Economia: Cuga quer produzir 6.500 toneladas de cogumelos

Economia: Cuga quer produzir 6.500 toneladas de cogumelos

A marca de cogumelos “Cuga”, sediada em Vila Flor, deve chegar ao mercado no primeiro trimestre deste ano e a empresa prevê produzir 6.500 toneladas deste alimento, avançou o diretor executivo, Nuno Pereira.

“A marca foi oficializada no final de 2024 e os cogumelos vão começar a ser comercializados no primeiro trimestre de 2025”, afirmou Nuno Pereira, CEO a empresa com sede em Benvelhai, em Vila Flor.

Para alcançar este objetivo, a Cuga está a fazer um investimento na ordem dos três milhões de euros.

Segundo o responsável, a nova marca, antes Varandas do Sousa, tem a função de trazer inovação e [tem] algum papel de educar o mercado e os consumidores, para que percebam que há muitas categorias e espécies de cogumelos.

“O consumidor português não está tão habituado nem sabe muito bem como é que há de cozinhar os [cogumelos] mais exóticos”, explicou.

Assim, a Cuga quer apostar numa “comunicação acessível e eficaz” para potenciar o consumo dos cogumelos e, para isso, as embalagens vão contar com instruções para melhor poder usufruir do cogumelo escolhido, também com receitas.

“O número de quilos de cogumelos consumidos por ano pelos portugueses é muito abaixo daquilo que poderia ser. Estamos a assumir o nosso papel (…). Em termo de cogumelo fresco por português, por ano, andamos à volta de um quilo. Por exemplo, os espanhóis estão a consumir mais de três quilos e os irlandeses, salvo erro, estão próximos dos sete quilos. Portanto, há aqui um trabalho muito interessante de dinamizar esta categoria (…)”, considerou o CEO da empresa, que espera deste modo também poder aumentar as vendas de cogumelo nacional.

Atualmente, detalhou Nuno Pereira, a tendência tem sido para importar mais cogumelos, sobretudo espanhóis. Os números, segundo disse, andam a rondar as 5.000 a 6.000 toneladas de produto estrangeiro por ano. 

“(…) Aqui, o que nós queremos é ter uma marca forte, que permita aos consumidores perceber que estão a consumir cogumelos de qualidade, provenientes de uma empresa com responsabilidades sociais em Trás-os-Montes e no norte do país”, referiu.

O maior cliente da Cuga é a marca branca da grande distribuição. Nuno Pereira assegurou que essa relação é para manter. “Temos um trabalho que pode promover não só as vendas desses clientes, mas também trazer algo mais. Portanto, para além do produto com o nome das grandes insígnias, existirá também o nosso, com a marca Cuga, que será complementar”, clarificou.

A empresa Cuga, antes Varandas do Sousa, passou por um processo de reestruturação, que começou em 2020. Tem sede no concelho de Vila Flor e mais duas unidades, em Vila Real e Paredes (distrito de Porto). Atualmente, emprega 350 pessoas nas três fábricas.

Os colaboradores têm vindo a receber bónus salariais, sem majorantes, garantiu Nuno Pereira, que deu como exemplo bonificações de 1.000 euros mensais.

“(…) Somos uma empresa com muita mão de obra e trabalhos muito manuais. A estratégia tem de ser centralizada na qualidade da nossa mão de obra e na valorização das pessoas que temos a trabalhar connosco”, afirmou.

A produção anual da Cuga é de 4.500 toneladas, sendo a empresa responsável por 80 a 85% de toda a produção de Portugal.

Fonte: Lusa

Ensino: Maioria dos alunos carenciados não usou contingente especial para entrar no ensino superior – Estudo

Ensino: Maioria dos alunos carenciados não usou contingente especial para entrar no ensino superior – Estudo

A maioria dos alunos carenciados que tentaram aceder ao ensino superior, ignorou a existência do contingente especial que reserva 2% das vagas, segundo um estudo divulgado.

Uma equipa de investigadores avaliou o impacto da política que reserva 2% de vagas no ensino superior público, para os alunos mais carenciados e concluiu que em 2023, apenas 43% dos alunos elegíveis (escalão A do Apoio Social Escolar) concorreu através do novo contingente.

