Miranda do Douro: Carolina Deslandes nas Festas de Santa Bárbara
De 16 a 20 de agosto, a cidade de Miranda do Douro está em festa, com um programa em que os maiores destaques são: no sábado, o concerto musical de Carolina Deslandes e no Domingo, na concatedral, a celebração da missa e da procissão, em honra da padroeira, Santa Bárbara.
As Festas da Cidade e do Concelho de Miranda do Douro iniciaram-se no dia 16 de agosto, com a Festa da Juventude, organizada pela Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM).
No dia seguinte, a 17 de agosto, coube aos grupos musicais “Rumo Nordeste” e “4 Mens” subir ao palco instalado no Largo do Castelo, em Miranda do Douro, para animar a festa.
Esta sexta-feira, dia 18, os convidados para a festa na cidade de Miranda do Douro são a “Banda Sense” e o cantor “Nuno Ribeiro”.
No fim-de-semana, o concerto mais aguardado é o da artista “Carolina Deslandes”, agendado para as 24h00 de sábado, dia 19 de agosto.
Carolina Deslandes é considerada uma das maiores artistas da atual geração de cantores e compositores portugueses. Nascida em Lisboa, em 1991, desde jovem, Carolina Deslandes mostrou um grande interesse pela música, tendo começado a tocar piano aos cinco anos e a compor as suas próprias canções na adolescência. É autora de sucessos musicais, como “Avião de Papel”, “A Vida Toda” e “Saia da Carolina”.
No Domingo, dia 20 de agosto, o grande destaque da festa em Miranda do Douro é a missa e a procissão em honra de Santa Bárbara, que vai celebrar-se às 16h00, na concatedral. De seguida, às 18h00, a Banda Filarmónica Mirandesa oferece um concerto no Largo do Castelo. À noite, a festa prossegue com a atuação da “Orquestra Magma” e as festividades deste ano encerram à 1h00 de Domingo, com o espetáculo do fogo preso.
As Festas da Cidade e do Concelho de Miranda do Douro são uma iniciativa conjunta do Município de Miranda do Douro, da comissão de Festas de Santa Bárbara, da junta de Freguesia de Miranda do Douro e da Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM).
Realce-se que as Festas da Cidade e do Concelho de Miranda do Douro coincidem com a realização da XXV Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades, que decorre na avenida Aranda del Duero, entre os dias 11 e 20 de agosto.
“A vida toda” é uma das músicas de maior sucesso da cantora e compositora Carolina Deslandes.
Ambiente: Portugal é o país europeu com maior impacto das alterações climáticas – APA
O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse que Portugal é o país na Europa, em que as alterações climáticas estão a ter maior impacto, no nível de água no solo, no aumento da temperatura, no maior risco de incêndios, nos períodos de chuva mais concentrada e nos longos períodos de seca.
Carlos Pimenta Machado afirmou que, mesmo entre os países do sul da Europa, mais vulneráveis, “Portugal é onde a mudança climática mais impacta, na água, no aumento da temperatura”, sendo possível ver o que se está a passar no espaço europeu: “os incêndios (…) com chuva mais concentrada e longos períodos de seca”, com resultados “nas atividades económicas e no ecossistema”.
Numa conferência, em que abordou a gestão da água no contexto das alterações climáticas, o vice-presidente da APA reafirmou, por um lado, a intenção de Portugal antecipar o compromisso de neutralidade carbónica de 2050 para 2045.
O responsável aproveitou para enumerar alguns dos desafios e sublinhar o sucesso das políticas ambientais, desde o “trabalho incrível, notável ao nível do saneamento e tratamento de águas residuais”, descrito como “o milagre português”, até à qualidade da água das praias, num país que é também confrontado com o facto de que “mais de 50% da água que chega a Portugal provém de Espanha”.
A erosão costeira “é obviamente outro desafio” para Portugal que, salientou, tem procurado avançar na reabilitação fluvial e é dos países europeus “com melhor desempenho” ao nível da energia renovável.
