Miranda do Douro: Exposição de pintura de Paco Segovia
A Casa da Cultura Mirandesa tem em exposição uma coleção de pinturas do artista espanhol Paco Segovia, que vai estar em Miranda do Douro até ao dia 14 de junho.
De acordo com o município de Miranda do Douro, a exposição apresenta uma seleção notável do seu trabalho, fruto de uma carreira marcada por reconhecimento e distinções, como a Medalha de Honra da BMW (2001) e o Prémio BMW (2002).
Paco Segovia, natural de Madrid e nascido em 1952, é um artista autodidata que trocou a arquitetura pela pintura há mais de 20 anos.
Desde então, o artista tem vindo a destacar-se pelo seu “estilo único, com especial enfoque nas cenas urbanas e rurais, retratadas com grande sensibilidade e detalhe. As suas obras, maioritariamente realizadas sobre madeira, refletem a riqueza do quotidiano e das paisagens espanholas, valorizando a textura natural do suporte”.
Constantim: Nossa Senhora da Luz no fim-de-semana de 26 e 27 de abril
A romaria internacional em honra de Nossa Senhora da Luz vai realizar-se no fim-de-semana de 26 e 27 de abril, com as celebrações religiosas e feira comercial, que têm lugar na ermida edificada junto à fronteira e que reúne todos os anos milhares de portugueses e espanhóis.
Todos os anos, a romaria internacional em honra de Nossa Senhora da Luz é organizada por três casais de mordomos da aldeia de Constantim. Ao longo do ano, estes casais têm a responsabilidade da limpeza e manutenção da ermida de Nossa Senhora da Luz e a organização da romaria no último fim-de-semana de abril.
O programa da festa deste ano começa às 16h00 de sábado, dia 26 de abril, com a tradicional procissão da imagem de Nossa Senhora da Luz, entre a igreja matriz de Constantim e a ermida edificada junto à fronteira.
Segundo a população de Constantim, o ponto alto da festa é mesmo esta procissão que decorre ao longo de dois quilómetros e conta com a participação de milhares de portugueses e espanhóis. Chegados à ermida da Luz, construída a 895 metros de altitude, celebra-se aí a eucaristia.
No serão de sábado, a festa em honra de Nossa Senhora da Luz prossegue na aldeia de Constantim, com uma desgarrada musical protagonizada pelo dueto Borguinha de Braga e Liliana Oliveira.
No dia seguinte, Domingo, inicia-se a romaria com a chegada dos feirantes portugueses e espanhóis, para instalar as suas tendas de produtos, no recinto envolvente à capela de Nossa Senhora da Luz.
No Domingo, dia 27 de abril, a missa campal celebra-se às 14h00, seguida da procissão e benção da nova imagem de Nossa Senhora da Luz.
Ao final da tarde de Domingo, realiza-se a procissão de regresso da imagem de Nossa Senhora da Luz, à igreja matriz de Constantim.
Segundo o programa, a romaria encerra no serão de Domingo, com o concerto do grupo Banda 4 e o arraial com fogo de artifício.
Antigamente, as populações que participavam na romaria, tinham por tradição oferecer a Nossa Senhora da Luz, produtos agrícolas como o trigo, as batatas e ramos enfeitados com doces, que depois eram leiloados no final da festa.
Outra peculiaridade desta festa luso-espanhola é a tradição das famílias merendarem nas imediações da capela, com o frango guisado, os fritos e o presunto cozido.
A Romaria Internacional em honra de Nossa Senhora da Luz é patrocinada pela empresa VM Condomínio Imobiliária e conta com os apoios do Município de Miranda do Douro e da União de Freguesias de Constantim e Cicouro.
Noutros tempos, a romaria de Nossa Senhora da Luz foi considerada uma das mais importantes do nordeste transmontano, pela grande afluência de público, vindo dos dois lados da fronteira.
