Ambiente: Ministro diz que verão de 2023 vai ser “ainda mais exigente”

O ministro da Administração Interna disse que 2023 será “ainda mais exigente” do que 2022 no combate aos incêndios florestais, sublinhando que dados europeus indicam que o “alto risco de incêndio” vai continuar a acentuar-se.

Antes de uma reunião com autarcas da região norte para debater a prevenção dos incêndios rurais e apresentar os fundos europeus disponíveis em matéria de Proteção Civil, José Luís Carneiro informou que o objetivo é preparar o Verão.

“Como se sabe e como é hoje público, cada vez mais, as condições meteorológicas, por força das alterações climáticas, far-se-ão sentir de uma forma muito intensa. E é muito importante que todos os atores, desde as autarquias de freguesia, municípios, comunidades intermunicipais, comissões de coordenação e desenvolvimento regional, possam trabalhar com as autoridades da administração central, preparando-nos para aquilo que será um verão, estamos convencidos disso à luz dos indicadores que temos, ainda mais exigente que o verão de 2022”, declarou o ministro.

José Luís Carneiro disse que esta é a “tendência que se tem vindo a confirmar em toda a União Europeia”, com base em dados fornecidos pela própria União Europeia.

“Quando há a conjugação de três fatores: temperaturas acima de 30 graus, humidade abaixo de 30% e ventos acima de 60 quilómetros horários, estamos em alto risco de incêndio. Este ano de 2022 tivemos temperaturas de 47 graus, humidades abaixo de 10% e ventos acima de 60 quilómetros horários. Ora, no quadro europeu, a expectativa é que este nível de risco continue a acentuar-se”, salientou o ministro da Administração Interna.

José Luís Carneiro apelou para um “esforço coletivo”, por parte da população, das autarquias locais e das entidades responsáveis pelo socorro e pelo combate aos incêndios, dando conta de que o Governo português tem estado a trabalhar na “frente europeia” e na “frente nacional”, envolvendo vários ministérios e organismos.

O governante destacou ainda a importância deste tipo de encontros com autarcas, o primeiro de um conjunto de cinco que vão decorrer nos próximos tempos pelo país.

“Estas iniciativas são da maior importância. Sensibilizar, informar, esclarecer os cidadãos para aquilo que são os seus deveres, que devem ser cumpridos, atempadamente, de limpeza, nomeadamente das faixas de segurança, os tais 50 metros em torno do seu património, das suas habitações. Mas há também depois deveres das autarquias e que devem estar previstos em sede de planeamento dessas mesmas limpezas. E depois, encontrar formas também, de poder termos recursos para apoiar as autarquias nesses esforços de limpezas”, sublinhou José Luís Carneiro.

O ministro da Administração Interna lembrou que todos têm os seus deveres no que à prevenção de incêndios florestais diz respeito.

“Que todos os cidadãos se consciencializem de que há deveres que competem, por um lado, aos proprietários, há deveres que competem às autarquias de freguesia, aos municípios, nomeadamente, terem os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios aprovados e atualizados, terem os planos de proteção civil aprovados e atualizados, para, todos em cooperação, podermos estar mais preparados para a época dos incêndios, que é uma época, em que, por vezes, sentimos muita incapacidade para fazer face a desafios tão complexos como são os desafios dos incêndios florestais”, apelou José Luís Carneiro.

Este primeiro encontro em Guimarães juntou representantes de 66 autarquias da região norte, 37 dos quais presidentes e 29 vereadores.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Ser do interior exige mais trabalho e colaboração entre todos” – Ana Abrunhosa

Na sexta-feira, dia 20 de janeiro, aquando da abertura oficial do XXIV Festival dos Sabo(e)res Mirandeses, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, elogiaram o trabalho dos produtores e artesãos locais, como um exemplo de dinamismo económico.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, participou na abertura do XXIV Festival dos Sabo(e)res Mirandeses.

No seu discurso, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, começou por elogiar os produtores e artesãos presentes no certame, os quais descreveu como “gente trabalhadora e resiliente”.

A autarca aproveitou a presença da ministra da Coesão Territorial, para alertar o governo para as assimetrias que continuam a ser causa de desigualdade entre o interior e o litoral. Entre as várias reivindicações, Helena Barril, apelou à governante apoio para desbloquear a construção do novo Lar de Idosos de Santa Catarina, em Miranda do Douro.