O estudo mostra ainda que quase metade dos colocados (41%) não teria ficado no curso que escolheu se não tivesse ativado este apoio, salienta Pedro Luís Silva, coordenador do estudo divulgado pelo Edulog, da Fundação Belmiro de Azevedo.

Entre os que se candidataram através do contingente especial, 93% conseguiram vaga, uma percentagem que desce para 78% quando se analisa os restantes candidatos elegíveis que não usaram a nova benesse.

O estudo mostra que o programa funciona, mas “lança um aparente quebra-cabeças. Porque é que os alunos não usaram o contingente?”, questionou Pedro Luís Silva.

Os investigadores encontraram três possíveis obstáculos: desconhecimento sobre o novo programa, restrições financeiras das famílias e desajustamento entre a oferta de programas no ensino superior e os interesses dos estudantes.

Os mais pobres têm “grandes dificuldades em deslocar-se porque há um grande aumento nas despesas e as bolsas de estudo são relativamente modestas”, lembrou Alberto Amaral, membro do Conselho Consultivo do Edulog, defendendo um reforço dos apoios sociais.

Existem muito mais estudantes carenciados a permanecer no mesmo distrito quando transitam para o ensino superior quando comparados com os que têm mais rendimentos, sendo que “em alguns distritos, a percentagem é três a seis vezes superior”, lê-se no estudo que mostra que este é um problema que se sente mais entre os alunos de Portalegre, Guarda, Bragança, Viana do Castelo, Leiria e Santarém.

Os elevados custos do alojamento continuam a ser um dos principais motivos que impedem de estudar longe de casa: Os quartos estão cada vez mais caros e em muitos casos os alunos não conseguem que o senhorio passe o recibo exigido para ter apoio estatal, lembrou Alberto Amaral.

A ideia é corroborada por Pedro Luis Silva que lembra que a existência de um contingente “por si só, não faz com que os alunos passem a candidatar a programas seletivos”, defendendo um reforço das ajudas financeiras, nomeadamente para despesas de deslocação e alojamento.

Outra das possíveis razões para muitos alunos não terem usado o contingente pode ser o desconhecimento do programa e, por isso, o Edulog recomenda que haja mais divulgação, com vídeos tutoriais para professores e estudantes e “informações mais claras no site da Direção-Geral do Ensino Superior”.

As famílias e alunos da região da Grande Lisboa foram as que menos recorreram ao contingente prioritário, contrastando com as regiões autónomas, onde houve uma participação notavelmente mais elevada.

Para Alberto Amaral, este facto poderá estar relacionado com a maior familiaridade na utilização de contingentes prioritários, uma vez que as escolas das ilhas estão mais habituadas a usar os diferentes contingentes que existem.

A publicação das notas mínimas de entrada para todos os contingentes é outra das propostas dos investigadores.

“Seria muito importante publicar as notas mínimas de entrada não apenas do regime geral de acesso, mas também deste contingente prioritário e de outros. Se calhar os alunos não se candidatam a determinado curso, porque podem pensar que não conseguem entrar em determinado curso, mas com a nota do contingente do ano anterior isso poderia criar um incentivo”, defendeu o especialista.

O coordenador lembrou ainda que o atual estudo se focou na questão do acesso, mas que será preciso também avaliar o impacto da medida no futuro destes jovens, nomeadamente no ensino superior e no mercado de trabalho.

Fonte: Lusa

São Pedro da Silva: Família Fidalgo mantém viva a tradição da confecção das alheiras

São Pedro da Silva: Família Fidalgo mantém viva a tradição da confecção das alheiras

Na Terra de Miranda ainda há quem mantenha viva a tradição familiar de fazer alheiras, como acontece em São Pedro da Silva, na casa da família Fidalgo, que no dia 21 de janeiro, juntou os pais, Francisco Fidalgo e Leonor Esteves, à filha, Glória Fidalgo, para uma jornada de trabalho familiar.

Na confecção das alheiras, ao pão fatiado junta-se alho e as carnes desfeitas, regando tudo com um caldo quente feito de água, azeite, louro, cebola, sal e colorau.

