Política: Marques Mendes apresenta candidatura presidencial

Política: Marques Mendes apresenta candidatura presidencial

O antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes, apresenta a 6 de fevereiro a sua candidatura a Presidente da República, numa sessão em Fafe, a sua terra-natal, para a qual não foram feitos convites a figurais nacionais do PSD.

A sessão de apresentação está marcada para as 18:00, no auditório do lar da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, a que foi atribuído o nome do seu pai, António Marques Mendes, fundador do PSD no distrito e ex-deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu.

Para esta apresentação inaugural, o candidato disse não ter feito convites a ninguém, à exceção do presidente da Câmara de Fafe, ficando para futuras sessões a presença de figuras nacionais do PSD, partido que liderou entre 2005 e 2007.

Caberá ao presidente da Câmara de Fafe, Antero Barbosa, eleito e recandidato às próximas autárquicas pelo PS, fazer uma intervenção de saudação, antes do discurso de fundo do candidato a Belém.

No seu último comentário televisivo na SIC, Luís Marques Mendes justificou a sua candidatura presidencial por entender, depois de uma reflexão pessoal e de “ouvir muita gente”, que podia ser útil ao país e elegeu três grandes causas: ambição, estabilidade e ética.

“Nós não podemos passar a vida em crises políticas, nós não podemos passar a vida em dissoluções e eleições antecipadas”, considerou, defendendo que para tal “é preciso ter alguma capacidade de fazer pontes”.

Por outro lado, prometeu “introduzir com muito mais força” o tema da ética na vida política, referindo que tomou decisões difíceis neste domínio quando liderou o PSD, entre 2005 e 2007, com as quais dentro do partido “quase ninguém concordou”.

“Hoje é preciso ir muito mais longe, mas muito mais longe. Uma parte grande dos portugueses está um bocadinho farta dos políticos, da classe política. Isto não é bom em termos de democracia. Não se resolve com populismo. Resolve-se é a fazer um maior apelo à ética e aprofundar e desenvolver um conjunto de decisões para que as pessoas voltem a confiar”, sustentou.

Segundo Marques Mendes, a par destas duas causas, Portugal precisa de ambição, porque é “um país de um modo geral conformado, resignado, parece que até deprimido, parece que acomodado”, o que se propõe combater se for eleito chefe de Estado.

“É uma doença que temos esta de pouca ambição”, comparou.

Luís Marques Mendes, 67 anos e militante do PSD desde os 16 anos, já foi deputado, secretário de Estado, ministro em quatro governos e líder dos sociais-democratas entre 2005 e 2007.

Atualmente, é advogado e conselheiro de Estado escolhido pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República já anunciou que tenciona marcar as presidenciais para 25 de janeiro de 2026, calhando uma eventual segunda volta a 15 de fevereiro, três semanas depois.

Luís Marques Mendes irá fazer a apresentação da sua candidatura com quase um ano de antecedência – na véspera da data escolhida pelo anterior chefe de Estado Jorge Sampaio, que se apresentou como candidato em 7 de fevereiro de 1995.

Fonte: Lusa

Desporto: Mirandesas aventuram-se no voleibol

Desporto: Mirandesas aventuram-se no voleibol

Com os propósitos de diversificar a oferta desportiva e proporcionar a prática do voleibol às jovens mirandeses, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) formou um equipa feminina de voleibol, que na época 2024/2025 compete no campeonato regional de voleibol juvenis feminino.

Os treinos da equipa feminina de voleibol realizam-se às segundas-feiras e aos sábados.

O presidente do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), Nuno Martins, relembrou que a missão do clube, fundado a 31 de agosto de 2022, é dar aos jovens mirandeses a oportunidade de praticar desporto, em várias modalidades.

“Começámos com o futsal, constituindo a equipa de séniores e formámos as camadas jovens, entre as quais os júniores e as equipas femininas de petizes e traquinas. Seguiu-se a formação da equipa de atletismo. E nesta época de 2024/2025, dado o interesse de algumas jovens pela modalidade, avançámos para a constituição de uma equipa feminina de voleibol”, disse.

Nesta época desportiva, as jovens mirandesas competiram, pela primeira vez, no campeonato regional de voleibol juvenis feminino. O treinador da equipa do CDMD, Rui Bastos, justificou a aposta nesta modalidade dado o gosto das jovens mirandesas pelo desporto e em particular, pelo voleibol.