A presidente do município referiu-se ainda ao Plano Ferroviário Nacional, que a passar pela região, poderá ser uma obra estruturante para o desenvolvimento regional e local.

“Se realmente querem futuro para as regiões do interior há que definir um plano de salvação, tal como foi feito para as regiões dos Açores e da Madeira”, disse.

Helena Barril alertou também a ministra para a atual luta do povo de Miranda pela justiça fiscal, na cobrança dos impostos decorrentes da venda da concessão das barragens no rio Douro.

Sobre a língua local, a autarca de Miranda do Douro solicitou apoio ao governo para criar o Instituto da Língua Mirandesa.

Por sua vez, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, agradeceu o convite para estar presente no XXIV Festival de Sabores Mirandeses, “um evento que promove a identidade do território”, sublinhou.

Tal como Helena Barril já havia feito antes, a ministra destacou o exemplo dos produtores e artesãos locais, que com o seu trabalho contribuem para o dinamismo económico da região.

“Ser do interior exige mais trabalho e mais colaboração entre todos: cidadãos, associações, empresas e instituições”, disse.

A governante deu como exemplo o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), que para além de motivar a população para o exercício ativo da cidadania, elaborou também um plano estratégico para o desenvolvimento do território.

“Estamos a iniciar um novo quadro comunitário e em Miranda do Douro sei da urgência em melhorar as infraestruturas e as comunicações móveis e digitais”, indicou.

A governante incentivou ainda os mirandeses a aproveitarem os fundos comunitários para elaborar projetos de cooperação transfronteiriça.

Após os discursos inaugurais, seguiu-se uma visita ao XXIV Festival dos Sabores Mirandeses, onde participaram 60 expositores, com produtos e artigos caraterísticos de Miranda do Douro, como são o fumeiro, a doçaria tradicional, os artigos em burel, a cutelaria, os artigos em madeira, entre outros produtos.

HA

Futsal: Mirandeses venceram na primeira mão da taça

No jogo da primeira mão dos quartos de final da Taça Distrital de Futsal, realizado no serão do dia 20 de janeiro, o Clube Desportivo de Miranda do Douro venceu o Águia Futebol Clube de Vimioso por 6-4 e leva vantagem na eliminatória.

Aos 10 segundos de jogo, o mirandês Nickas, fez o 1-0.

O desafio realizado na sexta-feira, dia 20 de janeiro, às 21h30, começou da melhor maneira para os mirandeses já que aos 10 segundos, Vitor Hugo rematou forte para defesa para a frente do guarda-redes vimiosense e na recarga Nickas fez o 1-0.

O golo madrugador transmitiu muita confiança à equipa da casa, que jogava com rapidez e precisão, o que agradou aos adeptos que voltaram a encher as bancadas do multiusos de Miranda do Douro.

Aos 6 minutos, o mirandês, Ricky, intercetou a bola, isolou-se, mas não conseguiu ultrapassar o guardião vimiosense.

O Vimioso respondeu através de Pedro Diz com um remate ao poste da baliza mirandesa.

Na jogada seguinte, os mirandeses ampliaram a vantagem para 2-0, o que deu ainda maior à-vontade à equipa Miranda do Douro.

No entanto, os “bileiros” responderam aos 11 minutos, através de um passe de Miguel Diz para dentro da área mirandesa, onde estava o companheiro Ricardo, que num toque de calcanhar surpreendeu a defesa e reduziu para 2-1.

O vimiosense, Ricardo, num toque de calcanhar, reduziu para 2-1.

Aos 12 minutos, o guarda-redes do Vimioso, Chico, foi expulso com o cartão vermelho, por derrube de Nickas. A jogar em superioridade numérica de 5 para 4, Ricky, num remate cruzado fez o 3-1.

No minuto seguinte, os mirandeses voltaram a marcar, desta vez por intermédio de Vitor Hugo, ao aproveitar uma desconcentração defensiva vimiosense.

A equipa de Vimioso voltou a reagir aos 19 minutos, por iniciativa de Pedro Diz, num remate cruzado que fez o 4-2.

Antes do intervalo, Nickas, desperdiçou uma oportunidade de golo a passe de Finha.

Na segunda parte, aos 26 minutos, Vitor Hugo rematou ao poste da baliza do Vimioso.