Antigamente os portugueses aproveitavam este certame para comprar os cântaros espanhóis para guardar a água fresca no verão, assim como as tortilhas e o escabeche (peixe enlatado).
Do lado espanhol, “nuestros hermanos” apreciavam sobretudo a carne de vitela, os ovos e a qualidade do café em Portugal.
HA | Fotos: Rota da Terra Fria Transmontana | Cartaz: mordomos da festa
Asfreguesias de Argozelo, Carção, Santulhão voltam a organizar na manhã de Domingo, dia 27 de abril, o Passeio dos Três Termos, uma atividade conjunta que tem por meta promover o convívio entre as populações, incutir o gosto pela atividade física e simultaneamente dar a conhecer a beleza natural destas três localidades do concelho de Vimioso.
Este ano, cabe à freguesia de Argozelo organizar o 8º Passseio dos Três Termos e segundo o programa, a concentração dos caminhantes está agendada para as 8h30, junto à sede da freguesia.
O passeio inicia-se às 9h00, estando prevista uma pausa para reforço alimentar e um carro de apoio, ao longo dos 10 quilómetros do percurso.
Como habitualmente acontece, o passeio pelos Três Termos culmina com um almoço convívio entre todos os participantes.
As inscrições no 8º Passeio Pedestre dos Três Termos são feitas presencialmente nas Juntas de Freguesia de Argozelo, Carção, Santulhão ou através dos contatos 968 317 997 (Rute Lopes), 932 335 998 (Daniel Ramos), 965 114 076 (Jorge Gonçalves).
A organização do “Passeio dos 3 Termos” informa que os participantes inscritos beneficiam de seguro e recebem um brinde.
Esta atividade é uma iniciaitiva conjunta das freguesias de Santulhão, Carção e Argozelo e que conta com o apoio do município de Vimioso.
Todo-o-Terreno: Taça de Portugal passa por Vimioso
A competição de todo-o-terreno “Baja Norte de Portugal”, cuja classificação conta para a Taça de Portugal da modalidade, vai passar pelo circuito do Recinto da Feira do Gado, em Vimioso, no sábado, dia 26 de abril.
A competição de carros, motos, quads e SSV é organizada do CAMI Motorsport e envolve a participação de 70 pilotos.
De 25 a 27 de abril, os veículos motorizados vão circular pelos concelhos de Macedo de Cavaleiros, Valpaços e Vimioso, num total de 250 quilómetros.
“Na manhã de sábado, dia 26 de abril, a prova decorre de Valpaços até Vimioso, numa distância de 102 quilómetros. À tarde, no segundo setor seletivo, os pilotos partem de Vimioso em direção a Macedo Cavaleiros”, explica a organização.
Segundo a Federação de Motociclismo de Portugal, o Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno 2025 decorre ao longo de de sete etapas.
Em Trás-os-Montes, a prova Baja TT Norte de Portugal é uma prova extra, que conta para a Taça de Portugal da modalidade de todo-o-terreno.
Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno
1ª etapa: 13/16 de fevereiro – ESC Online Baja Montes Alentejanos;
2ª etapa: 21/23 de março – Baja Escuderia Castelo Branco;
3º etapa: 11/12 de abril – Raide Paraíso TT Terras do Xisto
Prova Extra: 25/27 de abril – Baja TT Norte – Taça de Portugal
4º etapa: 23/25 de maio – TH Clothes Raide da Ferraria;
5º etapa:11/14 de setembro – Baja TT Sharish Reguengos / Mourão;
6º etapa: 23/25 de outubro – BP Ultimate Baja de Portalegre 500;
O Governo prolongou até 31 de maio, o prazo para os proprietários procederem à limpeza de terrenos e identificou 988 freguesias prioritárias para fiscalização dos trabalhos de gestão de combustível, em dois despachos publicados.
“Os trabalhos de limpeza na rede secundária de faixas de gestão de combustível podem decorrer até 31 de maio”, lê-se num despacho dos secretários de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e das Florestas, Rui Ladeira, publicado no Diário da República.
