Miranda do Douro: Candidaturas à construção de charcas decorrem até 7 de agosto

De 5 de julho até 7 de agosto, o município de Miranda do Douro informa os agricultores do concelho que estão abertas as candidaturas à construção de charcas, uma medida ambiental que é vista pela técnica, Raquel Afonso, como fundamental para enfrentar as situações de seca na região.

De acordo com a técnica do município de Miranda do Douro, Raquel Afonso, a construção de charcas nas explorações agrícolas tem por finalidades garantir a sustentabilidade ambiental da exploração, disponibilizar bebedouros aos animais e reservatórios de água para o caso de incêndios.

“A construção de uma charca visa preservar os recursos hídricos, nomeadamente as águas das chuvas. Esta medida pretende tornar a agricultura mais resiliente perante as alterações climáticas”, indicou.

O licenciamento para a construção de uma charca obedece a algumas regras. Por exemplo, um charca construída nas margens de uma linha de água, a 10 metros do leito e que se encontra impermeabilizada de forma natural (argila) ou artificial (telas) fica dispensada do licenciamento e isenta da emissão de parecer por parte da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA, IP).

Noutras situações, o licenciamento para a construção de charcas obtêm-se junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), numa modalidade “Via Verde”, que assegura a emissão do parecer num prazo de 15 dias úteis, após a submissão da candidatura.

“Há ainda as situações dos terrenos localizados na Reserva Agrícola Nacional (RAN), em que os licenciamentos para a construção de charcas estão isentos de parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), desde que não envolvam maquinaria na captação ou limpeza da água,”, esclareceu.

Aos agricultores que pretendam apresentar candidaturas à construção de charcas, é recomendado que obtenham informação e apoios por entidades certificadas ou projetistas acreditados.

“Os agricultores que pretendam candidatar-se aos apoios do PDR 2020, bem como as entidades que pretendam elaborar as candidaturas desses beneficiários, terão de se registar previamente no Balcão de Beneficiário do PDR 2020 . Após o registo, os formulários de candidatura ficarão disponíveis no Balcão de Beneficiário”, explicou.

Na submissão as candidaturas são exigidos os seguintes documentos:

1- Certidão permanente do registo comercial ou código de acesso (no caso de pessoas coletivas), junto do IFAP, para atualização do IB;

2- Declaração de início de atividade, no caso de pessoas coletivas e no caso de pessoas singulares que já tenham iniciado a atividade junto da Autoridade Tributária, antes da data de apresentação da candidatura junto do IFAP, para atualização do IB;

3- Cartão do cidadão, no caso de pessoas singulares que não tenham iniciado atividade junto do IFAP para atualização do IB;

4- Título de Utilização dos Recursos Hídricos (TURH), relativo a captações, que fornecem água para a charca, se aplicável. (as captações tem que ser, devidamente, justificadas);

5- Declaração de membro de Cooperativa Credenciada, no setor agrícola.
A medida “Construção de Charcas” consta no Programa de Desenvolvimento Rural 2020, no âmbito da Operação – Investimento na Exploração Agrícola.

HA

Vale de Algoso: Atividades aquáticas no rio Angueira refrescaram os mais novos

No dia 17 de julho, o rio Angueira, em Vale de Algoso, foi o local das “Férias Desportivas” das crianças e jovens do concelho de Vimioso, que praticaram atividades aquáticas como a canoagem, o caiac e o stand up paddle e tornaram este dia refrescante e memorável para os mais novos.

No rio Angueira, os jovens participantes nas “Férias Desportivas” praticaram canoagem, caiaca e stand up paddle.

Com o final do ano letivo, o município de Vimioso está a proporcionar a 50 crianças e jovens do concelho, as “Férias Desportivas”, que consiste num programa variado de atividades desportivas e culturais, que são também oportunidades de novas aprendizagem e momentos de convívio e muita animação.

Segundo Sérgio Torrão, coordenador da empresa Coordenadas de Aventura, o interesse e a participação das crianças e jovens por este programa de férias tem sido “excelente”.

No dia 17 de julho, as “Férias Desportivas” levaram os jovens vimiosenses até ao rio Angueira, em Vale de Algoso, onde praticaram atividades aquáticas como a canoagem, caiac e stand up paddle. A meio da jornada, realizou-se um piquenique, em que cada participante trouxe a merenda ou o farnel de casa.

