Ambiente: GNR registou 1.912 crimes de incêndio florestal

Ambiente: GNR registou 1.912 crimes de incêndio florestal

Este ano, a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou até 18 de agosto, 1.912 crimes de incêndio florestal, mais de metade do que os 3.299 de todo o ano passado e efetuou 24 detenções, avançou fonte oficial desta força de segurança.

Segundo a investigação, até 18 de agosto, foram ainda identificados 326 suspeitos, informou a porta-voz da Guarda Nacional Republicana (GNR), Mafalda Gomes de Almeida.

No ano de 2023, acrescentou, foram “detidas 57 pessoas e identificadas 803”.

A porta-voz da GNR referiu, por outro lado, que, no âmbito da Operação Floresta Segura 2024, a GNR “realizou 6.139 ações de sensibilização, tendo alcançado 99.419 pessoas com o objetivo de evitar comportamentos de risco, sensibilizar para a importância de adoção de medidas de autoproteção e uso correto do fogo, por parte da comunidade”.

Nessa ação, foram realizadas 33.986 ações de patrulhamento e empenhados “mais de 86.516 militares em todo o território nacional” até 18 de agosto, mas as ações de fiscalização vão prosseguir.

Num despacho de fevereiro, as secretarias de Estado da Proteção Civil e da Conservação da Natureza e Florestas identificaram 991 freguesias prioritárias para fiscalização da gestão de combustível em 2024, entre 01 e 31 de maio (entretanto adiado para junho), no caso de proprietários de terrenos rurais próximos de edifícios ou em aglomerados confinantes com espaços florestais.

Os trabalhos teriam de estar concluídos até 31 de maio e a fiscalização decorreu também, entre 01 e 30 de junho, nas faixas entre cinco e 10 metros das redes viárias, ferroviárias e de transporte de energia elétrica e de gás natural, da responsabilidade das respetivas entidades.

“Temos as equipas já preparadas para fazer a abordagem às 991 freguesias prioritárias”, assegurou, no final de maio, Ricardo Vaz Alves, da direção do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (Sepna) da GNR, explicando que o plano de fiscalização iria “implicar com alguns meios” alocados à fiscalização que simultaneamente estavam associados ao combate, caso necessário.

No que diz respeito à falta de gestão de combustíveis, até 31 de maio, a GNR registou um total de 10.252 sinalizações por falta de limpeza dos terrenos, com base numa primeira verificação dos militares, que não deu origem à aplicação de contraordenações.

Os distritos com mais sinalizações este ano, com base nos dados da GNR, foram Leiria (2.441), Viseu (1.233), Coimbra (837), Santarém (788) e Castelo Branco (711), enquanto os menos sinalizados foram Portalegre (71), Évora (85), Porto (230), Lisboa (246) e Guarda (257).

Após o fim do prazo para os proprietários limparem os terrenos, a GNR aplicou até 18 de agosto 1.708 contraordenações, das quais 272 no distrito de Santarém, 188 em Braga, 177 em Castelo Branco, 124 em Faro, 122 em Beja e 116 em Coimbra.

Nos distritos com menos contraordenações estão Bragança (28), Guarda (30), Portalegre (32), Viana do Castelo (40) e Lisboa (41), mas este ‘ranking’ ainda pode sofrer alterações este ano, uma vez que as ações de fiscalização prosseguem.

No caso dos terrenos inseridos em espaços rurais, a limpeza tem de incidir sobre até 50 metros dos edifícios, em áreas de floresta, matos ou pastagens naturais.

Nos aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais, é obrigatória a gestão de combustível numa faixa exterior não inferior a 100 metros, distância também prevista para parques de campismo ou industriais e aterros sanitários.

“A proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades estratégicas da GNR, sustentada numa atuação preventiva e num reforço de patrulhamento nas áreas florestais”, frisou Mafalda Gomes de Almeida.

Considerando que “a maioria das ocorrências de incêndio se devem ao uso negligente do fogo”, a GNR recomenda que “nas atividades agroflorestais sejam utilizados métodos alternativos à queima de sobrantes de exploração” – estilhaçamento e incorporação no solo.

Os municípios, além de terem de ser informados das coimas de entidades externas, podem notificar os proprietários para a limpeza ou, posteriormente, realizar os trabalhos e serem ressarcidas das despesas.