Carlos Pimenta Machado lembrou que o país foi “o quarto na Europa a eliminar a produção de energia a partir do carvão, em 2019” e o sétimo no ‘ranking’ entre os 27 da União Europeia no que diz respeito à utilização de fontes de energia renovável.
O Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau decorre de 17 a 20 de agosto.
O fórum ocupa uma área de mais de dez mil metros quadrados, conta com mais de 400 expositores, entre os quais 40 expositores estrangeiros.
Durante os 20 fóruns e conferências previstas, vão intervir cerca de 30 inovadores na área ambiental, responsáveis de empresas multinacionais e decisores políticos de vários países e regiões, nomeadamente da China continental, Europa, países de língua portuguesa, nações do Sudeste Asiático, Hong Kong e Macau.
O Fórum, cujo tema é “Construir uma civilização ecológica através de iniciativas inovadoras”, tem também como objetivo “promover o intercâmbio internacional e a cooperação em matéria de proteção do ambiente entre diferentes setores, incluindo governos, indústrias, universidades, institutos de investigação, utilizadores e investidores”.
O fórum realiza-se no Cotai Expo do Venetian e é organizado pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, coorganizado pelos governos provinciais e regionais da Região do Delta do Rio das Pérolas e coordenado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau e pela Direção dos Serviços de Proteção Ambiental.
Seca: Apicultores do Douro Internacional reclamam ajudas para alimentar abelhas
Os apicultores do Douro Internacional e do planalto mirandês reclamam apoios diretos para fazer face às carências alimentares das abelhas, provocadas pela seca e alterações climáticas que se fazem sentir em todo o território do Nordeste Transmontano.
De acordo com o técnico, devido aos problemas causados pela pandemia de covid-19 e a inflação, os preços dos alimentos para as abelhas “dispararam significativamente”.
“Se antes pagávamos um euro por quilo de alimento para as abelhas, a mesma quantidade está agora nos 2,5 euros para aquisição de um produto que tem por base o açúcar e que teve uma subida de preço muito elevada”, explicou Vítor Ferreira.
Este tipo de alimento para as abelhas ajuda na manutenção das colónias e tem por objetivo manter os efetivos apícolas para chegarem à primavera.
“Esperamos que o ministério da Agricultura olhe para este setor apícola como olha para outras atividades agrícolas. Esperamos por uma resposta que nos ajude a resolver este problema da falta de alimento para as abelhas, senão temos de ir bater as outras portas como é o caso das câmaras municipais deste território”, acrescentou o técnico da AAPNDI.
De acordo com os responsáveis por esta organização, houve um período de 2014 a 2108 de vários incentivos por parte do Estado à produção apícola no país e muitos jovens aproveitaram esta situação.
Agora verifica-se um “abandono da atividade, devido ao elevado preço dos fatores de produção que estão aliados à inflação e às alterações climáticas”.
No que respeita à produção de mel, a AAPNDI aponta para quebras avultadas nos efetivos dos apicultores que se refletem na produção de mel.
“Verificámos que há muito pouco mel a título de exemplo, o de rosmaninho, que é proveniente deste território”, apontou Vítor Ferreira.
As quebras na produção de mel rondam os 50%, dado que a produção da última primavera foi muito baixa.
Em condições normais, os associados da AAPNDI produzem cerca de 60 toneladas de mel.
“Em 2022 a produção de mel foi residual, este ano devido às chuvas de maio, podemos atingir perto de 30 toneladas”, vincou o técnico apícola.
A AAPNDI agrega cerca de 300 associados repartidos pelos concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, Vimioso. Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança e Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.
Ensino: Mais de 20 mil alunos vão estudar com manuais digitais
No novo ano letivo, mais de 20 mil alunos, do 3.º ao 12.º anos, vão estudar com manuais escolares digitais, segundo um projeto piloto lançado pelo Governo, que pretende substituir gradualmente os manuais em papel.
No ano letivo 2023/2024, a substituição dos livros em papel por manuais digitais vai chegar a 160 escolas, segundo dados do Ministério da Educação.