Ao longo das três semanas já realizadas das “Férias Desportivas”, as crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, realizaram atividades como escalada, rappel, insufláveis, caminhadas, piscina, sessões de cinema, entre outras.

“Neste tempo de verão procuramos oferecer atividades ao ar livre, para que os mais novos descubram as potencialidades da natureza e pratiquem outras atividades fora do âmbito do pavilhão gimnodesportivo”, disse.

Questionado sobre os receios iniciais das crianças e jovens, pela prática de atividades radicais como a escalada, a canoagem ou outras, o também professor de educação física, explicou que os mais novos motivam-se mutuamente e juntos tornam-se mais autoconfiantes nas suas próprias capacidades.

“As crianças que inicialmente são mais receosas, ao verem os outros jovens a praticar canoagem ou outra atividade, decidem experimentar e acabam por conseguir fazê-lo também. Em grupo, tudo se torna mais fácil”, explicou.

Segundo Sérgio Torrão, o concelho de Vimioso oferece boas condições para a realização de atividades aquáticas, dado que é atravessado por três rios: o Angueira, o Maçãs e o Sabor.

“Estes rios estão encaixados em vales, o que permite realizar várias atividades aquáticas e outras, como o slide, rappel, escalada e caminhadas interpretativas da fauna e da flora envolvente. Aqui em Vale de Algoso, falamos-lhes sobre os lagostins existentes no rio Angueira”, indicou.

No decorrer das “Férias Desportivas”, os monitores pedem às crianças e jovens para evitar os telemóveis e os jogos digitais, sugerindo-lhes, em alternativa, jogos didáticos, como as cartas ou os jogos de tabuleiro, como o xadrez, as damas, etc.

O jovem Gonçalo Ramos foi um dos participantes nas atividades, no rio Angueira.

“Estou a divertir-me muito nas Férias Desportivas, nas quais já pratiquei paint-ball, slide e agora caiac. Este programa de férias também dá a possibilidade de estar com os meus colegas e conviver”, disse.

Por sua vez, Sandro Afonso, de 13 anos, disse que as Férias Desportivas permitiram-lhe praticar, pela primeira vez, atividades como o stand up paddle.

“Estou a gostar muito deste dia passado no rio Angueira, onde podemos praticar as modalidades aquáticas, nadar e até pescar lagostins!”, disse.

A seu lado estava o colega, Gabriel Rodrigues, que partilhou o mesmo entusiasmo pelas atividades aquáticas.

A jovem, Joana Lourenço , também estava entusiasmada com a possibilidade de praticar stand up paddle, no rio.

“Entre as atividades aquáticas, gosto particularmente do stand up paddle, pois ao estar de pé em cima da prancha dá-me e sensação de estar a surfar”, disse.

As “Férias Desportivas” decorrem de 26 de junho a 28 de julho e resultam de uma parceria entre o município de Vimioso e a empresa “Coordenadas de Aventura”- Animação Turística.

HA

Cultura: Festival D´Onor celebra identidade transfronteiriça da raia

O Festival D´Onor regressa no fim de semana de 21, 22 e 23 de julho, para celebrar a identidade transfronteiriça dos dois povos, português e espanhol, que partilham o quotidiano e as tradições nas aldeias de Rio de Onor (Bragança) e Rihonor de Castilla (Zamora), na raia.

A nacionalidade distingue Rio de Onor, em Bragança, Portugal, de Rihonor de Castilla, em Zamora, Espanha, mas desde sempre que os habitantes das duas aldeias fazem uma vida em comum.

O comunitarismo e as práticas típicas são marcas distintivas das gentes locais, que a associação de jovens Monte de Festa destaca no Festival D’Onor, com a quinta edição a decorrer entre sexta-feira e domingo.

A menos de 30 quilómetros da cidade de Bragança, os cerca de 60 habitantes estão habituados ao movimento dos turistas que, nos três dias do festival, aumentam ao som da música, dança e recriação das tradições, segundo a organização.

Além dos habituais concertos, que têm como cabeça de cartaz Virgem Suta, o Festival D’Onor promete dar “nova vida a um cancioneiro com 70 anos”, as “Cantigas D’ONOR”, e mantém no programa o Baile do Gaiteiro, aberto a instrumentistas e amadores de todas as origens musicais.

Esta atividade “desafia instrumentistas e amadores de todas as origens musicais a participar numa sessão improvisada e descontraída, na qual poderão, com qualquer instrumento, juntar-se à festa e tocar de forma espontânea, descomprometida e sem ensaio prévio”.

