Ovinos: Lã ganha novo uso em recheio de edredões

Ovinos: Lã ganha novo uso em recheio de edredões

Atualmente com pouca utilidade e a consequente desvalorização no mercado, a lã de ovinos está a ser reaproveitada como recheio de edredões, vendidos por uma empresa de Sousel, no distrito de Portalegre.

“É o único edredão de lã de borrego que existe. Tudo é feito em Portugal, não há nada importado e estamos a começar a exportar”, realça Ricardo Machado, um dos sócios da empresa que comercializa estes edredões, com a marca Lãmb.

No expositor que a marca tem num dos pavilhões da feira agropecuária Ovibeja, que termina hoje em Beja, estão expostos alguns exemplares deste produto, assim como camas para cão ou gato, igualmente com interior em lã de borrego.

Ricardo Machado conta que a marca ‘nasceu’ de uma parceria entre a Herdade de Vale Feitoso, em Idanha-a-Nova, concelho de Castelo Branco, de que é proprietário, e a empresa Pasto Alentejano, de Sousel, que comercializa borregos.

“Tosquiar uma ovelha custa bastante dinheiro” aos criadores de ovinos e “não tinha qualquer rendimento, porque até aqui a lã não era valorizada”, mas o cenário está a mudar, graças a novas soluções para este produto natural, salienta.

Segundo o empresário, os borregos são tosquiados em Sousel e a lã é transportada para a Guarda, onde é lavada, e, depois, para a indústria têxtil no norte do país, para ser fiada e onde os edredões são confecionados.

“É um produto verdadeiramente português”, realça o também criador de ovinos, que possui cerca de 2.500 ovelhas, notando igualmente que este é 100% lã de borrego, enquanto outros edredões no mercado são produzidos com fibras sintéticas.

Assinalando que estas coberturas acolchoadas de cama começaram a ser vendidas no final de 2024, Ricardo Machado refere que as vendas da primeira remessa, que foi de teste, foram um sucesso e acabaram por “esgotar praticamente em menos de um mês”.

“Este ano, já vamos ter lã que dá para fazer muitos edredões”, assinala, revelando que se prevê a utilização de cerca de 80 toneladas. Além do mercado interno, a Lãmb já está a preparar-se para exportar, nomeadamente para Inglaterra e França.

As mantas de lã caíram em desuso, argumenta o empresário, frisando que o este novo produto “consegue ter a mesma qualidade e é melhor ainda do que o edredão de penas”. E, tal como antigamente, “pode ser geracional”.

A Lãmb está, em conjunto com outros parceiros, como universidades, a testar novos produtos confecionados à base de lã de borrego nas áreas do vestuário, construção civil e arte, que se prevê serem lançados no mercado até ao final deste ano.

“E isto é o princípio do que nós achamos que é uma solução integrada que vai, sem dúvida, ajudar o mundo rural”, sublinha.

Também a ACOS – Associação de Agricultores do Sul, com sede em Beja e promotora da Ovibeja, uniu esforços com a artesã, investigadora e empresária Rosa Pomar que, depois, lança peças feitas com lã de ovelha da raça campaniça.

“Felizmente, para os produtores da raça campaniça, tem sido uma lufada de ar fresco termos a Rosa Pomar a trabalhar connosco, porque, apesar de estar neste mercado difícil, faz questão de valorizar a lã e que essa valorização se repercuta no produtor”, observa Miguel Madeira, vice-presidente da ACOS e criador deste tipo de ovinos.

Novelos de fio e peças têxteis são alguns dos artigos desenvolvidos por Rosa Pomar. Em exposição e à venda na Ovibeja estão outros feitos de lã feltrada, com a própria marca da feira e da autora, como mangas térmicas para garrafas de vinho ou estojos para lápis e canetas.

Com esse trabalho, acrescenta Miguel Madeira, a artesã “consegue escoar a quase totalidade” dos 20 mil quilos da lã produzida pelo efetivo total de 10 mil ovelhas da raça campaniça.

Fonte: Lusa | Fotos: ACOM

Construção: Autarquias de todo o país afetadas por concursos sem candidatos

Construção: Autarquias de todo o país afetadas por concursos sem candidatos

A falta de mão-de-obra e o aumento dos custos de construção são os dois fatores apontados por autarquias de todo o país, para justificar o número de concursos públicos sem empresas concorrentes.

