Palaçoulo: Monjas Trapistas já vivem no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja

Palaçoulo: Monjas Trapistas já vivem no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja

As Monjas Trapistas, em Palaçoulo, concluíram a mudança para o Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, iniciando assim a vida de clausura, dedicada à oração e ao trabalho diário, com a manufatura de artigos religiosos, a doçaria tradicional e o acolhimento a grupos, famílias e visitantes.

Sobre a mudança de residência, da hospedaria para o mosteiro, a monja trapista, Margarida Baldini, mostrou-se muito feliz com a beleza das novas instalações.

“Neste momento, estamos a mobilar o mosteiro, a fazer arrumações e a iniciar o trabalho do dia-a-dia, pois é o nosso modo de sustento. A ordem cisterciense sempre procurou lugares desertos e isolados, para nos dedicarmos por inteiro à oração e ao trabalho”, disse.

Diariamente, as monjas trapistas dedicam-se ao fabrico artesanal de artigos religiosos como terços, livros, pagelas e porta-chaves.

Outro trabalho é a manufatura de produtos locais, como a extração de mel e o fabrico de doçaria tradicional e de compotas, cujos frutos são provenientes do pomar, do amendoal e também da recém plantada vinha, ao redor do mosteiro.

Entre estes produtos, um dos destaques é o “Docinho do Bom Jesus”, que é confeccionado com miolo de amêndoa, laranja e mel e é feito para o santuário do Bom Jesus, em Braga.

«O ‘Docinho do Bom Jesus’ pretende ser uma marca identificativa daquele santuário. Este doce artesanal está disponível desde 27 de abril e tem registado muito boa adesão por parte do público», indicou a religiosa.

Outra novidade no dia-a-dia das monjas trapistas de Palaçoulo é a conclusão das obras de reparação do telhado, do sótão e do piso superior da hospedaria, que recorde-se, foram destruídos por um incêndio que deflagrou a 27 de janeiro.

De acordo com a irmã Margarida Baldini, responsável pela hospedaria, o espaço já está pronto para acolher grupos, famílias e visitantes. Durante a estadia, que tem um tempo máximo de oito dias, o mosteiro oferece o alojamento e as refeições aos visitantes.

“Pela estadia na hospedagem, as pessoas oferecem o que quiserem. Há pessoas que oferecem muito mais do que aquilo que precisamos. E outras oferecem menos. Nós seguimos a regra de São Bento, que nos ensina a acolher os hóspedes como se fosse o próprio Cristo”, disse.

Segundo a religiosa, os hóspedes podem acompanhar o dia-a-dia monástico, participando na celebração diária da eucaristia e nos vários momentos de oração ao longo do dia.

“No restante tempo livre, os hóspedes podem aproveitar para ler, passear pela área envolvente ao mosteiro ou solicitar conversas com a comunidade trapista”, disse.

Na estadia na hospedaria, os grupos podem usufruir da cozinha e de um amplo refeitório, o que permite que seja possível prepararem as suas próprias refeições.

Desde a chegada a Portugal, em outubro de 2020, para fundar o Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, as monjas trapistas têm acolhido hóspedes e visitantes vindos de todas as dioceses de Portugal, assim como da vizinha Espanha e também de Itália.

As Monjas trapistas ou Irmãs da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO), são uma ordem religiosa católica, contemplativa.

Ao longo do ano, a comunidade trapista de Palaçoulo, realiza encontros vocacionais, destinados às jovens interessadas em conhecer o estilo de vida monástico. Para obter informações sobre estes encontros, pode consultar o site do mosteiro, escrever um e-mail (chamamento@trapistaspalacoulo.pt) ou ligar para o número: 910 909 588.

HA

Economia: ExpoMoncorvo decorre de 10 a 15 de agosto

Economia: ExpoMoncorvo decorre de 10 a 15 de agosto

A ExpoMoncorvo, certame que decorre de 10 a 15 de agosto no concelho de Torre de Moncorvo, conta este ano com mais de meia centena de expositores, com destaque para a agricultura, pecuária, emprego, empreendedorismo, atividades cinegéticas e biodiversidade.