A esta experiência juntam-se, no primeiro dia, as Danças Tradicionais e do Mundo, cujo nome evoca a memória dos antigos bailes que se realizavam no Largo da Portelica, em Rio de Onor, ao som da gaita-de-foles, nas quentes noites de verão”.

No segundo dia há Jogos Tradicionais, em parceria com a Associação de Jogos Populares do Distrito de Bragança, e com ênfase no “jogo da raiola”, uma atividade que, antigamente, era desenvolvida como “jogo de taberna”, para passar os tempos livres e “ver quem paga a rodada (copos) seguinte”.

Segue-se a Ronda Cultural e das Adegas, ao som de gaiteiros e tocadores, “para explorar a riqueza cultural das duas aldeias” e em que “o desafio é percorrer o património edificado comunitário da aldeia e explorar os encantos das adegas locais, partilhando do vinho e hospitalidade dos habitantes dois lados da fronteira”.

Noutras sonoridades, atuam os Manaita, os Trasga, um grupo de raiz folk com um repertório exclusivamente preparado com “originais” em língua mirandesa, Virgem Suta, os Zíngarus e DJ Set de Jaiem Pires.

O último dia tem espaço para a família com uma sessão de Teatro ao Ar Livre “para assistir a narrativas repletas de tradição e magia, dinamizadas e protagonizadas pelos membros da FISGA – Associação”.

Junto ao rio, com o nome da aldeia, há música com vários artistas e sonoridades de diferentes cantos do mundo, assim como “Cantigas D’ONOR” publicadas na obra “Rio de Onor: Comunitarismo Agro-Pastoril” de Jorge Dias, que contém 40 canções locais recolhidas pela mulher Margot Dias.

Algumas dessas canções serão reinterpretadas por João Amaro e Helena Xavier, antes do encerramento do festival com os Gaiteiros D’ONOR, um grupo informal de música tradicional formado por membros da entidade organizadora.

A atuação dá palco à solidariedade ao ser feita em conjunto com o grupo Vira Bombos, composto por utentes da APADI – Associação dos Pais e Amigos do Diminuído Intelectual, uma instituição social de Bragança.

A entrada para o festival é gratuita, assim como o campismo para quem quiser permanecer durante o fim de semana, em que há também tasquinhas, restaurante e um mercado tradicional.

Fonte: Lusa

Natureza: Montesinho recebe 80 voluntários estrangeiros

O Parque Natural de Montesinho recebe este verão cerca de 80 jovens voluntários estrangeiros, no âmbito de um programa europeu que decorre há 26 anos nesta área protegida, que abrange os concelhos de Vinhais e Bragança.

Os voluntários são inseridos nas comunidades, onde realizam “atividades de recuperação e preparação de infraestruturas, tais como pinturas de igrejas e capelas, lavadouros, coretos e fontes”, informou o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF):

Divididos em grupos, os jovens vindos de vários países europeus, realizam ainda “atividades de conservação da natureza, tais como limpeza e manutenção de caminhos, limpeza de linhas de água, limpeza de floresta e limpeza e remarcação de percursos pedestres”.

O programa resulta de uma parceria entre o Parque Natural de Montesinho e o Serviço de Voluntariado Internacional, sediado em Bruxelas, o qual já trouxe, em 26 anos, a esta área protegida 1.404 voluntários de países como a Bélgica, Espanha, França e Holanda.

Fonte: Lusa

Política: Municípios recebem verbas dos transportes escolares em julho e das refeições em agosto – Governo

O secretário de Estado da Administração Local assegurou que as despesas dos municípios com os transportes escolares vão ser pagas no mês de julho, mas a verba das refeições e as atualizações salariais dos trabalhadores só será feita em agosto.

“Há situações em que, efetivamente, os municípios têm razão, há subfinanciamento, e esse subfinanciamento está detetado e o Governo tem acordo com a ANMP [Associação Nacional de Municípios Portugueses] para o cobrir. Entre ele está o financiamento para o transporte escolar, que será feito este mês”, disse Carlos Miguel.

A ANMP e os autarcas social-democratas alertaram para o atraso de pagamento, pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), de várias verbas acordadas pelos municípios e o Governo num acordo celebrado há um ano, entre as quais estavam despesas extraordinárias das Câmaras com o transporte de crianças com necessidades específicas de transporte.

