Saúde: 231 novos médicos de família no SNS

Saúde: 231 novos médicos de família no SNS

Dos 389 médicos de família que terminaram recentemente a formação da especialidade, 231 escolheram uma das 585 vagas disponibilizadas no último concurso para a colocação nas unidades locais de saúde (ULS).

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a percentagem de 39% de ocupação de vagas em 2025, “embora baixa”, foi superior às registadas em 2023 (32%) e 2024 (28%).

Na primeira época de 2025, formaram-se em medicina geral e familiar 389 médicos, com o Ministério da Saúde a aprovar um total de vagas superior ao de novos especialistas “para acolher o maior número de médicos disponíveis e que aguardam a sua contratação, como assistentes”, o primeiro nível da carreira, adiantou a ACSS.

Foram abertas 585 vagas, foram apresentadas 412 candidaturas, mas ficaram ocupadas apenas 231. Ou seja, ficaram por preencher cerca de 60% do total de lugares disponibilizados no concurso.

“No caso específico de medicina geral e familiar, a abertura de mais vagas não significa, necessariamente, uma maior percentagem de taxa de ocupação”, alegou a ACSS, apontando o exemplo da primeira época de 2024, quando foram abertas 904 vagas e apenas foram ocupadas 255.

Os dados da ACSS indicam ainda que em duas ULS nenhuma das vagas foi preenchida, caso da do Alto Alentejo, onde ficaram por ocupar os 12 lugares colocados a concurso, e do Estuário do Tejo, que tinha 37 vagas que ficaram desertas.

Em Lisboa, região com maior falta de médicos de família, na ULS Santa Maria das 33 vagas publicitadas, apenas sete ficaram ocupadas, enquanto só 11 dos 40 lugares disponíveis para a ULS de São José ficam preenchidos.

A ULS de Lisboa Ocidental contrariou a reduzida taxa de ocupação de vagas, conseguindo preencher 20 das 23 vagas que tinha disponíveis.

Já no Algarve, das 34 vagas colocadas a concurso, 13 ficaram preenchidas e 21 não ocupadas.

A Ordem dos Médicos defendeu a abertura de todas as vagas disponíveis nas zonas onde faltam médicos de família e alertou para as “falhas gritantes” ocorridas na colocação dos novos especialistas de medicina geral e familiar.

“É inaceitável que existam utentes sem médico de família e, em simultâneo, especialistas em medicina geral e familiar sem colocação. Este é um problema de gestão, não de recursos”, alertou o bastonário Carlos Cortes, citado num comunicado da ordem.

Segundo a Ordem dos Médicos (OM), a situação da medicina geral e familiar “atingiu um ponto crítico”, verificando-se que milhares de utentes continuam sem médico de família atribuído, ao mesmo tempo em que a “resposta pública permanece marcada pela inação e por falhas gritantes na colocação de especialistas disponíveis”.

Já para o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o facto de 60% das vagas ter ficado por preencher é um “reflexo claro de um sistema que falha aos profissionais e aos utentes”, um cenário que considerou que “não é novo” e constitui um “sinal de alarme que não pode continuar a ser ignorado”.

Entre os principais motivos para essa “rejeição”, a estrutura sindical identificou a falta de abertura de todas as vagas necessárias, alegando que a liberdade de escolha, aliada a condições atrativas, é o que fixa médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), “não a imposição administrativa”.

Segundo o SIM, o facto de estas vagas terem ficado desertas deve-se ainda aos atrasos nos concursos e à ausência de transparência e previsibilidade no processo, embora reconhecendo “melhorias substanciais” neste concurso comparando com o anterior.

Os últimos dados disponíveis no portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indicam que o número de utentes sem médico de família tem aumentado ao longo deste ano, passando dos 1.564.203 em janeiro para os 1.633.701 em abril, ou seja, mais cerca de 70 mil pessoas.

Fonte: Lusa

Saúde: Centros de saúde com consultas de medicina dentária

Saúde: Centros de saúde com consultas de medicina dentária

A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), no distrito de Bragança, tem a partir deste mês de junho, consultas de medicina dentária disponíveis em todos os seus centros de saúde.