A gestão de faixas de combustível em terrenos florestais em redor de edificações, infraestruturas e aglomerados, prevista na lei até 30 de abril, visa prevenir fogos rurais, mas a Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) pediu ao Governo o prolongamento de “mês e meio” no prazo, devido às condições meteorológicas.
De acordo com o despacho, o prolongamento do prazo até 31 de maio justifica-se “considerando as condições meteorológicas que se têm verificado, com persistência de precipitação e elevados teores de água nos solos, o que limita os períodos disponíveis para a realização dos trabalhos de gestão de combustível”.
A situação, acrescenta-se no texto, cria, “ainda, condições para uma maior produção primária líquida dos ecossistemas, com a consequente maior acumulação de combustível”.
Além disso, “estão a decorrer ações de recuperação após a passagem das tempestades que assolaram várias regiões do continente e que, localmente, criaram grandes acumulações de combustível lenhoso derrubado”, referem também os governantes, avançando que “foram ouvidas” a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais e a Infraestruturas de Portugal.
Num outro despacho, publicado em 17 de abril, relativo às freguesias prioritárias para efeitos de fiscalização, foram “identificadas 988 freguesias (34% do número total), cobrindo 2.871.924 ha [hectares] de área total (32% da superfície de Portugal continental) e englobando 1.988.232 ha de espaços florestais (37% da sua área total)”.
“Mantiveram-se os critérios adotados desde 2022, que incorporam as componentes de perigosidade conjuntural de incêndio rural e de valor dos ecossistemas”, explica-se no despacho dos secretários de Estado da Proteção Civil e das Florestas.
No continente, a adoção de critérios que priorizem as ações de fiscalização tem sido operacionalizada, desde 2018, através da identificação de freguesias prioritárias, que “correspondem, em número e superfície, sensivelmente a um terço do total de freguesias, concentrando-se nas regiões de maior perigosidade de incêndio”.
No despacho, datado de 10 de abril, anterior ao prolongamento do prazo até 31 de maio para a limpeza dos terrenos, determina-se que a fiscalização da gestão de combustível se realiza entre 1 e 31 de maio, prazo que será estendido para o mês seguinte.
Essa fiscalização vai incidir nas faixas da rede secundária das áreas edificadas e dos estabelecimentos hoteleiros, parques de campismo e de caravanismo, infraestruturas e parques de lazer e recreio, áreas empresariais e industriais, postos de abastecimento de combustíveis, plataformas logísticas e aterros sanitários.
Os proprietários com terrenos a menos de 50 metros de edifícios de habitação ou atividades económicas terão de proceder à gestão de combustível numa faixa com largura de 50 metros em territórios florestais ou de 10 metros em territórios agrícolas.
A fiscalização entre 1 e 30 de junho incidirá nas faixas da rede secundária junto de rodovias e da ferrovia, linhas de transporte e distribuição de energia elétrica e de transporte de gás e de produtos petrolíferos, instalações de produção e armazenamento de energia elétrica e de gás, e infraestruturas de suporte ao Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
Nos aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais, é obrigatória a gestão de combustível numa faixa exterior não inferior a 100 metros, distância também prevista para parques de campismo ou industriais e aterros sanitários.
O distrito de Bragança tem quase duas centenas de freguesias (ou uniões) prioritárias, seguindo-se Guarda e Viseu, com centena e meia, Vila Real, com oito dezenas, e Coimbra, com sete dezenas e meia, enquanto Beja e Setúbal contabilizam quatro freguesias, seguidos de Lisboa (cinco), Portalegre (12) e Faro (14).
O presidente da FNAPF solicitou ao Governo o prolongamento de “mês e meio” no prazo para a limpeza de terrenos devido às condições meteorológicas, mas o secretário de Estado das Florestas só aceitou “até ao fim do mês, porque em junho já podia haver risco de incêndio”.