Fonte: Lusa

Criminalidade: Burla com recurso a inteligência artificial

Criminalidade: Burla com recurso a inteligência artificial

A Polícia Judiciária (PJ) alertou para a existência de uma campanha “intensa e massiva” de burla, com chamadas fraudulentas para enganar os cidadãos e levá-los a transferir dinheiro para contas bancárias.

Em conferência de imprensa realizada na sede da PJ, em Lisboa, o coordenador de investigação criminal, José Ribeiro, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), destacou o recurso de redes criminosas estrangeiras a técnicas de inteligência artificial para a difusão desta campanha, que já resultou “num número incomum de queixas” junto da instituição.

“Neste momento, a nossa preocupação reside numa campanha atual em que foram difundidas de forma massiva milhares de chamadas telefónicas e que tem resultado num número incomum de queixas. Só no ultimo fim de semana recebemos mais de uma centena”, afirmou o responsável, assegurando que a PJ está a “trabalhar em conjunto com as operadoras” para identificar estas técnicas de ‘spoofing’ (falsificação de identidade para obter dados).

De acordo com José Ribeiro, a PJ já abriu aproximadamente 2.000 inquéritos desde o início do ano relacionados com diversos tipos de burlas informáticas, como as campanhas ‘olá pai, olá mãe’, mas sublinhou a evolução nestes esquemas criminosos e garantiu que a PJ já desenvolveu “algumas técnicas de como identificar ameaças”, mas assumiu que “é complicado antecipar comportamentos” nesta matéria.

“A preocupação com estas técnicas é a forma massiva como as campanhas são difundidas e conseguem ter contacto direto com as vítimas, numa abordagem quase individualizada. Estão a desenvolver padrões individualizados de ataque e de burla, fazem análise de perfil e com recurso a inteligência artificial. Neste momento, desenvolvem técnicas direcionadas e este caso é assustador, porque vai trazer-nos dificuldades acrescidas”, frisou.

Fonte: Lusa

Política: Governo vai atualizar comparticipações ao setor social

Política: Governo vai atualizar comparticipações ao setor social

A Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Maria Clara Marques Mendes, anunciou que o Governo vai proceder neste mês de setembro, a uma atualização extraordinária das comparticipações do Estado para o setor social.

 “Já em setembro vai ser feita uma atualização extraordinária, que será paga em outubro”, disse Maria Clara Marques Mendes, lembrando que no final do passado mês de julho foi alcançado um entendimento entre o Governo e o setor social sobre as comparticipações do Estado.

 “Conseguimos chegar a esse entendimento. O que estamos a fazer agora é ver quais são as atualizações que vão operar a partir de 2025”, acrescentou a secretária de Estado, ressalvando que a atualização extraordinária anunciada para este mês de setembro não abrange todas as respostas do setor social.

 Maria Clara Marques Mendes falava na cerimónia de inauguração da ampliação da creche do ACM/YMCA de Setúbal, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), e da nova incubadora de negócios sociais promovida pela mesma associação, que irá funcionar no mercado do Livramento, também em Setúbal.

 “Desde a primeira hora que nós [Governo] temos olhado para o setor e temos dito – já o dizíamos antes – que o setor social tem de ser reconhecido”, disse a secretária de Estado da Ação Social e Inclusão.

 “Nós confiamos no setor, temos que reconhecer o setor. Dizer que reconhecemos o setor, dizer que confiamos no setor, mas depois as nossas ações não são condizentes com isso, não é reconhecer o setor”, frisou.

Segundo revelou o presidente do ACM/YMCA de Setúbal, a associação dá resposta a um total de 237 crianças nas áreas do pré-escolar, creche e Centro de Atividades de Tempos Livres.

A ampliação dos serviços de creche do ACM/YMCA foi comparticipada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) em 167 mil euros.

A nova incubadora de negócios sociais beneficiou de um apoio financeiro de 150 mil euros através do programa Vales para Incubadoras e Aceleradoras.

Fonte: Lusa

Póvoa: Lutuosa geral pelos associados falecidos da confraria do Naso

Póvoa: Lutuosa geral pelos associados falecidos da confraria do Naso

Na capela de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa, celebrou-se no Domingo, dia 1 de setembro, a eucaristia e a lutuosa geral, em sufrágio dos associados já falecidos, da confraria de Nossa Senhora do Naso.

A lutuosa geral precedeu a eucaristia, celebrada na capela de Nossa Senhora do Naso.