O certame decorre em simultâneo com as festas desta vila do distrito de Bragança.

“Estas iniciativas têm sempre como objetivo englobar toda a comunidade local, empresários ou associações agrícolas e pecuárias. Este certame está aberto a outras empresas dos concelhos vizinhos do território do Douro Superior, como forma de dar a conhecer as suas atividades empresariais”, explicou à Lusa o presidente da Câmara Municipal, José Meneses.

Dedicado aos produtos regionais, às atividades comerciais, industriais e à maquinaria agrícola, o certame pretende ser uma montra do que de melhor se produz e faz na região, como o vinho, a amêndoa, o azeite e a carne de cordeiro, entre outros produtos de origem agrícola e pecuária.

“Haverá também um programa paralelo com palestras temáticas, animação infantil, muita música, gastronomia e animação, onde acredito que os visitantes podem conhecer este território e todo o seu potencial agrícola e pecuário”, vincou o autarca social-democrata.

Inseridos na ExpoMoncorvo, realizam-se concursos de raças autóctones e, no campo cinegético, está prevista a largada de 800 aves como perdizes, patos e faisões.

Haverá ainda um passeio de motos, a cargo do Motard Club de Moncorvo, e o espetáculo de ‘Freestyle’, com Jaque Stunt e NH – Pina – Stunt Team.

De acordo com José Meneses, todas estas atividades servem igualmente para dar as boas-vindas aos emigrantes que por esta altura do ano se deslocam a Nordeste Transmontano e, em particular, ao concelho de Torre de Moncorvo.

No campo gastronómico, o destaque vai para os pratos à base de cordeiro da Terra Quente e para a amêndoa coberta de Moncorvo, que é desde de março de 2018 um produto com Indicação Geográfica Protegida (IGP).

Haverá ainda o Festival da Caldeirada da Ribeira, que se realiza pela primeira vez e que contará com nove restaurantes aderentes.

Para o dia 14 de agosto está marcada uma Garraiada a ter lugar no Largo da Feira.

Os palcos musicais estão reservados para os artistas Bárbara Bandeira (13 de agosto), Pedro Abrunhosa (14 de agosto) e Pedro Mafama (15 de agosto).

Fonte: Lusa

Habitação: Jovens com isenção de IMT e imposto de selo na compra da primeira casa

Habitação: Jovens com isenção de IMT e imposto de selo na compra da primeira casa

Entra em vigor a 1 de agosto, a isenção de IMT e de Imposto do Selo (IS) na compra da primeira habitação própria e permanente para os jovens com até 35 anos.

A isenção de Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e de Imposto de Selo é uma medida que pode ser usada por todos os jovens na compra da primeira habitação própria e permanente, desde que tenham até 35 anos de idade na data da compra.

Para serem elegíveis, os jovens não podem ter sido considerados dependentes para efeitos de IRS no ano da compra da casa.

Esta isenção é total para casas de valor até ao 4.º escalão do IMT, ou seja, até aos 316.772 euros. Na parte que exceda este valor e até aos 633.453 euros, há lugar ao pagamento de IMT na taxa correspondente a este escalão (8%).

Em termos práticos, na compra de uma casa por 300 mil euros, o jovem paga menos 13.377,58 euros em impostos (entre 10.977,58 em IMT e 2.400 euros em Imposto do Selo).

Esta isenção fiscal corresponde à concretização de uma medida que consta do programa do Governo liderado por Luís Montenegro, com o objetivo de facilitar o acesso à habitação por pessoas até aos 35 anos de idade.

O Governo estima que em 2024, o custo da medida ronde os 25 milhões de euros e 50 milhões de euros, em 2025, segundo referiu o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, numa recente audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (Cofap).

Fonte: Lusa

Foto: Notários Portugueses

Vimioso: Onze alunos vítimas de abusos sexuais por colegas

Vimioso: Onze alunos vítimas de abusos sexuais por colegas

O Ministério Público (MP) concluiu que onze alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso(AEV) sofreram abusos sexuais por outros 11 estudantes, após a investigação a uma alegada sodomização de um aluno, que não ficou provada.