No Algarve, o vice-presidente da Câmara de Loulé, David Pimentel (PS), afirma que “a tendência está a agravar-se”, exemplificando que só este ano, até abril, ficaram desertos um quarto dos 32 concursos públicos lançados, quando em 2024 e 2023 esse valor tinha sido residual.

Em Albufeira, também no distrito de Faro, o presidente do executivo, José Carlos Rolo (PSD), aponta, além dos vários concursos desertos, casos em que surge apenas um candidato, como um concurso de cerca de nove milhões de euros que está a decorrer no concelho e cujo avanço ficará comprometido se o concorrente desistir.

A Universidade do Algarve, só nos últimos dois anos, ficou com seis concursos públicos desertos, e, segundo a reitoria, cinco das nove empreitadas no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), começaram por ficar desertas. A sua adjudicação só foi possível devido à “reabertura dos concursos com um preço base mais elevado”.

No Alentejo, “as empresas queixam-se de que os preços dos concursos são baixos e, mesmo após rever e subir preços, não os consideram atrativos”, diz à Lusa o presidente da Câmara de Montemor-o-Novo (distrito de Évora), Olímpio Galvão (PS), acrescentando que “todas elas se queixam da falta de mão-de-obra e da falta de capacidade para fazerem face a tanta pressão de obras”.

No concelho – onde têm ficado desertos, sobretudo, concursos para a reabilitação de escolas primárias e postos médicos -, o autarca refere ainda a reabilitação do Convento da Saudação, no Castelo de Montemor-o-Novo, cujo concurso “estava valorizado em 6,1 milhões de euros mais IVA, teve 17 empresas a mostrarem interesse, mas nenhuma apresentou proposta”, alegando que “o valor era baixo”. A reabilitação acabou dividida em duas fases, com a primeira associada a um concurso de 3,7 milhões, financiado pelo PRR.

No distrito de Setúbal, a autarquia de Santiago do Cacém teve de aumentar os preços base de concursos como o do Bairro dos Serrotes, em Vila Nova de Santo André, ou do pré-escolar de Ermidas-Sado.

No mesmo distrito, a Câmara de Palmela admite que “o aumento exponencial dos preços dos materiais de construção é uma das causas” para vários concursos terem ficado deserto, situação que se mantém “mesmo com a repetição de concursos com valores-base mais altos”.

Segundo o executivo, “o maior exemplo reside, talvez, nas centenas de Estratégias Locais de Habitação, um pouco por todo o país – e, também, em Palmela – que implicam um enorme esforço, quer de reabilitação urbana, quer de nova construção de edifícios para habitação com arrendamento a custos controlados, com financiamento do PRR, e que será impossível concretizar até ao final de 2025”.

No distrito de Lisboa um dos municípios que têm “enfrentado, com alguma frequência”, situações de concursos desertos é o de Odivelas, onde o presidente, Hugo Martins (PS), deu como exemplos a requalificação e ampliação do Pavilhão Honório Francisco, a Unidade de Saúde da Pontinha e a Divisão Policial de Odivelas.

A Oeste, em Alcobaça (distrito de Leiria), quatro dos cinco concursos lançados pela Câmara este ano ficaram desertos, dos quais dois referentes a reabilitações no Mosteiro de Santa Maria: num deles o preço base teve de ser aumentado e no outro a autarquia “só recebeu uma proposta”.

Para o município de Leiria, ainda é prematuro concluir-se que se está perante dificuldades na contratação e adjudicação de empreitadas, já que em 2022, dos 24 concursos públicos lançados, apenas um ficou deserto. Em 2023 não se registou qualquer concurso sem apresentação de propostas (foram lançados 27) e em 2024 “verificaram-se três concursos desertos de um total de 42”, pelo que se avançou “com concursos posteriores com valor base mais elevado”.

Situação diferente, na região Centro, registou o concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, onde tiveram que ser repetidos os concursos da reconversão de antigos lavadouros em Núcleo Museológico do Luso, do melhoramento de acessibilidades na Escola Secundária da Mealhada e Avenida Comendador Messias Batista, da reconversão dos antigos talhos da feira de Santa Luzia num espaço de apoio a peregrinos e da construção de três fogos de habitação na Pedrulha (freguesia de Casal Comba).