“A equipa é formada por 10 jogadoras. Neste primeiro ano competimos com clubes como o Valpaços, o Bragança, o Vila Real e o Chaves. Dada a nossa localização geográfica, a logística e as deslocações para os jogos noutras localidades da região de Trás-os-Montes são o maior encargo para o clube e para o município de Miranda do Douro, pelo que agradecemos o apoio recebido”, disse.

Sobre a evolução da equipa, o técnico Rui Bastos, afirmou que as jovens jogadoras estão a aperfeiçoar a técnica e a capacidade física, dado que o voleibol é uma modalidade que exige força e elasticidade.

“Os treinos de voleibol realizam-se às segundas-feiras, às 17h30, no pavilhão da Escola Secundária de Miranda do Douro. Aos sábados, os treinos decorrem no pavilhão multiusos de Miranda do Douro. Já os jogos são disputados, habitualmente, aos Domingos”, indicou.

A jovem Patrícia Miranda, de 16 anos, é uma das praticantes de voleibol no Clube Desportivo de Miranda do Douro (CMDM). Questionada sobre o que a motivou a fazer parte da equipa, a jovem mirandesa respondeu que gosta que praticar várias modalidades desportivas.

“Em Miranda do Douro já praticávamos o gira vólei e quando surgiu a oportunidade de praticar o voleibol decidi inscrever-me na equipa. O que mais aprecio nesta modalidade é o jogo de equipa e a ligação que se cria entre as várias jogadoras. Mesmo fora de campo, criámos uma grande amizade entre nós”, disse.

Por sua vez, a companheira de equipa, Matilde Alves, também com 16 anos, referiu neste primeiro ano está a descobrir o voleibol e por isso encara a experiência como uma aprendizagem e não tanto como uma competição.

“Com os treinos e os jogos estamos a aperfeiçoar as técnicas do voleibol, nomeadamente na receção, passe, bloqueio e remate. Outros aspetos que também queremos melhorar são a concentração e os nossos posicionamentos dentro do campo de jogo. Para evoluirmos individualmente e como equipa também é importante escutar as apreciações do nosso treinador”, disse.

Sobre a primeira participação no campeonato regional de juvenis, ambas as jogadoras do CDMD afirmaram que “está a ser uma aprendizagem, para no futuro fazerem muito melhor”.

HA

Igreja: Riscos da inteligência artificial

Igreja: Riscos da inteligência artificial

O Vaticano divulgou um novo documento sobre o desenvolvimento da inteligência artificial (IA), alertando para os riscos destes sistemas e da concentração de recursos num conjunto de empresas “poderosas”.

“O facto de a propriedade das principais aplicações de Inteligência Artificial (IA) estar concentrado nas mãos de algumas empresas poderosas suscita preocupações éticas significativas”, refere a nota ‘Antiqua et nova’ (antiga e nova), sobre a relação entre a IA e inteligência humana.

O texto é assinado pelos cardeais D. Víctor Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, e D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação.

A reflexão adverte que nenhum indivíduo “consegue ter uma supervisão completa dos vastos e complexos conjuntos de dados utilizados para a computação”.

“Esta falta de responsabilidade bem definida gera o risco de a IA poder ser manipulada para benefício pessoal ou empresarial, ou para orientar a opinião pública para os interesses de um sector”, pode ler-se no documento, enviado aos jornalistas.

Ao longo de 35 páginas, preenchidas por duas centenas de citações (214 notas), o novo texto aborda as questões antropológicas e éticas levantadas pela IA, assumindo “preocupações sobre a sua possível influência na crescente crise da verdade no debate público”.

Os colaboradores do Papa sublinham que a IA deve ser utilizada para “promover a dignidade humana e o bem comum, e não para substituir ou degradar a pessoa humana”.

O texto assume preocupações perante “problemas substanciais de responsabilidade ética e de segurança, com repercussões mais vastas na sociedade em geral”.

A relação entre IA e o mundo do trabalho é vista como “fonte de enormes oportunidades, mas também de riscos profundos”.

“Embora a IA prometa aumentar a produtividade ao assumir tarefas comuns, os trabalhadores são muitas vezes forçados a adaptar-se à velocidade e às exigências das máquinas, em vez de as máquinas serem concebidas para ajudar aqueles que trabalham”, indica o Vaticano.

A nota conjunta rejeita a ideia de uma “humanidade escravizada pela eficiência”, alertando para as “implicações antropológicas e éticas” do desenvolvimento tecnológico.