De acordo com o Ministério, o calendário da chegada dos manuais digitais aos diferentes níveis de ensino varia de escola para escola, cabendo às direções escolares decidir quando deve ser feita essa substituição.
“No ano letivo de 2023/2024, estarão integrados neste projeto turmas do 3.º ao 12.º anos de escolaridade. Há escolas que optaram por ter todas as turmas de um mesmo ano de escolaridade ou até de mais de um ano de escolaridade envolvidas. Noutras, por questões de opção da própria escola, decidiram envolver apenas algumas turmas de alguns anos de escolaridade”, adiantou.
Esta é a 4.ª fase do Projeto-Piloto Manuais Digitais que vai contar com a participação de “160 escolas, 1.153 turmas e cerca de 21.260 alunos (número que ainda não está fechado)”.
O número de alunos a usar manuais escolares digitais quase duplicou face ao ano passado. No ano letivo 2022/2023, o novo modelo chegou a 11.437 alunos, de 575 turmas, de 68 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas.
No arranque do passado ano letivo, o ministro da Educação, João Costa, revelou que esperava que até ao fim da legislatura, que termina em 2026, todas as escolas tivessem manuais digitais.
João Costa defendeu, no entanto, a importância de manter o contacto com os livros em formato papel entre os alunos mais novos.
As Festas de Algoso deste ano contaram com a participação do grupo de pauliteiros de Miranda – Sendim, que animou a arruada e o peditório pelas ruas da localidade, uma antiga tradição que criou “lhaços” de maior proximidade entre os gaiteiros, os dançadores e a população local e despertou o propósito de voltar a formar um grupo de pauliteiros na localidade.
Pela manhã, os pauliteiros de Miranda – Sendim animaram a arruada e o peditório pelas ruas de Algoso.
As festas em Algoso decorrerm nos dias 14, 15 e 16 de agosto, sendo dedicadas a Nossa Senhora do Castelo e a São Roque. No dia 16, a comissão de festas de Algoso convidou o grupo de pauliteiros sendineses para animarem a arruada e o peditório pelas ruas da aldeia.
Sobre esta atuação, o secretário da associação de Pauliteiros de Sendim, Telmo Ramos disse que esta experiência foi diferente das habituais atuações, dado que que começou logo pela manhã e levou os jovens pauliteiros a percorrer as várias ruas da localidade.
“Ao acompanhar os mordomos na recolha da esmola para a festa em honra de São Roque, os pauliteiros tiveram a missão de, em cada rua, retribuir a generosidade da população com uma dança ou lhaço”, explicou.
A arruada e o peditório decorreram ao longo de toda a manhá, debaixo de um intenso calor, pelo que a hospitalidade e a generosidade da população de Algoso, que ofereceu água, cerveja e algo para comer, foi um gesto muito bem recebido pelos jovens dançadores. Finalizada a arruada, seguiu-se o merecido descanso para o almoço.
À tarde, após a missa em honra de São Roque, dois pauliteiros acompanharam a procissão, desde a igreja matriz, passando pela capela de São Roque e regressando de novo à igreja. No final da procissão, os pauliteiros de Sendim presentearam a população de Algoso, no largo da igreja, com uma série de danças (lhaços), que culminou com a dança do salto ao castelo, tendo sido muito aplaudidos pela alegre e vigorosa atuação.
À tarde, os pauliteiros sendineses dançaram no largo da Igreja.
Sobre a pertinência desta atuação, em Algoso e a recente candidatura “Danças dos Pauliteiros nas festas tradicionais” ao Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial, Telmo Ramos, corroborou da opinião que a tradição das danças dos pauliteiros propiciam a coesão social e bem-estar vivencial das comunidades.
Perante a efusiva recetividade e o entusiasmo do público de Algoso, Telmo Ramos explicou que noutros tempos, esta localidade teve grupos locais de pauliteiros, mas depois com o êxodo da população e dos jovens, a tradição não teve continuidade e perdeu-se.
Foi para reavivar esta memória, que o mordomo e juiz da comissão de Festas de Algoso 2023, Elias Pinto, convidou o grupo de pauliteiros de Miranda – Sendim, para animar a festa em honra de São Roque.
