Algoso: Sábado de Aleluia, Missa da Ressurreição e Mercado Medieval animaram a Páscoa

Algoso: Sábado de Aleluia, Missa da Ressurreição e Mercado Medieval animaram a Páscoa

Em Algoso, apesar da chuva e do frio que se fez sentir no fim-de-semana de Páscoa, o anúncio da Ressurreição do Senhor foi celebrado com a procissão noturna do “Sábado de Aleluia”, a Missa da Ressurreição e o Mercado Medieval que trouxe muita animação a esta aldeia histórica, do concelho de Vimioso.

Este ano, a procissão noturna até ao castelo fez-se com chuva e frio.

O “Sábado de Aleluia” consiste numa procissão noturna até à capela de Nossa Senhora da Assunção, edificada junto ao castelo, para aí cantar a alegria da Ressurreição de Jesus. A celebração religiosa iniciou-se na igreja matriz de Algoso, com a benção da água e aspersão do povo. Seguiu-se depois a peregrinação até ao alto do castelo, num percurso de 1,5 quilómetros, durante o qual centenas de pessoas, entre eles muitos jovens, entoaram cânticos (alvíssaras) e rezaram o terço.

Chegados à capela de Nossa Senhora da Assunção, o povo continuou em oração e aguardou pela meia-noite, para celebrar a Ressurreição de Jesus. Às 00h00 de Domingo, os sinos da aldeia começaram a repicar e um grupo de gaiteiros entoou o “Aleluia”, do alto do castelo iluminado. A celebração no castelo encerrou com o lançamento de fogo de artifício e o regresso à aldeia, com cânticos de Aleluia.

No Domingo, a missa de Páscoa da Ressurreição do Senhor, em Algoso, celebrou-se às 14h00, na igreja matriz.

Em Algoso, a festa da Páscoa prosseguiu com a animação do mercado medieval, que durante o fim-de-semana atraiu à aldeia muitos visitantes e curiosos.

A presidente da Freguesia de Algoso, Cristina Miguel, salientou que o objetivo é promover o património histórico da localidade, onde se destaca o castelo do século XII, o pelourinho, a ponte medieval, a Fonte Santa e a antiga Câmara Municipal.

“Apesar das condições atmosféricas, conseguimos celebrar a Páscoa da Ressurreição do Senhor, com o Sábado de Aleluia, numa procissão noturna que juntou centenas de pessoas. Por outro lado, no Mercado Medieval, a população de Algoso e os muitos emigrantes que nos visitam na Páscoa, vestiram-se com os trajes medievais para participar e animar o evento”, indicou Cristina Miguel.

De visita ao Mercado Medieval, o presidente do município de Vimioso, António Santos Vaz, referiu que a estratégia da autarquia é valorizar e promover os recursos de cada localidade do concelho.

“À semelhança do que acontece noutras localidades do concelho como Argozelo, Angueira, Caçarelhos, Santulhão, Carção, Avelanoso e Vilar Seco, o município apoia as respetivas freguesias, na organização de eventos que promovam o desenvolvimento local. Desta vez, é em Algoso, com o Sábado de Aleluia e Mercado Medieval, pois aqui existe um significativo património histórico e cultural que importa preservar e dar a conhecer”, justificou o autarca.

O cortejo iniciou o Mercado Medieval.

Quem visitou Algoso, durante o fim-de-semana de 19 e 20 de abril, teve a oportunidade de adquirir produtos locais e regionais, peças de artesanato e saborear alguns dos pratos gastronómicos da região.

Outra atração do Mercado Medieval foi a constante animação: a música dos gaiteiros, o teatro de rua, os malabaristas e trapalhões, os cavaleiros, a falcoaria, os espetáculos de fogo, os jogos tradicionais, o carrossel medieval e os animais, foram algumas das atrações.

Na tarde de Domingo, o maior destaque foi a dança do “S’embarca”, pela alegria que gerou nas dezenas de casais, que dançaram ao longo de um percurso pela aldeia.

Em Algoso, o S’embarca é uma dança tradicional de Páscoa.

O evento “Sábado de Aleluia & Mercado Medieval” foi organizado pela União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva e contou com o apoio do município de Vimioso. A realização do evento religioso e cultural contou também com a colaboração da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, da Santa Casa da Misericórdia de Algoso e das associações Palombar, AEPGA e Corane.