O despacho final do Inquérito Tutelar Educativo determina a suspensão provisória do processo a nove dos menores – com idades até 16 anos -, mediante o cumprimento de um plano de conduta que estipula várias obrigações, como “frequentar programa a implementar pela Direção-Geral de Reinserção dos Serviços Prisionais (DGRSP) com incidência na sexualidade, respeito pelo corpo humano e privacidade”.

À data dos factos, ocorridos no interior da escola, em 18 e 19 de janeiro, dois outros jovens já tinham 16 anos e podiam responder criminalmente, mas o MP promoveu, igualmente, a suspensão provisória do processo, na condição de os arguidos também cumprirem um plano de conduta, que prevê trabalho comunitário e a frequência do programa da DGRSP.

Os inquéritos investigavam um alegado episódio de sodomização de um aluno de 11 anos por oito colegas, “com recurso a uma vassoura”, denunciado pela Junta de Freguesia de Vimioso, a que se seguiu uma queixa-crime apresentada pela mãe da criança.

No decurso da investigação, o MP teve acesso a vários vídeos de telemóvel, que serviram como meio de prova.

O MP descreve diversos episódios, ocorridos nos dois dias, nos quais os suspeitos “agarraram e manietaram” as vítimas, levando-as, uma a uma, para “a mesa do bar”, onde eram sujeitas a toques, gestos e movimentos corporais de cariz sexual.

Se pudessem responder criminalmente, o MP lembra que estas condutas configuravam a prática de vários crimes de abuso sexual de crianças agravado.

A procuradora diz que os jovens agiram, “em conjugação de esforços, com o propósito de satisfazerem os seus instintos sexuais e libidinosos”, praticando sobre os ofendidos, com idades entre os 11 e os 14 anos, “atos de natureza e conteúdo sexual”, apesar de saberem “que assim colocavam em causa os sentimentos de pudor, vergonha e intimidade” das vítimas.

“Os jovens demonstram agir em contexto de grupo de pares, com mais dificuldade em avaliar as consequências da sua conduta e do impacto que estas podem ter nos outros”, vinca a MP.

Quanto à alegada sodomização, a procuradora sustenta que analisada a prova produzida em sede de inquérito “constata-se que nenhuma das testemunhas inquiridas”, incluindo uma funcionária, viu utilização de uma vassoura pelos suspeitos, acrescentando que “muitas presenciaram aquilo a que as crianças chamaram de ‘brincadeira do exame à próstata’”.

Segundo o despacho, “os documentos clínicos e periciais também não permitem formar a convicção de que os factos ocorreram conforme relatados pelo ofendido”, apesar de o exame pericial realizado pelo Gabinete de Medicina Legal do Porto concluir pela existência de “vestígios de agressão física” e de “vestígios de contacto de cariz sexual”.

O MP concluiu que “inexistem indícios suficientes que permitam afirmar” que os suspeitos tenham concretizado a alegada sodomização, determinando o arquivamento nesta parte.

Em comunicado, o Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Vimioso, sem fazer qualquer menção aos 11 alunos que estiveram envolvidos nos abusos sexuais e que aceitaram cumprir os planos de conduta, refere que a direção escolar “tratou este caso de forma adequada”, lembrando os processos disciplinares instaurados aos alunos envolvidos “na alegada brincadeira de exame à próstata”.

“O Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Vimioso recomenda que a Junta de Freguesia de Vimioso faça, publicamente, um pedido de desculpas à escola e aos profissionais que nela trabalham e, principalmente, aos alunos alegadamente envolvidos e às suas famílias, reconhecendo a falsidade da denúncia”, lê-se no comunicado, assinado pela presidente, Carina Machado Lopes, que é também vereadora na Câmara de Vimioso.

O presidente da Junta de Freguesia de Vimioso, José Ventura, disse desconhecer o despacho do MP.

“Não tivemos qualquer acesso a despachos do MP, qualquer conhecimento de outras situações desde que o caso foi denunciado até á data de hoje”, referiu o autarca, acrescentando que “não vai haver nenhum pedido de desculpa porque os factos são reais”.

