Palaçoulo: Campeonato de Jogos Tradicionais a 1 de junho
Na tarde de Domingo, dia 1 de junho, o complexo desportivo Vale das Latas, em Palaçoulo, é o recinto das Olímpiadas Desportivas 2025, um evento organizado pelo município de Miranda do Douro, com os objetivos de preservar os jogos tradicionais e proporcionar o convívio entre as populações da várias freguesias do concelho.
À semelhança do que acontece nos nove concelhos da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), as Olímpiadas Desportivas, visam selecionar os melhores praticantes de jogos tradicionais, como o fito, raiola, relha, malha, sueca, petanca, tração à corda e corrida de sacos, para disputarem a final distrital.
Posteriormente, a final distrital dos Jogos Tradicionais vai decorrer no dia 15 de junho, no Jardim dos Frades Trinos, em Miranda do Douro, onde vão participar os vencedores dos concelhos de Bragança, Alfândega da Fé, Mirandela, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Vinhais, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros.
De modo individual ou em grupo, os participantes vão competir em jogos como o fito, a raiola, a malha, a relha, a tração à corda, a corrida de sacos ou os jogos do burro e da dança das cadeiras.
Em todas as modalidades é atribuído um troféu aos três primeiros classificados, assim como um certificado de participação a todos os participantes.
A inclusão está também nos objetivos deste Campeonato de Jogos Tradicionais, que conta com a participação de “equipas oriundas de sete instituições de apoio a pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade”.
Segundo a CIM-TTM, o Campeonato de Jogos Tradicionais visa celebrar e preservar os jogos que marcaram gerações, promovendo atividades que incentivam a interação social, o exercício físico e o contato com a natureza.
O projeto dos Jogos Tradicionais é deenvolvido no âmbito do programa “Cultura para Todos”, sendo financiado pelo Programa Operacional NORTE 2020.
Ambiente: Cinco Postos de Vigia de incêndios já estão em funcionamento
O Comando Territorial de Bragança, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), ativou no dia 5 de maio, cinco posto de vigia no distrito de Bragança, entre os quais o posto de vigia de Vimioso, no âmbito da Campanha Floresta Segura 2025.
Os postos de vigia de Vimioso, Serra de Montesinho, na Serra da Coroa (Vinhais), Serra do Reboredo (Torre de Moncorvo), na Serra de Bornes, em Macedo de Cavaleiros fazem parte da Rede de Vigilância e Deteção de Incêndios, que integra o Sistema de Videovigilância Florestal e a Rede Nacional de Postos de Vigia.
Nesta fase inicial, os militares da GNR estão a fiscalizar as freguesias que pela sua localização apresentam maior risco de incêndio. Nestas operações, a GNR promove, em simultâneo, ações de informação e sensibilização junto dos proprietários, para que realizem voluntariamente a limpeza dos terrenos até 31 de maio.
Segundo da GNR, a Campanha Floresta Segura contribui para uma redução significativa do número de ocorrências graves e dos impactos negativos que podem causar na sociedade.
“A proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades estratégicas para a GNR, sustentada numa atuação preventiva e num reforço de patrulhamento nas áreas florestais”, indica a força de segurança.
A 29 de junho vão entrar em funcionamento mais seis Postos de Vigia da Rede Secundária.
Ambiente: Meteorologia e falta de mão-de-obra dificultam limpeza de terrenos
A gestão de faixas de combustível em terrenos florestais visa prevenir fogos rurais, mas o prazo para a limpeza, que termina a 31 de maio, é “insuficiente” para as organizações do setor, devido às condições meteorológicas e dificuldades de contratar mão-de-obra.
“[O prazo] é insuficiente para aquilo que está identificado como sendo necessário limpar. Até porque a vegetação que entretanto apareceu devido à pluviosidade que ocorreu é grande. E, portanto, há muito mato neste momento para limpar”, afirmou o presidente da ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, Pedro Serra Ramos.
O Governo prolongou até 31 de maio, o prazo para os proprietários procederem à limpeza de terrenos e identificou 988 freguesias prioritárias para fiscalização dos trabalhos de gestão de combustível, em dois despachos datados de abril.
A gestão de faixas de combustível em terrenos florestais em redor de edificações, infraestruturas e aglomerados visa prevenir incêndios, mas para o presidente da Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) não será possível cumprir o prazo, “porque o ano foi muito invernoso” e só “há 15 dias é que as máquinas conseguiram entrar e em alguns sítios ainda estão a ter dificuldades, porque estão atascar”.