Igreja: Cardeal António Marto afirmou que futuro Papa deve ter “mente jovem”
O cardeal António Marto, que vai integrar o conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco, afirmou que não há lugar para retrocesso na Igreja Católica e que o seu futuro líder deve ter uma “mente jovem”.
“Uma mente jovem, por aí, e com energia jovem também”, disse aos jornalistas António Marto, no Santuário de Fátima, garantindo ter já feito a sua escolha, que não revelou.
Questionado sobre qual deve ser o perfil do futuro Papa, depois de salientar que Francisco, que morreu na segunda-feira, “rasgou novos caminhos para a Igreja e para a humanidade”, o cardeal, bispo emérito da Diocese de Leiria-Fátima, defendeu ser necessário continuidade.
“Há coisas que já não se pode voltar atrás, não podemos fazer retrocesso”, defendeu, notando que se vive num tempo com “novas condições, novos desafios, que exigem novas respostas, novos caminhos, novos métodos, novas linguagens”.
Para o cardeal, “o Papa iniciou processos que agora precisam de ser continuados”.
“Eu penso que a maior parte dos cardeais estará convencida de que terá de ser um candidato que dê seguimento a estes processos iniciados pelo Papa Francisco”, sustentou.
Admitindo que “em todos os pontificados há sempre um grupo com nostalgia do passado (…), mas não vale a pena estar a derramar lágrimas sobre um passado que não volta mais”, António Marto destacou que “ninguém escolhe o tempo, nem o mundo em que quer viver”.
“É este e é deste mundo, então, que a Igreja tem de exercer a sua missão para a qual o Papa Francisco abriu novos caminhos”, insistiu, acreditando que este perfil será o “mais consensual” entre os cardeais eleitores.
Reafirmando que “a Europa deixou de ser o centro do mundo e o centro também da Igreja”, António Marto notou que a Igreja Católica está “florescente na África, na Ásia e na América Latina”, para assinalar que há bons candidatos nestas geografias.
“A universalidade da Igreja na sua diversidade tem uma maior expressão hoje no Colégio Cardinalício”, assinalou.
Sobre o conclave, antecipou que “não será muito demorado”, notando que nos dois anteriores também tal não sucedeu.
“O Papa Bento XVI [1927-2022] foi eleito à quinta votação, mas depois exigiu uma sexta para confirmar, para se sentir bem confirmado. Este Papa Francisco foi eleito à quinta votação”, acrescentou, reconhecendo ainda que a escolha do sucessor de Francisco pode ocorrer “em cima” da peregrinação de 12 e 13 de maio ao Santuário de Fátima, onde são esperados milhares de fiéis.
Esta peregrinação vai ser presidida pelo cardeal brasileiro Jaime Spengler, arcebispo metropolita de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano.
Jaime Spengler, de 60 anos, criado cardeal pelo Papa Francisco em dezembro de 2024, vai estar também no conclave.
“Pode acontecer [Jaime Spengler] dizer assim ‘eu não posso ir’ [à peregrinação]”, disse o cardeal português.
António Marto é um dos quatro cardeais eleitores portugueses no conclave que vai escolher o sucessor de Francisco, juntamente com Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires (Argentina), em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
O Papa Francisco escreveu uma reflexão sobre a morte, no prefácio de livro ‘À espera de um novo começo. Reflexões sobre a velhice’, que vai ser publicado a 24 de abril.
“A morte não é o fim de tudo, mas o início de alguma coisa. É um novo começo, como o título sabiamente indica, porque a vida eterna, que aqueles que amam já experimentam na terra, nas suas ocupações quotidianas, é o começo de algo que não terá fim”, escreveu o pontífice, que faleceu aos 88 anos de idade e mais de 12 de pontificado.
“E é precisamente por isso que é um ‘novo’ começo, porque vamos experimentar algo que nunca experimentámos plenamente: a eternidade”, acrescenta.