HA

Miranda do Douro: Feira da Bola Doce com milhares de visitantes

Miranda do Douro: Feira da Bola Doce com milhares de visitantes

No fim-de-semana de Páscoa, a cidade de Miranda do Douro recebeu a visita de milhares de pessoas, portugueses, espanhóis e outros estrangeiros, para visitar a Feira da Bola Doce, um certame recheado de produtos, artesanato e muita animação.

A 17 de abril, aquando da abertura da Feira da Bola Doce, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, elogiou os produtores e artesãos do planalto mirandês, que com o seu trabalho e produtos são a “força viva” da região.

“São os produtores que, com o seu trabalho, criatividade e resiliência dão vida a estes certames. No dia-a-dia, a economia local e regional deve muito ao trabalho destes empresários, produtores, criadores de raças autóctones e artesãos que criam riqueza para a nossa região”, disse.

No discurso, a autarca mirandesa referiu também que a promoção cultural é outra estratégia para dinamizar turística e economicamente o concelho de Miranda do Douro.

«A cultura da Terra de Miranda é um valiosíssimo património que nos distingue em Portugal e no estrangeiro. Por isso, a promoção e valorização do nosso património cultural é uma obrigação. No corrente ano de 2025, recebemos a boa notícia da inscrição no inventário nacional do património cultural imaterial das “Danças Rituais dos Pauliteiros nas Festas Tradicionais”. É mais um passo muito importante para a salvaguarda do nosso património e promoção da nossa terra!», disse.

De visita à Feira da Bola Doce o presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins, felicitou o município de Miranda do Douro e a população do concelho pelo consistente trabalho de promoção da identidade local.

“No âmbito turístico, Miranda do Douro é sobejamente conhecida pela língua, pelas danças dos pauliteiros, pelas capas d’honra, pelas festas de solstício de inverno, pelas raças autóctones, pela gastronomia e pela beleza natural deste território. Todos estes recursos tornam esta região muito apelativa para os visitantes e turistas. E a atividade turística contribui muito para o desenvolvimento económico da região e do país”, indicou, Luís Pedro Martins.

O dirigente acrescentou que o Turismo Porto e Norte está a trabalhar com a Comunidade Autónoma de Castela e Leão (Espanha), para aprofundar os laços culturais e institucionais e as parcerias comerciais e turísticas.

O presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins, visitou a Feira da Bola Doce.

A Feira da Bola Doce, em Miranda do Douro, decorreu de 17 a 19 de abril e registou uma grande afluência de pessoas, sobretudo dos vizinhos espanhóis e também outros turistas, que aproveitaram as férias da Semana Santa, para visitar a cidade fronteiriça.

O casal alemão Christoff e Andrea, foram dois dos visitantes da Feira da Bola Doce e mostraram-se muito agradados com a diversidade de produtos que encontraram no certame.

“Nesta nossa viagem em Portugal procuramos descobrir os produtos caraterísticos de cada região. Em Miranda do Douro e na visita à Feira da Bola Doce, aproveitámos para adquirir azeite, vinho, fumeiro, queijo e a doçaria tradicional, como a bola doce mirandesa”, disseram.

Na cidade de Miranda do Douro, a Feira da Bola Doce é um evento anual, que decorre no fim-de-semana de Páscoa, sendo organizado pelo município de Miranda do Douro, em colaboração das associações culturais do concelho.

HA

Igreja: Morreu o Papa Francisco

Igreja: Morreu o Papa Francisco

Ao início da manhã desta segunda-feira de Páscoa, às 07h35 locais (menos uma hora em Lisboa), faleceu o Papa Francisco, aos 88 anos de idade, informou o Vaticano.

O Papa tinha estado internado entre 14 de fevereiro e 23 de março, a hospitalização mais longa do pontificado, devido a uma infeção respiratória que se agravou para uma pneumonia bilateral.

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia e teologia.

Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).

João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da Arquidiocese argentina a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.

Jorge Mario Bergolgio seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.

O cardeal de Buenos Aires foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do pontífice alemão, assumindo o inédito nome de Francisco; foi também o primeiro Papa jesuíta e o primeiro sul-americano na história da Igreja.

São Gregório III, da Síria, que liderou a Igreja Católica entre 731 e 741, tinha sido o último Papa não-europeu, antes da eleição de Francisco.