“Não há capacidade, nem técnica, nem de gente para fazer o que está previsto, porque este ano as ervas, esses materiais cresceram muito”, considerou Luís Damas, notando que “muita gente não vai conseguir” e quem já o fez “tem que fazer novamente”, o que “ainda é mais oneroso”.
No despacho governamental justifica-se o prolongamento do prazo “considerando as condições meteorológicas que se têm verificado, com persistência de precipitação e elevados teores de água nos solos, o que limita os períodos disponíveis para a realização dos trabalhos de gestão de combustível”.
“É óbvio que nós nunca conseguiremos limpar tudo aquilo que teoricamente se acha que era bom de limpar. De qualquer forma, a nossa posição continua a ser de que esta legislação tem que ser revista”, advogou Pedro Serra Ramos.
Para o presidente da ANEFA, não está provado que por se limpar todos os anos os terrenos se consegue impedir ou reduzir o número de incêndios, e “nem sequer é bom para aquilo que se pretende que seja a gestão e o desenvolvimento da floresta, porque todo o dinheiro que é gasto nisso não é de forma nenhuma compensado”.
“Achamos que este é um ano atípico. Estes calendários não podem ser fixos, tem que se olhar para o ano, como é que correu de chuva. E, por exemplo, pode haver anos que se calhar tem que se antecipar, porque em março há temperaturas altas que secam logo toda a erva e se calhar tem que se atuar mais cedo”, argumentou Luís Damas.
O presidente da FNAPF reforçou, por isso, que este ano os proprietários vão “ter dificuldades em cumprir os prazos”, também “por falta de mão-de-obra e de máquinas disponíveis para fazer este trabalho neste período, porque antes não se pôde, esteve sempre a chover, [e] não se conseguiu entrar” nos terrenos.
A dificuldade no cumprimento do prazo é confirmada por Rui Igreja, da Florecha, empresa com sede na Chamusca, num “ano atípico”, com um grande crescimento da vegetação, “por causa da quantidade de chuva e até bastante tarde”.
O diretor-geral da empresa do distrito de Santarém admitiu que “a mão-de-obra é um problema não só na agricultura, mas na área agroflorestal” – é “cada vez maior” e o facto de se tratar de uma atividade “muito sazonal” também não ajuda, pois quem tenha feito a limpeza mais cedo corre o risco de ter de repetir devido ao “desenvolvimento da vegetação”, sob pena de autuação.
Para o responsável da ANEFA, “não vale de nada” as autoridades multarem as pessoas pela demora na limpeza de terrenos, porque em muitos casos, se “não há pessoal para limpar” ou “não há dinheiro para limpar”, as pessoas “não vão ter dinheiro para pagar as multas”.
“Não ganhamos muito com essa ação coerciva nesse sentido. Eu acho que haverá que ter alguma tolerância face àquilo que aconteceu no que toca às condições climáticas”, defendeu Serra Ramos.
Já o dirigente da FNAPF frisou que as câmaras e os institutos do Estado também ainda têm muito por fazer, e estão “todos a lutar contra o tempo”, apesar de o ano “ainda não estar perigoso”: “ainda não houve nenhum incêndio com grande dimensão, porque choveu, há muita humidade ainda nos solos”, referiu.
Luís Damas defende, “como não há capacidade dos prestadores de serviços, que se dê aqui mais algum tempo para que as pessoas resolvam a situação”. Os proprietários, sublinhou, são os “mais interessados” em “defender os seus bens”.
Os votos dos emigrantes portugueses, que vão decidir qual é o segundo partido mais votado nas recentes eleições legislativas em Portugal, começam a ser contabilizados em Lisboa, estando marcado o seu apuramento final para esta quarta-feira, dia 28 de maio.
A operação de contagem dos votos por via postal inicia-se às 9:00 e decorre nas instalações da Feira Industrial de Lisboa (FIL), no Parque das Nações.
Serão 1.050 os membros das 150 mesas – sete por cada – a recolher e contar os votos dos emigrantes portugueses, para os quais foram enviadas 1.578.890 cartas, em 192 destinos, contendo o boletim de voto.
As cartas que chegarem até ao limite da entrega do correio, na quarta-feira, dia 28 de maio, são contabilizadas, estando previsto para a noite desse dia o resultado da votação, que encerra o escrutínio de 18 de maio.
