM.

A valorização do mirandês, ao lado de línguas como o catalão, galego, basco, valenciano, castelhano e português, representa um passo importante no reconhecimento da diversidade linguística e cultural da Península Ibérica, na opinião de Suzana Ruano.

“Encaramos este desafio como um reconhecimento da língua mirandesa como uma valorização deste idioma peninsular, porte dos espanhóis. Mirandês acaba por ser, igualmente, a ‘lhengua’ dos avós das pessoas que estão do outro lado da fronteira”, explicou Suzana Ruano.

Entre os apoiantes desta iniciativa estão ainda a Diputación de Zamora, a Fundação Fomento Hispania e várias associações culturais de Aliste (Espanha) e da Terra de Miranda (Portugal), como a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) e a ALCM.

O prazo para envio dos testemunhos decorre até 31 de maio de 2025.

Os originais podem ser submetidos em espanhol, português ou nas restantes línguas cooficiais dos dois países, com destaque especial para o mirandês.

Fonte: Lusa

Ensino: Provas de monitorização decorrem até 6 de junho

Ensino: Provas de monitorização decorrem até 6 de junho

As provas de monitorização das aprendizagens (ModA), do 4.º e do 6.º anos de escolaridade, que substituem as provas de aferição, decorrem de 19 de maio até 6 de junho.

As provas ModA realizam-se em formato digital e vão ser classificadas por uma equipa de avaliadores, do Instituto de Avaliação Educativa, criada para o efeito.

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) anunciou ter autorizado a contratação de 27 técnicos especializados em redes informáticas para apoio à realização das provas finais do 9.º ano em formato digital.

Os técnicos vão acompanhar e resolver eventuais problemas nos dias das provas”, de 20 a 25 de junho, e poderão ser contratados pelos “27 agrupamentos escolares ou escolas não agrupadas que, no último inquérito realizado, sinalizaram essa necessidade”.

Para a realização destas e das provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA), também em formato digital, o ministério refere ter atribuído aos 809 agrupamentos escolares e escolas não agrupadas 15,4 milhões de euros.

Deste valor, 15,3 milhões destinavam-se à aquisição ou reparação de computadores e 122.380 euros a outro equipamento informático, como extensões e auriculares, mas as escolas apenas utilizaram “8,32 milhões para a aquisição de computadores”, acrescenta.

Indica também que, de acordo com informações dos diretores, “há ainda 96.550 computadores disponíveis para distribuir entre professores e alunos” para se realizarem as referidas provas, 65.866 dos quais já foram utilizados e devolvidos para poderem ser distribuídos novamente.

Os resultados das provas ModA, que substituem as anteriores provas de aferição, não têm implicações na classificação interna do aluno, na aprovação nas disciplinas e na transição de ano, mas permitirão, segundo o MECI, “acompanhar a evolução dos resultados no Ensino Básico anualmente” e poderão contribuir para “a definição de abordagens pedagógicas mais ajustadas às necessidades individuais de cada aluno, assim como para disponibilização de informação a nível nacional, regional, concelhio e de escola”.

Fonte: Lusa