O falecido Papa tinha como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “Olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.

Francisco fez 47 viagens internacionais, tendo visitado 67 países, incluindo Portugal (2017 – centenário das Aparições de Fátima – e 2023 – para a JMJ Lisboa, tendo passado também por Fátima).

Dentro da Itália, o Papa fez mais de 30 visitas a várias localidades, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa, primeira viagem do pontificado, e cinco deslocações a Assis.

Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas ‘Dilexit Nos’ (2024), texto dedicado à devoção ao Coração de Jesus; ‘Fratelli Tutti’ (2020), sobre a fraternidade humana e a amizade social; ‘Laudato Si’ (2015), dedicada a questões ecológicas; a ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé, 2013), que recolhe reflexões de Bento XVI; as exortações apostólicas ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho), texto programático do pontificado, de 2013; ‘Amoris laetitia’, de 2016, dedicada à família; o documento sobre a “Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da convivência comum” assinado pelo Papa Francisco e o grão imã de Al-Azhar, Ahamad al-Tayyi, em Abu Dhabi (2019).

A reforma dos organismos centrais de governo da Igreja Católica, levada a cabo com a ajuda de um inédito conselho consultivo de cardeais, dos cinco continentes, foi concretizada através da Constituição Apostólica ‘Praedicate Evangelium’, de 2022, propondo uma Cúria Romana mais atenta à vida da Igreja Católica no mundo e à sociedade, com maior protagonismo para os leigos e leigas.

Francisco convocou cinco assembleias do Sínodo, dedicadas à sinodalidade (2023 e 2024), à Amazónia (2019), aos jovens (2018) e à família (2015 e 2014), além de uma cimeira global sobre o combate e prevenção aos abusos sexuais (2019).

Durante este pontificado foram proclamados mais de 900 santos e santas – incluindo um grupo de 805 cristãos que morreram em Otranto (Itália), às mãos dos otomanos muçulmanos em agosto de 1480.

O elenco inclui incluindo várias figuras ligadas a Portugal: Francisco e Jacinta Marto, pastorinhos de Fátima, canonizados a 13 de maio de 2017 na Cova da Iria; D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590), arcebispo de Braga, por canonização equipolente (dispensando o milagre requerido após a beatificação); o sacerdote português Ambrósio Francisco Ferro, morto no Brasil a 3 de outubro de 1645 durante perseguições anticatólicas, por tropas holandesas; o padre José Vaz, nascido em Goa, então território português, a 21 de abril de 1651, que foi declarado santo no Sri Lanka; e José de Anchieta (1534-1597), religioso espanhol que passou por Portugal e se empenhou na evangelização do Brasil.

Francisco convocou dez Consistórios, nos quais criou 163 cardeais, entre eles D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação; D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal.

No seu pontificado, a Igreja Católica celebrou dois Jubileus – em 2016, num Ano Santo Extraordinário, dedicado à Misericórdia, e o atual Ano Santo ordinário, dedicado à esperança; criou, entre outros, o Dia Mundial dos Pobres, o Domingo da Palavra de Deus e o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.

Francisco foi o sexto pontífice mais velho da história da Igreja, atrás de Lúcio III (c. 1097-1185), Celestino III (c. 1106-1198), Gregório XVII (c. 1325-1417), Leão XIII (1810-1903) e Bento XVI (1927-2022).

Fonte: Ecclesia

Aleluia, louvai o Senhor!

Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor

Aleluia, louvai o Senhor!

At 10, 34a.37-43 / Slm 117 (118), 1-2. 16ab-17.22-23 / Col 3, 1-4 ou 1 Cor 5, 6b-8 / Jo 20, 1-9 ou (à tarde) Lc 24, 13-35

O dia de Páscoa foi o primeiro a receber o nome de «domingo», dia do Senhor. É verdadeiramente «o dia que o Senhor fez», em que devemos exultar e cantar de alegria. «Aleluia» = Louvai o Senhor. A Semana Santa dos grandes mistérios desembocou na explosão de regozijo do «terceiro dia» da Ressurreição de Jesus.

O sepulcro vazio e as aparições do Senhor, com a mensagem pascal da paz que supera todos os medos, trazem-nos a notícia de que a morte não tem a última palavra, de que as nossas mortes quotidianas podem e devem ser vencidas, porque Jesus está vivo e connosco, para nos retirar do túmulo das tristezas, receios e desilusões.