“Em Algoso, há um grande apreço pelas danças dos pauliteiros. Noutros tempos, existia na localidade um grupo de gaiteiros e pauliteiros, que também tinham a missão de animar e dançar no decorrer do peditório das festas. Por isso, foi com grande satisfação que vi o entusiasmo da população ao ver dançar os pauliteiros. Faço votos de que nos próximos anos, os mordomos das festas continuem a convidar estes grupos tradicionais para animar as festas de Algoso”, disse.
Emigrante há 40 anos, em Espanha, Adriano Frias, foi uma das pessoas que mais se alegrou com a atuação dos pauliteiros de Miranda – Sendim. A razão deste entusiasmo deve-se à experiência na sua juventude, como “dançador”, no grupo de pauliteiros de Algoso, na década de 1980.
“Foi uma maravilha, voltar a ver dançar os pauliteiros em Algoso. Trouxe-me à memória os meus tempos de juventude, durante os quais também tínhamos a missão de acompanhar o peditório pelas ruas da aldeia. No decorrer desta tarefa, lembro-me que era tradição oferecer aos dançadores e aos gaiteiros de comer e de beber, por exemplo, presunto e arroz doce, para recuperarem as forças. Depois da missa, também dançávamos no largo da igreja”, recordou.
Já o jovem Xavier Pinto, também ele emigrante, em Espanha, é gaiteiro e interessa-se pela música e as tradições de Algoso. Sobre o antigo grupo de pauliteiros locais, estudou, por exemplo, os registos de vídeo das danças dos paus, realizados por Michel Giacometti.
“Gostaria muito de reavivar esta bonita tradição dos pauliteiros, em Algoso. Para tal, já temos o contributo de jovens gaiteiros. Gostaria agora de aproveitar o conhecimento das pessoas mais velhas da aldeia, que já foram dançadores, para ensinarem aos mais novos as danças ou ‘lhaços'”, disse.
No final da festa, os algosenses aplaudiram e agradeceram ao grupo de Pauliteiros de Miranda-Sendim, pela animação e a alegria transmitida com a música e a dança. E também pela inspiração de incutir nos mais jovens o desejo de formar, novamente, um grupo de pauliteiros, em Algoso.
Música: “Pica & Trilha” apresentaram o seu primeiro CD
A banda de rock “Pica & Trilha” apresentou o seu primeiro trabalho discográfico de originais, intitulado “Lhabradores al poder!”, cantados em mirandês e que aborda os problemas estruturais que afetam a região do planalto mirandês.
“Os Pica & Trilha são uma banda de ‘hard rock’ inspirada nas sonoridades das décadas de 1970 e 80, que canta em língua mirandesa e alerta para os problemas da região”, explicou Emílio Martins, um dos mentores deste projeto.
O álbum de estreia “Lhabradores al poder” é composto por 13 músicas que abordam vivências das gentes transmontanas e alerta para os problemas da agricultura, do despovoamento, os efeitos dos incêndios ou da seca que afetam o interior, em particular o planalto mirandês, já que esta formação é originaria de Sendim, no concelho de Miranda do Douro.
A banda nasceu em 2017 e leva já seis anos de vida, tendo concluído o seu álbum de apresentação, como forma de divulgar a segunda língua oficial em Portugal.
O título “Lhabradores al poder!”, que em português quer dizer “Lavradores ao Poder!”, pretende ser um “grito de alerta” para o que se passa neste território fronteiriço do nordeste interior.
“Pretendemos demonstrar que esta região é dinâmica, com uma população resiliente onde a agricultura tem um papel crucial no desenvolvimento económico do território e da sociedade local”, relatou o vocalista da banda, Emílio Martins.
Todo o cenário desenhado pelos Pica & Trilha engloba utensílios e ferramentas utilizadas na lavoura e assenta nas paisagens rurais da chamada Terra de Miranda, que engloba os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.
Os Pica & Trilha prometem o seu primeiro espetáculo ao vivo para o último trimestre deste ano.
