Vimioso: Município apresentou o Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS-5G)

Vimioso: Município apresentou o Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS-5G)

No dia 1 de abril, o presidente do município de Vimioso, António Santos Vaz, apresentou o Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS 5G), no valor de 560 mil euros, que vai ser implementado do concelho até abril de 2029, com a finalidade de inverter o défice demográfico, apoiar os idosos e fomentar a criação de emprego.

A apresentação do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS 5G) decorreu nas instalações do pavilhão multiusos de Vimioso, onde o presidente do município de Vimioso, António Santos Vaz, indicou que no concelho as maiores vulnerabilidades sociais são o défice demográfico, o envelhecimento, o desemprego e a pobreza infantil.

“O Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS 5G) visa reforçar as respostas sociais já existentes no concelho de Vimioso, como é Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) do município de Vimioso, a equipa da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e o projeto Radar Social”, indicou.

A Câmara Municipal de Vimioso assume o papel de Entidade Promotora Local do CLDS 5G, sendo que a Entidade Gestora é a CoraNE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina.

A coordenadora da CoraNE, Luísa Pires, explicou que o programa desenvolve-se em três eixos estratégicos: 1- Emprego, formação e qualificação; 2-Promoção da autonomia, envelhecimento ativo e longevidade; e 3- Desenvolvimento social, capacitação comunitária, intervenção em contextos de emergência social.

“O objetivo é reforçar as respostas locais, prevenir e combater a exclusão social e quebrar ciclos intergeracionais de pobreza. Nos concelhos de Vinhais, Bragança, Vimioso e Miranda do Douro, um dos problemas sociais que exige maior atenção é a promoção do envelhecimento ativo e dinamizar ações contra o isolamento da população”, indicou.

Em Vimioso, o Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS 5G) iniciou-se a 1 de abril e vai ser desenvolvida ao longo de quatro anos, ou seja, até abril de 2029.

A equipa do CLDS 5G, em Vimioso, é constituída por um coordenador e dois técnicos, com formação nas áreas da psicologia, serviço social e economia, que vão trabalhar em articulação com as estruturas locais existentes.

HA

Vimioso: «A leitura é imprescindível para adquirir qualquer saber» – Jorge Gonçalves, diretor do AEV

Vimioso: «A leitura é imprescindível para adquirir qualquer saber» – Jorge Gonçalves, diretor do AEV

De 31 de março até 4 de abril está a decorrer no Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), a Semana da Leitura, com a organização de várias atividades, como teatro, caminhada ambiental, recitação de poemas e várias apresentações que procuram incutir nos alunos o interesse e o gosto pela leitura.

O diretor do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), Jorge Gonçalves, explicou que esta iniciativa é organizada pela Biblioteca Escolar do AEV e faz parte do Plano Nacional de Leitura e da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

“A Feira do Livro antecedeu a Semana de Leitura. O programa desta semana inclui atividades de promoção da leitura como o teatro, declamações de poemas, uma caminhada, jogos e várias apresentações. Para despertar o interesse dos mais novos pela leitura, também são convidados os encarregados de educação, vários escritores e os próprios professores e alunos dos 2º e 3º ciclos organizam atividades para os mais novos”, indicou.

No dia 2 de abril, o destaque da Semana de Leitura, em Vimioso, é a caminhada ambiental entre as localidades de Carção e Santulhão. No decorrer desta atividade, os alunos do AEV vão recitar poemas e cantar letras de músicas para as populações e em especial, para as pessoas que vivem no lar de Santulhão.

Sobre a importância da leitura, o diretor do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), Jorge Gonçalves, indicou que o acto de ler é essecial para o desenvolvimento cognitivo e inteletual das crianças e jovens.

“É através da leitura que os alunos acedem e interpretam os conteúdos dos vários ramos do saber, desde a língua portuguesa, a história, a geografia até à matemática. A leitura é por isso, imprescindível para adquirir qualquer saber”, concluiu.

De acordo com o Plano Nacional de Leitura, as bibliotecas escolares associaram-se a esta iniciativa desde a primeira edição (em 2007), constituindo-se como as grandes impulsionadoras da leitura nas escolas.

HA

Mogadouro: Município implementou novo serviço na área da gestão urbanística

Mogadouro: Município implementou novo serviço na área da gestão urbanística

O Município de Mogadouro, através da DOTU – Divisão de Ordenamento do Território e Urbanismo, vai implementar um novo serviço na área da gestão urbanística intitulado NoPaper.

