Bragança-Miranda: Bispo ordenou um padre e um diácono

Bragança-Miranda: Bispo ordenou um padre e um diácono

No Domingo, dia 13 de julho, o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, presidiu à ordenação de um sacerdote e um diácono, desafiando os membros do clero à ação social no seu ministério.

“Sempre que, como padres ou diáconos reduzimos, sossegadamente, a nossa ação e atenção à Liturgia, esquecendo a Palavra e a Caridade estamos a deformar o sacerdócio de Cristo. Corremos o risco de nos tornarmos semelhantes ao sacerdote e ao levita (homens do culto) que veem, mas passam ao lado com indiferença”, alertou D. Nuno Almeida, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.

A ordenação diaconal de frei John Ryky Naheten (capuchinho) e a ordenação presbiteral de Nélson Dias do Vale (diocesano) realizou-se na catedral de Bragança.

“Caros Nelson Vale e Frei John Ryky, não vos contenteis em celebrar a Liturgia das Horas e dos Sacramentos e sacramentais e a piedade popular, mas fazei cristãos adultos no anúncio e no testemunho de Deus-Amor”, apelou o presidente da celebração.

A Eucaristia foi concelebrada por D. António Montes Moreira, bispo emérito de Bragança-Miranda, e vários padres, incluindo os sacerdotes das equipas formadoras do Seminário diocesano e do Seminário Maior Interdiocesano de S. José.

D. Nuno Almeida falou de um “dia de grande alegria”, centrando a sua reflexão na parábola do Bom Samaritano.

“Está diante de nós uma parábola património da e de humanidade. Humaniza-nos. Uma parábola que não podemos parar de escutar; uma narrativa que temos de continuar a amar porque é geradora de humano, porque contém o rosto de Deus e a solução possível para os dramas da humanidade”, observou.

A resposta de Jesus opera um deslocamento de sentido (quem destes três se fez próximo?) modificando-lhe radicalmente o conceito: o teu próximo não é aquele que tu fazes entrar no horizonte das tuas atenções, mas o próximo sou eu, és tu quando assumimos o cuidado de um irmão ou de uma irmã: não quem amamos, mas quando procuramos amar!”.

O bispo de Bragança-Miranda convidou os padres e diáconos a “construir juntos muito mais comunhão”.

“Sede bênção para todos. Não acumuleis riquezas pessoais, mas multiplicai o bem ao serviço de todos e em especial dos que mais precisam; não andeis tristes nem fomenteis a murmuração, os mexericos nem a intriga; sede próximos e amigos de todos (crianças, adolescentes, jovens, casais, idosos); visitai sobretudo as pessoas idosas e levai-lhes carinho e ternura; não procureis o poder, o dinheiro, a fama”, recomendou ao novo padre e ao novo diácono.

“Sede bondosos e dai a vida pelo povo de Deus; dai tempo às pessoas, não sejais como aqueles que estão sempre ao telemóvel e sempre inacessíveis. Sede queridos ordinandos e sejamos todos nós padres e diáconos: fiéis, felizes e fiáveis”, acrescentou.

D. Nuno Almeida saudou as equipas formadoras e os jovens dos seminários: o Seminário Interdiocesano de S. José, sediado em Braga e o Seminário em Família, sediado em Bragança.

“Nunca faltarão os bons pastores à nossa diocese de Bragança-Miranda, se as paróquias e as famílias forem autenticamente cristãs, onde se celebra o Mistério da Salvação, se escuta a Palavra e se contempla o rosto do Amor para o viver e partilhar com todos”, declarou.

A animação litúrgica esteve a cargo do Coral Emídio Garcia (Bragança).

A assembleia contou com a presença de fiéis dos quatro arciprestados da diocese transmontana, nomeadamente da Unidade Pastoral Senhora da Visitação (concelho de Vimioso) de onde o padre Nélson é natural e onde o diácono John integra a Fraternidade Itinerante dos Franciscanos Capuchinhos.

Fonte: Ecclesia

Não basta saber, é necessário fazer!

XV Domingo do Tempo Comum

Não basta saber, é necessário fazer!

Deut 30, 10-14 / Slm 68 (69), 14.17. 30-31.33-34.36ab.37 ou Slm 18 B, 8-11 / Col 1, 15-20 / Lc 10, 25-37

O doutor da lei faz duas perguntas a Jesus: «Mestre, que hei de fazer para receber a vida eterna?». E «Quem é o meu próximo?». O que interrogou sabia a reposta e Jesus até o elogiou por isso. Só que não basta saber, é necessário fazer, imitar o Bom Samaritano: «faz isso e viverás!».