“Não temos que fazer qualquer pedido de desculpa. Os factos são reais e não há razão para fazer um pedido de desculpas”, vincou.

Esta posição surge após um reunião da Assembleia de Freguesia.

Fonte: Lusa

Picote: Monsenhor Adelino Paes preside à missa em honra do Divino Santo Cristo

Picote: Monsenhor Adelino Paes preside à missa em honra do Divino Santo Cristo

No fim-de-semana de 2, 3 e 4 de agosto, a aldeia de Picote, no concelho de Miranda do Douro celebra a festa honra do Divino Santo Cristo, uma das mais importantes festas religiosas desta localidade, cujo destaque, este ano, é a celebração religiosa presidida por Monsenhor, Adelino Paes.

De acordo com o presidente da Freguesia de Picote, Jorge Lourenço, noutros tempos, da Festa em Honra do Divino Santo Cristo, em Picote, foi uma das mais concorridas festividades do planalto mirandês, sobretudo na década de 1950 quando decorria a construção da barragem.

“Com a conclusão da barragem de Picote, em 1959, a migração e o progressivo despovoamento retiraram população à localidade e a festividade tornou-se menos efusiva”, explicou.

Atualmente, dada a baixa densidade populacional em Picote, compete à freguesia local e a comissão fabriqueira da paróquia organizar o programa festivo.

Este ano, a festividade começa no serão de sexta-feira, dia 2 de agosto, com uma caminhada noturna.

No sábado, dia 3, a festa prossegue com a comemoração do Dia da Freguesia e a cerimónia do hastear da bandeira. Para a tarde, está programada uma visita aos trabalhos realizados no âmbito do programa anual “Residências Artísticas” e do “Roteiro de Arte da Freguesia de Picote”.

«Outro destaque na festa deste ano é a apresentação da obra “Constituições Sinodais da Diocese de Miranda, de 1565”. A apresentação vai decorrer na igreja paroquial de Picote e vai contar com a participação do nosso conterrâneo, Monsenhor Adelino Paes», indicou o autarca.

Na noite de sábado, a organização da festa vai oferecer uma jantar convívio para a comunidade local, que será depois animado musicalmente pelo concerto do dueto “Lúria”.

No Domingo, dia 4 de agosto, a festa recomeça com a alvorada protagonizada pelos gaiteiros. A missa solene em honra do Divino Santo Cristo celebra-se às 16h00 da tarde, sendo presidida por Monsenhor Adelino Paes.




A festa em Picote termina ao final da tarde de Domingo, com as danças dos Pauliteiros e a oferta de waffles na curradala.

No passado fim-de-semana, a 27 de julho, a população do Barrocal do Douro realizou o XVII Encontro de Barrocalenses, uma reunião anual das pessoas que viveram na zona habitacional, do complexo Moderno Escondido.

“A freguesia de Picote felicita os barrocalenses por manterem vivo este convívio de confraternização e simultaneamente de homenagem, a todos quantos viveram e trabalharam na construção da barragem de Picote”, felicitou, Jorge Lourenço.

Recorde-se que na década de 1950, este empreendimento chegou a ter mais de seis mil pessoas a viver na zona habitacional, localizada a três quilómetros da barragem.

Mais recentementem, a 30 de julho de 2022, foi apresentada no Barrocal do Douro, a obra «Rostos de uma Barragem, um álbum de fotografias na sua maioria do padre Telmo Ferraz, que foi capelão no período de construção da barragem de Picote.

HA

Ciclismo: Hugo Scala venceu na chegada a Bragança

Ciclismo: Hugo Scala venceu na chegada a Bragança

O ciclista norte-americano Hugo Scala Jr. (Echelon Racing) venceu a quinta etapa, da 85.ª Volta a Portugal, na chegada a Bragança, enquanto o português Afonso Eulálio (ABTF-Feirense) conservou a liderança da classificação geral.

Scala Jr., de 26 anos, cumpriu os 176,8 quilómetros entre Penedono e Bragança em 4 horas 10 minutos e 26 segundos, superando o português Fábio Costa (ABTF-Feirense), segundo com o mesmo tempo, e o dinamarquês Julius Johansen (Sabgal-Anicolor), terceiro a 11 segundos.