O álbum tem em destaque temas como: “Benga la Trilhadeira”, “La mie burra parece um Ferrari” ou “Facebook tratores i Hard Rock”, entre outras faixas.
As músicas estão disponíveis em vários canais digitais.
Vitivinicultura: Início das vindima com expectativa de aumento de produção
No Douro dá-se início por estes dias à festa das vindimas com uma expectativa de aumento de produção, num ano favorável à maturação e com algum “conforto hídrico”, depois de um 2022 marcado pela seca.
A vindima é o culminar de um ano de trabalho na vinha e é a considerada a maior festa da mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo: o Douro.
“As condições de maturação que estamos a ter são bastante boas”, afirmou hoje à agência Lusa Luís Marcos, da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID).
Depois de um 2022 muito seco e quente, o inverno foi chuvoso e, apesar de meses secos entre fevereiro e abril, maio e junho trouxeram novamente a chuva ao território duriense.
Pelo que, explicou, a videira está “em conforto hídrico”. “Isso aliado a temperaturas altas, mas não demasiadamente altas, com noites frescas, tem criado condições para que a maturação ocorra de uma forma muito regular e sem interrupções”, acrescentou.
Em algumas localidades do Douro, a chuva veio acompanhada de granizo que afetou a vinha e a produção localmente e provocou também situações de míldio e a necessidade de efetuar mais tratamentos à videira.
“Tirando essas situações, para já a situação tem sido bastante favorável e tem permitido ter maturações bastante equilibradas, o que nos pode antecipar um ano de boa qualidade”, referiu Luís Marcos, que lembrou que as previsões da ADVID para a vindima de 2023 apontam para um aumento da produção “até 10%” comparativamente com o ano passado.
O Douro produziu 234 mil pipas de vinho em 2022, uma quebra de 12% comparativamente com o ano anterior e inferior à inicialmente prevista que rondava os 20%.
Na quinta do Vallado, Peso da Régua, o corte das uvas brancas da casta moscatel começou na terça-feira (dia 08), um dia antes do que em 2017, o ano em que as vindimas arrancaram mais cedo nesta quinta.
“Acho que tem tudo para ser um grande ano, não só em termos de qualidade como em quantidade. Para já, acho que as uvas estão muito saborosas, têm boa acidez, estão muito preservadas e tenho uma expectativa muito alta”, afirmou o administrador Francisco Ferreira, responsável pela gestão agrícola.
As suas previsões apontam para um aumento de produção nesta quinta, que tem vinhas no Baixo Corgo e Douro Superior, na “ordem dos 15 a 20%”.
Esta semana, o Vallado inicia o corte generalizado de uvas brancas e para o dia 21 está previsto o arranque das tintas no Douro Superior.
Foi precisamente no Douro Superior que a Rozès deu início à vindima, cerca de 15 dias mais cedo do que no ano passado.
A empresa, com nove quintas e centro de vinificação na Quinta de Monsul, Lamego, prevê um aumento de produção “de cerca de 10%” este ano.
“O ano agrícola foi satisfatório em termos de água, nas três sub-regiões, no entanto o mês de junho foi difícil, pois tivemos chuva e calor, o que proporcionou o aparecimento de doenças criptogâmicas, como míldio, oídio e ‘black rot’ (podridão negra) e ainda ondas de calor, que exigiram por parte dos viticultores o aumento do número de tratamentos e consequentemente aumento dos custos”, referiu a equipa de enologia da Rozès.
Acrescentou que os controlos de maturação confirmam “uma boa relação peso/volume, boa acidez e boa concentração de açúcar”.
Também na Quinta do Pessegueiro, em São João da Pesqueira, o enólogo Hugo Heleno disse que o ano vitícola “correu bem” e que, neste momento, as “perspetivas são boas, em termos de quantidade”.
“Tivemos um bom inverno que deu para repor algumas reservas de água no solo que estava com muito défice, devido a um ano anterior completamente seco”, referiu.
Acrescentou que as chuvas da primavera obrigaram a uma atenção diária e a uma grande precisão nos tratamentos para controlar doenças como míldio e o oídio.