Em São Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro, a família Fidalgo deixou de criar porcos em casa, optando em alternativa por comprar a carne, a pá e a cabeça do porco. Este ano, a jornada de trabalho, começou cedo no dia 21 de janeiro, com os preparativos. Ao início da manhã, a dona da casa, a senhora Leonor Esteves, acendeu a lareira, onde colocou três grandes potes de ferro, cheios de água, para aí cozer as carnes de porco e as galinhas.

A cozedura ao lume é um processo lento que demorou três a quatro horas. Cozidas as carnes, a senhora Leonor, com a ajuda da filha, Glória, começaram a desfiar e cortar as carnes de porco e as galinhas cozidas em pequenos pedaços. Esta é a tarefa mais meticulosa e morosa no processo de confecção das alheiras.

Outro ingrediente indispensável é o pão, fatiado no dia anterior, pelo senhor Fidalgo e a esposa, que num trabalho de equipa, cortaram quatro fogaças.

Ao pão fatiado, juntaram alho e as carnes devidamente desfeitas, regando tudo com um caldo quente feito de água, azeite, louro, cebola, sal e colorau. Com uma colher de pau mexeu-se a massa para desfazer o pão e envolver as carnes.

Seguiu-se depois o enchimento das tripas, lavadas no dia anterior com água e desinfetadas com aguardente. O enchimento das tripas com a massa feita de pão e carnes desfeitas é uma tarefa que exige destreza manual, sobretudo no atamento das tripas.

O enchimento decorreu ao longo da tarde e concluiu-se com o pendurar das alheiras nas varas, colocadas ao alto, sobre a lareira.

De acordo com a família Fidalgo, o fumeiro ou cura das alheiras é um processo muito rápido e demora apenas 3 a 4 dias.

“Para realizar um boa cura dos enchidos, a cozinha deve ser arejada, isto é, precisa de calor em baixo vindo da lareira e de ar frio em cima, para que as carnes não apanhem pó ou criem bolor”, explicou, Glória Fidalgo.

A alheira é um dos enchidos mais apreciados por miúdos e graúdos. E na Terra de Miranda, uma boa alheira é tradicionalmente servida com grelos e batatas cozidas regadas com azeite.

HA

Cultura: Exposição dedicada a Guerra Junqueiro

Cultura: Exposição dedicada a Guerra Junqueiro

As relações que o escritor Guerra Junqueiro manteve com o mundo da arte, enquanto colecionador e proximidade aos artistas da sua época (1850-1923), são objeto de uma exposição que é inaugurada a 22 de janeiro, no Panteão Nacional, em Lisboa.

A homenagem ao poeta e escritor, que morreu há mais de cem anos e cujos restos mortais se encontram depositados no Panteão Nacional, vai centrar-se em peças, sobretudo de coleção, que testemunham as estreitas relações que Guerra Junqueiro manteve com os artistas do seu tempo, segundo informação divulgada pela Museus e Monumentos de Portugal (MMP).

Numa outra vertente, a exposição com o título “Guerra Junqueiro e o capricho da Arte” mostra também como a obra poética de Guerra Junqueiro, foi fonte de inspiração para a criação de obras plásticas por parte destes artistas.

“O projeto expositivo centra-se nas relações do escritor, político e diplomata com o mundo da arte, seja na sua vertente de colecionador de obras e exímio ‘connaisseur’, como nas relações que este manteve com os artistas do seu tempo”, esepcifica a MMP.

Abílio Manuel de Guerra Junqueiro, imortalizado como Guerra Junqueiro, foi uma importante personalidade literária da viragem do século XIX para o séc. XX, distinguindo-se como poeta e escritor, mas também pela sua participação cívica.

O autor de obras como “Os simples” ou “A morte de D. João” fez parte do movimento académico de Coimbra, conhecido como Geração de 70, ao lado de Antero de Quental, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins, pugnando pela renovação da vida política e cultural portuguesa.

Destacou-se também como político, antimonárquico, tendo sido deputado entre 1878 e 1891.

Na sequência do ultimato britânico (1890), Guerra Junqueiro publicaria os opúsculos “Finis Patriae” e “Pátria”, juntando-se à contestação nacional gerada em torno do governo português e da Casa de Bragança pela falta de firmeza na oposição à perda de domínio português nos territórios coloniais africanos situados entre Angola e Moçambique (o chamado “mapa cor de rosa”).