“Vai fazê-lo este mês. A dotação da Educação é reforçada em 27 milhões de euros (ME), que vão cobrir os transportes especiais e o apetrechamento das escolas” (verba para consumíveis, como material de laboratório e outros equipamentos escolares), disse o governante.

Quanto às verbas em atraso relativamente ao pagamento de refeições escolares e ainda as verbas relativas ao aumento dos vencimentos dos funcionários transferidos para a administração local e o respetivo aumento do subsidio de refeição, elas só deverão ser pagas no próximo mês.

O Governo e a ANMP acordaram que a administração central assume o pagamento das refeições escolares até ao valor de referência de 2,75 euros, mas pode suportar um valor superior caso o município demonstre que teve mais gastos porque não conseguiu fazer um ajuste por esse valor.

Segundo Carlos Miguel, a DGAL realizou um inquérito junto dos municípios para aferir o valor que estavam a pagar pelas refeições, mas cerca de 30 câmaras, algumas de grande dimensão, não responderam dentro do prazo, o que atrasou o processo.

“[Houve] dificuldade da DGAL em poder fazer contas e apresentar ao Governo um valor, que nós da Coesão Territorial teremos que apresentar junto do Ministério das Finanças, para justificar e pedir o reforço de verbas, algo que iremos fazer num curto espaço de tempo. Por isso, este valor das refeições não será pago ainda este mês, porque as transferências têm de ser feitas até ao dia 20. Mas eu espero que, no próximo mês, já tenhamos as contas acertadas com o Ministério das Finanças para cobrir as refeições já consumidas e também cobrir essas despesas até ao final do ano”, afirmou.

Além do valor das refeições, no próximo mês, o Governo espera também transferir para os municípios as verbas devidas pela atualização dos vencimentos e do subsídio de refeição do pessoal transferido da administração central para a administração local ao abrigo da descentralização.

“Pensamos também que a DGAL já tem essas contas feitas e pensamos que, no próximo mês, possamos ter aqui um novo reforço das verbas não só na Educação – mas essas são as substanciais – mas também na Saúde, na Cultura e na Ação Social, porque em todas elas há transferência de trabalhadores”, concluiu.

Governo e autarcas realizaram uma reunião para balanço do processo de descentralização de competências na Educação e na Saúde, um ano depois da assinatura de um acordo setorial sobre estas áreas, que, segundo o governante, “foi muito positivo”.

“As intervenções foram muito poucas e, as poucas que foram, a maior parte delas foram elogiosas”, salientou Carlos Miguel, realçando que continuam a ser feitas “correções” no processo de descentralização “e há abertura para aperfeiçoar as verbas necessárias”.

O Governo iniciou em 2019 a transferência de competências para os municípios do continente em 22 áreas, entre as quais na Educação, na Saúde, na Ação Social e na Cultura.

A conclusão do processo tem tido diversos revezes desde o início porque os municípios têm considerado insuficientes as verbas atribuídas às áreas a descentralizar, sobretudo quanto à Educação e à Saúde.

Fonte: Lusa

Segurança rodoviária: Campanha sobre perigos do uso do telemóvel na condução

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a GNR e a PSP iniciam a 18 de julho uma campanha de segurança rodoviária para alertar os condutores para as consequências, por vezes fatais, do uso indevido do telemóvel durante a condução.

A campanha de segurança rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar” vai decorrer até dia 24 e, segundo a ANSR, Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana, o uso do telemóvel durante a condução aumenta em quatro vezes a probabilidade de acidente.

“A 50 km/h, olhar para o telemóvel durante três segundos é o mesmo que conduzir a uma distância de 42 metros com os olhos vendados, o equivalente a uma fila de 10 carros”, precisam em comunicado aquelas três entidades, sustentando também que “não vale a pena arriscar perder três pontos na carta de condução”.

A campanha, inserida no Plano Nacional de Fiscalização de 2023, vai integrar ações de sensibilização da ANSR em Portugal Continental, assim como dos organismos e serviços das administrações das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e operações de fiscalização, pela GNR e pela PSP, com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário.

As ações de sensibilização ocorrerão em simultâneo com as operações de fiscalização e vão decorrer a 18 de julho, nas portagens de Carcavelos, sentido Lisboa-Cascais, em duas ruas de Castelo Branco (dia 19), nas portagens de Coimbra Norte/IP3 (dia 20), em Espinho (dia 21) e em Santarém (dia 24).