A Páscoa fez germinar um mundo novo, provocou um volte-face na história. Se temos fé, tornamo-nos «pascais», irradiadores de serenidade evangelizadora, de alegria convincente de que tudo tem sentido no desenrolar das peripécias da existência. Por amor, Jesus viveu e morreu como nós. Queremos ressuscitar como Ele, no quotidiano dos altos e baixos do nosso pensar, falar e agir.

«Sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os nossos irmãos. Aquele que não ama, permanece na morte» (1 Jo 3, 14). Ressurge-se para uma vida transformada, praticando o mandamento novo do amor mútuo. «Como Eu vos amei».

Seremos «pascais», novas criaturas, se pensamos nos outros, os amamos e servimos, se sofremos e nos alegramos com o próximo. Jesus esconde-se e revela-se nos nossos irmãos.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

O amor vence a morte

Sexta-Feira Santa – Solene Ação Litúrgica da Paixão do Senhor

O amor vence a morte

Is 52, 13 – 53, 12 / Slm 30 (31), 2.6.12-13. 15-16.17.25 / Hebr 4, 14-16; 5, 7-9 / Jo 18, 1 – 19, 42

Adoramos a cruz de Jesus Cristo que disse que, elevado nesse trono de ignomínia e glorioso, atrairia todos a si. Proponho que centremos a nossa reflexão nas sete palavras proferidas pelo divino Crucificado. São as seguintes: «Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no paraíso» (Lc 23, 43). «Tenho sede» (Jo 19, 28). «Mulher, eis o teu filho»; «Eis a tua Mãe» (Jo 19, 26-27). «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?» (Mt 27, 46; Mc 15, 34). «Tudo está consumado» (Jo 19, 30). «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Lc 23, 46).

Ler, refletir, tirar proveito! Pensar nos outros, mesmo no auge das nossas dores. Queixar-nos a Deus do aparente abandono a que nos sujeitou, mas acreditando que, mesmo a morrer, não deixamos de estar nas suas mãos de Pai. Jesus deu-nos tudo, deu-se a si mesmo, deu-nos Maria por Mãe. Continua a ter sede do nosso amor e gratidão. Cumpriu sem reservas a sua missão.

O amor venceu a morte. Segue-se a Ressurreição.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Vimioso: Semana Santa anuncia a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus

Vimioso: Semana Santa anuncia a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus

De 13 a 20 de abril, a Semana Santa, na Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, no concelho de Vimioso e na localidade de São Pedro da Silva, é celebrada com procissões, a dramatização da Paixão de Cristo, Ceia do Senhor e o Lava Pés, adoração da Santa Cruz, Vigília Pascal, a Missa de Páscoa e as visitas pascais para anunciar a ressurreição de Jesus.

A Igreja Católica iniciou a 13 de abril, a Semana Santa, com a celebração do Domingo de Ramos, momento central do ano litúrgico, que recorda a prisão, julgamento e morte de Jesus.

Para viver esta semana maior do calendário católico, a Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, preparou um programa de celebrações nas várias comunidades paroquiais de Algoso, Angueira, Avelanoso, Caçarelhos, Campo de Víboras, Pinelo, Sáo Pedro da Silva, Vale de Frades, Vilar Seco, Vimioso e Uva.

Entre as celebrações, destaque para o “Auto da Paixão de Cristo”, agendado para o serão de 16 de abril, na igreja matriz de Vimioso. Este espetáculo de teatro religioso, tem a duração de cerca de três horas e retrata os momentos dramáticos vida de Jesus Cristo, como a recriação da Última Ceia, o Lava-pés, a entrada de Jesus em Jerusalém e a Crucifixão, Morte e Ressurreição.

No Tríduo Pascal, os três dias que começam com a Quinta-Feira Santa, celebra-se a missa vespertina da Ceia do Senhor e o Lava-pés, seguida da procissão do Senhor dos Passos ou da Carreira do Senhor.

Na Sexta- Santa, celebra-se em várias localidades da unidade pastoral, a Adoração da Santa Cruz.

No Sábado Santo, na igreja matriz de Vimioso realiza-se a vigília pascal. E em Algoso celebra-se o peregrinação noturna à capela de Nossa Senhora da Assunção, no castelo, para celebrar o Sábado de Aleluia.