O livro do cardeal Scola, intitulado ‘À espera de um novo começo. Reflexões sobre a velhice’, vai ser lançado pela LEV (Libreria Editrice Vaticana).
Francisco elogiou a “experiência pessoal e sensibilidade cultural” do arcebispo emérito de Milão, na reflexão sobre a velhice.
“Não devemos ter medo da velhice, não devemos ter medo de nos tornarmos velhos, porque a vida é a vida e adoçar a realidade é trair a verdade das coisas. Devolver o orgulho a um termo muitas vezes considerado doentio é um gesto pelo qual devemos estar gratos ao cardeal Scola”, escreveu.
Dizer ‘velho’ não significa ‘deitar fora’, como por vezes nos leva a pensar uma cultura degradada do descarte. Dizer ‘velho’, pelo contrário, significa experiência, sabedoria, discernimento, ponderação, escuta, lentidão… valores de que temos muita necessidade!”
O Papa indica que “o problema é como se envelhece” e convida a valorizar o papel dos avós, de “fundamental importância para o desenvolvimento equilibrado dos jovens e, em última análise, para uma sociedade mais pacífica”.
“No meio do frenesim das nossas sociedades, muitas vezes devotadas ao efémero e ao gosto doentio pelas aparências, a sabedoria dos avós torna-se um farol que brilha, ilumina a incerteza e dá orientação aos netos”, prossegue.
O texto conclui-se com o apelo a permanecer “unidos pela gratidão a este Deus amoroso que oferece a vida e a esperança, seja qual for a idade em que vivemos”.
O funeral do Papa Francisco vai ser celebrado no dia 26 de abril, sábado, pelas 10h00 (menos uma em Lisboa), na Praça de São Pedro.
A Missa tem presidência do cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, segundo previsto no ritual das exéquias pontifícias, ‘Ordo Exsequiarum Romani Pontificis’ (82-109), naquele que é considerado o primeiro dia do “novendiales”, período de luto que se prolonga durante nove dias.
A notificação do Departamento das Celebrações Litúrgicas da Santa Sé acrescenta que, no final da celebração eucarística, term lugar o rito da ‘Ultima Commendatio’ (última encomendação) e da ‘Valedictio’ (adeus); o féretro do será levado para o interior da Basílica de São Pedro e daí para a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para a sepultura.
Miranda do Douro: Inaugurado o Centro de Apoio ao Caminhante
No dia 17 de abril, foi inaugurado no rés-do-chão da Junta de Freguesia de Miranda do Douro, o Centro de Apoio ao Caminhante, um novo espaço que visa acolher e guiar os turistas nas visitas ao centro histórico da cidade e ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).
Discurso do presidente da Freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira na inauguração do Centro de Apoio ao Caminhante.
O presidente da freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira indicou que este novo espaço visa não só prestar apoio aos caminhantes, mas também a todos os turistas e visitantes que procuram conhecer a cidade e o concelho de Miranda do Douro.
“O Centro de Apoio ao Caminhante está instalado no rés-do-chão da junta de freguesia de Miranda do Douro e junto ao centro histórico da cidade. Para além de informação sobre a biodiversidade e os percursos pedestres existentes no concelho, este equipamento oferece também informações sobre o património histórico e cultural. Para tal, a arqueóloga, Mónica Salgado, criou o guia “Com o Menino Jesus da Cartolinha”, que dá a conhecer os principais sítios de interesse histórico na cidade, como são o castelo, o museu da Terra de Miranda, a concatedral, entre outros locais”, disse.
Sobre as visitas ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), Francisco Parreira referiu que os visitantes têm a oportunidade de conhecer a biodiversidade e as comunidades rurais que aí vivem, mediante informação disponibilizada pelas aplicações digitais (‘APP’s‘) e o Passaporte Natura 2000.
Por sua vez, Miguel Nóvoa, da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino(AEPGA), explicou que o “Centro de Apoio ao Caminhante” surge do Projeto “Visitec | PNDI – Visitar o Parque Natural do Douro Internacional com apoio Tecnológico” e é financiado pelo Fundo Ambiental.