A ANSR, a GNR e a PSP insistem que o uso do telemóvel ao volante é um risco para a segurança do próprio e dos outros, lembrando que os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução são mais lentos a reconhecer e a reagir a perigos.

“A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada”, acrescentam.

Fonte: Lusa

Vimioso: Águia Futebol Clube reelegeu direção e mantém aposta única no futsal

O Águia Futebol Clube de Vimioso elegeu os novos órgãos sociais, para o triénio 2023-2026, tendo o presidente reeleito, Otávio Rodrigues, comunicado a decisão de voltar a apostar unicamente no futsal, devido à falta de recursos humanos e financeiros para apresentar uma equipa de futebol de 11.

No decorrer da assembleia geral, realizada na sexta-feira, dia 14 de julho, às 21h00, na freguesia de Vimioso, a direção do Águia Futebol Clube de Vimioso, liderada por Otávio Rodrigues começou por apresentar o relatório de atividades e contas relativo ao triénio 2020-2023. No que concerne às contas do clube vimiosense, a direção informou que estão a pagar uma dívida à Associação de Futebol de Bragança (AFB), no valor de 2968 euros.

Após a apresentação do relatório de atividades e contas, seguiu-se o ato eleitoral, com uma única lista, apresentada por Otávio Rodrigues, que dirige o clube há 14 anos.

Para o triénio 2023-2026, o presidente reeleito do Águia Futebol Clube de Vimioso, conta com a seguinte equipa:

Assembleia

Presidente: Luís Rodrigues
Vice-presidenete: Sílvia Vicente

Direção

Presidente: Otávio Rodrigues
Vice-presidente: Luís Silva
Tesoureira: Joana Carvalho
Secretário: Vitor Silva
Vogal: Rui Fernandes
Vogal: Rafael Pera

Conselho fiscal

Presidente: Cristina Miguel
Vogal: Graça

Numa abordagem à época desportiva 2023/2024, a direção do Águia Futebol Clube de Vimioso decidiu não apresentar equipa para competir no campeonato distrital de futebol de 11, devido à falta de recursos humanos e financeiros.

Tal como na época passada, o Águia Futebol Clube de Vimioso vai competir apenas no futsal e a direção agora reeleita confirmou o regresso do treinador, Paulo Gonçalves, ao comando técnico da equipa.

“Na preparação para a nova época, para além do treinador, já contratamos 11 jogadores, sendo que o Miguel Diz decidiu voltar a jogar futebol de 11, no Argozelo; e o Ricardo, tomou a decisão de deixar de jogar futsal”, informou, Otávio Rodrigues.

Sobre o plantel para a nova época, Rafael Esteves e Sérgio Xé vão continuar a representar o clube vimiosense. Quanto às entradas, destaque para Pedro Alves, ex-jogador da Escola Arnaldo Pereira e André Meneses, que regressa a Vimioso, após uma época, no Clube Académico de Mogadouro.

Na recente assembleia geral foram ainda abordados outros assuntos como a necessidade de atualizar os estatutos do clube; adaptar as quotas dos associados ao futsal; e confirmar o ano da fundação do clube, por ocasião da possível comemoração dos 50 anos do Águia Futebol Clube de Vimioso, que terá sido fundado a 18 de agosto de 1973, segundo o site do município de Vimioso.

HA

XV Domingo do Tempo Comum

Ser boa terra

Is 55, 10-11 / Slm 64 (65), 10-14 / Rom 8, 18-23 / Mt 13, 1-23

Saiu o semeador a semear.”

Jesus gosta de contar-nos histórias, sendo que poucas são fáceis de entender a primeira vez que as encontramos (ou na décima vez). Ele sabe que uma boa história alcança muito mais do real das nossas vidas do que um conselho, uma ideia, uma ordem ou uma lei.

No Evangelho de hoje acontece algo raro: diante da insistência dos discípulos, Jesus explica a parábola do semeador. Esta diz-nos que quando o semeador sai a semear, espalhando a semente pelo campo, há sementes que caem à beira do caminho e são comidas pelas aves; outras entre pedras e secam; algumas entre espinhos e sufocam; e umas quantas em boa terra e dão fruto.