A humanidade arrisca-se a criar um substituto de Deus. Em última análise, não é a IA que é deificada e adorada, mas o ser humano, que se torna, assim, escravo do seu próprio trabalho”.

O documento aborda questões específicas, como o impacto da IA na sociedade, na educação, no trabalho, na saúde, na guerra e na espiritualidade.

“Embora a IA processe e simule certas expressões de inteligência, permanece fundamentalmente confinada a um domínio lógico-matemático, o que lhe impõe certas limitações inerentes”, indica o Vaticano.

A reflexão sublinha a centralidade da “dignidade humana”, considerando importante que a” pessoa que toma decisões com base na IA seja responsabilizada por elas e que seja possível justificar a utilização IA em todas as fases do processo”.

Pedindo algoritmos “fiáveis”, os responsáveis da Santa Sé apontam o “elevado grau de subalternidade em relação à tecnologia que caracteriza a sociedade contemporânea”.

A nota alerta para a “antropomorfização da IA” e defende que nenhuma aplicação é “capaz de sentir verdadeiramente empatia”.

Num mundo cada vez mais individualista, há quem se tenha virado para a IA em busca de relações humanas profundas, de simples companheirismo ou mesmo de laços emocionais”.

O texto reflete ainda sobre o campo da educação, falando numa “relação indispensável entre professor e aluno”, particularmente perante uma “cultura largamente digitalizada”

“A utilização extensiva da IA na educação poderia levar a uma maior dependência dos estudantes em relação à tecnologia”, indicam os responsáveis da Cúria Romana.

É necessário que os utilizadores todas as idades, mas sobretudo os jovens, desenvolvam uma capacidade de discernimento na utilização dos dados e conteúdos recolhidos na Internet ou produzidos por sistemas de inteligência artificial”.

O Vaticano dedica uma reflexão particular para os fenómenos de desinformação e o chamado “deepfake”, recordando que “os atuais programas de IA podem fornecer informações distorcidas ou fabricadas”. “Este tipo de engano generalizado não é um problema menor: atinge coração da humanidade, demolindo a confiança fundamental sobre a qual as sociedades são construídas”, lamenta a nota.

O documento adverte também contra mecanismos de controlo social e violação da privacidade, advogando maior respeito pelos dados pessoais.  “Não há justificação para a sua utilização para fins de controlo para exploração, para restringir a liberdade das pessoas ou para beneficiar uns poucos à custa de muitos”, pode ler-se.

 O texto identifica potenciais “avanços” no combate às alterações climáticas, com a ajuda da IA, mas recorda o “pesado impacto que estas tecnologias têm no ambiente”.

Citando o discurso do Papa na sessão do G7 sobre inteligência artificial em Borgo Egnazia (Itália), a 14 de junho de 2024, a nota observa que os sistemas de armas autónomas letais, capazes de identificar e atingir alvos sem intervenção humana direta, são “um sério motivo de preocupação ética”.

“Como a distância entre as máquinas capazes de matar com precisão e de forma autónoma e outras capazes de destruição maciça é curta, alguns investigadores que trabalham no domínio da IA manifestaram a preocupação de que essa tecnologia represente um ‘risco existencial’, sendo capaz de agir de formas que podem ameaçar a sobrevivência da humanidade”, alerta o Vaticano.

A nota reflete sobre a relação da humanidade com Deus, indicando que “à medida que a sociedade se afasta da ligação com o transcendente, alguns são tentados a recorrer à IA em busca de sentido ou de realização”.

O texto foi aprovado pelo Papa, numa audiência concedida aos responsáveis dos dicastérios para a Doutrina da Fé e da Cultura e Educação, a 14 de janeiro, sendo publicado, simbolicamente, esta terça-feira, dia em que o calendário litúrgico celebra São Tomás de Aquino, doutor da Igreja.

Fonte: Ecclesia



Sociedade: Aumento da mortalidade coincide com frio extremo

Sociedade: Aumento da mortalidade coincide com frio extremo

Em Portugal, o aumento de 11,8% da mortalidade registado em janeiro, coincidiu com os períodos de frio extremo e a epidemia de gripe, que podem levar à descompensação de doenças crónicas, justificou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“A análise preliminar das causas de morte aponta para um aumento da mortalidade por doenças do sistema respiratório e circulatório”, adiantou a DGS, salientando ser ainda prematuro atribuir uma explicação detalhada do fenómeno de mortalidade nesta época.