Estes votos dos emigrantes portugueses vão decidir se é o PS ou o Chega a ficar em segundo lugar nestas eleições.
Em relação aos deputados eleitos pela Europa e Fora da Europa, serão dois os escolhidos por cada um destes dois círculos.
Nos últimos 20 anos, o PS e o PSD dividiram os mandatos pela Europa e Fora da Europa, mas este bipartidarismo terminou em 2024, quando o Chega elegeu um deputado por cada um dos círculos.
Argozelo: São Bartolomeu deu a partida para a VI Volta ao Nordeste em Bicicleta
No dia 24 de maio, o Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, foi o local de partida da primeira etapa da VI Volta ao Nordeste em Bicicleta, uma competição na qual participaram 150 ciclistas, de 17 equipas de todo o país, sendo que a corrida foi ganha por Hélder Loureiro.
O Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, foi o local de partida da primeira etapa da Volta ao Nordeste em Bicicleta.
A anfitriã da prova desportiva, a vice-presidente do município de Vimioso, Carina Lopes, salientou que o acolhimento da Volta ao Nordeste em Bicicleta, em Argozelo, para além de apoiar o desporto é também um modo de atrair gente ao concelho vimiosense.
“A primeira etapa da VI Volta ao Nordeste em Bicicleta partiu do Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, um local belíssimo e com muito espaço para acolher as equipas de ciclismo, os carros de apoio e toda a logística da prova. Com a partida de Argozelo, o objetivo do município também é dar continuidade à política de descentralização das atividades para outras localidades do concelho”, justificou.
Por sua vez, o presidente da Associação de Ciclismo de Bragança (ACB), Miguel Monteiro, indicou que nesta sexta edição da Volta ao Nordeste em Bicicleta participaram 150 ciclistas, de 17 equipas de todo o país.
“Em cada edição da Volta ao Nordeste em Bicicleta há uma crescente participação de equipas de ciclismo de todo o país, o que contribui para a consolidação e a notoriedade da competição. O objetivo é passar pelos vários concelhos do distrito de Bragança, de modo a incentivar a prática do ciclismo e dar a conhecer a beleza natural da nossa região. Este ano, coube aos municípios de Mirandela, Vimioso, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé acolher e apoiar a competição”, indicou o diretor.
A primeira etapa da prova, a mais longa com 134 quilómetros, partiu do Santuário de São Bartolomeu, na vila de Argozelo, com passagens por Vimioso, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor.
A segunda e última etapa da Volta ao Nordeste em Bicicleta concluiu-se no Domingo, dia 25 de maio, com a ligação de 72 quilómetros entre Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé.
O ciclista, Hélder Loureiro, da equipa Grupo Parapedra | RIOMAGIC voltou a vencer, pela terceira vez consecutiva, a Volta do Nordeste em Bicicleta.
O ciclista, natural de Castro Daire, começou a construir a vitória no contrarelógio de 4,5 quilómetros, em Mirandela, tendo registado o melhor tempo com 5 minutos 42 segundos e 47 milésimos.
“No nordeste transmontano há trajetos muito bons para a prática do ciclismo, com estradas em bom estado, pouco trânsito e constantes descidas e subidas, o que é desafiante para os ciclistas”, disse.
A classificação geral individual da VI Volta ao Nordeste ficou assim definida: 1º lugar, Hélder Loureiro, concluiu a prova em 5 horas 32 minutos e 10 segundos; 2º lugar, Ricardo Silva, a 11 segundos; 3º lugar, para António Cunha, a 20 segundos.
Destaque ainda para os prémios alcançados nas metas volantes por Henrique Nogueira (11 pontos) e na montanha, por Miguel Nunes (13 pontos).
Na classificação geral por equipas, a TWO Hundred Sports foi a vencedora com um tempo total de 16 horas 37 minutos e 11 segundos.
Entre o público que acompanhou a Volta ao Nordeste em Bicicleta, Vitor Emiclau, natural de Santulhão, é um aficionado do ciclismo e expressou a sua alegria pela passagem da prova pelo concelho de Vimioso .
“Dado que a nossa região tem excelentes condições para a prática do ciclismo, convido os clubes locais e as escolas a proporcionarem a prática do ciclismo. O desporto é uma atividade que liberta as crianças e jovens da dependência dos telemóveis”, disse.