Para levar a especialidade a todo o distrito de Bragança foi essencial o alargamento da equipa clínica, integrada agora por “mais uma médica dentista que vai assegurar o serviço nos centros de saúde de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães”, explicou a ULSNE num comunicado.

“Esta medida, alinhada com os princípios orientadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, é essencial ao nível da promoção da saúde global dos utentes, com impacto ao nível das funções essenciais, como mastigar, respirar e falar, abrangendo, igualmente, a dimensão psicossocial ao nível da autoconfiança e bem-estar”, descreveu ainda a instituição.

A ULSNE é responsável pela gestão dos 14 centros de saúde existentes no distrito Bragança, bem como de três hospitais, situados em Bragança, em Macedo de Cavaleiros e em Mirandela.


Fonte: Lusa

Malhadas: Regime extensivo reduz número de bovinos mirandeses em concurso

Malhadas: Regime extensivo reduz número de bovinos mirandeses em concurso

Esta terça-feira, dia 24 de junho, o Mercado de Gado, em Malhadas, foi o recinto do Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa, um evento que tem vindo a perder animais, por causa do atual pastoreio em regime extensivo, o que segundo o autarca de Malhadas, Camilo Raposo, exige uma reconfiguração do concurso.

Este ano, participaram no Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa 33 animais, pertencentes a sete criadores das localidades de Malhadas (3), São Pedro da Silva (2), Fonte Ladrão (1) e Palancar (1).

O presidente da Freguesia de Malhadas, Camilo Raposo, justificou esta diminuição do número de animais a concurso, com o envelhecimento de alguns criadores e a progressiva mudança para o pastoreio em regime extensivo.

“Os 33 animais em concurso não representam a totalidade do número de efetivos no concelho de Miranda do Douro. A principal razão para a ausência de outros animais é a criação em grandes áreas, o que os torna menos dóceis ao maneio e por isso é muito difícil e perigoso trazê-los para o recinto do concurso. Daí que seja necessário repensar o modo de funcionamento do concurso e adapta-lo à nova realidade do regime extensivo. Uma solução é criar pequenos recintos para colocar os animais e fazer aí a avaliação do concurso”, explicou.

Ainda assim, o autarca de Malhadas felicitou o município de Miranda do Douro pela organização do concurso e indicou que no concelho há jovens agricultores que têm trabalhado para instalar novas explorações pecuárias.

“Os bovinos de raça mirandesa são importantíssimos para esta região, para além da marca identitária, são um recurso económico valioso que importa valorizar. Por isso mesmo, felicito todos os criadores e em particular os jovens, que decidem dedicar-se à agricultura e pecuária no nosso território”, disse.

Para apoiar os criadores dos bovinos de raça mirandesa, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, indicou que a autarquia apoia a 100% da sanidade animal, a desparasitação, algumas vacinas e atribui 5 mil euros de prémios no concurso concelhio.

“O Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa visa premiar o trabalho dos agricultores/criadores desta raça autóctone do planalto mirandês. No total, a organização deste evento anual ronda os 15 mil euros”, indicou o autarca.

Sobre o atual momento da raça, João Choupina, presidente da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM), indicou que apesar dos problemas inerentes à atividade pecuária, os criadores têm conseguido manter o efetivo de animais no solar da raça, que compreende os concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais.

“Este setor enfrenta problemas como a idade avançada de alguns criadores, o fecho de algumas explorações, o surto de doenças como hemorrágica epizoótica e o aumento dos custos de produção. Ainda assim, a ACBRM e a cooperativa agropecuária Mirandesa têm trabalhado em conjunto para melhorar a criação dos animais e a qualidade da carne mirandesa”, disse.

João Choupina é também criador de bovinos de raça mirandesa, na aldeia de Talhas, no concelho de Macedo de Cavaleiros, onde tem uma exploração de 60 animais. Questionado sobre a importância dos concursos da raça de bovinos mirandeses, o criador macedense respondeu que são momentos de convívio com outros criadores e oportunidades de mostrar os seus melhores animais.

Celso Martins, de São Pedro da Silva, foi um dos criadores participantes no Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa. Em 2020, o jovem criador iniciou-se na pecuária, tendo atualmente 35 animais.

“Para nós criadores desta raça de bovinos é prestigiante participar no Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa. A par disso, é sempre agradável reencontrar amigos criadores de outras localidades”, justificou.