Nas contas da geral, Eulálio manteve as distâncias para os companheiros de pódio, com o vencedor de 2023, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), em segundo, a 16 segundos, e o espanhol Jon Agirre (Kern Pharma) em terceiro, a 26.

Esta quarta-feira, dia 31 de julho, realiza-se a sexta etapa da Volta a Portugal em Bicicleta, com partida de Bragança e chegada a Boticas. A etapa tem 169,1 quilómetros, com cinco contagens de montanha no percurso, a última das quais é de primeira categoria, em Torneiros, nos últimos 20 quilómetros.

Fonte: Lusa

Agricultura: Baixa rentabilidade dos cereais leva a quebra na área de cultivo

Agricultura: Baixa rentabilidade dos cereais leva a quebra na área de cultivo

A baixa rentabilidade dos cereais, em comparação com outras culturas como o olival ou o amendoal, vai levar a uma quebra na área de cultivo, na rodem dos 10 mil hectares, alertou a Confederação dos Agricultores de Portugal.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a produção mundial de cereais vai atingir 2.854 milhões de toneladas em 2024, um novo marco histórico.

Contudo, em Portugal, segundo os dados do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), “vamos ter uma nova redução da área de cereais, a rondar os 10.000 hectares (-4%)”, indicou o vice-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Pedro Pimenta.

Segundo o também membro da direção da Anpromis – Associação dos Produtores de Milho e Sorgo de Portugal, “este preocupante decréscimo” está ligado a uma menor rentabilidade dos cereais face a outras alternativas, como o olival e o amendoal, sobretudo a sul do Tejo.

Já a norte do Tejo, as reduções prendem-se com o aumento da população de javalis e à consequente destruição de culturas, que tem levado ao abandono de “pequenas parcelas de cereais no centro das culturas permanentes”.

Esta situação, conforme apontou a CAP, acarreta “implicações ambientais graves”, devido à “falta de descontinuidade de ‘combustíveis’”, ou seja, mato, nos incêndios rurais.

A maior descida verifica-se no caso do milho grão, que terá menos 6.026 hectares, seguido pelo sorgo (-2.653) e pela aveia (-1.948).

Depois surge a cevada dística (-988 hectares), e a cevada (-808), o centeio (-368) e o arroz (-208).

No sentido oposto, observam-se subidas no caso do milho de silagem (1.100 hectares), triticale (977), trigo mole (372) e trigo duro (337).

“A redução da área semeada com cereais vai ter um efeito muito negativo no necessário aumento do nosso grau de autoaprovisionamento de cereais, penalizando-o fortemente”, vincou Pedro Pimenta.

Assim, para a confederação, urge adotar medidas de apoio ao rendimento dos produtores nacionais de cereais, caso contrário Portugal poderá entrar numa “via sem retorno, cada vez mais dependente de terceiros”.

A CAP sublinhou ainda que a capacidade de produção nacional continua a ser fragilizada pela falta de água, subsistindo a ausência de “tomada de decisões políticas” quanto ao armazenamento ou ao aumento da área de regadio.

Por outro lado, exemplificou que o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) não incentiva uma agricultura que exporte e que crie emprego e riqueza.

“Existe também uma tendência de crescimento de culturas permanentes (olival e amendoal), muitas vezes ligadas a fundos de investimento, inseridas em perímetros de rega e que eram tradicionalmente semeadas por cereais. Este cenário é extremamente preocupante, pois fragiliza ainda mais a nossa fraca capacidade de autoaprovisionamento em cereais, o que reconhecidamente coloca em causa a nossa soberania alimentar”, insistiu.

Fonte: Lusa

Floresta: Forças Armadas realizam patrulhas de vigilância e deteção de incêndios

Floresta: Forças Armadas realizam patrulhas de vigilância e deteção de incêndios

Este ano, as Forças Armadas já executaram 551 patrulhas de vigilância e deteção de incêndios, indicou o Centro de Meios Aéreos da Lousã, no distrito de Coimbra.