Guerra Junqueiro nasceu em 15 de setembro de 1850, em Freixo de Espada-à-Cinta, licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra e passou pelo Seminário, antes de escolher uma carreira literária.

Guerra Junqueiro morreu a 7 de julho de 1923 e teve exéquias fúnebres nacionais para o Mosteiro dos Jerónimos, de onde foi trasladado para o Panteão Nacional em 1966.

“Guerra Junqueiro teve um papel extremamente importante no cenário cultural de Portugal e foi classificado como o ‘Victor Hugo português’ devido à sua importância, tendo sido considerado por muitos o maior poeta social português do século XIX”, destaca o panteão, numa página dedicada à biografia do escritor.

Reconhecido pelos seus contemporâneos, Eça de Queirós, por exemplo, considerou-o “o grande poeta da Península”, Sampaio Bruno viu nele o maior poeta da contemporaneidade, e Teixeira de Pascoais descreveu-o como “um poeta genial”.

Fernando Pessoa também manifestou a sua admiração por Guerra Junqueiro, classificando “Pátria” uma obra “superior aos Lusíadas”, enquanto o escritor espanhol Miguel de Unamuno o definiu como “um dos maiores poetas do mundo”.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: Diocese promoveu formação sobre o batismo

Bragança-Miranda: Diocese promoveu formação sobre o batismo

A Diocese de Bragança-Miranda promoveu a dia 21 de janeiro, uma formação para catequistas, subordinada ao tema ‘Redescobrir a graça dos sacramentos: o batismo e o itinerário’.

A formação foi preparada pelo Secretariado Diocesano da Catequese de Bragança-Miranda, realizou-se em formato digital e teve como orador o bispo diocesano, Dom Nuno Almeida.

Fonte: Ecclesia

Ambiente: Ministro diz que reclassificação de solos valoriza poder local

Ambiente: Ministro diz que reclassificação de solos valoriza poder local

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, defendeu, no parlamento, que o diploma que permite a reclassificação de solos rústicos em urbanos pressupõe “uma valorização do poder local” e que as alterações sem obras caducam após cinco anos.

Segundo Manuel Castro Almeida, o diploma que altera o Regime Jurídico de Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), publicado em 30 de dezembro, “pressupõe uma valorização do poder local” e, embora haja “quem tenha pouca confiança no poder local”, assegurou ter “muita confiança no poder local”.

“Acho que o poder local foi de todos os poderes, ao nível do Estado, aquele que desde o 25 de Abril mais fez pela qualidade de vida das pessoas em Portugal”, considerou o governante, acrescentando que o diploma “tem uma grande preocupação de ajustar a solução à situação concreta de cada concelho”.

O ministro, que falava numa audição no âmbito da apreciação parlamentar ao decreto-lei que altera o RJIGT, a pedido do BE, PCP, Livre e PAN, advogou que “a transparência e a simplificação são os maiores adversários da corrupção” e que a alteração da classificação do solo através de um “estudo técnico fundamentado” apresentado à câmara e à assembleia municipal é a melhor maneira de afastar suspeições sobre os autarcas.

Por outro lado, o governante admitiu que, se a lei tivesse “uma utilização espetacular” e fossem “construídas 100 mil casas por ano, ao longo em cinco anos” se teriam 500 mil casas e resolvia-se “os problemas da habitação” no país, consumindo “muito menos do que 1% do solo rústico existente em Portugal”.

“Já ficarei muito feliz de forem construídas 50 mil casas, ou 100 mil casas, ao abrigo deste decreto-lei, estamos a falar 0,1% do solo rustico existente”, argumentou Castro Almeida, considerando que “só vai ser utilizado solo rústico que seja inapto para a agricultura ou que não tenha riscos ecológicos, porque nesse está proibida a sua utilização”, frisou.

Para Castro Almeida, a reclassificação de terrenos configura um “regime especial e temporário”, pois o diploma prevê que, “se o município autorizou a transformação de solo rústico em solo urbano, ou solo suscetível de construção de habitação, se não forem promovidas as obras de urbanização no espaço de cinco anos, essa alteração caduca e o terreno volta à origem da sua classificação como solo rústico”.