Aos 30′, o guardião mirandês, Guilherme, opôs-se bem a um novo remate de Pedro Diz.

E aos 31′, a equipa de Vimioso viu-se novamente reduzida a 4 jogadores, por expulsão de Miguel Diz, que defendeu a bola com a mão, fora da área.

Os mirandeses voltaram a aproveitar bem a superioridade numérica e Ricky ampliou a vantagem para 5-2.

No entanto, o mesmo Ricky, viria a ser expulso, aos 32 minutos, por acumulação de amarelos.

O Vimioso procurou aproveitar a superioridade numérica mas os mirandeses defenderam bem a sua baliza no decorrer dos 2 minutos regulamentares.

À medida que o jogo se aproximava do fim, do lado do Vimioso, o inconformado Diogo, numa jogada individual, reduziu para 5-3, aos 37 minutos.

Este golo animou os companheiros e no ataque seguinte, Pedro Diz, fez o 5-4, a aproveitar uma falta de agressividade dos mirandeses.

O resultado final de 6-4 foi confirmado por Nickas, no decorrer do último minuto de jogo, através de um potente remate, efetuado de baixo para cima, que surpreendeu a defesa adversária.

Este primeiro jogo dos quartos de final da Taça Dstrital foi um jogo de de futsal emotivo e com golos. A vitória dos mirandeses premiou a rapidez e precisão demonstradas em vários momentos do jogo. Contudo, a equipa de Vimioso, demonstrou, uma vez mais, que é constituída por jogadores experientes, fortes fisicamente e que não obstante as contrariedades lutam sempre pela vitória.

O segundo jogo dos quartos de final da Taça Distrital de Futsal vai jogar-se no dia 17 de fevereiro.

HA

Equipas

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Guilherme, Ricky, Vitor Hugo, Miguel Castro, Pina, Cristal, Couto, André, Finha, Vitó e Diogo.

Treinador: Paulo Gonçalves

“O jogo acabou por correr bem, dado que conseguimos marcar logo no início e depois adquirimos alguma vantagem. Na parte final do desafio sofremos dois golos que vieram equilibrar a eliminatória. Metade do trabalho está feito, falta agora a 2º mão da eliminatória em Vimioso” – Vitor Hugo

Águia Futebol Clube Vimioso: Chico, Luís, Rafael, Diogo, Pedro Diz, Rafael, Ricardo, Miguel Diz e Choupina.

Treinador: Bruno Sobrinho

“Dada a proximidade geográfica, os jogos entre o Vimioso e o Miranda são sempre muito intensos e disputados. E por vezes esta intensidade leva a excessos na entrega, como foi o lance que deu à origem da expulsão do nosso guarda-redes. Mesmo assim, os meus jogadores foram inexcedíveis e demonstraram uma grande atitude, marcando 4 golos. Estou convicto de que com esta atitude após a 2ª mão em Vimioso, vamos estar no playoff da Taça Distrital.” – Bruno Sobrinho

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Carlos Ventura

2º Árbitro: Miguel Ribeiro

Cronometrista: Eduardo Nunes

1.ª mão dos quartos da Taça Distrital de Futsal – resultados

GD Torre Dona Chama 4-2Vila Flor
  Sp. Moncorvo 7-4GD Sendim
  CD Miranda Do Douro 6-4 Águia FC Vimioso
  ACRD Ala 1-2EF Arnaldo Pereira
 
O jogo da segunda mão está agendado para o dia 17 de fevereiro.

Meteorologia: Frio deve manter-se até quinta-feira

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estendeu o aviso amarelo para oito distritos do continente até quinta-feira, devido à previsão de tempo frio.

Os distritos de Bragança, Viseu, Évora, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco e Portalegre vão estar sob aviso amarelo até às 06:00 de quinta-feira, devido à persistência de valores baixos da temperatura mínima.

Até às 07:00 de quarta-feira mantêm-se sob aviso amarelo por causa do frio os distritos do Porto, Faro, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga.

O aviso amarelo, o terceiro menos grave, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

De acordo com o IPMA, o tempo frio, que deverá manter-se até ao final da semana, é causado por um anticiclone localizado no norte da Europa, estendendo-se em crista até ao Atlântico”, transportando “uma massa de ar frio continental para a Península Ibérica”.