Num documento entregue durante a visita do ministro da Defesa, verifica-se que em 2024 já foram realizadas 74 ações de reconhecimento, avaliação e controle pelos dois helicópteros alocados ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

Durante todo o ano de 2023, os três ramos das Forças Armadas executaram 327 ações aéreas de reconhecimento, avaliação e controle e 204 missões de vigilância com drones, num total de 857 horas de voo, e 1.518 patrulhas de vigilância e deteção, tendo envolvido em todas as ações realizadas 5.707 militares.

“O Exército, a Força Aérea e a Marinha estão empenhadas nas ações de prevenção dos incêndios, que pelas tragédias do passado justificam este esforço”, garantiu o ministro Nuno Melo, que visitou, na Lousã, as capacidades militares da Força Aérea integradas no dispositivo de vigilância, deteção e apoio ao combate de incêndios rurais, acompanhado pelas cúpulas militares.

Em declarações aos jornalistas, o governante considerou irrealista Portugal pensar que alguma vez terá todos os meios necessários para assegurar que uma tragédia não aconteça devido aos incêndios florestais ou outra ocorrência.

“Acho que é uma utopia achar que alguma vez teremos todos os meios necessários para que uma tragédia não aconteça”, disse Nuno Melo aos jornalistas, garantindo que as Forças Armadas estão totalmente empenhadas para ajudar o país “neste desafio tão difícil” que é a prevenção de incêndios”.

Para o ministro da Defesa, Portugal está hoje mais bem preparado para evitar tragédias como as que ocorreram no passado.

Considerando que as Forças Armadas estão todos os dias à altura daquilo que lhes é pedido, o governante ressalvou que, num país do sul da Europa com as características de Portugal, “os meios nunca são suficientes”.

“Os meios são sempre insuficientes. Portugal é um país com uma imensidão de floresta, com um potencial de incêndio que é sempre relevante, mas tentamos aprender com os erros do passado para evitar outras tragédias equivalentes no futuro”, sublinhou.

No Centro de Meios Aéreos da Lousã, o ministro assistiu à operacionalização dos drones SANT, que atuam a partir de bases em Mirandela, Ota e Beja para vigilância e deteção de incêndios florestais e visitou os dois helicópteros alocados a ações de reconhecimento, avaliação e controle.

Na Marinha Grande e após o acompanhamento de uma patrulha na mata nacional, o governante já tinha destacado o papel das Forças Armadas na prevenção e deteção dos incêndios rurais.

“Os militares não estão nos quartéis, estão todos os dias a trabalhar para o benefício das populações. Isso vale para a prevenção dos fogos, como vale para as ações de busca e salvamento, para a emergência médica, para o transporte de órgãos, para o combate ao tráfico de pessoas ou combate ao tráfico de drogas”, disse aos jornalistas.

Fonte: Lusa

Santulhão: 22 empreendedores vão apresentar projetos inovadores

Santulhão: 22 empreendedores vão apresentar projetos inovadores

Em Santulhão e no âmbito das festas de verão, vai realizar-se de 5 a 10 de agosto, o evento Pecha Kucha, uma iniciativa que convida pessoas empreendedoras, naturais da região, a apresentarem as suas ideias e projetos num curto espaço de tempo, com a exibição de 20 slides e a “falar menos e mostrar mais”.

O evento foi inspirado no conceito japonês, criado em 2003, segundo o qual, cada orador faz a sua apresentação num tempo máximo de seis minutos e 40 segundos.

“Esta dinâmica obriga a apresentar o projeto de um modo resumido. Com esta rigorosa gestão do tempo há depois espaço a perguntas, o que propociona uma maior interação entre o orador e o público”, explicou Francisco Lopes, da Comissão de Festas de Santulhão.

Esta é a primeira vez que um evento desta natureza se realiza na localidade e o objetivo é dar visibilidade a pessoas naturais de Santulhão e de outras localidades vizinhas, que se destacam em alguma área profissional e académica.

Na perspetiva de Francisco Lopes, as 22 pessoas convidadas são exemplos de resiliência e de aposta no interior do país.