No Domingo de Páscoa celebra-se a Missa da Ressurreição do Senhor. E realizam-se as tradicionais visitais ou compassos pascais para anunciar a Ressurreição de Jesus.

HA

Pecuária: Falta de pastores jovens está a reduzir o efetivo do cordeiro mirandês 

Pecuária: Falta de pastores jovens está a reduzir o efetivo do cordeiro mirandês

A falta de jovens pastores põe em risco a sobrevivência do cordeiro mirandês, considerado uma das mais emblemáticas raças autóctones do planalto mirandês, cujo efetivo de 5 mil animais é insuficiente para satisfazer o mercado, em particular na época festiva da Páscoa.

O cordeiro ou canhono mirandês, é uma espécie de ovino cuja carne é muito procurada neste período da Páscoa, mas não há efetivo suficiente para alimentar o mercado, e esse é um dos fatores que faz com que o seu preço duplique por esta altura do ano.

Os pastores do Planalto Mirandês afiançam que a carne de cordeiro de raça churra mirandesa, espécie de ovinos autóctones com chancela de Denominação de Origem Protegida (DOP), é bem paga, mas o efetivo é escasso porque as gerações mais novas não querem dar continuidade a este trabalho.

Andrea Cortinhas, secretária técnica da Associação Nacional de Cordeiros de Raça Churra Mirandesa, reiterou que falta um pouco de tudo para continuar a criação desta raça, principalmente pastores jovens, o que contribui para a perda de efetivo pecuário.

“É preciso reverter a situação. Para isso, é preciso gente nova que se queira dedicar à pecuária e à profissão de pastor. A profissão de pastor é digna e está a ser valorizada, principalmente nas raças autóctones, mas é preciso interessados”, lembrou.

Segundo a técnica, o efetivo desta raça vai-se mantendo “graças ao trabalho dos pastores mais idosos, com oscilações ao longo do ano”, mas os mais velhos, “devido às suas limitações físicas, vão abandonando a atividade”.

“Trata-se de uma património genético único a nível nacional e internacional, já que [a carne deste cordeiro] tem as suas características próprias devido ao seu maneio no Planalto Mirandês, sendo importante olhar para o setor de forma criativa”, disse Andrea Cortinhas.

Acrescentou que o efetivo pecuário dos ovinos de raça churra galega mirandesa ronda atualmente as 5.500 cabeças e recordou que “há 10 anos eram 6.900 animais que compunham o efetivo desta raça autóctone”.

“No último meio ano há um registo de nascimento de cordeiros a rondar os 2.700. Para satisfazer o mercado, precisaríamos de mais do dobro”, salientou.

Por seu lado, os produtores de cordeiro de raça churra ainda no ativo garantiram à agência Lusa que o aumento do preço se deve a uma maior procura desta carne nesta altura do ano, que é superior à oferta.

Bento dos Santos Pires contou que “está tudo caro”. “É o combustível e é o aumento dos fatores de produção, o que leva os mais novos a afastarem-se deste trabalho, porque consideram que não é rentável”, disse.

“No Natal os cordeiros até saíram bem, porque estavam na idade e no peso certo, agora é mais difícil, porque os animais cresceram muito e quanto mais peso tiverem os animais, menor é o preço pago por quilo”, indicou.

 Já Francisco Pires, outro pastor mirandês, disse que preço pago ao lavrador ronda este ano os nove a 10 euros por quilo, mas nos supermercados ou nos talhos pode chegar aos 20 euros por quilo.

“O lucro fica sempre nos intermediários”, indicou o pastor.

Este pastor disse ainda que “houve tempos em que vendia 15 a 16 cordeiros à porta de casa, e este ano pouco vendeu”, sobretudo porque as pessoas procuram carne mais barata.

Para ser considerada carne de cordeiro mirandês, o animal tem de ser abatido até aos quatro meses de idade, e tem de ser nascido e criado num sistema de exploração extensivo tradicional na área geográfica do concelho de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso. As carcaças devem ter entre quatro e 12 quilos.

Fonte: Lusa

 

Vitivinicultura: EUA bloquieam encomendas de vinhos portugueses e europeus

Vitivinicultura: EUA bloqueiam encomendas de vinhos portugueses e europeus

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE), Paulo Amorim, disse que “os EUA pararam as encomendas de vinhos portugueses e de vinhos da Europa”.