A temperatura máxima também irá descer, prevendo-se na generalidade do território valores entre 10 e 15 graus e, no interior Norte e Centro, valores entre 5 e 10 graus.

Devido à situação meteorológica, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para os potenciais riscos, nomeadamente “intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação em habitações onde se utilizem aquecimentos como lareiras e braseiras”, assim como para incêndios devido à “má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos”.

Pede igualmente especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo, para o piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo e aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo.

A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, nomeadamente evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura a manter o corpo, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente, e proteção das extremidades do corpo e calçado quente e antiderrapante, bem como a ingestão de sopas e bebidas quentes.

A ANEPC chama também a atenção para os aquecimentos com combustão (braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte, para a necessidade de assegurar uma adequada ventilação das habitações, evitar o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar e a não sobrecarregar tomadas e/ou extensões elétricas.

Fonte: Lusa

Saúde: Cerca de metade dos adultos portugueses têm dois ou mais problemas de saúde

Cerca de metade da população adulta portuguesa tem dois ou mais problemas de saúde, consequência de excessiva exposição a ecrãs, má qualidade do sono e ‘stress’, concluiu um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, agora divulgado.

Publicado na revista científica BMC Public Health, o estudo da FMUP revelou que o risco de multimorbilidade (ter dois ou mais problemas de saúde) numa pessoa aumenta 4% por ano.

Entre os problemas de saúde mais frequentes estão casos de dores osteoarticulares, hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, asma e cancro, sublinha o estudo.

Os autores do estudo – Rosália Páscoa, Andreia Teixeira, Hugo Monteiro, Filipe Prazeres e Carlos Martins – consideraram a multimorbilidade “excessiva” em Portugal e apontaram a necessidade de otimizar a prevenção das doenças não transmissíveis para melhorar a saúde da população.

Para obter estes dados, os investigadores avaliaram 891 pessoas com mais de 20 anos e constataram que praticamente metade delas tinha dois ou mais problemas de saúde associados.

Os resultados revelaram que 21,1% dos inquiridos manifestavam dois problemas de saúde, 12,1% três, 7,7% quatro e 8% cinco ou mais.

“Este é um reconhecido problema fundamental de saúde pública, já que estamos a falar de situações com necessidades de saúde acrescidas, o que acaba por se traduzir num aumento do volume de trabalho ao nível dos serviços de saúde”, disse Rosália Páscoa, docente da FMUP e investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS).

Neste trabalho, no qual os investigadores analisaram a prevalência da multimorbilidade em Portugal e a sua associação com os estilos de vida e os fatores sociodemográficos, concluiu-se que o tempo excessivo de exposição a ecrãs e a má qualidade de sono estão associados a um risco aumentado de sofrer de duas ou mais doenças, assim como níveis elevados de ‘stress’.

Já em relação aos hábitos tabágicos, os participantes que pararam de fumar há mais de um ano apresentaram um aumento de 91% de risco de multimorbilidade em comparação aos que nunca fumaram.

Segundo os autores, uma interpretação possível “pode estar relacionada com o facto de que a maioria dos fumadores tenha deixado o tabaco só depois de ter sido diagnosticada com algum problema de saúde”.

Por isso, os investigadores sublinharam que o caminho em direção a uma vida saudável passará por bons hábitos como não fumar, uma boa qualidade de sono, exposição moderada a ecrãs e uma gestão adequada dos níveis de ‘stress’, fatores com maior impacto na multimorbilidade.

Fonte: Lusa

Sociedade: Portugal vai ter novo cartão do cidadão em 2023

Portugal vai ter um novo cartão do cidadão com um novo desenho e mais segurança, anunciou o secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Mário Campolargo disse que a substituição será gradual, feita à medida que os cartões atuais forem caducando.

No meio deste ano de 2023, disse, Portugal vai lançar “um novo cartão de cidadão, com um ‘design’ muito apelativo e que estará, em termos de segurança e de qualidade, no pelotão da frente”, incluindo em matéria de segurança, “para o próprio cidadão e para a preservação de dados”.

Uma das inovações será a tecnologia ‘contactless’ (sem contacto), deixando de necessitar de um leitor de cartões.

O secretário de Estado Digitalização e Modernização Administrativa afirmou ainda que não está previsto o regresso ao atendimento a 100 por cento presencial em serviços públicos, continuando a funcionar com 50% de marcação prévia ‘on-line’ e 50% presencialmente.