A celebração religiosa iniciou-se com a oração da lutuosa geral, que consiste em cânticos de sufrágio pelos associados já falecidos, da Confraria de Nossa Senhora do Naso.

Seguiu-se a eucaristia, presidida pelo padre Manuel Marques e na homília referente ao XXII Domingo do Tempo Comum, o sacerdote começou por interpelar a assembleia, que encheu a capela do Naso: “Que leis ou preceitos de Deus devemos praticar e não apenas ouvir?” – questionou.

Invocando o exemplo de São Paulo, o sacerdote ensinou que “a fé sem obras de nada vale”. E por isso é um imperativo praticar as obras de misericórdia, tais como dar de comer aos famintos, assistir os enfermos, dar bons conselhos, perdoar as injúrias, etc.

“Quando nos esforçamos por ter um coração bom e reto, conseguimos praticar as boas obras. O jejum e a moderação são exercícios que nos libertam e purificam o coração”, ensinou.

O sacerdote concluiu a homília afirmando que “Jesus veio libertar-nos das más inclinações e dos instintos egoístas, de modo a escolhermos a melhor parte da vida, que é o amor de uns pelos outros” – concluiu.

A celebração da eucaristia e lutuosa geral fazem parte do programa da Festa em honra de Nossa Senhora do Naso, que vai decorrer no fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro.

No serão de sexta-feira, dia 6, realiza-se às 20h00, a procissão de velas, entre a aldeia da Póvoa e a capela do Naso, onde vai concluir-se a novena, com a celebração da eucaristia.

No sábado, dia 7 de setembro, a missa campal no santuário do Naso está agendada para as 15h00, seguida da procissão.

No Domingo, 8 de setembro, dia da Natividade da Virgem Santa Maria, o momento mais importante é a Missa Solene, agendada para as 14h00 e que este ano vai ser presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida.

HA

Miranda do Douro: Emigrantes e turistas elogiaram o passeio até ao Naso

Miranda do Douro: Emigrantes e turistas elogiaram o passeio até ao Naso

No passado Domingo, dia 1 de setembro, o passeio pedestre pelo planalto mirandês, entre Miranda do Douro e o santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa, juntou 250 participantes, entre eles emigrantes, visitantes e turistas, que elogiaram a organização do evento, assim como a tranquilidade e a beleza da região.

O passeio pedestre “Planalto Mirandês”, entre Miranda do Douro e o santuário do Naso teve uma distância de 15 quilómetros.

Um dos participantes no passeio foi o presidente da Freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira, que veio acompanhado da esposa e da filha.

“É sempre bom participar neste icónico passeio que antecede a festa em honra de Nossa Senhora do Naso, uma das romarias mais conhecidas e concorridas no concelho de Miranda do Douro. Sobre o passeio, a par do bem-estar físico que a caminhada proporciona, temos a oportunidade de contemplar as belíssimas paisagens do planalto mirandês”, disse o autarca.




Outra participante, Alice Martins, disse que veio ao passeio motivada pelo convívio que se estabelece entre os caminhantes e pela tradição de participar na festa do Naso, agendada para o fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro.

“Todos os anos, juntamente com a família e amigos, preparamos uma merenda para a festa do Naso. Este ano, vou levar um leitão assado, juntamente com bolinhos de bacalhau, rissóis, uma salada de grão de bico com bacalhau, melão e melancia. E no próximo dia 8 de setembro, se Deus quiser, lá estaremos a conviver e participar na festa em honra de Nossa Senhora do Naso!” – adiantou.


Entre os 250 caminhantes que participaram no passeio até ao Naso, estava também Claudio Martins, acompanhado pela esposa, natural de Duas Igrejas), e os dois filhos. Esta jovem família vive em Rio Tinto e aproveita as férias de verão para descansar no planalto mirandês.

“Para nós, que vivemos na zona metropolitana de uma grande cidade como é o Porto, é sempre um descanso vir passar uns dias de férias nesta região transmontana. Os passeios pela natureza são uma das atividades que mais gostamos de fazer em família e por isso decidimos participar nesta caminhada até ao Naso”, disse.



Também de férias na região, o emigrante, Guilerme Alves, com 74 anos, natural de Nogueira (Bragança) e casado em Constantim, participou com a esposa e outros familiares no passeio pedestre.