O mesmo aconteceu com as empreitadas no âmbito da Estratégia Local de Habitação em Oliveira do Bairro e o concurso para a reabilitação do parque de estacionamento subterrâneo de Oiã (no mesmo concelho, no distrito de Aveiro), a construção do novo Centro de Saúde e Serviço de Urgência Básica de Arganil (distrito de Coimbra) e a construção do Centro de Saúde de São Pedro e a requalificação da Escola Secundária Bernardino Machado na Figueira da Foz, também no distrito de Coimbra.

No Norte, no concelho do Porto, nos últimos três anos, cerca de duas dezenas de concursos não tiveram concorrentes, entre os quais a requalificação da Escola Básica dos Correios.

“O mercado tem crescido significativamente e as empresas debatem-se cada vez mais com falta de mão-de-obra, o que as leva, certamente, a uma maior seleção dos concursos aos quais concorrem”, assinala a autarquia portuense.

No município de Braga, no último ano, ficaram desertos três concursos públicos e, em Viana do Castelo, o concurso para a construção de um novo mercado municipal já ficou deserto três vezes.

Fonte: Lusa

Legislativas: Inscrições para voto antecipado até 8 de maio

Legislativas: Inscrições para voto antecipado até 8 de maio

Os eleitores recenseados em Portugal, que pretendam votar mais cedo nas eleições legislativas de 18 de maio, podem inscreveram-se até 8 de maio, na modalidade de voto antecipado.

O voto em mobilidade realiza-se a 11 de maio, uma semana antes das eleições, num local escolhido pelo eleitor em qualquer município do continente ou das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, devendo identificar-se e indicar a freguesia onde está recenseado.

De acordo com o ‘site’ da Comissão Nacional de Eleições (CNE), todos os eleitores recenseados no território nacional podem votar antecipadamente em mobilidade.

Para o fazer, o eleitor tem que comunicar a sua intenção até 8 de maio através de meio eletrónico, em www.votoantecipado.pt ou por via postal, dirigida à Administração Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, localizada na Praça do Comércio, Ala Oriental, 1149-015 LISBOA.

No pedido via postal devem constar os seguintes dados: Nome completo; Data de nascimento; Número de identificação civil; Morada; Mesa de voto antecipado em mobilidade onde pretende exercer o direito de voto; Contacto telefónico e sempre que possível endereço de correio eletrónico.

Caso o eleitor se inscreva para votar antecipadamente em mobilidade e não consiga fazê-lo, pode votar no dia da eleição (18 de maio) na assembleia ou secção de voto onde se encontra recenseados.

Mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro podem votar a 18 de maio na eleições legislativas antecipadas.

Fonte: Lusa

Família: “Ser Mãe é aprender e crescer com os filhos” – Mafalda Frazão

Família: “Ser Mãe é aprender e crescer constantemente com os filhos” – Mafalda Frazão

Mafalda Frazão é mãe de cinco filhos e assume que a maternidade é um modo de “dar vida, aprender e crescer constantemente com os filhos”.

“Para mim ser mãe é aumentar e dilatar ainda mais o que é que a vida pode ser, o que é que a vida nos pode dar, o que é que podemos descobrir com a vida também. No fundo é ser mais vida, é dar vida, é aprender e crescer constantemente com os filhos também e é uma experiência, na verdade, de um crescimento diário”, disse Mafalda Frazão.

Numa entrevista emitida no Programa ECCLESIA (RTP2), a respeito do Dia da Mãe, que se assinala em Portugal, a 4 de maio, Mafalda Frazão explica que o seu “projeto de família foi crescendo naturalmente, sem grandes programações, sem grandes estratégias definidas”.

“Na verdade, nasceu o primeiro filho, quando ele tinha um ano e pouco, uma vez estava a brincar com ele e estava a pensar, realmente precisas de um irmão ou de uma irmã, porque eu sempre percebi que isso para mim tinha sido um dos maiores tesouros na vida”, acrescenta.

Mafalda Frazão, a terceira de sete irmãos, refere que sempre viu nesta família numerosa “um dos maiores tesouros”, por isso, quis que o seu primeiro filho tivesse “essa oportunidade”.