“A incerteza é terrível e com a incerteza a cadeia de distribuição nos Estados Unidos parou as encomendas de vinhos portugueses e de vinhos da Europa e, portanto, neste momento estamos a enfrentar um problema terrível e não estamos a conseguir vender”, afirmou o presidente da associação.

Paulo Amorim teme ainda que, a concretizarem-se as tarifas, a “maior parte do prejuízo seja assumido pelos produtores de vinho”, o que considera uma “injustiça gigantesca”.

O responsável falou aos jornalistas após reunir-se, em conjunto com outras 16 associações setoriais, com o ministro da Economia e com o ministro da Agricultura e Pescas, em Lisboa, no âmbito das tarifas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos.

O presidente da ANCEVE disse ainda que o vinho português precisa “de um novo plano Porter”, que “ajude a promover o vinho português de uma forma mais dinâmica”, tendo em conta que “o vinho leva longe o nome de Portugal”.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão das chamadas “tarifas recíprocas” por 90 dias, sendo que estas incluíam a União Europeia.

Fonte: Lusa

Economia: Ovos fazem subir preço do pão-de-ló

Economia: Ovos fazem subir preço do pão-de-ló

O custo dos ovos fez aumentar 10 a 15% o preço do pão-de-ló de Ovar, ainda assim este aumento tem menos repercussão noutras variedades da doçaria tradicional de Páscoa.

É a própria presidente da Associação de Produtores de Pão-de-Ló de Ovar, Alda Almeida, a explicar que “os preços já aumentaram em março, quando começámos a receber os ovos muito mais caros. Cada produtor gere a sua casa como bem entende, sem influência da associação, mas, no geral, o quilo vai aumentar dois ou três euros”.

No seu próprio estabelecimento, que não atualizou os preços no Natal, Alda cobra agora 20 euros pelo que antes custava 18. Noutras casas, o pão-de-ló cremoso enformado em papel passou de 19 para 21 euros e há ainda aquelas onde a iguaria “agora chega aos 22 e 23”.

Expectativas de diminuição do preço não há: “Depois da Páscoa, a caixa de 360 ovos pode descer um ou dois euros, mas, isso não se vai repercutir no pão-de-ló. Só em termos técnicos, uma mudança de preço custa tanto a alterar no sistema de faturação que não se justifica o trabalho por tão pouco”.

Já noutro concelho do distrito de Aveiro, a casa “Pão-de-ló de Arouca”, fundada por Angelina Teixeira Pinto e agora gerida por Tiago Brandão, admite que atualizou os preços, mas garante que os que está a praticar na Páscoa “não refletem o aumento real do custo dos ovos” porque, caso contrário, “ia vender muito menos”.

Dos doces com mais saída nesta época, a casa destaca três: a variedade chamada “bôla” de pão-de-ló, que tem a forma tradicional, mas, cozida em forno a lenha, exibe uma camada superior de açúcar; a típica “fatia” de pão-de-ló, que se apresenta como um bloco mais húmido encharcado em calda açucarada; e, de criação mais recente, o “pão-de-ló cremoso”, que, maciço e redondo, parece um queijo da serra, tem uma superfície central esbranquiçada e, logo sob essa camada de açúcar, revela um topo cremoso e uma base consistente, que lhe permite que seja cortado à fatia em vez de comido à colher como o seu congénere vareiro – e que, por encomenda, também está disponível em chocolate.

“Isto não pára”, afirma Tiago. “Começamos às três da manhã e não temos hora para parar”, acrescenta, em referência a uma labuta que tanto se destina a satisfazer os pedidos entregues em mão como as encomendas online.

Na “Loja dos Doces Conventuais”, de Jorge Bastos, também há mais azáfama por estes dias, com oito funcionários na cozinha e 16 ao balcão, dispersos pelos estabelecimentos fixos de Arouca e Porto, e pelo sazonal de Gaia. Cheira bem logo à entrada, a amêndoas e ovos, e há uma mesa inteira forrada a pasta granulada cor-de-laranja, que senhoras exímias moldam em linha: uma faz da massa um rolo, outra desfaz o rolo em pequenos cubos e enfarinha-o, e as seguintes transformam cada cubo numa bolinha ovalada que dispõem sobre os tabuleiros e marcam com um garfo no topo, para lhe dar uns risquinhos de textura.