Também de São Pedro da Silva, o agricultor, Hirundino Fernandes, tem uma exploração pecuária extensiva de 70 bovinos de raça mirandesa. O criador mirandês indica que a atividade pecuária implica custos significativos como a mão-de-obra, máquinas e equipamentos, gasóleo, adubos para as sementeiras, forragens e rações.

“Nesta altura do ano, entre o início de maio e o final de junho, é a época de maior trabalho com as ceifas, os enfardamentos e a recolha das forragens”, informou.

Segundo este criador, atualmente a cooperativa agropecuária Mirandesa paga a 7,30 euros/quilo de carne, o que na opinião, de Hirundino Fernandes, é um preço “aceitável”, dado que depende da oferta e da procura no mercado.

“Há fases do ano, como o verão, em que há maior procura de carne pelo que gostaríamos de ter mais produto da marca mirandesa para vender. Mas para isso, há que criar mais animais o que nem sempre é fácil”, disse.

Para aumentar a criação de bovinos de raça mirandesa, os agricultores exigem, concomitantemente, um aumento dos apoios provenientes da Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) que sofreram uma redução para 160€/anuais, por animal.

HA

Música: Vanessa Miranda regressa com “Obrigada”

Música: Vanessa Miranda regressa com “Obrigada”

A cantora Vanessa Miranda, natural de Miranda do Douro, apresentou a 13 de junho, no programa televisivo “Praça da Alegria”, na RTP1, o novo single “Obrigada”, que representa o seu regresso aos palcos.

Na apresentação da nova música “Obrigada”, Vanessa Miranda afirmou que pretende regressar aos palcos, após a interrupção desde 2020, aquando da pandemia e por motivos da maternidade e da mudança de residência para Paris (França).

No seu percurso, a artista mirandesa começou a cantar desde pequenina, quando a mãe, Cristina Martins, lhe ofereceu um karaoke, com microfone e as colunas. A partir daí, a sua ligação à música foi umbilical, aprendeu a música de forma autodidata, participou com entusiasmo nos festivais de música e integrou os grupos musicais da região.

Os momentos altos da sua carreira foram as participações nos programas televisivos Ídolos, em 2012; no The Voice, em 2014; e a vitória na Grande Gala do Fado, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto.

“Na minha carreira, interpretei vários géneros musicais, desde o fado até ao pop. Esta experiência permitiu-me adquirir um conjunto diversificado de influências musicais”, disse a artista mirandesa.

Sobre o novo single “Obrigada”, Vanessa Miranda adiantou que já tem outras músicas preparadas com vídeoclips, para lançar até ao final do ano.

“A estratégia é apresentar as novas músicas nos canais televisivos e realizar ações de promoção. Este ano, vou realizar concertos em França, para as comunidades portuguesa, cabo-verdiana e lusófonas. Como emigrante e dada a minha proximidade às comunidades portuguesas, entendo perfeitamente o sentimento da saudade”, disse.

Questionada sobre os concertos em Portugal e mais concretamente, na sua cidade natal, em Miranda do Douro, Vanessa Miranda, deixou a porta aberta aos possíveis convites.

“É sempre bom regressar a casa e cantar em Miranda do Douro!”, disse.

HA

Música: Galandum Galundaina apresentam “Maragato”

Música: Galandum Galundaina apresentam “Maragato”

Com a chegada do verão, sucedem-se os festivais e concertos de música e os Galandum Galundaina têm uma nova música intitulada “Maragato”, à qual o grupo mirandês acrescentou uma letra e melodia originais.

Paulo Meirinhos, dos Galandum Galundaina explicou que a designação “maragato” remete para um povo originário da região espanhola das Astúrias, antigos negociantes de gado e nómadas, que se deslocavam por toda a comunidade Castela e Leão (Espanha) até Miranda do Douro, em Portugal.

«A música “maragato” já existia e o que nós, os Galandum Galundaina fizemos foi trabalhá-la musicalmente e acrescentar-lhe uma letra nova. É isso que fazemos habitualmente, pegamos em músicas e cantigas antigas da Terra de Miranda e criamos novas melodias para fazer evoluir a música tradicional. Acredito que a tradição não é algo estático, mas algo que também evolui e se adapta a cada época”, explicou o músico.