“Esta ferramenta visa eliminar e substituir a entrega de documentos em papel por um exemplar único em suporte digital, numa lógica de reforço da sustentabilidade, eficiência, transparência e racionalização dos serviços prestados pelo Município, perspetivando-se um impacto muito positivo no funcionamento interno e na relação de proximidade com os cidadãos”, indica o município de Mogadouro, no distrito de Bragança.

O novo procedimento permite, também, a visualização e tratamento de documentos (originais e cópias) unicamente em formato digital e a consulta a entidades externas e serviços do município por meios unicamente digitais.

Fonte: Lusa

Justiça: Ministério abre concurso com 51 vagas para oficial de justiça

Justiça: Ministério abre concurso com 51 vagas para oficial de justiça

Neste mês de abril, os oficiais de justiça vão ter um movimento extraordinário de colocação, com 51 vagas resultantes de desistências do último concurso de recrutamento, que abriu 570 vagas, agora redistribuídas dando prevalência às comarcas mais deficitárias.

De acordo com informação divulgada pelo Ministério da Justiça (MJ), o movimento extraordinário decorre de 1 a 30 de abril, alocando 29 das vagas às secretarias do Ministério Público e as restantes 22 a secretarias judiciais.

Podem candidatar-se até 30 de abril os funcionários judiciais que queiram mudar de comarca (mobilidade interna), aos quais é atribuída prioridade, e os que ficaram colocados numa bolsa de recrutamento após não terem conseguido colocação, mas foram aprovados em concurso.

Segundo o MJ, foi alocado o maior número de vagas às comarcas mais deficitárias, ficando o maior número de lugares adstrito às comarcas de Lisboa: Lisboa, Lisboa Norte e Lisboa Oeste.

Para as secretarias do Ministério Público estão abertos dez lugares na comarca de Lisboa Oeste – oito em Cascais e dois em Sintra; cinco para Lisboa Norte (Loures); seis para Lisboa; seis em Faro – quatro em Portimão e dois em Faro; e dois em Coimbra.

Nas secretarias judiciais foram abertos cinco lugares na comarca de Lisboa; cinco na comarca de Lisboa Norte – três em Vila Franca de Xira e dois em Loures; sete na comarca de Lisboa Oeste – quatro em Sintra e três em Cascais; dois em Setúbal; um em Évora; um em Bragança; e um em Santa Cruz das Flores, nos Açores.

Haverá um novo movimento em julho, mais alargado, já tendo em conta a reformulação da estrutura da carreira, e que vai abranger promoções, adiantou ainda o MJ.

Ainda de acordo com a tutela, o Governo vai rever o mapa de pessoal dos funcionários judiciais em todas as comarcas do país, considerando que o atual, que já tem seis anos, “já se revelou estar desajustado às necessidades concretas”.

A Direção-Geral de Administração da Justiça (DGAJ) deverá apresentar uma proposta nesse sentido, na sequência do pedido formulado pela secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, mas o MJ não refere qualquer prazo quer para apresentação de proposta, quer para efetiva revisão do quadro de pessoal das comarcas.

Para definir a condição de comarca deficitária e ponderar o número de funcionários que deve compor o quadro de pessoal de cada uma, o MJ vai ter em conta as pendências e o movimento processual, assim como o número de processos entrados e o número de processos concluídos.

Dando o exemplo das comarcas de Beja e Portalegre, onde todos os funcionários de quadro estão colocados, não havendo aí lugares por preencher, o MJ refere que apesar disso estas são comarcas com carência de funcionários face ao volume de trabalho, um “desajuste que se pretende corrigir”.

Fonte: Lusa

Ensino: Termina prazo de candidatura a concursos de professores

Ensino: Termina prazo de candidatura a concursos de professores

Os professores têm até às 18:00 de 2 de abril para se candidatarem aos concursos de colocação para o próximo ano letivo, com 11 mil vagas disponíveis, número que os diretores escolares dizem ser insuficiente.

As candidaturas, através da plataforma eletrónica da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), podem ser submetidas até às 18:00.

Este ano, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) vai abrir 11.056 vagas, das quais 5.623 serão disponibilizadas para os quadros de zona pedagógica.