“É a segunda vez que participamos neste passeio até ao Naso, onde todos os anos participamos na romaria. Costumamos caminhar regularmente, porque o exercício físico faz muito bem à saúde”, disse.

De Espanha, o casal Beatriz Sanchez e Jorge Pastor, decidiram gozar o fim-de-semana em Miranda do Douro. Após as visitas aos miradouros do concelho, o casal espanhol teve conhecimento do passeio pedestre pelo planalto mirandês e inscreveram-se no posto de turismo.

“Como casal somos aficionados das caminhadas e gostamos de conhecer a pé as regiões de visitamos. Ao passar o fim-de-semana em Miranda do Douro, tivemos conhecimento do passeio pelo planalto mirandês e decidimos participar”, disse.

Sobre o passeio, o casal natural de Valladolid, elogiou a “fenomenal” organização do município de Miranda do Douro, destacando as ofertas do boné e de água, a constante assistência aos caminhantes durante o percurso, o piquenique, a simpatia e convívio com os outros participantes, a animação dos gaiteiros e no final, o almoço convívio no recinto do santuário de Nossa Senhora do Naso.

“Em Espanha, estes passeios motivam a participação de várias centenas de pessoas. Acreditamos que se o passeio pelo planalto mirandês for ainda mais divulgado poderá contar com a participação de mais gente, sobretudo das pessoas mais velhas, que tanto apreciam o convívio com outras gerações”, sugeriram.

O passeio pedestre “Planalto Mirandês” é uma iniciativa organizada, anualmente, pelo município de Miranda do Douro, em colaboração com a empresa “Douro Pula Canhada” e a Confraria de Nossa Senhora do Naso.

HA

Ambiente: Parque Natural de Montesinho assinala 45 anos com novos projetos

Ambiente: Parque Natural de Montesinho assinala 45 anos com novos projetos

A 30 de agosto, o Parque Natural de Montesinho (PNM) assinalou 45 anos, com a apresentação de dois novos projetos e procura financiamento na ordem dos 64 milhões de euros para mais investimentos, referiu Sandra Sarmento, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

A diretora regional do norte do ICNF considerou que o modelo de cogestão da área protegida implementado há quase três anos e que integra também os municípios de Bragança e Vinhais e várias entidades e associações locais, foi “um marco”.

Sandra Sarmento referiu ainda que neste período foi investido no parque cerca de um milhão de euros provenientes do Fundo Ambiental e que com a entrada mais recente na cogestão da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, estão a procurar fontes de financiamento para os projetos que integram o plano de cogestão.

“Temos trabalhado com a Comissão para encontrar fontes de financiamento (…) que forem possíveis para apoiar as ações que temos previstas. O plano envolve um conjunto de ações com um valor significativo, que ronda os 64,5 milhões de euros.”, afirmou Sandra Sarmento.

A 30 de agosto, dia aberto do Parque Natural de Montesinho, foram apresentados, na aldeia de Vilarinho, dois novos projetos – o “Experienciar Montesinho”, que é uma aplicação para dispositivos móveis para ajudar na visita à área protegida, e o “Montesinho para todos”, que inclui a criação de um centro de apoio aos percursos pedonais, trilhos ou rotas interpretativas.

Foi ainda inaugurado um centro interpretativo na aldeia de Montesinho.

O PNM perdeu quase 500 hectares num incêndio que deflagrou a 10 de agosto. De acordo com os dados divulgados pelo ICNF, arderam 445,331 hectares, a grande maioria, cerca de 421, mato. 

Questionada sobre os pedidos feitos após a extinção das chamas, nomeadamente por Paulo Xavier, presidente da câmara de Bragança e que acumula o cargo da presidência da cogestão do PNM, sobre a necessidade de revisão do ordenamente e do plano contra incêndios na zona, para que sejam melhoradas as áreas de contenção à volta da população e as redes viárias, Sandra Sarmento revelou que está em curso o processo de recondução do plano de ordenamento do PNM.

“Contratámos uma empresa e estamos a trabalhar. O processo de recondução de plano a programa está em curso. Nesse processo vamos implementar as alterações, os ajustes, os acertos que forem necessários. Naturalmente não será possível acolher tudo, mas faremos o nosso melhor para garantir que vamos ao encontro também das ambições das populações”, garantiu Sandra Sarmento, acrescentando que, depois de concluída esta etapa, haverá uma consulta pública. 