Meteorologia: Subida da temperatura e aumento do perigo de incêndio
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou para a subida gradual da temperatura a partir de terça-feira, em Portugal continental, com o consequente aumento do perigo de incêndio rural.
Em comunicado, o IPMA salienta que a temperatura se encontra “já acima dos valores da normal climatológica do mês de maio na generalidade do território, e com tendência para uma subida gradual, mais significativa nos dias 29 e 30”.
Desta forma, a temperatura máxima deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território a partir do dia 27, terça-feira, com exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental, e valores acima de 35°C na região Sul e vale do Tejo.
A temperatura mínima também irá aumentar, prevendo, contudo, o IPMA ainda valores inferiores a 10 °C em alguns locais das regiões Norte e Centro até segunda-feira, subindo gradualmente ao longo da semana para valores acima de 15 °C na generalidade do território.
“Estas condições meteorológicas resultarão no aumento gradual do Perigo de Incêndio Rural (PIR), com a classificação de PIR elevado ou muito elevado a estender-se gradualmente à maioria das regiões, e a classificação de PIR máximo a atingir alguns concelhos do Sul, o que resultará em condicionantes das atividades permitidas em meio rural”, alerta.
Segundo o IPMA, a continuação do tempo quente e seco deve-se a uma massa de ar quente proveniente do Norte de África, pelo que prevê a continuação de céu pouco nublado ou limpo, podendo haver alguma nebulosidade durante a madrugada e início da manhã nas regiões Norte e Centro, mais provável nos primeiros dias da semana, e no litoral.
O vento vai continuar a predominar do quadrante norte, fraco a moderado, sendo temporariamente do quadrante leste durante a madrugada, soprando por vezes forte no litoral oeste e terras altas, em especial durante a tarde, com tendência para enfraquecimento e maior predominância do quadrante leste nos dias 29 e 30, dias nos quais será mais significativo o transporte da massa de ar quente e seco, acrescenta.
O índice de radiação ultravioleta vai manter-se em valores muito elevados, como expectável nesta época do ano próxima ao solstício de Verão e dada a ausência de nebulosidade.
Agricultura: Encerra o período de candidaturas ao Pedido Único
Após o Governo ter alargado o prazo, os agricultores têm até 26 de maio para apresentar a sua candidatura ao Pedido Único (PU) 2025, sem penalizações.
O PU abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.
O prazo inicial de apresentação de candidaturas ao Pedido Único 2025 terminava em 15 de maio, mas o Governo decidiu alargá-lo até 26 de maio, com o ministro da Agricultura a apelar para que não haja “relaxamento”.
De acordo com o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), é possível apresentar candidaturas até 1 de junho, com uma penalização de 1% por dia útil.
A apresentação do PU 2025 pode ser efetuada diretamente pelo beneficiário, na área reservada do portal do IFAP, em O Meu Processo » Candidaturas » Pedido Único (PU) » Entregar/Alterar/Consultar, ou através das entidades reconhecidas, numa das salas de atendimento existentes para o efeito.
Em 30 de abril, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) tinha reclamado a prorrogação, mas até 6 de junho, da receção de candidaturas ao Pedido Único 2025, alertando que a duas semanas do fim do prazo estavam por submeter mais de metade dos pedidos.
Caso contrário, alertou, em comunicado, “seria necessário submeter 7.754 candidaturas por cada dia útil, o que é impossível de concretizar”.
Segundo a CNA, entre os motivos do atraso na submissão dos pedidos estão os “estrangulamentos” que têm vindo a verificar-se desde o início do período de receção das candidaturas, a 17 de fevereiro, nomeadamente a “instabilidade da aplicação” e a “indefinição das próprias regras das ajudas”.
Mogadouro: Acidente com trator conduz à morte de homem de 70 anos
Um homem de 70 anos morreu na sequência de um acidente com um trator, na aldeia de Sampaio, no concelho de Mogadouro, informou fonte dos bombeiros locais.
“À nossa chegada, a vítima estava em paragem cardiorrespiratória, tendo sido iniciadas de imediato manobras de reversão. A vítima foi transportada para a urgência básica do Centro de Saúde de Mogadouro, onde viria a falecer”, explicou o comandante dos bombeiros de Mogadouro, Luís Azevedo.
De acordo com comandante da corporação de bombeiros, “o acidente resultou de um despiste, seguido de capotamento, de um trator agrícola, sendo que a vítima foi projetada para fora do veículo agrícola.