O grupo Galandum Galundaina foi constitutído em 1996 e ao longo destes quase trinta anos, editaram vários discos, entre os quais “L´Purmeiro”, “Modas e Anzonas”, “Senhor Galandum”, “Quatrada”e o DVD “Galandum ao Vivo”.

Para alcançar este sucesso e notoriedade musical, Paulo Meirinhos referiu que criação musical exige dedicação e trabalho.

“No dia-dia, cada um dos quatro membros dos Galandum Galundaina exerce a sua profissão e temos e vantagem de ser professores de música. Outra mais valia do grupo, é o gosto comum pela música tradicional da Terra de Miranda e o nosso propósito em preservá-la, modernizá-la e divulgá-la”, contou.

Este ano, os Galandum Galundaina participaram recentemente na XIII Ronda das Adegas, em Atenor; no evento Vinhos do Atlântico, em Valença; e no concerto solidário da Casa do Gaiato, em  Paço de Sousa (Penafiel), juntamente com a Banda do Exército destacamento do Porto e o Coro da Sé Catedral de Aveiro. 

A 11 de julho, os Galandum Galundaina atuam no evento Canha, no Montijo;
A 12 de julho, em Nogueiró, Braga;
A 26 de julho, no Festival da Lombada, em Palácios, Bragança;
A 2 de agosto, no Tradidanças, Carvalhais, São Pedro do Sul;
A 6 de agosto, no Redondo.

Casa da Música Mirandesa

No âmbito do trabalho desenvolvido na Casa da Música Mirandesa, Paulo Meirinhos referiu-se ainda ao recente colaboração com o grupo D.A.M.A.

“Os DAMA mostraram interesse em conhecer o repertório das músicas tradicionais da Terra de Miranda e gravaram duas músicas em mirandês, na Casa da Música Mirandesa, para incluir no seu novo albúm, disse.

Na sua visita a Miranda do Douro, o grupo formado por Francisco Maria Pereira (Kasha), Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho, mostraram-se entusiasmados com a cultura mirandesa.

Ao longo do ano, a Casa da Música Mirandesa tem por missão preservar, promover e transmitir o património musical da Terra de Miranda.

“Uma das nossas principais missões é ensinar as crianças, jovens e adultos a música tradicional, quer as melodias, as letras e os instrumentos tradicionais. Queremos que a música e a cultura mirandesas sejam vivas e evoluam”, disse o professor de música, Paulo Meirinhos,

A Casa da Música Mirandesa foi inaugurada a 10 de julho de 2004 e funciona no edifício da antiga escola primária, no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.

HA

Vilar Seco: Corte de estrada para asfaltamento

Vilar Seco: Corte de estrada para asfaltamento

De 23 a 27 de junho, a estrada municipal entre Vilar Seco e o cruzamento na Estrada Nacional 218, de ligação a Caçarelhos ou Genísio e Miranda do Douro, está cortada ao trânsito devido às obras de asfaltamento da via.

Segundo o comunicado do município de Vimioso, até sexta-feira, dia 27 de junho, a interrupção diária ao trânsito vigora entre as 7h30 e as 18h00.

Em alternativa, para aceder a Vilar Seco, os veículos são obrigados a ir por São Pedro da Silva, Duas Igrejas ou Águas Vivas.

“A requalificação e alargamento da estrada nº 569, desde o cruzamento da estrada nacional 218 até à localidade de Vilar Seco, implicou a limpeza e compactação das bermas, seguida da colocação de brita para o asfaltamento. A obra nos três quilómetros de estrada custou cerca de 300 mil euros”, indicou a autarquia de Vimioso.

HA

Malhadas: Concurso e chegas de touros mirandeses a 24 de junho

Malhadas: Concurso e chegas de touros mirandeses a 24 de junho

O Mercado de Gado, em Malhadas, acolhe esta terça-feira, dia 24 de junho, o Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa, um evento anual, organizado pelo município de Miranda do Douro, com os propósitos reunir e premiar os criadores desta raça autóctone do planalto mirandês.

De acordo com o programa, o evento inicia-se às 8h30 da manhã, com a chegada dos criadores e a admissão dos animais. Às 10h00 inicia-se o concurso, que é organizado segundo o género – touros, novilhos e vacas – e a idade. Os critérios de avaliação dos bovinos de raça mirandesa são a fisionomia e a sua capacidade reprodutora.