Entre 30 de dezembro de 2024 e 26 de janeiro, a DGS estima que se verificou um total de 1.191 óbitos em excesso, correspondendo a um aumento relativo de 11,8% face ao número de mortes esperado no país nesse período.

Os dados indicam ainda que o excesso de mortalidade registado em janeiro deste ano (1.191 mortes) é quase três vezes inferior ao registado na quarta semana de janeiro de 2024 (3.290).

A DGS admite essa redução da mortalidade por todas as causas pode estar relacionada com a menor agressividade do vírus influenza que circula em Portugal, com o efeito chamado `harvesting effect´ resultante da elevada mortalidade no ano passado ou ainda com a vacinação de alta dose nos idosos com 85 ou mais anos que foi ministrada pela primeira vez.

Aproximadamente 90% das mortes em excesso ocorreu na faixa etária dos idosos com 75 ou mais anos, com 1.044 óbitos a mais face ao esperado, correspondendo a um excesso relativo de 14,3%.

No que respeita às mulheres, os dados da direção geral indicam 920 óbitos em excesso nas primeiras quatro semanas do ano, o que significa uma mortalidade por todas causas com valores acima do esperado na ordem dos 14,8%.

Na primeira semana de janeiro registaram-se 319 mortes em excesso, na segunda 428, na terceira 137 e na quarta 307.

Segundo a DGS, este período de excesso de mortalidade foi coincidente com a epidemia de gripe sazonal, que se iniciou na semana de 09 a 15 de dezembro de 2024, e com períodos de frio extremo, com uma temperatura mínima semanal de 2,9ºC a partir de meio de dezembro e entre os 4,3ºC e os 4,7ºC nas semanas seguintes.

Este é um “fator reconhecidamente associado à descompensação de doenças crónicas”, adianta a direção-geral liderada por Rita Sá Machado, que mantém uma monitorização contínua da mortalidade em Portugal, com atualizações regulares através do relatório semanal da resposta sazonal em saúde.

O último boletim do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sobre a vigilância epidemiológica dos vírus respiratórios, divulgado na quinta-feira, refere que Portugal regista uma atividade gripal epidémica já com tendência estável, mas continuando a ser registado um aumento de casos de gripe do tipo A.

Fonte: Lusa

Saúde: Linha SNS 24 atendeu mais de 500 mil chamadas em janeiro

Saúde: Linha SNS 24 atendeu mais de 500 mil chamadas em janeiro

No mês de janeiro, a Linha do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24) atingiu um novo máximo, com mais de 500 mil chamadas atendidas, indicou a presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

De acordo com a presidente do Conselho de Administração, Sandra Cavaca, o recurso à linha SNS 24 tem sido crescente e em janeiro foi atingido um novo máximo com mais de 500 mil chamadas atendidas.

Em reposta à deputada socialista Susana Correia, que se manifestou preocupada com o impacto da linha na melhoria da prestação de cuidados de saúde, Sandra Cavaca recordou que em 2024 foram atendidas 3,5 milhões de chamadas, com um tempo médio de espera de três minutos.

O “crescimento significativo” face a 2023 foi possível devido ao reforço da capacidade de resposta que, segundo a responsável, quase duplicou, mas Sandra Cavaca reconhece que existem “situações pontuais” que impactam os tempos de espera.

Pela altura do Natal, entre os dias 23 e 27 de dezembro, por exemplo, foram atendidas mais de 91 mil chamadas, registando-se um aumento de 131% face ao mesmo período do ano anterior, e apesar do reforço do número de profissionais, o tempo médio de espera rondou os nove minutos, sendo que 72% das chamadas tiveram resposta em até 15 minutos.

Entre os dias 30 de dezembro e 03 de janeiro, a linha SNS 24 atendeu 96 mil chamadas, mais 112% em relação ao período homólogo de 2023, com um tempo médio de resposta de 11 minutos.

“O SPMS não se revê nestes resultados, não é o que nos satisfaz, mas é para resolver estas situações que trabalhamos em parceria com o nosso operador para melhorar estes tempos e chegarmos à satisfação que tínhamos noutros tempos”, referiu.

Além da linha SNS 24, Sandra Cavaca referiu que mais de 94 mil mulheres foram triadas na Linha SNS Grávida, uma derivação da Linha SNS 24 (808 24 24 24) que entrou em funcionamento em 01 junho, sendo que cerca de 9.300 ficaram em autocuidados e mais de 16 mil foram encaminhadas para os cuidados de saúde primários.