O alerta foi dado às 09:56, do dia 23 de maio.
A para o local foram enviados oito operacionais, apoiados por cinco viaturas. A estes meios juntou-se a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), estacionada no serviço de Urgência Básica de Básica de Mogadouro.
Ser cristão é ser instrumento de amor, alegria e paz
At 15, 1-2.22-29 / Slm 66 (67), 2-3.5-6.8 / Ap 21, 10-14.22-23 / Jo 14, 23-29
«Viver dignamente estes dias de alegria em honra de Cristo ressuscitado»: é o que suplicamos na Oração Coleta da missa de hoje. A Páscoa continua e persistem as razões para andarmos contentes, louvando o Senhor, repetindo, uma e outra vez, «Aleluia» = «Louvai o Senhor».
Escutar a mensagem pascal de paz que o Ressuscitado nos deixou, é celebrar a verdadeira liberdade que consiste em relativizar o que é secundário e centrar a atenção e o agir naquilo que significa seguimento de Cristo: confiança em Deus e entrega à prática ativa do serviço aos irmãos, sendo tolerantes com as fraquezas humanas.
O farol que ilumina o nosso caminhar deve ser o Cordeiro de Deus, cujos Apóstolos constituem o alicerce da cidade amuralhada que é a Igreja.
O Cristianismo é religião do amor, da alegria e da paz interior, refletidos no rosto dos crentes. Assim será, se guardarmos a Palavra apregoada por Jesus e inscrita no Evangelho.
Guardar a Palavra consiste em cumprir aquilo a que ela nos exorta. Se a guardamos, ela guarda-nos a nós e não nos deixaremos perturbar pelas contrariedades do quotidiano, nem seremos derrotados pelos medos que ameaçam apoderar-se do nosso coração.
No discurso de despedida, na Última Ceia, Jesus legou-nos a paz. A paz é dom divino, um dos frutos da presença do Espírito Santo. A terceira pessoa da Santíssima Trindade, enviada pelo Pai em nome de Jesus, é paráclito, consolador, advogado de defesa, intérprete da mensagem de Jesus Cristo. Ela recorda-nos o que Jesus disse e o que Jesus fez.
Aproxima-se a festa do Pentecostes, em que celebramos o Espírito Santo como fogo que abrasa os corações e como sopro de vida fomentador dos pensamentos, palavras e obras inspirados na Palavra que guardamos e que nos guarda.
Invoquemo-lo com a oração tradicional conhecida: «Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor. Ámen».
Miranda do Douro: Cidade celebra os 480 anos da diocese
No Domingo, dia 25 de maio, a cidade de Miranda do Douro comemora os 480 anos de fundação da diocese (1545), uma celebração que começa com o repicar dos sinos em todas as paróquias do concelho, seguida do desfile dos estandartes e a celebração da eucaristia na concatedral.
A comemoração dos 480 anos de elevação da cidade a sede da diocese, é uma inciativa da unidade pastoral de Santa Maria Maior, em parceria com o município de Miranda do Douro.
O programa da comemoração dos 480 anos da fundação da diocese inicia-se na manhã de Domingo, dia 25 de maio, com o repicar dos sinos em todas as igrejas do concelho. Às 10h30 ocorre a concentração dos estandartes paroquiais, para dar início ao desfile até à concatedral, onde às 11h00 se celebra a Eucaristia. A comemoração do 480º aniversário da diocese termina com um almoço comemorativo.
A antiga “Diocese de Miranda” pertenceu à Arquidiocese de Braga, até 1545. Neste ano, a 22 de maio, o Papa Paulo III, a pedido do Rei D. João III, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte.
Dois séculos depois, a 5 de Março de 1770, o Papa Clemente XIV, desmembrou a diocese em duas: a diocese de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome e a de Bragança, formada pelos outros quatro arciprestados.
A divisão durou apenas dez anos, já que a 27 de Setembro de 1780, o Papa Pio VI, pela Bula Romanus Pontifex, reuniu as dioceses de Miranda e de Bragança numa só, com sede em Bragança.
Em 1996, a Santa Sé deu à diocese a designação de Bragança-Miranda.
A diocese de Bragança-Miranda tem 6.599 km2 de superfície e é a quarta mais extensa do país. No censos de 2021 registava uma população de 122 mil 804 habitantes.
A Diocese de Bragança-Miranda venera São Bento como seu padroeiro.