“Portanto, isto não é para toda a vida, é para cumprir um problema excecional e extraordinário de oferta de casas que existe neste momento”, vincou.

A deputada Joana Mortágua (BE) apontou a “ausência de debate público” antes da aprovação da lei, a retirada do diploma do conceito de arrendamento acessível e o facto de “o valor moderado permitido pelo Governo” viabilizar “a especulação imobiliária em 95% dos municípios”, como alertaram várias associações do setor.

A deputada enunciou ainda como negativo “a possibilidade de construção em solos que integrem área de infiltração máxima de aquíferos ou zonas instáveis de vertentes inscritas em REN [Reserva Ecológica Nacional] ou terras férteis da RAN [Reserva Agrícola Nacional]”, quando “nem toda a agricultura do território português se dá nas terras com mais potencial agrícola”, os “riscos de impermeabilização do território” e a possível construção de novos “aglomerados urbanos sem que as áreas urbanas preexistentes infraestruturadas estejam esgotadas”.

A socialista Marina Gonçalves disse que o PS está a discutir o diploma “de forma construtiva”, mas questiona a alteração do conceito de habitação a custos controlados pelo modelo de preço moderado e a ausência do arrendamento acessível.

A deputada exemplificou que, no modelo de construção a custos controlados, uma casa no Algarve ficará por dois mil euros o metro quadrado enquanto o preço moderado aumenta para 2.735 euros o m2.

Para a antiga ministra da Habitação, outra questão fundamental reside na contiguidade das áreas urbanas, conceito que também preocupa a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), tanto mais quando é retirada a necessidade de demonstrar a existência de solo urbano disponível.

O deputado João Vale e Azevedo (PSD) considerou que o diploma é “contra o caos urbanístico”, que “grande parte” dos solos urbanos não está edificada porque “não é edificável” e que a lei “é complementar a outras soluções”, nomeadamente a necessidade de desbloquear “processos de heranças” para colocar no mercado património devoluto.

Para Albino Ramos, da Iniciativa Liberal, “o problema do acesso à habitação faz-se sentir um pouco por todo o país, mas tem nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa o maior impacto” e antes devia realizar-se “um levantamento de solos urbanos edificáveis”.

Alfredo Maia salientou que o PCP recusa que o pedido de apreciação parlamentar do diploma possa ser visto como falta de confiança nos autarcas e considerou que a alteração ao RJIGT “desconsidera até os próprios planos diretores municipais e outros instrumentos de gestão do território”, e “implica riscos como a artificialização do solo”, já muito acelerada, com uma “taxa de 7,2 hectares por dia”.

A deputada Filipa Pinto, do Livre, destacou que os dados mostram que “há uma crise no acesso à habitação e não propriamente uma crise da falta” de casas, que “700 mil fogos [devolutos] são mais do que suficientes para suprir as carências habitacionais correntes” e criticou a aprovação da lei “sem nenhum debate e escrutínio público”.

O presidente da comissão parlamentar de Poder Local, Bruno Nunes (Chega), interrompeu a audição do ministro Adjunto e da Coesão Territorial por cinco minutos, na sequência de uma troca de acusações entre vários deputados e Filipe Melo, do Chega.

Na sua intervenção, Melo apontou os casos polémicos de eleitos do BE com atividade na área imobiliária e as suspeitas que envolvem o secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias, na aprovação de processos imobiliários enquanto autarca em Bragança.

O ministro Manuel Castro Almeida escusou-se a comentar as acusações, remetendo queixas para a comunicação às autoridades judiciais.

Fonte: Lusa

Algoso: Festa de São Sebastião animada com a visita de Dom Nuno Almeida

Algoso: Festa de São Sebastião animada com a visita de Dom Nuno Almeida

No âmbito da visita pastoral ao arciprestado de Miranda, o bispo Dom Nuno Almeida, visitou a 20 de janeiro, a localidade de Algoso, na festa do padroeiro São Sebastião, tendo presidido à eucaristia, almoçou com a comunidade local e visitou o lar de idosos e as várias capelas da localidade.