Sobre as antigas casas da floresta, atualmente sem uso e degradadas, a diretora regional disse que algumas serão recuperadas em projetos já previstos, outras está a ser avaliada a possibilidade de recuperação para lhes serem atribuídas novas funções e o ICNF está ainda disponível para protocolos de colaboração com privados.

Sobre a possibilidade de o PNM voltar a ter um diretor, Sandra Sarmento comentou apenas que está previsto que alguns parques possam voltar a ter essa figura, mas que no momento não consegue adiantar mais informações.

“A mensagem [que queremos deixar] é que temos vindo a apostar numa gestão de proximidade, colaborativa, que envolve as pessoas para encontrar formas de apoiar e ajudar nas estratégias que se vão desenhando para o território”, rematou, em jeito de resumo, a dirigente do ICNF, vincando que a instituição está sempre disponível para novos projetos que vão ao encontro das expectativas da população que se enquadrem no “espírito de uma área protegida”. 

O Parque Natural de Montesinho foi reconhecido a 30 de agosto de 1979. Tem cerca de 75 mil hectares nos concelhos de Bragança e Vinhais, inclui 92 aldeias, que integram a Terra Fria Transmontana.

Fonte: Lusa

Energia: Consumo de eletricidade sobe 1,7% até agosto e renováveis abastecem 3/4

Energia: Consumo de eletricidade sobe 1,7% até agosto e renováveis abastecem 3/4

O consumo de energia elétrica aumentou 1,7% até agosto e as fontes renováveis abasteceram três quartos do consumo nacional de eletricidade, segundo dados da Rede Elétrica Nacional (REN).

“No período de janeiro a agosto o consumo registou uma evolução positiva de 1,7% ou 2,2% com correção da temperatura e dias úteis”, indicou, em comunicado.

No mês de agosto, o consumo de energia elétrica aumentou 0,1%, face ao período homólogo, ou 0,3% com a correção dos efeitos da temperatura e número de dias úteis.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, 75% da energia elétrica consumida veio de fontes renováveis, destacando-se a hídrica (33%). Seguiu-se a eólica (26%), a fotovoltaica (10%) e a biomassa (6%).

As centrais a gás natural abasteceram 8% do consumo, enquanto os restantes 17% dizem respeito a energia importada.

Em agosto, a produção renovável abasteceu 55% do consumo, a não renovável 10% e os restantes 35% correspondem à energia importada.

“De realçar o crescimento na solar, que representou 15% do consumo nacional no mês [de agosto], com pontas diárias acima de 2.600 MW [megawatts]. A produção de energia fotovoltaica e eólica esteve perto da média histórica (um), com os respetivos índices a registarem 1,02 e 1,00, enquanto na hídrica os valores foram relativamente mais favoráveis”, apontou.

Até agosto, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33, o de eólica 1,04 e o de solar 0,96 (a média histórica também é um).

O consumo de gás natural manteve-se “muito condicionado pela baixa utilização de centrais termoelétricas”, devido à disponibilidade de energia renovável em Portugal, bem como às importações de Espanha.

O mercado de gás natural recuou, em agosto, 29%, relativamente ao mês anterior, com descidas de 69% no segmento de produção de energia elétrica e de 1,7% no segmento convencional.

Nos primeiros oito meses do ano, o consumo de gás natural contabilizou uma descida de cerca de 22%, em comparação com o mesmo período de 2023, “com menos 68% no segmento de produção de energia elétrica e uma subida de 2,2% no segmento convencional”.

Fonte: Lusa

Sociedade: Mercado automóvel cresce 4,4% até agosto com 168.942 novos veículos – ACAP

Sociedade: Mercado automóvel cresce 4,4% até agosto com 168.942 novos veículos – ACAP

Em Portugal, o mercado automóvel cresceu 4,4% até agosto, com 168.942 novos veículos em circulação, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal.

“De janeiro a agosto de 2024, foram colocados em circulação 168.942 novos veículos, o que representou um aumento de 4,4% relativamente ao mesmo período do ano anterior”, indicou, em comunicado.

Só em agosto foram matriculados 14.338 veículos automóveis, um decréscimo de 8,7% relativamente ao mesmo mês de 2023.

Por categoria, de janeiro a agosto, contabilizaram-se 142.789 matriculas de veículos ligeiros de passageiros, mais 2,5% face ao período homólogo.

Neste período, 53,9% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente, elétricos e híbridos.