Esses lugares serão ocupados por professores contratados que passam a integrar os quadros por cumprirem os requisitos da norma-travão (436), com três contratos sucessivos em horário anual completo, ou através do mecanismo de vinculação dinâmica (5.197), introduzido pelo anterior executivo no novo regime de gestão e recrutamento.

Além destas, o MECI vai abrir ainda 5.433 vagas em quadros de escola, no âmbito do concurso interno, que permite aos professores já vinculados aproximarem-se de casa.

Do total das 11.056 vagas, 4.305 (39%) correspondem a zonas da Grande Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve, onde existe maior falta de professores.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) considerou, no entanto, que as 11 mil vagas serão insuficientes para deixar de haver alunos sem aulas e estimou que o problema só ficará resolvido em 2030.

“No próximo ano letivo haverá novamente muitos alunos sem aulas”, antecipou Filinto Lima, justificando que os lugares disponibilizados não compensam as saídas provocadas pelas reformas dos docentes.

De acordo com o MECI, as necessidades foram identificadas pelas escolas em articulação com a DGAE, tendo em conta critérios como o atual corpo docente nas diferentes disciplinas, a previsão do número total de alunos e as horas letivas necessárias para o próximo ano letivo.

O apuramento considerou também o número de docentes que não podem dar aulas, a escassez de professores e o histórico de dificuldades de recrutamento, com base nas vagas que não foram ocupadas nas necessidades temporárias até à segunda reserva de recrutamento.

No final, havia 4.729 “vagas negativas” que correspondem, por exemplo, a professores que vão passar à aposentação a partir do início do próximo ano letivo ou de docentes sem componente letiva atribuída.

Fonte: Lusa

Vimioso: Crianças formaram um Laço Humano Azul

Vimioso: Crianças formaram um Laço Humano Azul

O mês de abril é dedicado à Prevenção dos Maus Tratos na Infância e com este propósito, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vimioso organizou na tarde de 1 de abril, o Laço Humano Azul, em conjunto com os alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas (AEV).

O Laço Humano Azul foi formado pelas crianças do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).

O “Laço Azul” é o símbolo desta causa, que pretende sensibilizar para o problema dos maus tratos na infância. Com o lema ‘Serei o que me deres… Que seja Amor’, apela-se ao exercício de uma parentalidade positiva, sem recurso à violência verbal, física ou psicológica.

A presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), de Vimioso, Ana Sofia Rito, indicou que ao longo do mês de abril, vão realizar várias atividades para consciencializar a população para esta temática.

«A CPCJ de Vimioso vai organizar atividades com o propósito de sensibilizar a população do concelho para a Prevenção dos Maus Tratos na Infância. Entre estas atividades, destaco a entrega do flyer “Serei o que me deres… que seja amor”, a coreografia do Laço Humano Azul, a Caminhada Azul e várias ações de sensibilização nas paróquias e nas freguesias do concelho de Vimioso”, indicou.

A primeira destas atividades de sensibilização foi o Laço Humano Azul, que se realizou na tarde de 1 de abril, no parque municipal de Vimioso e que contou com a participação dos alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).

“A campanha do Laço Azul (Blue Ribon) iniciou-se em 1989, na Virgínia (EUA), quando uma avó, Bonnie Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu automóvel, de modo a chamar a atenção das pessoas para os maus tratos sofridos pela crianças. A cor azul simboliza as nódoas negras provocadas pela violência física nos corpos das crianças”, explicou.

A psicóloga, Ana Sofia Rito, acrescentou que a história de Bonnie Finney mostra que a preocupação de um único cidadão pode despertar as consciências do público em geral, para a denúncia de maus tratos, a prevenção e a promoção dos direitos das crianças.

Questionada sobre que ambiente educativo é necessário criar para que as crianças e os jovens cresçam em liberdade e responsabilidade, Ana Sofia Rito, indicou a “comunicação, o diálogo e a empatia”.

HA

Vale de Algoso: Simulacro ensinou a população a agir em caso de incêndio rural

Vale de Algoso: Simulacro ensinou a população a agir em caso de incêndio rural

No dia 31 de março, a aldeia de Vale de Algoso, no concelho de Vimioso, foi o local escolhido para um simulacro de incêndio, uma medida do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, que tem como finalidade ensinar a população a agir em caso de incêndio rural.