À chegada à histórica localidade de Algoso, Dom Nuno Almeida, acompanhado do pároco, padre Rufino Xavier, foi acolhido pela presidente da freguesia de Algoso, Cristina Miguel, pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia. Luís Ferreira e pelo representante da comissão fabriqueira, Carlos Martins.

Após as boas vindas entoadas pelo grupo coral de Algoso, seguiu-se a celebração da eucaristia, na igreja matriz. Na homília, o bispo diocesano referiu-se ao padroeiro, São Sebastião, como um exemplo de profunda confiança em Deus, que não se deixou paralisar pelo medo, diante das dificuldades e até mesmo do martírio.

“São Sebastião, que viveu no século III, foi fiel a fé em Jesus Cristo e aos valores do Evangelho. Também hoje, o mundo precisa de testemunhos que vão contra-a-corrente das ideologias e dos totalitarismos, que nos fecham aos outros. Para quem segue a Cristo, não há estrangeiros nem adversários, mas apenas irmãos”, disse o bispo diocesano.

Nesta sua primeira visita a Algoso, o bispo de Bragança-Miranda exortou a comunidade local a participar na Formação Bíblica, que decorre de 21 a 24 de janeiro, das 16h às 18h00, nas instalações da freguesia.

“Todos precisamos conhecer melhor e amar mais a Sagrada Escritura, pois é fonte de sabedoria para a vida!” – exortou Dom Nuno Almeida.

Nesta sua visita pastoral em Algoso, Dom Nuno Almeida pode assistir à recriação do leilão dos “pés, orelhas e focinho do porco”. Trata-se de uma antiga tradição relacionada com a matança do porco, um costume caraterístico desta altura do ano.

Durante a tarde, o dia festivo em Algoso prosseguiu com a visita do bispo de Bragança-Miranda ao lar da Santa Casa da Misericórdia de Algoso e às várias capelas da aldeia, como são os templos dedicados a São Roque, ao Senhor da Misericórdia, a São João Batista e a Nossa Senhora da Assunção (Castelo).

Ao final da tarde, Dom Nuno Almeida e a comunidade local foram presenteados com com um concerto musical na igreja matriz.

HA



Mogadouro: Município cede terreno para escola de formação de bombeiros

Mogadouro: Município cede terreno para escola de formação de bombeiros

O município de Mogadouro e a Associação Humanitária dos Bombeiros locais assinaram um contrato de comodato, que inclui a cedência de um terreno para construção de uma escola de formação e treino de bombeiros.

O contrato assinado tem uma vigência de cerca de 30 anos para um terreno situado na zona de Vale Calheiros, em Mogadouro, onde será instalada uma escola de formação de bombeiros.

O presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel, disse que este contrato envolve um terreno recentemente adquirido pelo município com cerca de 2,5 hectares de área, para que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Mogadouro (AHBVM) possa implementar uma Escola de Formação de Bombeiros.

“Com esta estrutura Mogadouro pode transformar-se num centro de formação de bombeiros para a região e para o país”, vincou o autarca social-democrata.

Segundo António Pimentel, esta escola de formação de bombeiros poderá ser dotada de um heliporto, segundo foi transmitido pela direção da AHBVM.

“Este campo de terreno [agora cedido] é dos bombeiros de Mogadouro e esperamos que no futuro venha a servir um espaço mais alargado”, vincou.

O presidente da AHBVM, João Gouveia, avançou que o projeto desta escola está concluído e pretende-se que seja um espaço de formação dos bombeiros de Mogadouro, do distrito de Bragança e do país.

“Como este espaço de formação, outra das ideias passa por ter operacionais capacitados para dar apoio no futuro heliporto, destinado a aeronaves [de asa rotativa] de emergência, já que essa formação é necessária”, disse o dirigente.

João Gouveia estima que este novo investimento seja de cerca de 400 mil euros, sendo que o projeto de arquitetura está concluído.

A futura escola, e dada a dimensão e localização do terreno na periferia da vila de Mogadouro, permitirá a formação no combate a incêndios rurais, para além das outras valências de socorro, catástrofes, acidentes rodoviários, entre outras missões que são atribuídas aos bombeiros.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Alunos do 1º ciclo com 40 novos computadores

Miranda do Douro: Alunos do 1º ciclo com 40 novos computadores

A REN – Rede Elétrica Nacional ofereceu 20 computadores à Escola EB1 de Miranda do Douro, destinados à modernização tecnológica deste estabelecimento de ensino, a que se juntam mais 20 adquiridos pela autarquia.