Por sua vez, o mercado de veículos ligeiros de mercadorias cresceu 19,5% até agosto, com 21.248 unidades.

Já o mercado de veículos pesados totalizou 4.905 unidades, mais 3,5% relativamente ao mesmo período de 2023.

Fonte: Lusa

Ensino: Faltam mais de 800 professores a duas semanas do arranque do ano letivo

Ensino: Faltam mais de 800 professores a duas semanas do arranque do ano letivo

A duas semanas do início do ano letivo, faltam nas escolas mais de 800 professores, segundo um balanço da Fenprof, que alerta que, se as aulas começassem hoje, 122 mil alunos não teriam docente a, pelo menos, uma disciplina.

O balanço foi feito pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), numa conferência de imprensa para assinalar o arranque do ano escolar, a duas semanas do início das aulas, e em que Mário Nogueira antecipou um ano letivo “que continuará marcado pelo grave problema da falta de professores”.

Segundo a contabilização feita pela Fenprof, há, pelo menos, 890 horários por preencher, que correspondem a 19.598 horas de aulas, 4.900 turmas e cerca de 122 mil alunos “que, se houvesse aulas hoje, não teriam, pelo menos, um professor”.

Estes horários correspondem apenas àqueles disponíveis na oferta de contratação de escola, a última fase para o recrutamento de professores, somando-se ainda os lugares que ainda estão por ocupar através das reservas de recrutamento.

À semelhança dos anos anteriores, é nas escolas do distrito de Lisboa que faltam mais professores, com 434 dos 890 horários na oferta de contratação de escola, seguindo-se Setúbal, com 205 horários por ocupar, e Faro com 112 horários.

Por disciplina, as maiores carências são a Informática (216 horários), Geografia (92 horários) e Português do ensino secundário (85 horários).

“É um problema que tem vindo a começar a notar-se no Centro e Norte, mas tem uma expressão maior em Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo”, sublinhou Mário Nogueira.

A escola secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, onde decorreu a conferência de imprensa, é um desses exemplos, com 24 professores em falta.

Também em Lisboa, no agrupamento Eduardo Gageiro (Sacavém), faltam 22 docentes, um cenário que se repete no agrupamento de escolas de Queluz-Belas, com 20 professores em falta, ou, mais a sul, nos agrupamentos de escolas de Odemira e Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, onde há uma dezena de horários por preencher.

“Continuam a faltar medidas de efetiva resolução de um problema que, a arrastar-se, porá em causa o direito constitucional à educação e ao ensino de qualidade para todos, cuja responsabilidade é da escola pública”, sublinhou o dirigente da Fenprof, que apontou insuficiências ao plano +Aulas +Sucesso do Governo e aos apoios anunciados para alguns docentes deslocados.

Além da falta de professores, que Mário Nogueira antecipa que poderá agravar-se a partir desta semana na sequência da entrega de baixas médicas, o ano letivo poderá começar também com nova greve de professores, sem impacto nas aulas, ao sobretrabalho, horas extraordinárias e componente não letiva, contra os “abusos e ilegalidades” em relação aos horários de trabalho.

“Esta decisão foi comunicada ao ministro no dia 30, assim como foi comunicada a nossa disponibilidade para reunir e encontrar soluções que regularizem os horários de trabalho dos docentes em todas as escolas”, disse o dirigente sindical, lembrando que a greve ao sobretrabalho e horas extraordinárias decorre há mais de sete anos.

A partir de 23 de setembro, e durante duas semanas, a Fenprof vai realizar plenários distritais para preparar os processos negociais no âmbito da revisão da carreira docente.

O secretário-geral da Fenprof falou ainda sobre a recuperação do tempo de serviço congelado, para anunciar a criação de um “Mail Verde”, uma plataforma disponível no ‘site’ da federação para os docentes comunicarem problemas que serão depois levados à comissão de acompanhamento do processo.

Fonte: Lusa

Sendim: Cooperativa Ribadouro recebe uvas de 19 de setembro até 6 de outubro

Sendim: Cooperativa Ribadouro recebe uvas de 19 de setembro até 6 de outubro

Nas vindimas deste ano, a Cooperativa Agrícola Ribadouro, em Sendim, vai começar a receber uvas no próximo dia 19 de setembro até 6 de outubro, numa campanha em que se prevê uma redução de 20% na colheita de uvas.