Em 2023, o governo pretende abrir oito novas Lojas do Cidadão.

Fonte: Lusa

Política: Ministra da Coesão afasta fecho de serviços na passagem de competências para as CCDR

A ministra da Coesão Territorial reiterou que não haverá encerramento nem deslocalização de serviços, no âmbito da transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

“Esses serviços continuam a ser exercidos no local onde as pessoas estão e, portanto, não haverá encerramento de serviços, não haverá deslocalização de serviços. Era impensável que, agora, todos os serviços passassem para outro território que não aquele onde estão a ser exercidos”, afirmou Ana Abrunhosa em Mogadouro, no final de uma reunião com os elementos do Conselho Regional do Norte.

A governante disse estar prevista a “passagem gradual” dos serviços para as CCDR, que o calendário será definido em Conselho de Ministros e que vai sendo feita a avaliação e monitorização dessa passagem.

“Temos de ser cautelosos porque estão em causa serviços muito importantes à população, às instituições, porque muitos destes serviços que passam a estar sob coordenação das CCDR não têm relação direta com o cidadão, são serviços institucionais, mas têm que continuar a funcionar, referiu.

O Governo aprovou, em novembro, em Conselho de Ministros, a resolução que dá início à transferência e partilha de competências de serviços regionais do Estado para as CCDR, em nove áreas, estimando que a reforma esteja concluída até ao final do primeiro trimestre de 2024.

As atribuições a transferir dizem respeito às áreas da economia, da cultura, da educação, da formação profissional, da saúde, da conservação da natureza e das florestas, das infraestruturas, do ordenamento do território e da agricultura.

No entanto, têm-se ouvido muitas críticas à reforma anunciada pelo Governo, e muitas organizações apontam mesmo, por exemplo, para a extinção das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) e para o afastamento dos serviços do território.

Ana Abrunhosa explicou as “maiores mudanças” resultantes do novo modelo de governação, destacou uma “maior autonomia” e “responsabilidade” dos presidentes das CCDR” e disse ainda que, no Portugal 2030, o “plano de avisos será aprovado pelo Governo, mas depois os avisos concretamente serão decididos pela CCDR, em conjunto com as comunidade intermunicipais (CIM)”.

“Uma mudança muito significativa é que as verbas a contratualizar com as CIM e com a Área Metropolitana do Porto vão aumentar significativamente e, portanto, isso vai exigir um exercício de articulação sub-regional de escolhas muito importante, porque estas escolhas têm que estar alinhadas com o que são os desígnios do Portugal 2030, que é a descarbonização, a digitalização, o desafio demográfico, aumentar a competitividade da região e resolver também os problemas de coesão”, referiu.

Ana Abrunhosa lembrou que o “Norte é a região que tem o maior programa regional, mas também é a região onde existem ainda graves assimetrias regionais e, portanto, o programa regional tem como objetivo ultrapassar, resolver essas assimetrias”.

Por fim, questionada sobre o possível encerramento do balcão do banco Santander em Sabrosa (Vila Real), previsto para 13 de fevereiro, a ministra disse ter toda a “disponibilidade para falar com a empresa”, mas lembrou que se trata de “uma empresa privada, que tomará as suas decisões”.

“O que teremos que acautelar é que a população continue a ter esses serviços. É nosso objetivo, aliás, que nas juntas de freguesia nós, para além dos Espaços Cidadão, possamos ter outros serviços para a população, para que quando essas situações acontecem, a população não fique sem esses serviços”, referiu.

Ana Abrunhosa participou na reunião do Conselho Regional do Norte, um órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), onde estão representados os 86 autarcas da região e cerca de duas dezenas de organizações sociais, económicas, ambientais e científicas representativas do tecido institucional da região.

Fonte: Lusa

Cultura: Novos equipamentos para cineteatros

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse que estão a ser dados passos, com o equipamento da rede de cinemas e cine-teatros, para vencer barreiras sócio-económicas e geográficas no acesso à oferta cultural.

Adão e Silva falava na assinatura dos contratos de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para renovação tecnológica de cineteatros e centros de arte contemporânea, que preveem um investimento de 23,2 milhões de euros.