Jesus afirma que a semente que cai à beira do caminho é aquela palavra de Deus que não conseguimos entender. E porque não conseguimos? Porque para a entender, temos de ter referências. Temos de ter a história de Deus com o seu povo presente, a história de Israel, da Igreja e a nossa própria história. Esta amnésia da história da salvação priva-nos do futuro. Como não entendemos, não confiamos; como não confiamos, não arriscamos; e porque não arriscamos, não damos fruto.

A semente que cai entre pedras é aquela palavra que começa por ser acolhida com grande alegria, mas que seca quando encontra dificuldades. Jesus alerta-nos para a fugacidade dos entusiasmos vazios, que tendem a minguar e desaparecer diante dos primeiros obstáculos. Como qualquer agricultor sabe, é preciso perseverança para alcançar o fruto.

A semente sufocada entre espinhos corresponde à nossa incapacidade de correr em direção à meta, de caminhar com rumo. Preferimos o comodismo do sofá a pegar a cruz e seguir Jesus. Quando isso acontece, seja pelo «amor» ao conforto, à honra, ou ao dinheiro, a palavra de Deus é abafada e não dá fruto.

Por fim, encontramo-nos com a palavra que encontra boa terra. Esta boa terra não é obra do acaso. Esta boa terra foi preparada com as práticas que faltaram aos três terrenos antecedentes: uma consciência da história da salvação, que leva à confiança; a perseverança na adversidade, que leva à fidelidade; o sentido de rumo no quotidiano, negando-nos a nós mesmos, que leva a vivermos no amor.

Temos nesta parábola um guia prático para crescermos como discípulos. Dediquemos algum tempo, nas nossas semanas, ao estudo da história da salvação. Aproveitemos as dificuldades para nos exercitarmos na perseverança. Peguemos na cruz e lancemo-nos ao caminho com Cristo. Exercitando-nos nestas virtudes, seremos boa terra, onde toda a semente dá fruto, «ora cem, ora sessenta, ora trinta por um».

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Sendim: Sendineses celebraram os 33 anos da vila

Na quinta-feira, dia 13 de julho, a vila de Sendim celebrou o 33º aniversário de elevação a vila, uma efeméride que a freguesia e população local continuam a assinalar com entusiasmo, não obstante os desafios que a localidade enfrenta para fixar a população, manter os serviços existentes e dinamizar as atividades socio-económicas e culturais.

O Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha (Madeira) presenteou a população de Sendim com uma atuação.

As comemorações do 33º aniversário de elevação de Sendim à categoria de vila iniciaram-se ao final da tarde do dia 13 de julho, na praça central da localidade, com a exposição dos trabalhos realizados ao longo do ano, na Oficina do Idoso.

Entre os trabalhos expostos, as pessoas idosas de Sendim mostraram peças em madeira, trabalhos em crochet, bolsas para senhora, almofadas, panos de cozinha, quadros, entre outras peças de artesanato.

Depois, às 18h30, na igreja matriz de Sendim, celebrou-se a missa, em sufrágio de todos os sendineses já falecidos, uma celebração religiosa que contou com a participação do executivo municipal de Miranda do Douro, liderado pela presidente, Helena Barril, e a equipa da União de Freguesias de Sendim e Atenor, presidida por Luís Santiago.

Na homília da missa, o padre António Pires, pároco de Sendim, agradeceu o legado dos sendineses já falecidos e numa alusão ao evangelho, disse que cabe agora à atual população de Sendim continuar a “elevar “a vila, quer no âmbito espiritual, dos valores como a justiça e a retidão, que no âmbito material, trabalhando por proporcionar melhores condições de vida à população.

Após a missa, a junta de freguesia de Sendim ofereceu a toda a população um jantar-convívio, com caldo verde e porco no espeto.

Sobre as comemorações do 33º aniversário de elevação de Sendim a vila, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, lembrou que na década de 1990, a população sendinesa acalentava a esperança de ver reconhecida a grandeza da localidade.

Questionámos alguns sendineses sobre o significado das comemorações da Elevação de Sendim a Vila.

Manuel Santiago, por exemplo, em 1990, fazia parte da assembleia de freguesia de Sendim. O antigo autarca recordou que a elevação de Sendim a vila gerou uma enorme satisfação na população local.

“Na altura, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Júlio Meirinhos, trabalhou afincadamente para que Sendim fosse elevado a vila. No entanto, no dia-a-dia das pessoas, este reconhecimento de pouco valeu, já que com o passar dos anos verificou-se um crescente despovoamento e consequentemente um declínio económico na localidade”, disse.