“Acho que por ter tido sete irmãos, não é que sempre quisesse ter imensos filhos, mas que descomplicou muito a forma de viver. Ter muitos irmãos é quase como viver num microssistema em que conseguimos fazer várias experiências até pessoais, e quase sociológicas” assinalou, sobre “uma aprendizagem muito grande”, ao mesmo tempo é “uma companhia continua”.

O exemplo da sua mãe, que sempre deu aulas na Escola de Enfermagem, “trabalhou a vida inteira”, mas, às vezes, com os irmãos achavam que “não  trabalhava, que ela conseguia estar sempre presente nos vários momentos importantes”,  e tratava-os de “uma maneira muito única”, são “quase oito filhos únicos”.

Mafalda Frazão explicou também importância do voluntariado na sua vida, da qual fazem parte o marido e os filhos, aprendido pelos exemplos em casa, desde a infância quando ia “a alguns bairros” com a avó, que era médica de saúde pública, ou no colégio, aos 8 anos, quando a turma inteira uniu-se para dar apoio a uma família, cuja criança tinha sido identificada pela mãe.

Mais tarde, acrescentou, criou, “com amigos”, um grupo de voluntariado de apoio a pessoas em situação de sem-abrigo, no Porto; formada em Design, “uma área distante da medicina e destas áreas mais sociais”, começou a trabalhar com a visão de que “também com criatividade” conseguem arranjar soluções para problemas, e, quando conheceu o futuro marido, Nuno Frazão, ele “já tinha criado uma ONG”, que os levou a outros continentes – África, Ásia, América – e países como Angola, a Índia, o Brasil, nomeadamente ao Complexo do Alemão, e à Amazónia.

“Quando casamos e quando comecei a ter filhos já não dava para viajar tanto, para estar nesses países de uma maneira tão regular, acabei por entrar por um mundo do empreendedorismo social, e a ensinar pessoas que querem desenvolver projetos e que querem atuar em problemas societais”, explicou a entrevistad,a que trabalha também na Católica Lisbon School of Business & Economics.

Mafalda Frazão é também a convidada do Programa ECCLESIA do Dia da Mãe, este Domingo,  na Antena 1 da rádio pública (6h00).

A Comissão Episcopal do Laicado e Família, da Conferência Episcopal Portuguesa, escreveu a mensagem intitulada ‘Dia da Mãe – Elevar o coração’, onde convida a “parar para pensar” e assinala que esta celebração deve situar-se “no projeto do Ano Santo”.

“Parar para pensar e reconhecer que a esperança acontece quando a semeamos, intuindo as inspirações do coração nas nossas relações com os outros, numa verdadeira abrangência universal, mas, sobretudo, nos circuitos da vida familiar”, lê-se na mensagem intitulada ‘Dia da Mãe – Elevar o coração’.

“Com a Igreja universal, queremos ser peregrinos de esperança. Sempre imbuídos de uma espiritualidade sinodal, desejamos que a vida, em todas as suas dimensões, se torne uma verdadeira peregrinação”, acrescenta o texto.

O organismo católico evoca “com profunda gratidão” o Papa Francisco.

Com a nossa oração e comunhão acompanhamo-lo no seu peregrinar para a Casa de Deus Pai, ao encontro do regaço de Maria, nossa Mãe, a quem sempre amou”.

“A mãe é, sobretudo, a heroína que eleva o coração do marido, dos filhos, dos netos, hoje, amanhã e sempre, nos momentos de alegria, assim como na angústia e na tempestade. A força do seu coração chega a todos, impercetivelmente ou com gestos, silenciosamente ou com palavras”, assinala a nota da comissão.

“Às mães maltratadas ou desprezadas, às que perderam um filho, às que vivem sem aconchego, às que sentem a solidão – seja na velhice ou até mesmo na juventude – , às cansadas e sem amparo, saibamos mostrar-lhes que todo o seu empenho em elevar o coração não ficará sem recompensa”, acrescenta a mensagem.

Obrigado, mães. Convosco, viveremos a proximidade cristã, ajudando, sempre, a elevar o coração”.

Fonte: Ecclesia

Anunciar a Ressurreição de Jesus!