A presidente do Conselho de Administração fez também um balanço do projeto-piloto “Ligue Antes, Salve Vidas”, que possibilitou o agendamento de 340 mil consultas nos cuidados primários, uma média de 500 agendamentos por dia.

Questionada sobre erros no encaminhamento de doentes, como o caso ocorrido no final do ano passado em Torres Vedras de uma criança encaminhada para uma urgência que estava fechada, Sandra Cavaca reconheceu falhas na comunicação dos horários das unidades locais de saúde.

De acordo com as conclusões do relatório preliminar da auditoria interna ordenada na altura, os horários de funcionamento estavam mal carregados no portal que serve de referência para o encaminhamento.

“Infelizmente, houve um erro humano e não foi detetado a tempo”, assumiu, sublinhando que os serviços partilhados têm contactado os conselhos de administração das unidades de saúde para apelar à atualização dos horários, sobretudo na altura de feriados e festividades.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Passeio BTT no festival de Sabores Mirandeses

Miranda do Douro: Passeio BTT no festival de Sabores Mirandeses

Inserido na programação do Festival de Sabores Mirandeses, o Passeio de Bicicleta de Todo-o-Terreno (BTT) L’Crenque, vai arrancar de Miranda do Douro, no dia 16 de fevereiro, nas modalidades da maratona (60 quilómetros) e da meia-maratona (40 quilómetros), por trilhos do planalto mirandês.

A prova desportiva é organizada pela associação de cicloturismo L’CRENQUE-BTT, tem início às 9h30 da manhã de Domingo (16 de fevereiro), junto ao estádio municipal de Santa Luzia, em Miranda do Douro.

A inscrição no 19º Passeio BTT L’Crenque “Pedalando por estes carreirones” dá aos cicloturistas direito a seguro, dorsal, reforço, banho, lavagem de bicicletas e almoço (opcional).

A organização informa que para obter mais informações sobre a prova de cicloturismo, pode contatar o número 962 039 015 ou o mail: LCRENQUE-BTT”@SAPO.PT

Em 2024, o vencedor da maratona do passeio BTT L’Crenque foi o ciclista Jorge Mariz, da equipa ‘Penacova CEG Reconco”, ao concluir o percurso de 60 quilómetros, em 2 horas 11 minutos e 10 segundos. Na competição feminina, Diana Porto, foi a única ciclista a concluir a maratona, em 3 horas 9 minutos e 1 segundo.

O 19º Passeio BTT L’Crenque “Pedalando por estes carreirones” conta com os apoios do município de Miranda do Douro, da Freguesia de Miranda do Douro, da A.H. dos Bombeiros de Miranda do Douro, da Associação Regional de Ciclismo e Cicloturismo de Bragança, da Federação Portuguesa de Ciclismo e do Instituto Português de Desporto e Juventude.

HA

Vila Chã de Braciosa: Casa d’Augusta pretende desenvolver a aldeia com o agroturismo

Vila Chã de Braciosa: Casa d’Augusta pretende desenvolver a aldeia com o agroturismo

No concelho de Miranda do Douro, António Meirinhos e Glória Fidalgo arregaçaram as mangas e recuperaram a antiga abadia de Vila Chã de Braciosa, para a converter na Casa d’Augusta, um projeto inovador de agroturismo, onde os hóspedes podem participar nas atividades agrícolas e no trato dos animais.

Na Casa d’Augusta, as raças autóctones, como o Burro de Miranda, são um dos interesses turísticos.

A origem desta casa remonta à idade Média, sendo referenciada nas inquirições afonsinas de 1258, como pertencendo à abadia de Vila Chã de Braciosa.

Em 1938, veio para o concelho de Miranda do Douro, o médico, Dr. António Antas de Barros, que naquele tempo deslocava-se a cavalo, de aldeia em aldeia, para atender às solicitações das pessoas. Amiúde, o serviço médico era pago com víveres e animais, como galinhas, cordeiros, vitelos, etc.. Para ter espaço para estes animais, a filha do médico, de nome Maria Augusta, comprou a casa e a propriedade da abadia de Vila Chã de Braciosa, onde também se produzia cereal, azeite e vinho.

Segundo os atuais proprietários, António Meirinhos e Glória Fidalgo, até à década de 1980, esta quinta foi o pilar económico e social da aldeia, pelo trabalho e sustento que proporcionava à população local.