A presidente da cooperativa Ribadouro, Regina Nobre, dirigiu a assembleia geral.

A assembleia geral ordinária da cooperativa Ribadouro realizou-se ao ínicio da tarde de sábado, dia 31 de agosto, no pavilhão multiusos, em Sendim e contou com a participação de uma centena de associados.

No início da assembleia, a presidente de Ribadouro, Regina Nobre, leu o Regulamento de Vindima 2024, informando os associados que a cooperativa vai começar a receber as uvas no dia 19 de setembro e a campanha prolonga-se até ao dia 6 de outubro.

A direção da Ribadouro informou que o trabalho de receção das uvas decorre de terça-feira a Domingo, com descanso semanal à segunda-feira.

“De terça-feira a sexta-feira, o horário é das 14h00 às 19h30. No sábado e Domingo, o horário de receção das uvas é das 11h00 às 19h30”, informaram.

Vitoriano Teresinho é um dos agricultores associados da cooperativa Ribadouro, proprietário de seis hetares de vinha na vila de Sendim.

“A quantidade de uvas não é a mesma do ano passado, mas ainda assim prevejo uma boa colheita, apesar da escassez de chuva neste verão. Vamos iniciar as vindimas a 20 de setembro, pelo que tenho que contratar 12 a 14 pessoas, durante uma semana. No ano passado paguei a jornada de trabalho a 60 euros. No entanto, há falta de mão de obra para as vindimas”, adiantou.

Questionado sobre se o cultivo da vinha é uma atividade rentável, o agricultor sendinês mostrou-se preocupado com o baixo consumo de vinho e a muita concorrência no setor vinícola.

Também presente na assembleia da Ribadouro, o jovem vitivinicultor, António Picotês, disse prever uma quebra de 20% na colheita de uvas deste ano.

“O ano não foi o melhor para as vinhas. A geadas tardias e o escaldão ocorrido em alguns dias no verão levou a uma quebra na produção de uvas”, explicou.

António Picotês indicou que vai iniciar as vindimas nas vinhas plantadas nas arribas do Douro, onde o clima é mais quente e favorece a maturação das uvas.

Sobre o atual momento do setor do vinho, o jovem produtor indicou que há muita oferta e o público procura vinhos mais frescos, com mais acidez e menor taxa de álcool.

“Antigamente, havia o hábito consumir vinho diariamente, o que favorecia a venda de vinho a granel. Mas hoje em dia, já não é assim, pois as pessoas procuram vinhos mais leves, como os brancos. Por isso, estou convencido de que o caminho é procurar a qualidade e não a quantidade”, disse.

Neste sentido, António Picotês informou que outra das preferências do público são os vinhos palhete, que resultam da mistura de uvas de castas brancas com castas tintas, o que cria vinhos tintos mais leves.

Outro assunto discutido na assembleia da cooperativa foi a situação financeira. Segundo o tesoureiro, André Xavier, a cooperativa tem uma dívida de 700 mil euros aos bancos e de 300 mil euros a fornecedores. O tesoureiro informou também que aos associados falta pagar 10% da campanha de 2022 e a totalidade da campanha de 2023.

“As vendas de vinho continuam muito baixas e a cooperativa Ribadouro tem em stock, um milhão de litros de vinho. Estamos à procura de compradores para vender o vinho a granel”, indicou.

Exposta a situação financeira da cooperativa, Camilo Raposo, associado da Ribadouro disse ter ficado esclarecido e consciente das enormes dificuldades financeiras da adega sendinesa.

“Para a nossa região, seria muito importante que a cooperativa Ribadouro conseguisse ultrapassar as atuais dificuldades financeiras”, disse.

O agricultor, Camilo Raposo, acrescentou que a cooperativa agrícola Ribadouro, para ser competitiva no mercado vinícola, precisa do contributo de profissionais e de mais conhecimento em áreas como a enologia, a gestão, o marketing e as vendas.

“Para vendermos os nossos vinhos temos que saber quais são as preferências dos consumidores. Temos que acompanhar a evolução do setor vinícola e estar atentos à procura do mercado, que atualmente prefere vinhos equilibrados, em acidez e teor de açúcar”, disse.

A Adega Cooperativa Ribadouro , em Sendim, foi constituída em 1959 e atualmente produz os vinhos “Ribeira do Corso”, “Lhéngua Mirandesa”, “Mirandum” e “Pauliteiros”.

HA