III Domingo da Páscoa

Anunciar a Ressurreição de Jesus!

Atos 5,27b-32.40b-41; Salmo 29 (30); Apocalipse 5,11-14; João 21,1-19

primeira leitura mostra-nos como a comunidade cristã de Jerusalém testemunha a vida nova que brota de Jesus ressuscitado. Embora as autoridades judaicas tentem calá-los, os apóstolos estão decididos a oferecer a todos os habitantes de Jerusalém a “boa notícia” de Jesus. A verdade, a vitória definitiva de Deus sobre a morte e o pecado, têm de ser anunciados de cima dos telhados, a fim de que o mundo encontre nesse “evangelho” uma nova esperança.

Na segunda leitura Jesus, o “Cordeiro” imolado que venceu a morte e que trouxe aos homens a libertação definitiva, é aclamado pelos anjos, pelo povo de Deus, pela humanidade inteira, por todos os seres criados. Agora poderá concretizar-se o projeto de Deus de oferecer a sua salvação a todas as criaturas “que há no céu, na terra, debaixo da terra, no mar” e no universo inteiro. Somos convidados a associar-nos, também nós, a este cântico jubiloso.

Evangelho oferece-nos uma parábola sobre a maneira de os discípulos de Jesus concretizarem a missão que lhes foi confiada.

Chamados a libertar os seus irmãos do mar de sofrimento em que vivem mergulhados, os discípulos têm de contar com Jesus e de seguir as orientações de Jesus. Se ignorarem Jesus, cairão num ativismo estéril, sem sentido e sem objetivo; se agirem de acordo com as orientações de Jesus, serão verdadeiramente arautos da salvação de Deus.

Fonte: Dehonianos | Foto: Flickr

Bragança: Feira das Cantarinhas de 2 a 4 de maio

Bragança: Feira das Cantarinhas de 2 a 4 de maio

A Feira das Cantarinhas de Bragança decorre de 2 a 4 de maio e nesta edição tem uma rua destinada a promover os produtos da região como o mel, o azeite e o vinho, num fim de semana em que se esperam milhares de pessoas na cidade, sede do distrito.

O evento que se estende pelas ruas da cidade, com data marcada este ano de 02 a 04 de maio, foi hoje apresentado na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança (ACISB), que programa o acontecimento em conjunto com o município.

“A novidade principal são 10 stands na Rua Alexandre Herculano, com mostras dos produtores de vinho, azeite e mel da região. Antes nessa rua tínhamos feirantes”, começou por explicar a presidente da ACISB, Maria João Rodrigues.

A zona, que é pedonal e bastante movimentada, junto à central Praça da Sé, onde se podem encontrar o que dá nome à feira, foi escolhida, precisamente, pela localização “para dar a oportunidade aos produtores de mostrarem produtos importantes para a região”, considerou Maria João Rodrigues.

Espera-se, ainda segundo o prognóstico da associação de comerciantes, boas taxas de ocupação na hotelaria e na restauração e a visita massiva dos vizinhos espanhóis.

Pela cidade brigantina, contabilizou Paulo Xavier, o autarca, vão estar 325 expositores de todo o país.

“É um dos mais antigos e emblemáticos eventos do nosso concelho. Mais do que uma mostra do que é o artesanato, o comércio ou a gastronomia, é um verdadeiro símbolo da nossa identidade cultural”, partilhou o presidente da câmara municipal.

Dois dias antes, a 30 de abril, tem início na Praça Camões, também no centro da cidade transmontana, a Feira do Artesanato, onde vão estar os quatro artesão que guardam a arte de fazer as cantarinhas a trabalhar o barro ao vivo, contou Paulo Xavier.

“É um trabalho minucioso, que não tem sido fácil passar de geração em geração. Se antes havia muitos a produzir, agora este símbolo está reduzido a poucos oleiros. Por isso, é importante divulgar, para ver se os mais novos se entusiasmam”, afirmou o autarca.

O grande grosso do que é vendido é produzido fora da região e trazido pelos comerciantes que vêm participar na feira.

A Feira das Cantarinhas é de origem medieval e decorre no primeiro fim de semana de maio, em que também se celebra o Dia da Mãe (4 de maio).