Admitindo que “a Cultura foi novidade tardia no PRR, mas uma boa novidade”, o ministro realçou a importância da medida, que corresponde a 10 por cento da dotação e “tem como objetivo político a disseminação do digital, que constitui um ponto de viragem na democratização da Cultura”.

De um total de 155 cineteatros e centros de arte contemporânea a serem beneficiados com renovação tecnológica, incluindo aquisição de equipamento de projeção digital de cinema (DCP) e de vídeo, foram assinados contratos para 42 equipamentos da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, envolvendo 27 municípios e entidades como o Theatro Circo, de Braga, e a Universidade de Coimbra.

“A experiência de ver cinema em sala enfrenta hoje dificuldades e ameaças, mas ver cinema em casa não é a mesma coisa, sendo a Cultura no espaço público instrumental para criar o espírito de pertença à comunidade.

“Será mais fácil com estes equipamentos aceder, em todo o território, ao património fílmico nacional e ver as mesmas escolhas”, observou.

Entre os 42 equipamentos contam-se, além do Teatro Aveirense, o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, a Gnration, em Braga, o Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, o Teatro Viriato, em Viseu, o Convento São Francisco, o Teatro Cerca de São Bernardo e o Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, o Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, o Teatro Municipal Joaquim Benite e o Teatro António Assunção, em Almada, o Teatro Garcia de Resende, em Évora, o Teatro das Figuras e o Teatro Lethes, em Faro, o Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, e o Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada.

O autarca anfitrião da sessão, Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, que antecedeu o ministro da Cultura nas intervenções, havia referido que, na versão inicial do PRR, a Cultura “era inexistente” antevendo que, em próximos programas, “se continue a poupar na Cultura”, não deixando de observar que o investimento hoje comprometido “é um contributo pequeno”.

Deu como exemplo o Teatro Aveirense, onde decorria a cerimónia, uma sala de espetáculos hoje de gestão camarária, e alvo de recente investimento municipal superior a dois milhões de euros, mas que nasceu da iniciativa de um grupo de cidadãos.

“Precisamos de regressar a esse espírito comunitário”, sublinhou depois Adão e Silva, para quem a Cultura “é uma responsabilidade partilhada, desde logo com as autarquias”, que deve ser vista “não apenas na sua função formal e de entretenimento, mas também para consolidar a dimensão cívica e de participação na comunidade”.

O Cine-Teatro São Pedro, em Alcanena, o Theatro Gil Vicente, de Barcelos, o Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, a Oficina Municipal do Teatro de Coimbra, a Sala de Espetáculo da associação Eborae Música, em Évora, o Centro Cultural Raiano, de Idanha-a-Nova, a Casa da Cultura de Ílhavo, o Auditório Municipal de Lagoa, o Cineteatro de Monte Real, Leiria, o Cine-teatro de Ourém, o Cine Teatro São João, em Palmela, o Centro Cultural de Carregal do Sal, o Centro de Artes do Espetáculo e o Museu da Tapeçaria, ambos em Portalegre, são outros equipamentos visados nos contratos assinados.

Do total de 42 salas de espetáculo com financiamento garantido contam-se ainda o Cineteatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira, o Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, o Centro das Artes e do Espetáculo de Sever do Vouga, o Auditório António Silva e o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, o Teatro-Cine Ferreira da Silva, de Torres Vedras, e o Teatro Municipal de Vila Real.

No município de Mafra, que acolherá o Museu Nacional da Música, há quatro equipamentos: Auditório Municipal Beatriz Costa, Auditório Municipal da Malveira, Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva e a Casa da Música Francisco Alves Gato.

O Plano de Recuperação e Resiliência na área da Cultura dispõe de um montante global de 243 milhões de euros, dos quais 150 milhões destinados “à valorização, salvaguarda e dinamização do Património Cultural” e 93 milhões à “Transição Digital das Redes Culturais”.

Nesta última área, além da aquisição de equipamento de projeção digital para 155 cineteatros e centros públicos de arte contemporânea, o PRR prevê igualmente a instalação do Arquivo Nacional do Som, a modernização tecnológica dos laboratórios de conservação e restauro do Estado, incluindo o Arquivo Nacional da Imagem em Movimento, da Cinemateca Portuguesa.