“Na quinta realizavam-se vários trabalhos agrícolas ao longo do ano, como as vindimas, a apanha da azeitona, o cultivo e a ceifa de cereais, assim como a criação de gado”, informaram.

Com o propósito de recuperar a abadia, em 2018, António Meirinhos e Glória Fidalgo iniciaram-se as obras de recuperação e em 2020, no começo da pandemia, a “Casa d’Augusta – Agroturismo” estava finalmente pronta para receber hóspedes.

“Atualmente, a agricultura de pequena escala não é sustentável, pelo que decidimos investir no agroturismo. A nossa ideia é que esta quinta volte a ser um motor de desenvolvimento económico e social da aldeia, ao atrair a vinda de turistas, que durante a sua estadia, possam interagir com a população, conhecer a nossa cultura e tradições e comprar produtos locais, como os hortícolas, o azeite, o mel, o fumeiro, o pão, etc.”, explicaram.

Para quem pretenda visitar Vila Chã de Braciosa, no concelho de Miranda do Douro, a “Casa da Augusta” dispõe de 8 suítes duplas, em três edifícios independentes: a Casa Loja dos Vitelos, Casa Palheiro e Casa da Abadia.

“Os turistas que nos visitam procuram o slow travel, isto é, procuram viajar devagar de modo a terem tempo para conhecer os locais, as tradições, a gastronomia, a história e as paisagens. Para proporcionar uma estadia inesquecível, cada uma das três casas da quinta está equipada com cozinha, sala, quartos e wc’s, de modo a que os hóspedes se sentiram verdadeiramente em casa”, disseram.

Questionados sobre o que há para ver e fazer em Vila Chã de Braciosa, os administradores da Casa d’Augusta – Agroturismo indicaram que na quinta, os hóspedes têm a oportunidade de participar nas tarefas agrícolas como o plantar a horta, o semear e colher as batatas, vindimar, apanhar a azeitona e tratar dos animais.

“Faz parte da nossa estratégia, mostrar as raças autóctones da região, como são os três Burros de Miranda e o cão de gado transmontano que vivem na quinta, onde também há galinhas, patos e um gato”, indicaram.

Durante a estadia na Terra de Miranda, os hóspedes da Casa d’Augusta têm ainda oportunidade de degustar a gastronomia mirandesa, contemplar a beleza natural dos miradouros sobre o rio Douro, conhecer as tradições locais e visitar a cidade histórica de Miranda do Douro.

HA

Ambiente: PreZero e Resíduos do Nordeste celebram novo contrato na gestão de resíduos urbanos

Ambiente: PreZero e Resíduos do Nordeste celebram novo contrato na gestão de resíduos

A PreZero Portugal e a Resíduos do Nordeste, empresas responsáveis pela gestão e tratamento de resíduos na região do Nordeste Transmontano, assinaram recentemente um novo contrato de prestação de serviços urbanos, que entrou em vigor no início de janeiro de 2025.

Esta nova adjudicação, explica a PreZero em comunicado, representa “um marco significativo para o desenvolvimento sustentável e para a eficiência na gestão de resíduos urbanos em quatro Municípios da Terra Fria”.

O contrato público, com a duração de dez anos, visa garantir a melhoria contínua na recolha seletiva e indiferenciada e o transporte de aproximadamente 22 mil e 100 toneladas de resíduos sólidos urbanos para o Parque Ambiental do Nordeste Transmontano, produzidos anualmente pelos mais de 53 mil habitantes dos concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais.

Tiago Borges, Administrador-Delegado da PreZero Portugal, refere-se a este novo contrato como “uma continuidade da nossa longa história de duas décadas de colaboração e parceria com a Resíduos do Nordeste, onde iremos manter o nosso compromisso em oferecer serviços de excelência que promovam a sustentabilidade e o bem-estar dos cidadãos da Terra Fria”.

Para Paulo Praça, Diretor Geral da Resíduos do Nordeste, “trata-se de um contrato resultado de concurso público internacional, visado pelo Tribunal de Contas e que constitui um bom exemplo, a nível regional e nacional, de verticalização do setor com integração da baixa e alta na Resíduos do Nordeste”. Salienta, ainda, que “este procedimento tem o mérito de resultar de uma adequada articulação entre os municípios envolvidos, com aprovação nos órgãos municipais, e a Resíduos do Nordeste procurando garantir uma gestão sustentável dos resíduos na região”.