Tem o ponto principal no centro da cidade e de lá se estende. Antes, acontecia dentro ou fora da Cidadela, dependendo se havia paz ou guerra, e em consonância com os ciclos agrícolas. 

Os trabalhadores levavam para o campo cântaras, originárias da aldeia de Pinela, naquele concelho, que serviam para armazenar água e que se vendiam na feira franca. 

As cantareiras, as mulheres responsáveis pelo molde de barro, começaram a produzir cântaras mais pequenas, chamadas de cantarinhas, que tinham como função entreter as crianças e que se popularizaram até à atualidade.

Podem ter muitas formas, tamanhos ou cores, mas continuam a simbolizar prosperidade e sorte. Por isso, mantêm-se a tradição de as oferecer nesta data em sinal de amor ou de amizade a quem se quer bem.

Por ocorrer na primavera, a Feira das Cantarinhas está ligada ainda aos rituais de sedução, mandando também a tradição que se escolhesse a cântara mais bonita para presentear a mulher amada. Aquelas que recebessem mais cantarinhas eram, portanto, as mais pretendidas.

Fonte: Lusa

Igreja: Iniciam-se as peregrinações a Fátima para o 13 de maio

Igreja: Iniciam-se as peregrinações a Fátima para o 13 de maio

Até 13 de maio, a Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou medidas de proteção e apoio aos peregrinos de Fátima, com ações de sensibilização e com condicionamentos de trânsito no Itinerário Complementar (IC2).

Segundo a IP, a campanha “Peregrinação Segura – Fátima 2025” decorre nas estradas dos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria e Santarém e inclui ações de sensibilização e apoio direto junto dos peregrinos. Estas ações de informação, são feitas em coordenação com diversas entidades, no sentido de implementar medidas preventivas que reduzam o risco de acidentes rodoviários, em particular, o risco de atropelamento.

Fonte da IP disse que este ano a campanha foi antecipada devido aos feriados (25 de abril e 01 de maio), sendo expectável que os peregrinos iniciem a caminhada para Fátima mais cedo, e à morte do Papa Francisco, face à possibilidade de serem em maior número.

“As vias utilizadas pelos peregrinos têm volume de tráfego significativo, onde nalguns casos se verificam velocidades de circulação elevadas, aumentando substancialmente a sua exposição ao risco, potenciando a gravidade das consequências de um eventual acidente”, referiu a IP, realçando ser “fundamental a adoção de comportamentos seguros e utilização de percursos alternativos através de vias secundárias e com menor tráfego rodoviário”.

A IP adiantou que “colabora na criação e informação dos caminhos alternativos aos troços de maior tráfego rodoviário e procede à implementação de um conjunto de condicionamentos rodoviários nos principais itinerários utilizados na peregrinação ao Santuário de Fátima”.

Além destes condicionamentos, a empresa vai “estar no terreno com equipas que irão percorrer os principais percursos”, sendo que “estas equipas terão como missão prestar apoio aos peregrinos, dar informação aos condutores e reforçar a sinalização dos desvios implementados e, em caso de necessidade, adaptar ou criar condicionamentos em função dos momentos de maior ou menor afluência de peregrinos”.

De acordo com a mesma fonte, vão estar envolvidos cerca de 30 trabalhadores da IP.

Em comunicado, são referidos os condicionamentos de vias e desvios de trânsito no Itinerário Complementar 2 nos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria, a IP esclareceu que, no que se refere ao distrito de Santarém, “atendendo às características das vias utilizadas pelos peregrinos, não serão efetuados condicionamentos em vias de lentos”.

“Contudo, uma vez que o número de peregrinos que percorre a rede de estradas neste distrito é normalmente elevado, haverá um reforço do acompanhamento por parte das equipas da IP”.

A IP apelou ainda para o cumprimento das regras estradais e adoção de comportamentos seguros por parte dos peregrinos que se deslocam a pé e dos automobilistas.

Aos primeiros recomenda, por exemplo, que caminhem por estradas alternativas aos itinerários complementares e principais e usem sempre vestuário refletor, de dia ou de noite, sendo que o percurso a pé deve ser feito “sempre pela berma, em fila indiana, o mais afastado possível da faixa de rodagem e em sentido contrário ao trânsito”.