“Esta oferta representa um contributo significativo para a modernização dos recursos tecnológicos da nossa escola e para a promoção de melhores condições de aprendizagem”, indica o município de Miranda do Douro.

Dado a importância de garantir igualdade de oportunidades no acesso às ferramentas digitais, o município de Miranda do Douro adquiriu mais 20 computadores destinados à Escola Básica 1, 2, 3 de Sendim”.

Com esta iniciativa “todos os alunos do 1.º ciclo do concelho passam a dispor de condições adequadas para explorar as potencialidades da tecnologia no seu percurso educativo, promovendo uma aprendizagem mais interativa e eficaz”, conclui o comunicado.

Fonte: Lusa

Caminhada: De Valcerto ao castelo de Algoso

Caminhada: De Valcerto ao castelo de Algoso

Na manhã de Domingo, dia 19 de janeiro, o município de Mogadouro organizou mais uma Caminhada Mensal, desta vez entre a aldeia de Valcerto e o castelo de Algoso, no concelho de Vimioso, com os objetivos de incutir na população o gosto pela atividade física, a descoberta da beleza natural e cultural do território e proporcionar momentos de convívio aos caminhantes.

Na caminhada de nove quilómetros, os participantes atravessaram a ponte medieval sobre o rio Angueira.

Na manhã de 19 de janeiro, nem a geada nem as baixas temperaturas demoveram 120 mogadourenses de participar na 3ª Caminhada Mensal. Desta vez, a caminhada realizou-se num íngreme percurso, entre as aldeias de Valcerto, no concelho de Mogadouro e Algoso, no concelho de Vimioso.

O presidente do município de Mogadouro, António Pimentel, aproveitou este evento em Valcerto, para inaugurar a obra de pavimentação da nova estrada que liga a aldeia às localidades vizinhas de Saldanha e Sanhoane.

“A população de Mogadouro é aficionada das caminhadas e o município procura proporcionar-lhes oportunidades para conhecer melhor todo o território”, justificou o autarca mogadourense.

De acordo com Norberto Leite, do município de Mogadouro, a caminhada de nove quilómetros teve como principais locais de interesse a descida ao rio Angueira e a travessia da ponte medieval, para depois subir até ao castelo de Algoso.

“Esta atividade integra o calendário anual das caminhadas mensais, organizadas pelo município de Mogadouro. O nosso objetivo é percorrer alguns dos trilhos dentro do concelho e também dos concelhos vizinhos, como foi a visita ao castelo de Algoso. Estes passeios servem para mostrar que na nossa região há paisagens belíssimas, há história e monumentos, há cultura e gastronomia e por isso os passeios também são um modo de promover turisticamente o nosso território”, disse.

Entre os 120 caminhantes, Augusto Neto, veio da localidade de Castelo Branco; Acácio Rodrigues, de Paçó; e Estela Moura, da vila de Mogadouro. No passeio entre Valcerto e Algoso, estes três caminhantes destacaram a beleza da paisagem e o convívio que se estabeleceu entre todos os participantes.

Para o técnico de educação física do município de Mogadouro, Nélson Moreira, a população sénior do concelho demonstra um grande interesse na prática da atividade física.

“Os mogadourenses são assíduos participantes nas caminhadas mensais. Ao longo do ano, o município de Mogadouro também oferece às populações das freguesias, aulas semanais de atividade física para pessoas idosas, havendo cerca de 200 inscrições”, informou.

No final da caminhada mensal entre Valcerto e Algoso, o esforço dos participantes foi recompensado com um almoço convívio. O repasto foi preparado na casa do povo, pela comissão de festas de Valcerto, que serviu aos caminhantes uma “saborosa” massada de peixe, com torradas de azeite e alho e na sobremesa um “delicioso” arroz doce.

A próxima caminhada mensal, organizada pelo município de Mogadouro está agendada para o dia 23 de fevereiro e vai realizar-se num intercâmbio, em Alfândega da Fé.

HA