Fonte: Água & Ambiente

Igreja: «Missão País» leva mais de quatro mil estudantes a 73 localidades de Portugal

Igreja: «Missão País» leva mais de quatro mil estudantes a 73 localidades de Portugal

Neste novo ano de 2025, o projeto católico de universitários ‘Missão País’ vai levar cerca de quatro mil e 200 participantes, provenientes de 60 faculdades, a 73 localidades do país, numa semana de fé, serviço e caridade.

“Há sempre mais missões a abrir, este ano foram quatro e esperamos continuar a crescer para que mais pessoas possam missionar e também para que mais localidades possam ser missionadas”, afirmou António Líbano Monteiro, um dos chefes nacionais da Missão País 2025, em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2.

A também chefe nacional Madalena Marques Videira explica que este é um projeto que junta o serviço e a fé, com o “desejo de levar Jesus e de evangelizar Portugal através do serviço”, destacando que a semana é vivida de “forma verdadeira e intensa”.

Na pausa letiva entre semestres e durante sete dias, 50 jovens missionários, oito chefes nacionais, um padre e em algumas missões, seminaristas e uma irmã ou consagrada, realizam missão numa região isolada de Portugal, visitando lares, creches, escolas, levando alegria de porta em porta.

“Eu acho que os jovens hoje em dia têm muito esta sede de procurar isso”, afirma António Líbano Monteiro, realçando que a “’Missão País’ é um meio privilegiado para tirar uma semana de férias para viver numa realidade completamente distante daquilo que é do seu dia-a-dia”.

Madalena Marques Videira descreve que “é uma maravilha ver a vontade de tanta gente” de ir para “um meio completamente diferente para missionar”.

“E, por isso, cada ano há mais inscrições, o que é mesmo espetacular. Nós, este ano fomos quatro mil missionários, como disse, mas as inscrições são sempre superiores a isso e, por isso, há sempre uma vontade de abrir mais missões, porque não queremos negar a ninguém este desejo de missionar”, salienta a jovem.

Madalena Marques Videira e António Líbano Monteiro conheceram a ‘Missão País’ através do movimento de Schoenstatt, na origem do projeto católico de universitários, tendo os dois crescido com a vontade de integrar a experiência.

“Toda a gente que eu conhecia e dos meus círculos falava da ‘Missão País’ como se fosse esta experiência altamente gratificante e transformadora na vida de uma pessoa e obviamente quis experimentar isso e quis ver isso”, afirma o jovem.

Já a chefe nacional relata que na “teve a graça” de fazer parte da ‘Missão País’ no primeiro ano em que se inscreveu, ao contrário de António, e que, a partir daí, apaixonou-se pelo projeto, uma vez que “é uma semana muito verdadeira”, com uma rampa de fé que ajuda a viver o ano.

Uma das características do projeto católico de universitários é que a missão de cada faculdade fica três anos na mesma localidade, sendo o primeiro deles “o mais difícil”, segundo Madalena.

“Não é nada óbvio chegarmos a uma localidade e as pessoas abrirem-nos as portas, ou seja, eu penso que se fosse no meu caso também teria sempre alguma resistência em abrir as portas e, por isso, o primeiro ano é sem dúvida o mais exigente neste sentido”, testemunha.

Já no segundo ano, em que se dá uma “transformação”, a chefe nacional dá conta que as pessoas já conhecem os missionários, já sabem que vão lá para as ouvir, culminando com os jovens a receber “infinitamente mais” do que aquilo que dão, acreditando ainda assim que de alguma forma transformam as localidades.

O terceiro ano é aquele em que acontece a “despedida”, isto é um envio, tanto para a localidade como para os missionários, que sentem saudades logo no dia em que termina a missão.

“Apetece sempre ficar mais tempo e conhecer aquelas pessoas melhor, e ajudar mais, mas de facto a proposta que temos é uma semana por ano, durante três anos”, realça António Líbano Monteiro.

O jovem conta que há vários casos em que a presença da Missão País contagiou as comunidades, “avivou ali uma chama”, dando lugar a novos projetos, a “uma catequese mais bem feita” e ao início de campos de férias.

Para os missionários, a ‘Missão País’ não termina na experiência que os reúne durante uma semana, sendo promovidos encontros entre os universitários após os dias em que estiveram juntos.

Os chefes nacionais apresentam a Missão País 2025, que conta com quatro novas missões, destacando impacto do projeto nas localidades e nos missionários.

“A ‘Missão País’ traz uma coisa muito boa, que é amigos e bons amigos, portanto amigos em Cristo”, refere Madalena, destacando que isso é visível “na faculdade, nas alturas de estudo”.