A Quinta de Foz Tua, em Carrazeda de Ansiães, foi atingida pelo mau tempo, chuva intensa e granizo, que danificou a adega e vinha, pelo que prevê, em consequência, uma quebra de produção que pode ser na ordem dos 30%.
O produtor César Fernandes disse que só quando as uvas forem colhidas e colocadas no tapete é que se poderá avaliar o impacto, mas sublinhou que o fruto que sobreviveu “é de boa qualidade”.
Depois de uma vindima em 2022 antecipada devido à seca (12 de agosto), esta adega prepara o arranque o corte das uvas lá para o dia 24. “Este ano não se sente a seca extrema que existiu no ano passado”, apontou.
Mais ao lado, em Alijó, a Quanta Terra de Celso Pereira e Jorge Alves antecipou “oito a 10 dias” as vindimas relativamente ao ano passado, mantendo “a tendência que se tem vindo a verificar” devido às mudanças climáticas”, prevendo “um aumento de produção de 10 a 15% “ e “boa qualidade”.
Vimioso: Cinco bombeiros feridos após despiste de viatura
Cinco bombeiros de Vimioso ficaram feridos, na sequência de um acidente ocorrido no dia 15 de agosto, que envolveu a viatura de combate a incêndios em que seguiam, tendo sido transportados para o Hospital de Bragança, informou fonte da Proteção Civil.
De acordo com o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, os operacionais foram observados no Hospital de Bragança, onde realizaram exames complementares de diagnóstico para avaliar a gravidade dos ferimentos.
“Aparentemente estamos a falar de feridos ligeiros. Há uma operacional que requer mais cuidados, porque poderá existir trauma a nível torácico e que será avaliado após os exames médicos”, explicou o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil Terras de Trás-os-Montes.
Segundo o responsável, a equipa de bombeiros deslocava-se para um incêndio entre as localidades de Vale de Pena e Pinelo, naquele concelho do distrito de Bragança, quando entrou em despiste, acabando por capotar.
Ainda de acordo com o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil Terras de Trás-os-Montes, posteriormente serão apuradas as circunstâncias em que ocorreu o despiste do veículo pesado de combate a incêndios florestais, que integra o dispositivo de primeira intervenção.
“Este era um dos quatro veículos de combate a incêndios que se dirigia para um incêndio nascente no concelho de Vimioso, entre Pinelo e Vale de Pena, que ficou de imediato resolvido”, acrescentou.
O alerta para o acidente foi dado às 14:50 e nas operações de socorros estiverem envolvidos 10 operacionais e cinco viaturas.
Maria é a primeira de todos nós. É a primeira a receber o Evangelho e a primeira a entrar na glória do Pai. Nesta Solenidade da Assunção da Virgem Maria, cada um de nós é chamado a contemplar o destino que o Filho nos preparou: um lugar ao seu lado, na comunhão dos santos.
A Assunção de Nossa Senhora, dogma da Igreja desde 1950, é o reconhecimento da força da devoção popular. Sendo um mistério difícil de compreender, a festa da Assunção acompanha a história da Igreja desde os primeiros tempos e recorda-nos a subida de Maria ao Céu, em corpo e alma, no momento da sua morte. De acordo com a tradição, a suavidade desta transição foi tal que Maria parecia ter adormecido.
A Assunção da nossa Mãe no final da sua peregrinação na terra reforça a confiança na eternidade. Leva-nos a pensar no que virá depois da morte, sem deixar de nos orientar para a pergunta que interessa: vivemos, como Maria, de forma a entrar na glória do Pai?
Nas poucas linhas dedicadas a Maria nos Evangelhos podemos ver como ela escreve, com a sua vida, as páginas definitivas que nos abrem o Céu: há que acolher o Evangelho, como Maria faz no Anúncio do anjo; há que viver a pressa alegre do anúncio, que leva Maria a visitar sua prima Isabel; há que chorar as perdas e as dores, como Maria junto à cruz do Filho; há que consolar os que andam tristes, como Maria no Cenáculo.