O exercício em Vale de Algoso foi coordenado pela Proteção Civil, Bombeiros, GNR e a União de Freguesias.

No concelho de Vimioso, as localidades de Vale de Algoso e Vale de Pena, dada a sua orografia, estão situadas em vales, geram maior preocupação em caso de incêndios rurais. Sendo aldeias que correm um risco acrescido de perigo, torna-se importante que os habitantes saibam o que fazer e para onde se deslocar, de forma a ficarem em segurança, disse Francisco Bruçó, coordenador municipal da Proteção Civil.

«O exercício, em Vale de Algoso, decorreu no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, implementado em Portugal, após o grave incêndio de 2017, em Pedrogrão Grande, que provocou a morte a dezenas de pessoas, fez centenas de feridos e destruiu meio milhar de casas, empresas e muitos hectares de floresta”, indicou.

Sobre o simulacro de incêndio, em Vale de Algoso, o coordenador da Proteção Civil, Francisco Bruçó indicou que a operação contou com a participação dos Bombeiros de Vimioso, da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uvas.

“A aldeia de Vale de Algoso está situada num vale, rodeado de vegetação, o que agrava o risco de incêndio. Nesta localidade, o exercício consistiu em evacuar as pessoas para um local seguro dentro da aldeia. O refúgio deve ser uma área ampla, pavimentada e sem vegetação próxima”, explicou.

Neste exercício, os bombeiros, a GNR e a Proteção Civil tiveram ainda a missão de evacuar as pessoas idosas e os doentes que não têm capacidade de locomoção.

Para a presidente de União de Frequesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, esta ação de sensibilização junto da população de Vale de Algoso foi de grande importância.

“A aldeia de Vale de Algoso pela sua orografia montanhosa é uma zona menos lavrada e cultivada, o que propicia o crescimento de vegetação e por isso aumenta o risco de incêndios rurais. Dado que vale mais prevenir do que remediar, este exercício teve como finalidade preparar a população para agir em caso de incêndio”, disse.

A presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, felicitou a população pela adesão à iniciativa.

A presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, informou que com o início da primavera/verão estão a sensibilizar as populações para a limpeza da vegetação à volta da aldeia e das habitações.

“O prazo para a limpeza de terrenos está a decorrer até 30 de abril. A realização de queimadas extensivas implica a comunicação prévia à linha SOS Ambiente 808 200 520 e à junta de freguesia e à Câmara Municipal”, informou.

Limpeza de terrenos

Os terrenos rurais junto aos edifícios e às localidades devem ser limpos até dia 30 de abril de 2025.

Os proprietários ou arrendatários que sejam responsáveis por terrenos agrícolas próximos a habitações ou edifícios atividades económicas são obrigados à limpeza numa faixa de largura não inferior a 50 metros.

Na área circundante às localidades, a faixa de limpeza deve ter uma largura de 100 metros.

O programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” está a ser implementado em todo o país, pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias e tem como objetivos incentivar à participação das populações na proteção dos aglomerados populacionais e na salvaguarda de pessoas e bens.

HA

Ambiente: Ministra pede menos lixo e mais reciclagem

Ambiente: Ministra pede menos lixo e mais reciclagem

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, apelou aos portugueses para produzirem menos lixo e reciclarem mais, assinalando que decorre um concurso internacional para desenvolver uma campanha em Portugal para “Reduzir, Reutilizar e Reciclar”.

“Portugal tem de fazer um esforço em relação ao lixo que produz e ao que faz com ele (…). Temos de produzir menos lixo, o que implica consumirmos e desperdiçarmos menos. Temos de reutilizar muitas coisas, ou parte destas, que habitualmente deitamos fora sem pensar duas vezes”, declarou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

No discurso que fez hoje durante a apresentação da programação do Bioblitz 2025, no Parque de Serralves (Porto), a ministra do Ambiente e Energia defendeu a necessidade de “aproveitar as matérias-primas” que estão presentes em muitas coisas a que se chama de lixo, para produzir “coisas novas” e que “ajudarão também a gastar menos recursos do nosso planeta”.

Maria da Graça Carvalho defendeu a máxima dos “três ´R´: Reduzir, Reutilizar e Reciclar” para uma economia circular, assumindo que o caminho para proteger a natureza está resumido nessas três palavras.