“Surgem sempre coisas boas a partir daí ou iniciativas como missas ou os NECs ganham sempre mais vida, portanto os Núcleos de Estudantes Católicos ganham sempre mais vida depois das missões e que bom que é ver isso a acontecer, ou terços, ou ir visitar as localidades às vezes também”, exemplifica.

‘Missão País’ 2025 tem como tema “Não perturbe o vosso coração”, do Evangelho de João, e a cor lilás, que representa o caminho, a inquietação e a transformação.

Fonte: Ecclesia

Bragança: GNR avança com “e-Guard” para socorro à população sénior

Bragança: GNR avança com “e-Guard” para socorro à população sénior

Ao longo do ano, o comando distrital da GNR de Bragança vai implementar o projeto “e-Guard”, de forma a prestar ao auxílio imediato à população mais idosa, que vive isolada ou em situação vulnerável no distrito de Bragança.

“O projeto ‘e-Guard’ está inserido numa estratégia que está no alinhamento da Guarda Nacional Republicana (GNR) para o ano de 2025, no distrito de Bragança, que está focada nas pessoas, no âmbito da prevenção criminal e policiamento comunitário, como prioridades”, explicou hoje à agência Lusa, o oficial de relações públicas do comando da GNR em Bragança, Vítor Romualdo.

O projeto “e-Guard” assenta num equipamento eletrónico que procura desenvolver uma resposta integrada de segurança, ação social e saúde, especialmente dirigido às pessoas mais vulneráveis, como “uma resposta eficaz no socorro e apoio aos maiores de 65 anos”.

“Este projeto já se encontra implementado em alguns comandos distritais da GNR, havendo agendamentos para alguns municípios dos distrito de Bragança, para o mês de fevereiro. A seleção das pessoas vai ao encontro dos idosos sinalizados durante a operação anual Censos Sénior, respondendo a critérios de dependência, incapacidade, solidão ou isolamento”, vincou este oficial da GNR.

De acordo com o tenente-coronel Vítor Romualdo, a utilização do dispositivo “e-Guard” vai permitir aos idosos um maior tempo de permanência nas suas residências, “conferindo segurança na sua zona de conforto através de uma rede de resposta rápida ao cidadão”.

“O idoso que usar este equipamento vai estar ligado 24 horas por dias e sete dias por semana a um militar que se encontra na sala de situação da GNR, podendo comunicar para colmatar a solidão, caso de doença súbita ou até relatar algum incidente de ordem pública que ocorra”, disse.

O idoso a que seja atribuído este equipamento, após análise à sua situação, estará em contacto permanente através de uma ligação direta à GNR, no distrito de Bragança.

Por outro lado e suspeitando de alguma anomalia, a GNR também pode entrar em contacto com o idoso e caso necessário desloca-se uma patrulha ao local para verificar o que está a acontecer, porque o aparelho está dotado de uma componente de georreferenciação, e assim ser prestado auxílio ao nível da saúde ou segurança.

Segundo Vítor Romualdo, quando o utente carrega no botão SOS do aparelho aparece um alarme no portal de monitorização instalado na sala de situação do comando distrital da GNR.

“Através deste contacto, é de imediato verificada e monitorizada a situação do utente/idoso e, caso seja, necessário, aciona-se a deslocação de militares da GNR para o local. É quase como ter um guarda à porta”, explicou o oficial, responsável pelo projeto no comando da GNR de Bragança.

O serviço “e-Guard” pode também ser utilizado em situações de burla ou de furto, incêndios na redondezas, se um idoso estiver perdido ou desorientado (georreferenciação) ou com doença súbita.

Dados avançados pela GNR indicam que no distrito de Bragança, nos últimos cinco anos, foram registados entre 250 a 300 casos de doença súbita junto da comunidade idosa, o que se traduz numa média de mais de 50 ocorrências deste género por ano, em que várias ocasiões os idosos já são encontrados tarde e sem vida.

“No distrito de Bragança, e perante o número de idosos encontrados sem vida em casa, há duas linhas de orientação: a primeira são idosos que vivem sozinhos e que passados um dia ou dois os vizinhos estranham a sua ausência e alertam as autoridades, e deparamos com o idoso já cadáver”, explicou.

Há ainda outras situações em que o idoso vive com familiares mas na sua ausência é vítima de uma doença súbita.

Fonte: Lusa