Segundo Manuel Santiago, na década de 1990, vivia muita gente em Sendim, que se dedicava sobretudo à agricultura (ao cultivo da vinha, dos olivais e à produção de cereais), mas também aos serviços (oficinas, sapatarias, etc.) e ao comércio.

Por sua vez, Fernando Palhau, advogado, natural de Sendim, corroborou da opinião que a elevação de Sendim a vila, trouxe poucas vantagens à localidade.

“No dia 13 de julho de 1990, viveu-se uma grande alegria em Sendim, pois a localidade passou de aldeia à categoria de vila. Contudo, desde então e paradoxalmente, fomos perdendo habitantes e consequentemente o dinamismo daquela época”, disse.

As comemorações do 33º aniversário da vila de Sendim, continuaram no decorrer do serão, com as atuações do Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha (Madeira) e do Rancho Folclórico e Etnográfico de Sendim.

Depois das atuações, a União de Freguesias de Sendim e Atenor entregou lembranças os 22 alunos que concluíram o ciclo de estudos na Escola B 1/2/3 de Sendim.

As comemorações deste ano encerraram com o concerto final do grupo de rock sendinês, “Pica & Trilha”.

HA

Mogadouro: Festival Terra Transmontana é dedicado às comunidades migrantes

O município de Mogadouro dedica a edição de 2023 do Festival Terra Transmontana às comunidades migrantes, um evento que vai decorrer na zona histórica desta vila, entre 21 e 23 de julho.

“Mogadouro foi um concelho de emigrantes durante várias décadas e atualmente acolhe pessoas de vários pontos do mundo. Temos gente que emigrou e levou consigo as tradições locais. Por outro lado, temos imigrantes que chegaram a Mogadouro que trouxeram um pouco da cultura”, disse o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel.

Mogadouro acolhe atualmente cidadãos de várias nacionalidades, como Brasil, China, Paquistão, Índia, Ucrânia, Espanha, França e Alemanha, entre outras, e por este motivo o tema de edição deste ano do Festival Terra Transmontana (FTT) é “Migrações e Tradições”.

“São comunidades que escolheram Mogadouro para fazer a sua vida, sendo que alguns começam a ganhar raízes afetivas e importa dar visibilidade a este fenómeno social”, contou o autarca.

Para António Pimentel, a demografia do concelho é uma preocupação e “que tudo quanto o que se puder fazer para estabilizar a população residente no concelho já é muito bom”.

O FTT tem uma particularidade única, já que se realiza no centro histórico da vila, junto ao velho castelo Templário desta localidade construído entre 1160 a 1165, segundo alguns investigadores, e onde os visitantes marcam encontro com a história e as tradições seculares deste território.

“Toda a política cultural que o município tem levado a efeito ajuda à sustentabilidade económica do concelho”, explicou António Pimentel.

De acordo com a vereadora com o pelouro da Cultura no município de Mogadouro, Márcia Barros, o FTT conta uma forte componente de entretenimento, proporcionando também o contacto com a natureza, com as ritualidades, as tradições, artes e ofícios, autenticidades locais, as sonoridades e as sensações provocadas pelos sabores que caracterizam a Terra Transmontana.

Com esta edição, disse, “pretende-se também proporcionar oportunidades de mostrar a comercialização de produtos locais, com diversas tendas e bancas de expositores, no casco histórico da vila transmontana”.

Para Márcia Bairros, durante o FTT há casas desabitadas que ganham vida, para acolher os visitantes que assim têm acesso a uma experiência genuína e imersiva da cultura local.

“Nesta zona da vila há casas particulares transformadas em espaços gastronómicos onde só é permitido a confeção e venda de produtos regionais, o que faz movimentar a economia local e manter a tradição”, indicou a vereadora.

De acordo com Márcia Barros, o FTT abre no dia 21 com a música dos Curinga Folk, Zingarus e DJ Gaiteiro. No dia seguinte sobem ao palco os Crua e Pé na Terra.

“Pelo meio haverá animação de ruas com vários artistas, espaços infantis, pauliteiros, banda filarmónica de Mogadouro, gaiteiros, espetáculos de fogo, entre outras atividades lúdicas e culturais”, descreveu.

O último dia do FTT (23 de julho) fica reservado para o desfile etnográfico, com figurantes vestidos de acordo com o tema do festival, a que se juntam gaiteiros tradicionais e carros alegóricos das mais diversas freguesias e associações do concelho.

Fonte: Lusa