A compra de novos equipamentos informáticos e sistemas de informação, para 239 bibliotecas públicas, a constituição de bibliotecas itinerantes ‘online’, a digitalização de acervos, o apoio à tradução de obras literárias, à edição de ‘audiobooks’ e ‘ebooks’, à modernização e transição digital das livrarias e à criação da Plataforma de Empréstimo de Livros Eletrónicos foram outras medidas anunciadas, na área da “Transição Digital das Redes Culturais” do PRR.

Fonte: Lusa

III DOMINGO DO TEMPO COMUM

Caminhar com Jesus

Is 8, 23b – 9, 3 / Slm 26 (27), 1.4.13-14 / 1 Cor 1, 10-13.17 / Mt 4, 12-23

Isaías fala-nos de um povo que andava perdido e que vê uma grande luz. Diante desta luz, do seu brilho, quebram-se o jugo, o madeiro e o bastão que oprimiam o povo. Haverá melhor forma de profetizar a missão de Jesus, o Filho de Deus?

Este é um dos mais resplandecentes resumos da história da salvação. É por isso que Mateus, no seu Evangelho, faz das palavras de Isaías um preâmbulo à pregação de Jesus, pregação que inaugura o anúncio do Reino e se funda no apelo à conversão.

Muitas vezes desvalorizamos o nosso pecado, justificando-o ou contextualizando-o. Mas cada pecado é uma divisão interna, é algo que vai agravando o fosso entre nós e Deus, e causa sempre dano. Ao insistir no pecado, não só nos afastamos de Deus como afastamos outros de Deus, porque ao serem alvos dos nossos gestos ou palavras pouco caridosas, ou ao presenciarem o nosso fraco testemunho cristão, perdem confiança no caminho de perdão e amor aberto por Cristo.

Há que arrepender-nos dos nossos passos mal andados. E voltar para o Senhor. Há que ser luz e iluminar os outros, arriscando o arrependimento e o perdão. Isto pede uma coragem que é contracultural. E é com esta coragem, espiritualmente fecunda, que derrubamos os muros que exilam a graça e permitimos que o Senhor venha e faça do nosso coração a sua casa.

Nós somos o povo de que fala Isaías. Outrora perdidos, agarrados às nossas pobres expectativas de felicidade, fomos agora encontrados pela luz. Esta luz, a vida de Jesus, a vida em comunhão com o Pai através do Espírito, coloca-nos diante da grande questão: o Reino está perto e ao meu alcance… arrependo-me e arrisco o caminho novo?

Ousemos ser livres do nosso próprio querer e interesse. Confiemos a Deus as consequências deste caminho, que trilhamos na sua companhia. E esperemos que, mais do que para nosso bem, este testemunho sirva para que muitos se aproximem de Cristo e partilhem da nossa alegria.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1953


JMJ: Papa exorta jovens a abrirem coração a outras culturas

O Papa Francisco exortou os jovens que vão participar na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, a “abrir o coração a outras culturas” e a “aprender a olhar para o horizonte, a olhar para mais além”.

Numa mensagem de vídeo divulgada hoje pela organização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023), o pontífice sublinha o facto de haver já 400 mil jovens inscritos para o encontro a realizar em Lisboa, afirmando que se alegra “que tantos jovens venham porque necessitam de participar”.

“Alguns dirão ‘eu vou por turismo’…. Mas o jovem que vem é porque, no fundo, tem sede de participar, de partilhar, de contar a sua experiência e receber a experiência do outro. Tem sede de horizontes”, afirmou o Papa Francisco, apelando a que os jovens “não levantem uma parede” diante das suas vidas, pois sós o horizonte os faz crescer.

Na mensagem, Francisco pede a que os jovens olhem “sempre para o horizonte com os olhos, mas olhem sobretudo com o coração”.

“Abram o coração a outras culturas, a outros rapazes, a outras raparigas, que vêm também a esta Jornada. Preparem-se para isto: para abrirem horizontes, para abrirem o coração”, acrescentou o Papa, agradecendo aos 400 mil jovens que já se inscreveram e manifestando o desejo de que “outros sigam o (…) exemplo”.

“Rezem por mim, que eu rezo por vós. E não se esqueçam: paredes não, horizontes sim”, conclui o Papa na sua mensagem de cerca de dois minutos.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJLisboa2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Ângelus. Este gesto marcou a abertura mundial das inscrições para o encontro mundial de jovens com o Papa.

Fontes: Lusa e Ecclesia