Já para os automobilistas, aconselha, entre outros aspetos, atenção redobrada na estrada e redução de velocidade ao avistar grupos de caminhantes.

A peregrinação de 12 e 13 de maio ao Santuário de Fátima vai ser presidida pelo cardeal brasileiro Jaime Spengler, arcebispo metropolita de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e do Conselho Episcopal Latino-Americano.

Esta é a primeira grande peregrinação do ano ao maior templo mariano do país e ocorre três semanas após a morte do Papa Francisco, que esteve no santuário em 2017 (centenário dos acontecimentos na Cova da Iria e canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto) e em 2023 (no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa).

Fonte: Lusa

Legislativas: Conferência Episcopal apela à discussão dos programas para o país

Legislativas: Conferência Episcopal apela à discussão dos programas para o país

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Dom José Ornelas apelou aos candidatos às eleições legislativas de 18 de maio, para que “discutam os programas, modelos de governação e perspectivas de organização do aparelho de Estado” para dar confiança às pessoas.

É necessário “ter debates sérios no país, (…) mas sem “serem simplesmente acusações mútuas ou de casos que tantas vezes são fáceis de manipular”.

Este debate servirá para “saber qual é a seriedade dos programas e das vantagens e desvantagens de cada programa” para se poder ter uma posição na hora de votar.

José Ornelas apelou também ao voto e sublinhou que escolher quem governa o país “não é uma opção, é um dever”.

Falando no final da 211.ª Assembleia Plenária da CEP, em Fátima, no concelho de Ourém, no distrito de Santarém, José Ornelas lembrou os 50 anos das primeiras eleições livres em Portugal, algo que disse não deitar “água baixo”.

“Votar não é uma opção, é um dever. E é para todos. Porque isto também significa a nossa forma de dizer aos políticos: olhem que nós estamos atentos. Não é lançar nenhuma dúvida sobre quem nos governa, mas significa que apoiamos aqueles que julgamos que governam bem e também somos críticos em relação a quem não o faz”, sublinhou o presidente da CEP.

O também bispo da Diocese de Leiria-Fátima acrescentou que a participação “é fundamental no jogo democrático”.

“Um cristão não se abstém. Um cristão vota. Se tiver de votar em branco, vota em branco, mas vota. O que não posso é dizer: eu fui dos que não lá foram”, insistiu.

Sobre o apagão que deixou Portugal sem luz na segunda-feira, José Ornelas defendeu que é necessário “fazer uma análise séria”, porque “além de apurar responsabilidades, é importante, sobretudo, preparar-se para que não volte a acontecer”.

“É importante apurar responsabilidades e também, eventualmente, culpas. É, sobretudo, necessário encontrar soluções para responder a essas eventuais deficiências que se têm verificado, para saber bem porque se chegou a isto e porque é que demorou este tempo a chegar-se a encontrar uma solução”, apontou.

Fonte: Lusa

1.º maio: Igreja Católica evoca São José Operário

1.º maio: Igreja Católica evoca São José Operário

Desde 1955 que a Igreja Católica celebra a 1 de maio, a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador.

A celebração litúrgica de São José operário foi instituída no dia 1 de maio de 1955, pelo Papa Pio XII, diante de milhares de trabalhadores italianos: “Longe de despertar discórdia, ódios e violência, o 1º de maio é e será um recorrente convite à sociedade moderna a realizar aquilo que ainda falta à paz social”.

São José foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador; foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX.

A 8 de dezembro de 2021, o Papa Francisco assinalou no Vaticano o final do Ano de São José, que convocou para assinalar o 150º aniversário da sua declaração como padroeiro da Igreja Universal.

Foi nesse dia, em 2020, que Francisco proclamou o Ano de São José com a carta apostólica ‘Patris corde’, com o objetivo de ajudar as pessoas a redescobrir esta “extraordinária figura”.

A carta do Papa apresentava “algumas reflexões pessoais” sobre São José, destacando que “depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício”, ligado também ao mundo laboral.

“Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo”, indicava o falecido pontífice.