“Temos agora em concurso internacional uma campanha para ser feita em todo o país, principalmente junto aos jovens, nas escolas, nos meios de comunicação local e nacional para Reduzir, Reutilizar e Reciclar”.

Recordou que Portugal “é um dos países a União Europeia com maior área florestal”, com “36% do território em Portugal é floresta” e assinalou que Portugal está também a investir nas áreas marinhas protegidas e nos rios.

“No último ano, Portugal recuperou, ou começou a recuperar, mais de 500 quilómetros de rios, para os devolver à natureza e às pessoas”, disse relembrando, por exemplo, o trabalho feito no “corredor verde do Rio Leça” e a assinatura do protocolo de renaturalização do Rio Neiva, em Vila Verde, à qual vai presidir hoje à tarde.

A iniciativa Bioblitz de Serralves, que arrancou hoje no Parque de Serralves para as escolas e que se estende até ao próximo fim de semana para o púbico em geral, prevê vários espetáculos para toda a família, bem como um “Green Market” (mercado verde), visitas guiadas, oficinas pedagógicas, saídas de campo e cinema dedicado à temática ambiental.

Segundo disse Isabel Pires de Lima, presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves, o Bioblitz, que integra a agenda da sustentabilidade, registou 50 mil visitas em 2024 e para esta 11.ª edição de 2025 aguarda-se um número de visitantes semelhante.

Fonte: Lusa

Olivicultura: UTAD vai avaliar rega com água residual tratada

Olivicultura: UTAD vai avaliar rega com água residual tratada

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, está a realizar um ensaio experimental para avaliar a rega em olival com água residual urbana tratada, no âmbito do projeto europeu I-ReWater.

A academia transmontana explica, em comunicado, que o projeto possui 16 parceiros de Portugal, Espanha, França e Andorra que vão estar reunidos de 2 a 4 de abril, em Vila Real.

O projeto estende-se até 2026 e tem um orçamento de mais de 2,2 milhões de euros, cofinanciado em 75% pelo Fundo FEDER.

O I-ReWater visa melhorar a gestão dos recursos hídricos na agricultura, integrando a utilização de água residual urbana tratada na rega agrícola e, entre outros, resultará na apresentação da “Estratégia para a utilização de água recuperada na rega no espaço SUDOE [sudoeste europeu]” e na criação de uma plataforma na internet de acesso livre.

Pretende-se promover a gestão sustentável dos recursos hídricos e uma adaptação às alterações climáticas.

O projeto é tecnicamente apoiado por 15 ensaios-piloto localizados em diferentes partes de Espanha, Portugal e França. Concretamente, há 13 ensaios em culturas lenhosas (lúpulo, amendoal, olival e vinha) e dois em culturas hortícolas (tomate para indústria e melancia) em que os resultados serão analisados a todos os níveis: agronómico, social e ambiental.

A UTAD é, segundo explicou no comunicado, responsável pelo ensaio em olival em Portugal, um trabalho que vai ser desenvolvido pelo Departamento de Agronomia da Escola de Ciências Agrárias de Veterinárias, da responsabilidade da professora Anabela Silva.

Neste encontro, dar-se-á precisamente a conhecer o ensaio-piloto que os investigadores da academia transmontana vão implementar numa parcela em Mirandela (Bragança), em conjunto com o agricultor Sucessus Vini.

A empresa Águas do Norte, parceira tecnológico da UTAD, explicará as adaptações efetuadas na Estação de Tratamento de Águas Residuais de Mirandela (ETAR) de Mirandela para produzir água para reutilização de classe C, de acordo com o Decreto-Lei 119/19.

A UTAD explicou que o objetivo do ensaio, que decorre em maio, junho e outubro, é avaliar a utilização de um “novo recurso hídrico” na rega do olival.

Segundo concretizou, os dois tipos de água a utilizar para comparar o comportamento fisiológico da planta serão águas residuais urbanas (classe C), provenientes da ETAR adaptada pela Águas do Norte, e água normal proveniente de uma charca localizada na própria exploração.

Ambos os tipos de água serão aplicados por sistema de rega gota a gota.

O programa do encontro que acontece na UTAD inclui ainda uma sessão de formação sobre a instalação de sensores de tronco e de solo para o controlo da rega com água residual urbana tratada.

A formação será conduzida por técnicos da empresa LabFerrer, fabricante sediado em Lleida (Catalunha), e terá o apoio do Centro de Investigação e Tecnologia Agroambientais e Biológicas (CITAB).