“Em parceria com a Freguesia de Miranda do Douro decidimos abrir este espaço na cidade de Miranda do Douro, dado que é uma porta de entrada no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI). Este projeto permitiu reabilitar dois percursos temáticos no Carrascalinho e outro entre Aldeia Nova e Pena Branca, assim como a instalação de contadores que vão fornecer dados sobre as visitas ao território”, indicou.
O secretário-técnico da AEPGA indicou também que o Centro de Apoio ao Caminhante disponibiliza informações sobre os 30 percursos pedestres existentes nos quatro concelhos do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI). São eles: Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo-de-Espada-à-Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo.
“No Centro de Apoio ao Caminhantes, os visitantes podem consultar a informação disponível, selecionar os percursos e através de QR Code podem exportar essa informação para um e-mail ou mensagem WhatsApp, podendo assim planear as suas visitas”, explicou.
O Projeto “Visitec|PNDI” é desenvolvido pela AEPGA, em parceria com a Palombar, a freguesia e o município de Miranda do Douro e pretende melhorar as condições de visitação do território, através de infraestruturas existentes e a integração de tecnologia.
Sendim: Corrida e Caminhada trouxeram 270 atletas às arribas do Douro
O I Trail do Douro, realizado na vila de Sendim, a 19 de abril, reuniu cerca de 270 participantes, que na corrida e na caminhada percorreram e contemplaram a beleza natural das arribas do Douro, tendo os atletas Rui Muga e Lucinda Moreiras vencido as corridas de montanha (trail), masculina e feminina.
O atleta Rui Muga, do Clube Académico de Macedo de Cavaleiro (CAMC) foi o vencedor masculino da corrida, ao concluir o percurso de 16 quilómetros, em 1 hora 6 minutos e 17 segundos.
“Este ano, o percurso do Trai, em Sendim, foi um pouco diferente dado que não descemos à margem do rio Douro. Ainda assim, o percurso estava bem marcado, com muitas descidas e subidas, o que foi bastante duro para os atletas. Na minha opinião, o frio foi o maior obstáculo. Quero dar os parabéns à organização pela continuidade desta prova do Campeonato Distrital de Corrida de Montanha, em Sendim, onde existem paisagens belíssimas”, disse Rui Muga.
Na competição feminina, Lucinda Moreiras, também do Clube Académico de Macedo de Cavaleiro (CAMC) voltou a ganhar a prova em Sendim, com um tempo de 1 hora 23 minutos e 55 segundos.
“Dada a impossibilidade do trail descer até ao rio Douro, achei que o percurso desta ano foi mais fácil. O percurso antigo era mais técnico e tinha mais caraterísticas de corrida de montanha. Ainda assim, dou os parabéns à organização pela boa marcação do percurso e pela passagem por locais de grande beleza natural”, disse a atleta.
Na classificação final do trail destaque ainda para as prestações dos atletas do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD): Ilídio Moreiras e Pedro Carneiro alcançaram os 2º e 3º lugares na competição geral masculina; nas senhoras, Anabela Cameirão e Anabela Martins, também conquistaram os 2º e 3º lugares, respetivamente.
A caminhada de 9 quilómetros registou a participação de cerca de 200 participantes.
O I Trail do Douro foi organizado pela União de Freguesias de Sendim e Atenor e contou com os apoios do município de Miranda do Douro, da Comissão de Festas em honra de Santa Bárbara e do apoio técnico da Associação de Atletismo de Bragança (AAB).
No final da competição, o presidente de União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, agradeceu o legado da associação Mirai q’Alforjas e sublinhou a importância de dar continuidade a esta prova desportiva.
“Com os objetivos de continuar a dar a conhecer a beleza natural do nosso território, promover turisticamente a região e incutir na população o gosto pelo desporto, a União de Freguesias, em conjunto com a Comissão de Festas em Honra de Santa Bárbara, assumiram a responsabilidade da organização do trail pelas arribas do rio Douro”, justificou.