“Estas pessoas, pela sua capacidade de trabalho e de inovação, são fundamentais para a dinamizar a economia local e ao mesmo tempo são inspiradores para a fixação de outras pessoas nesta região”, enalteceu.

Em Santulhão o evento vai contar com a participação de Paulo Rosário (Cogumelos do Planalto), César Rodrigues (Bardo – Queijo de Cabra Bio), Jones Casimiro (Cenários), Elisabete Rodrigues (Património e Turismo), Claudio Rosário (PINTA), João Alves (GeoParque Terras de Cavaleiros), Ana Antunes (Construção em Terra), José Ferreira (Palombar), Alfredo Cordeiro (Agricultura Biológica), Alice Tavares Costa (Reabilitação Urbana), Gracinda Rodrigues (Gestão de Águas), Francisco Pavão (Azeites), Carlos Prada de Oliveira (Minas de Argozelo), Carina Machado Lopes (Estratégias de Desenvolvimento Local), António Henrique (Ginástica de Manutenção), Francisco Bruçó (Termas de Vimioso), Cláudia Costa (Fotografia), Francisco Cordeiro Alves (Pedagogia), Isabel Fernandes (Chestwine Tanino Enológico), Jorge Afonso (Casa do Joa), Isabel Rodrigues (Museologia) e Paulo Preto (Música).

As apresentações do Pecha Kucha são uma iniciativa organizada pela Comissão de Festas, que conta com o apoio da freguesia de Santulhão.

Nas instalações da freguesia, onde vai decorrer o evento, o público tem ainda a oportunidade de visitar a exposição de fotografia “Retratos de Santulhão”, cuja inauguração ocorre a 4 de agosto.

«A par da exposição, vão ser exibidos vídeos sobre as “Histórias da Terra e das Gentes de Santulhão” e um documentário sobre tradição local da apanha da azeitona. Com a realização destas atividades culturais queremos proporcionar uma variada oferta cultural à população local e aos emigrantes que regressam nesta altura do ano”, disse.

Segundo Francisco Lopes, as fotografias “Retratos de Santulhão” podem ser adquiridas pelo público e o valor da venda destina-se à angariação de verbas pela Comissão de Festas.

HA

Ciclismo: Volta a Portugal chega a Bragança

Ciclismo: Volta a Portugal chega a Bragança

Na quinta etapa da 85.ª Volta a Portugal em bicicleta, com uma distância de 176,8 quilómetros entre Penedono e Bragança, cabe aos sprinters disputar a vitória.

Nesta edição da Volta a Portugal em Bicicleta, só a segunda etapa, entre Santarém e Lisboa, propiciou um sprint, ganho pelo argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), o regresso à estrada após dia de descanso é nova oportunidade.

A vila de Penedono estreia-se como local de partida da Volta e Mêda recebe os primeiros pontos de interesse, com uma contagem de montanha de quarta categoria aos 25,4 quilómetros e uma meta volante logo a seguir, importantes no caso de haver já a fuga do dia formada.

Os fugitivos, de resto, serão os principais concorrentes à vitória na etapa, obrigando as equipas que têm velocistas a trabalhar para lhes reduzir a vantagem que ganharem, além de disputarem os pontos de montanha e da classificação dos pontos pelo percurso.

O maior ‘prémio’ do dia é a subida Serra de Bornes (101,7 quilómetros), uma contagem de montanha de segunda categoria, antes da meta volante de Macedo de Cavaleiros, seguindo-se o Cabeço de Sangra Engrácia (4.ª) e outra meta volante, já em Bragança, antes da primeira passagem na meta.

Certo é que a tirada não deverá ameaçar a camisola amarela do jovem português Afonso Eulálio (ABTF-Feirense), que aos 22 anos lidera a corrida, com 16 segundos de vantagem para o segundo classificado e vencedor de 2023, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), e 20 segundos para o espanhol Jon Agirre (Kern Pharma), terceiro.

A 85.ª Volta a Portugal em bicicleta está na estrada até 4 de agosto, terminando em Viseu, com um contrarrelógio individual.

Fonte: Lusa