Há que viver voltados para o Filho, disponíveis para o acompanhar, como Maria. Peçamos a Maria, nesta festa, que nos coloque com o seu Filho. Deixemos que este mistério, tantas vezes e há tanto tempo celebrado pelo povo de Deus, nos alimente a esperança de, um dia, também nós estarmos no Céu ao lado de quem amamos e daquele que nos ama, daquele que é Amor.
Miranda do Douro: CDMD vai competir no futsal e no atletismo
O Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) realizou no serão do dia 12 de agosto, a assembleia geral, durante a qual a direção do clube apresentou aos associados as contas da época passada e informou sobre o plano de atividades para 2023/2024, com os destaques de manter a atual equipa (campeã) de futsal e a constituição de uma equipa de atletismo.
O presidente do CDMD, Nuno Martins, apresentou aos associados o plano de atividades para a época 2023/2024, no qual se destaca a constituição de uma equipa de atletismo.
A assembleia geral do CDMD decorreu no miniauditório, em Miranda do Douro, onde a direção, presidida por Nuno Martins, começou por apresentar aos associados o relatório de contas relativo à época 2022/2023. Neste periodo, o CDMD alcançou um saldo positivo de cerca de 4 mil euros.
Para a nova época 2023/2024, o presidente do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), apresentou também o novo orçamento e o plano de atividades, com a novidade da criação de uma equipa de atletismo, para competir nas provas da Associação de Atletismo de Bragança (AAB).
“No atletismo, o CDMD pretende formar uma equipa constituída por 7 a 9 atletas oriundos de concelho de Miranda do Douro. Ao longo do ano, vamos também organizar várias provas: a 23 de setembro, por exemplo, vamos organizar o Ultra Trail Tierra de Miranda, em Picote. Em dezembro, vai realizar-se uma corrida São Silvestre. E no próximo ano, pretendemos organizar a II Trail Contrabando do Café, em Paradela”, informou.
No futsal, o jogo de apresentação da equipa do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), para a nova época 2023/2024, está agendado para o dia 10 de setembro, às 16h00, no pavilhão multiusos, diante do Vila Flor.
No arranque desta nova época desportiva, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) vai voltar a defrontar o Grupo Desportivo e Cultural de Salto (Vila Real), na final da Taça Transmontana, no dia 16 de setembro.
Noutra competição, a supertaça António Parente vai jogar-se a 23 de setembro, entre o CD Miranda do Douro e Escola Arnaldo Pereira.
O campeonato distrital de futsal inicia-se a 29 de setembro.
Para a nova época, a direção e equipa técnica do CDMD, definiram como estratégia manter o atual plantel, formado predominantemente com jovens jogadores do concelho de Miranda do Douro. Recorde-se que na época de estreia no futsal, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) conquistou o campeonato distrital e a taça distrital. De acordo com o presidente do CDMD, Nuno Martins, este sucesso desportivo foi construído passo a passo, graças ao compromisso e ao trabalho de toda a equipa.
“Ao longo da época passada conseguimos manter a união e o foco, desde os jogadores, a equipa técnica, os órgãos sociais e também os associados, que deram um apoio extraordinário à equipa. Destaco, ainda o compromisso e a dedicação dos jogadores em cada treino e não só no dia dos jogos. Foi assim que as vitórias foram surgindo, fomos conquistando pontos e atingimos os objetivos de ser campeões e conquistamos a taça distrital”, sublinhou.
Sobre a prestação da equipa no playoff de acesso à III divisão de futsal, no qual o CDMD averbou um empate e cinco derrotas, o líder do CDMD, interpretou a não qualificação como uma aprendizagem para o futuro.
“Com as derrotas também se aprende. No playoff, até começámos bem com o empate em Vila Nova de Cerveira, que até poderia ter sido uma vitória. Mas depois não conseguimos estar ao nível dos outros dois adversários. Nesta nova época desportiva, queremos revalidar o título, de modo a voltar a competir no playoff e subir à III divisão de futsal”, disse.
No final da assembleia geral do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) foi ainda apresentado e aprovado o regulamento geral interno do clube.