Sobre a impossibilidade da corrida passar pela margem do rio Douro, o autarca de Sendim, respondeu que o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) limitou o acesso a essa zona do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), alegando que nesta altura do ano há espécies de aves em nidificação.
Por sua vez, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, felicitou a organização pela continuidade desta prova desportiva, na vila Sendim.
“O desporto também é uma atividade estratégica para o concelho de Miranda do Douro. Estas corridas e caminhadas pela natureza são um bom exemplo de como a atividade desportiva consegue atrair novos visitantes e turistas que vêm conhecer o nosso concelho”, concluiu o vice-presidente do município de Miranda do Douro.
Mogadouro: Município vai criar um museu do território
O município de Mogadouro vai abrir um concurso público para a construção de um museu do território, um investimento de dois milhões de euros que vai ser instalado junto ao castelo, indicou o presidente da Câmara Municipal, António Pimentel.
“Trata-se de um investimento que vai rondar cerca de dois milhões de euros. Com este investimento pretendemos dar um salto qualitativo no campo cultural. O projeto já foi executado e trata-se de um museu ligado ao território”, explicou António Pimentel, referindo que a proposta de lançar o concurso foi aprovada pelo executivo.
De acordo com o autarca deste concelho do distrito de Bragança, o futuro museu segue em linha com um projeto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), para a criação de um conjunto de museus territoriais, iniciativa à qual o município de Mogadouro se candidatou.
“ A candidatura foi apresentada e esperamos que seja aprovada. Caso não o seja, a construção do futuro museu seguirá em frente com fundos próprios da autarquia”, vincou.
O prazo de construção deste museu é de 500 dias, ou seja, cerca de 1 ano e cinco meses.
António Pimentel lembrou que o imóvel que acolherá o futuro museu, que fica na zona histórica da cidade, junto ao castelo templário, igreja matriz e capela da misericórdia, foi doado por um particular, em 2002, ao município.
Segundo o autarca, trata-se essencialmente de um museu do território e da memória, e tem como objetivo refletir sobre a etnografia, arqueologia e história do concelho de Mogadouro e sobre todo o espólio já existente na atual Sala Museu de Arqueologia, que assenta em várias eras cronológicas que vão desde pré-história até ao período romano.
Por seu lado, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) tem no terreno desde de março de 2022 uma museóloga que começou a delinear o projeto que dará corpo à estrutura do futuro museu e que pretende ser “inovadora” na sua conceção, com enfoque na disposição do acervo já existente ou outro que vá surgindo, privilegiando uma componente tecnológica.
Este trabalho resulta de um protocolo assinado entre o município de Mogadouro e o IPB, que à data tinha um valor de 25 mil euros.
Em 23 de maio do mesmo ano, o município e o IPB começaram a ouvir a opinião da população deste concelho transmontano para a elaboração do projeto de musealização do futuro museu de Mogadouro.
“Com este tipo de inquérito, esperamos que no final saia uma opinião honesta sobre as matérias que conformam a identidade de um território, com as quais nós nos relacionamos. É prioritária a mobilização da comunidade neste processo de musealização do futuro museu de Mogadouro”, explicou então Emília Nogueiro.
A especialista em museologia e docente no IPB avançava ainda que não se pode avançar para o desenvolvimento do território sem auscultar quem lá está, principalmente em território de baixa densidade, onde se observa uma demanda da população.
O castelo de Mogadouro foi construído no século XII, pela Ordem do Templo, possivelmente sobre uma fortificação mais antiga e elementar. Para defesa da fronteira leste de Portugal, com o reino de Leão e Castela, formou uma linha com os castelos de castelo de Penas Róias e Longroiva, também dos Templários, o castelo de Algoso, da Ordem do Hospital e o castelo de Outeiro, da Coroa.