Fonte: Ecclesia

Legislativas: Campanha eleitoral inicia-se a 1 de maio

Legislativas: Campanha eleitoral inicia-se a 1 de maio

A campanha para as eleições legislativas inicia-se a 1 de maio e a coligação AD- PDS/CDS-PP vai estar na Ovibeja e em Lisboa, apostando na proximidade aos eleitores e na recandidatura de Luís Montenegro, ao cargo de primeiro-ministro.

Na apresentação do programa provisório da volta da coligação PSD/CDS-PP para as legislativas antecipadas de 18 de maio, a direção de campanha traçou uma diferença em relação às eleições de há um ano, quando foi marcante a presença de muitos ex-líderes, que visava dar “peso institucional” a Luís Montenegro, na altura sem experiência governativa.

Agora, defende-se, o líder do PSD e recandidato a primeiro-ministro “vale por ele próprio” e, para os portugueses, “vale mais do que qualquer ex-líder do partido”, embora sem excluírem a participação de convidados na campanha.

Tal como tem sido feito nos últimos dias, as principais mensagens do líder passarão por pedir “uma maioria que permita estabilidade” e apresentar o “legado da governação”, até porque grande parte dos cabeças de lista são ministros do XXIV Governo Constitucional, que se demitiu na sequência do ‘chumbo’ da moção de confiança apresentada pelo executivo.

Quanto ao formato da campanha da AD, haverá uma menor aposta em comícios – entre almoços e jantares deverão ser apenas oito – e mais em contacto “olhos nos olhos” com a população, o que a direção de campanha diz ser um pedido expresso de Montenegro.

Com uma média prevista de três a quatro iniciativas por dia, entre 01 e 03 de maio, ainda no período de pré-campanha, a caravana da AD andará pelos distritos de Beja, Faro e Portalegre (onde já não regressará, tendo também já passado pelas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores) e, no sábado, entre Braga, Porto e Aveiro, com um grande jantar em Santa Maria da Feira.

No primeiro dia de campanha oficial, 04 de maio, que é também dia da Mãe, a AD começará com uma visita à Feira das Cantarinhas, em Bragança, seguindo depois para Barcelos (distrito de Braga).

O último debate, nas três rádios no dia 05, fará a AD voltar a Lisboa, com um almoço na área Oeste, num dia que ainda passará pelos distritos de Castelo Branco e Guarda.

No dia 6, em que o PSD completa 51 anos, a campanha voltará a Lisboa, com passagens por Sintra e, à noite, com um jantar na capital previsto para milhares de pessoas.

A última incursão a sul do Tejo será a 07 de maio, com passagens por Setúbal e Évora, com a campanha a rumar no dia seguinte a Coimbra e Santarém e, a 09 de maio, dia da Europa, com passagem por três distritos: Leiria, Aveiro e Porto, para onde está prometido um “mega jantar”.

São vários os distritos em que a campanha da AD passará pelo menos três vezes, como Aveiro, Porto ou Lisboa, ou até quatro, como Braga, tendo também duas passagens previstas pelos distritos de Coimbra, Leiria e Santarém.

Ao contrário do que aconteceu há um ano, a caravana deverá passar por Espinho (no dia 12 de manhã), onde Luís Montenegro viveu grande parte da vida, iniciou a sua carreira política e fez o seu percurso profissional, e onde esteve a sede da empresa Spinumviva, que desencadeou a crise que levou a eleições antecipadas.

Os últimos dois dias de campanha da AD serão passados, como habitualmente, no Porto – com a tradicional arruada em Santa Catarina terminando em comício – e em Lisboa, onde a descida do Chiado poderá acontecer mais cedo para concentrar o encerramento num grande comício no Campo Pequeno.

No ano passado, devido à chuva, a campanha da AD nas legislativas não fez a descida do Chiado e esse comício no Campo Pequeno foi organizado praticamente de véspera.

Em todas as ações de campanha, estarão presentes os dois líderes da coligação PSD/CDS-PP, Luís Montenegro e Nuno Melo.

O futebol também influenciou o desenho da campanha da AD e, no sábado, dia 10, em que se joga o Benfica-Sporting às 18:00, a última iniciativa deverá ser um almoço em Famalicão (distrito de Braga).

Em vários dias, a campanha da AD deverá terminar ao final da tarde, com uma aposta assumida de que a mensagem possa passar nos jornais televisivos da noite.

Fonte: Lusa