Será também realizada uma prova de cervejas produzidas a partir de lúpulo regado com água urbana reutilizada nos pilotos da Galiza e de Castela e Leão (Espanha).

O evento termina com uma reunião do comité diretor e técnico do projeto I-ReWater.

Fonte: Lusa

Adolescência: Instituto de Apoio à Criança trabalha situações de bullying

Adolescência: Instituto de Apoio à Criança trabalha situações de bullying

O presidente do Instituto de Apoio à Criança (IAC) afirmou que “as situações disruptivas que acontecem na adolescência não são de hoje”, comentando o impacto da minissérie televisiva ‘Adolescência’ e destacou que o organismo “trabalha as situações de bullying diariamente”.

“Cada adolescência é uma adolescência. É importante dizer que os problemas que aparecem na adolescência surgem da infância e têm uma repercussão na adolescência. A questão da adolescência também tem um aspeto biológico que é importante perceber”, referiu Manuel Coutinho, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A minissérie ‘Adolescência’, lançada pela plataforma Netflix no dia 13 de março, conta em quatro episódios a história de um adolescente inglês, de 13 anos, acusado do homicídio de uma colega de escola, convida à reflexão sobre temas como o bullying, as redes sociais, os telemóveis e o uso dos computadores, a saúde mental.

“A questão das situações disruptivas que acontecem na adolescência não são de hoje; outra coisa é que não há uma adolescência, há adolescências, por isso, nenhum adolescente é igual a outro. Atenção a esta ideia mimética de pensamos que aquilo que aconteceu o acontece a todos”, assinalou o psicólogo.

O presidente do IAC precisa que o organismo tem equipas de mediação escolar, gabinetes de apoio ao aluno e à família, de norte a sul de Portugal, “para resolver estas situações”, não as resolvem todas, mas o “grande objetivo é prevenir que situações de risco aconteçam”; quando há denuncias ou situações de bullying vão “resolver com a comunidade, com a escola, com a família e com os bullies”.

“As pessoas preocupam-se muito, e bem, com os crimes, com as situações graves que acontecem, mas nós não podemos ficar só aí, temos de olhar para as causas. Sem causas não há crimes e, se calhar, em vez de estarmos a falar sempre, ou tantas vezes, na questão do bullying, devíamos perceber porque é que há bullies, porque é que há crianças e jovens que fazem mal aos outros”, desenvolveu Manuel Coutinho, assinalando que as crianças e jovens que fazem mal aos outros “não foram bem-amadas, têm uma vinculação com alguma dificuldade”.

“Claro que não são todas. Há muitas que não foram bem-amadas que conseguem passar e dar o melhor de si, mas nós temos de ver o que é que está na origem dos maus-tratos e não só olhar para os maus-tratos”, acrescentou.

O psicólogo destaca que “é possível cuidar, é possível formatar e é preciso marcar limites”, os limites na educação, porque, “muitas vezes, não preparam o rio para que ele não transborde”, e a estes adolescentes, quando eram crianças “tudo é permitido, exceto o que é proibido” e têm de perceber claramente que “há coisas que não podem ultrapassar”.

Manuel Coutinho, que se afirma “a favor do uso do telemóvel”, indica que “o problema é a forma como se utiliza e usa o telemóvel”, e lamenta quando “crianças que quase não conseguem segurar a cabeça, em vez de terem uma chucha, têm um telemóvel à frente”, dado pelos próprios cuidadores.

Se eles são criados logo com os telemóveis, a dependência vai surgindo e vai-se instalando. Depois, com os perigos dos telemóveis há a questão do jogar que é diferente do brincar. O brincar é algo extremamente importante e as crianças devem brincar, os jovens devem brincar, e os adultos devem brincar, faz parte da construção psíquica e é importante. O jogar online pode tornar-se frequentemente um vício, uma adição”.

A entrevista emitida no dia 1 de abril, no Programa ECCLESIA (RTP2) abordou ainda os casos de abusos de poder e abusos sexuais no contexto da Igreja Católica em Portugal, a respeito do final prazo definido para apresentação de pedidos de compensação financeira por parte de pessoas que declarem ter sido vítimas, quando crianças ou adultos vulneráveis.

Fonte: Ecclesia

Programa Ecclesia