Essas castanhas doces que vão depois a assar na brasa são das iguarias mais procuradas em Arouca, cumprindo a mesma receita que as freiras do mosteiro local da Ordem de Cister criaram há séculos, mas para as mesas pascais também se procuram os tradicionais charutos e morcelas, a que se juntam agora receitas contemporâneas como pedras parideiras, ovos de pega e doce de chila.

Só de castanhas doces, por exemplo, Jorge conta vender nesta Páscoa umas 2.000 caixas de 24 unidades, cada uma a 11 euros. O preço dessas delícias já foi atualizado em janeiro, antes do aumento dos ovos, e não vai sofrer mais alterações.

“É uma opção nossa, para o preço não ficar muito elevado”, explica, “mas ficamos prejudicados porque, além de estes produtos envolverem um processo manual de fabrico muito mais delicado, têm ainda a desvantagem do IVA: à mesa servimos os doces a 13%, mas, mal os embalamos para o cliente levar para casa, a caixa já tem que ser taxada a 23%, pelo que é difícil competir com as outras pastelarias”.

Fonte: Lusa

Paradela: Trail deu a conhecer a beleza natural e a história do contrabando

Paradela: Meio milhar de pessoas percorreram os trilhos do contrabando

Meio milhar de pessoas participaram na corrida e na caminhada do III Trail Contrabando do Café, uma prova de atletismo que decorreu em Paradela, a localidade mais oriental de Portugal, onde os visitantes se maravilharam com a beleza das encostas do rio Douro e a história do contrabando para Espanha.

A prova de atletismo realizou-se no Domingo, dia dia 6 de abril e o atleta do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), Ilídio Moreiras, voltou a vencer a corrida masculina, ao concluir os quinze quilómetros do percurso, em 1 hora 13 minutos e 34 segundos.

Nas senhoras, a espanhola, Tânia Lucas venceu com um tempo de 1 hora 35 minutos e 58 segundos. A atleta do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), Anabela Cameirão, foi a terceira classificada na corrida feminina, ao concluir a prova em 1 hora, 41 minutos e 11 segundos.

A prova de atletismo incluiu também uma caminhada de 12 quilómetros, pelo que no total, entre atletas, caminhantes e acompanhantes estiveram em Paradela, cerca de 500 pessoas.

A terceira edição do Trail Contrabando do Café foi organizada pelo Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) teve os apoio da União de Freguesias de Ifanes e Paradela e da Associação de Atletismo de Bragança.

O presidente de União de Freguesias de Ifanes e Paradela, Nélio Seixas, expressou grande satisfação pela consolidação desta prova desportiva em Paradela, o que contribui para a dinamização turística da localidade.

“Esta é já a terceira edição do Trail Contrabando do Café e de ano para ano, a seção de atletismo do Clube Desportivo de Miranda do Douro vai melhorando a organização da prova. Pelo feedback dos atletas e dos caminhantes apercebemo-nos que a participação neste prova desportiva é um excelente motivo para futuras visitas à localidade, que tem como maior atração o miradouro da Penha das Torres”, disse o autarca.

Para além da beleza natural, Paradela também fica na memória dos visitantes pela história do contrabando com a vizinha Espanha. Esta antiga atividade é evocada durante o trail, com uma representação teatral da caça aos contrabandistas pelos guardas fiscais.

“Este ano foi descerrada uma placa comemorativa do I Trail do Contrabando do Café, realizado em abril de 2023. Este ato visa também homenagear as gentes de Paradela, que noutros tempos tiveram que recorrer ao contrabando para sobreviver e sustentar as suas famílias”, disse.

Em Paradela, tal como noutras localidades situadas na fronteira entre Portugal e Espanha, as trocas comerciais com o povo vizinho sempre existiram. Mas, foi a partir de 1936, com o deflagrar da guerra civil espanhola, que o contrabando aumentou muito entre portugueses e espanhóis. 

Diz-se que nessa época, os portugueses levavam para Espanha, produtos como o café, farinha, pão, azeite, gado suíno, tripa de porco ou têxteis.

De Espanha, os portugueses traziam gado, volfrâmio, a moeda (na altura, a peseta) e bens valiosos como artigos de ouro, prata, obras de arte e outros artigos de fácil comercialização.

HA | Fotos: CDMD