Após a avaliação dos bovinos, segue-se às 12h00, a atribuição dos prémios aos criadores.

Às 13h30, está programado um almoço convívio, na Casa do Povo de Malhadas.

À tarde, o Concurso Concelhio de Bovinos de Rala Mirandesa tem como motivo de interesse as cinco Chegas de Touros Mirandeses.

Segundo a ACBRM – Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa, no corrente ano de 2025, no concelho de Miranda do Douro há 53 explorações extensivas de bovinos de raça Mirandesa, num total de 1111 animais adultos.

Para a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, o concurso concelhio de bovinos de raça mirandesa tem como propósito reconhecer e apoiar o trabalho dos criadores na preservação desta raça autóctone.

“Os bovinos de raça mirandesa fazem parte da história do planalto mirandês, onde durante séculos estes animais enérgicos foram a força motriz dos trabalhos no campo e o sustento de muitas famílias rurais”, indicou.

Por sua vez, o presidente da freguesia de Malhadas, Camilo Raposo, voltou a destacar a importância da agricultura e da pecuária no concelho de Miranda do Douro.

“A agricultura e a pecuária são duas atividades fundamentais para a fixação de pessoas nas aldeias, para a gestão ambiental e também para o desenvolvimento económico do concelho, decorrente da comercialização dos produtos locais, como é o caso da Carne Mirandesa, um produto de reconhecida qualidade e com denominação de origem protegida (DOP)”, indicou.

Na localidade de Malhadas, para além do Mercado de Gado existe o posto zootécnico, a sede da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM) e o moderno Centro de Valorização e Melhoramento das Raças Autóctones.

O Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa é organizado pelo Município de Miranda do Douro, em colaboração com a Freguesia de Malhadas, a ACBRM – Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa e sob a orientação técnica da DGAV e da CCDR NORTE – Agricultura e Pescas.

HA

Futsal: Vitória mirandesa insuficiente para subir à III Divisão

Futsal: Vitória mirandesa insuficiente para subir à III Divisão

Na penúltima jornada do playoff, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) alcançou a primeira vitória por 6-3, diante do Cerveira Futsal, igualando assim os minhotos com 4 pontos, mas insuficientes para subir ao campeonato da III Divisão.

O jogo realizou-se na manhã de sábado, dia 21 de junho, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, sendo que os golos mirandeses foram apontados por Nickas (1), Leo (1), Finha (1), Ricky (1) e Castro (2).

No outro jogo, em Braga, houve surpresa com a vitória forasteira do Juventude de Pedras Salgadas, que se impôs à equipa do Contato Futsal, por concludentes 0-3. Com esta vitória, o campeão de Vila Real somou oito pontos, confirmando assim a subida, juntamente com o campeão de Braga (12 pontos).

Na sexta e última jornada, agendada para 28 de junho, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) desloca-se a Pedras Salgadas. Enquanto o Cerveira recebe a visita do Contato Futsal.

Época 2025/2026

Já com o foco na época 2025/2026, a Associação de Futebol Bragança reuniu a 13 de junho, com os clubes filiados de futsal.

Na reunião foram discutidos os quadros competitivos do Campeonato Distrital I Divisão Futsal. A opinião dos clubes é unânime, é urgente tornar a prova mais competitiva e na nova temporada deverá avançar o formato de play-off após a fase regular.

A Taça Distrital deverá manter o seu formato, pelo menos a fase decisiva, a Final Four, não terá qualquer alteração.

Aos clubes foi proposto a realização de um Torneio de Abertura que vai incluir os dois emblemas da AF Bragança que competem no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, o GD Macedense e o CA Mogadouro.

Na formação, as taças distritais vão manter-se nos escalões de iniciados, juvenis e juniores, mas o modelo poderá ser revisto. Já para o Campeonato Distrital de Infantis estão também previstas mexidas, que em breve serão anunciadas.

A possibilidade de competir com equipas espanholas, em formato torneios ou encontros, dada a proximidade geográfica e as boas relações institucionais entre a AF Bragança e os responsáveis do futebol espanhol nas regiões próximas do distrito de Bragança, é bem vista pelos responsáveis.

Os clubes de futsal têm até ao próximo dia 25 de agosto para comunicarem à AF Bragança em que escalões vão competir na época 2025/2026.

Fonte: AFB e ZeroZero

Portugal: Águas para banhos são de qualidade “excelente”

Portugal: Águas para banhos são de qualidade “excelente”

Em Portugal, mais de 82% das águas utilizadas para banhos desde praias a rios, tinham em 2024 uma qualidade considerada “excelente” para este efeito, de acordo com um relatório divulgado pela Agência Europeia do Ambiente.

Segundo o relatório sobre a qualidade das águas para banhos, em Portugal, foram recolhidas amostras de 673 locais, 512 da zona costeira.

Destas amostras, 556 (82,6%) são de qualidade “excelente”, 73 (10,8%) são de qualidade “boa” e apenas 9 (1,3%) são de qualidade “fraca”. Vinte amostras (3%) não foram classificadas.

A classificação tem por base dois parâmetros microbiológicos: a presença da bateria Escherichia coli e enterococci intestinal.

Dos 673 locais analisados, 633 estão a ser continuamente monitorizados e foram identificados mais 25. Apenas dois locais sofreram alterações na qualidade da água para banhos.

Nos últimos 30 anos, o ano de 1995 foi o que teve uma classificação pior nas águas costeiras. Ainda assim, a maioria das amostras recolhidas apresentavam valores “excelentes” para banhos.

Os dados recolhidos incluem Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Saúde: Transmissão do vírus da hepatite A está a aumentar

Saúde: Transmissão do vírus da hepatite A está a aumentar

A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou para o aumento da transmissão do vírus da hepatite A, em Portugal, dado que foram notificados 504 casos de infeção entre 1 de janeiro e 31 de maio do corrente ano.

Esta situação “configura um aumento da transmissão do vírus da hepatite A, em Portugal, em linha com a tendência reportada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) sobre surtos ativos em diferentes países europeus”, adiantou a DGS, em comunicado.

Do total de 504 casos confirmados de infeção aguda do fígado, 122 estão associados a transmissão através de contacto sexual, distribuídos por várias regiões do país, mas com maior incidência em Lisboa e Vale do Tejo e na Área Metropolitana do Porto, a maioria homens entre os 18 e 44 anos.

Além dessa situação, a DGS avançou que foi identificado um segundo surto localizado nas regiões do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, com transmissão associada a condições deficitárias de salubridade, que tem afetado particularmente crianças.

Segundo a direção-geral, a hepatite A é frequentemente assintomática ou ligeira em crianças com menos de cinco anos, mas, em adultos, pode manifestar-se de forma súbita, com sintomas como febre, mal-estar e dor abdominal, sendo a icterícia – coloração amarelada da pele e dos olhos – o sinal mais característico.

Não existe uma forma crónica da doença e a infeção confere imunidade vitalícia, salientou também a DGS, garantindo que as autoridades de saúde a nível nacional e subnacional acompanham a situação em permanência, adotando as medidas de saúde pública adequadas para conter a propagação da infeção.

Entre estas medidas, a DGS destacou o rastreio e seguimento de contactos, a vacinação pré-exposição dos grupos de risco e ações de educação para a saúde.

A DGS adiantou que a vacinação pré-exposição contra o vírus constitui a principal forma de prevenção, sendo especialmente recomendada para pessoas que residem ou viajam para áreas endémicas ou com surtos ativos, com práticas sexuais associadas a risco acrescido de infeção e com doenças crónicas ou outras condições que possam agravar o curso clínico da infeção pelo vírus da hepatite A.

A norma da vacinação contra a hepatite A está a ser revista para facilitar o acesso gratuito para os grupos mais vulneráveis da população.

Segundo referiu, a vacinação está também disponível em regime de pós-exposição, dirigida a contactos próximos de casos confirmados, conforme as orientações nacionais em vigor e critérios de elegibilidade, com o objetivo de prevenir o aparecimento de casos secundários.

Em articulação com organizações da sociedade civil e serviços de saúde sexual, a DGS tem vindo a desenvolver campanhas de informação e sensibilização, difundidas através das suas plataformas digitais e aplicações móveis de encontros.

Fonte: Lusa | Imagem: SPMI