A parábola que escutámos é uma interpelação contra o egoísmo, contra os que só pensam em si, retratados nos salteadores que maltrataram o caminhante a fim de o roubarem. É um protesto contra a indiferença dos que não fazem mal, mas também não fazem bem, pecando por omissão. Foi assim que se comportaram o sacerdote e o levita, passando de lado, olhando sem ver, apressados e sem coração compassivo, longínquos do necessitado tão próximo.

Que fazer? Pensar nos outros, ser próximo, ver e tratar o outro como próximo, colocar-me no seu lugar, na sua situação.

Próximo é aquele que precisa de mim. Sou próximo para aqueles a quem presto atenção e a ajuda desejada e possível. «O que fizestes ou não fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes ou não fizestes» (Mt 25 – Juízo Final). Depois do Lava-pés, Jesus disse aos discípulos: «Dei-vos o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também» (Jo 13, 15).

Não posso modificar o mundo, mas talvez esteja na minha mão socorrer e solucionar problemas de alguma pessoa indefesa, desempregada ou carente de meios para alimentar a família. Não nos desculpemos dizendo: as instituições que façam! Ele/ela que se arranje! Sintamo-nos mal, tenhamos escrúpulos todas as vezes em que poderíamos ajudar e recusámos! Não se pode amar a Deus sem amar o próximo. Qualquer próximo é meu irmão. Jesus quer que tratemos os outros como o trataríamos a Ele. Aprendamos a dar, de graça! Dar não é o mesmo que emprestar. Será aquilo que tivermos dado que nos acompanhará para a vida eterna, onde receberemos a recompensa. Não esquecer que cumprir a Regra de ouro consiste em fazer aos outros o que queremos que nos façam a nós.

Pode-se saber de cor o Evangelho e não ser cristão, porque saber não basta, é preciso fazer, aplicar em atos concretos o que se aprendeu.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa | Imagem. Flickr

Vimioso: Piscinas municipais abrem a 12 de julho

Vimioso: Piscinas municipais abrem a 12 de julho

As piscinas municipais de Vimioso abrem ao público, este sábado, dia 12 de julho, após a conclusão dos últimos preparativos e limpeza, informa o município em comunicado.

No verão, dado o aumento das temperaturas, as piscinas municipais são uma das principais ocupações dos tempos livres das crianças e jovens.

Uma das atividades do programa das Férias Desportivas, promovidas pelo município, são precisamente as atividades aquáticas nas piscinas municipais.

Em Vimioso, as piscinas mantêm-se abertas ao público nos meses de julho, agosto e setembro.

HA

Miranda do Douro: “Miranda do Douro é uma cidade viva, resiliente e inclusiva” – Helena Barril

Miranda do Douro: “Miranda do Douro é uma cidade viva, resiliente e inclusiva” – Helena Barril

A 10 de julho, a cidade de Miranda do Douro celebrou 480 anos, numa cerimónia com homenagens, apresentação de livros e um concerto da concatedral, tendo a presidente da Câmara Municipal, Helena Barril, proferido um discurso durante o qual sublinhou que esta cidade histórica está “viva”, pela constante atividade cultural, pela atração de visitantes e pelos novos projetos em curso, como são o Hotel Vila Galé Mirandum.

As comemorações do 10 de julho, feriado municipal em Miranda do Douro, começaram no centro histórico da cidade, na Praça Dom João III, com o hastear das bandeiras e a entoação dos hinos nacional e da cidade.

De seguida, no salão nobre da Câmara Municipal de Miranda do Douro, o executivo municipal liderado pela presidente, Helena Barril, atribuiu as insígnias de mérito a duas personalidades do concelho. Este ano, os homenageados foram Eduardo Augusto Paulo, natural de Sendim, pelos 28 anos ao serviço do município de Miranda do Douro; e Maria Teresa de Jesus Almeida Vaz Rodrigues, professora e poetisa, autora dos livros “Ousadia” e “Rio de Infinitos – Riu d’Anfenitos”.

No seu discurso, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, referiu-se ao trabalho realizado ao longo destes quase quatro anos de mandado, em áreas como a cultura, a agropecuária, o ambiente, o desporto, a mobilidade e os transportes, o turismo, a gastronomia, a juventude e as migrações.

“A cidade de Miranda do Douro é uma terra marcada por séculos de história, um lugar onde o passado se entrelaça com o presente e se projeta no futuro”, começou por dizer a autarca mirandesa.

Sobre o trabalho realizado, Helena Barril, destacou o protocolo assinado com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, para registo dos atos oficiais do Diário da República, em língua mirandesa e a criação da Estrutura de Missão para a Promoção do Mirandês. Na cultura, a autarca de Miranda do Douro lembrou o registo no Inventário Nacional do Património Imaterial das Danças Rituais dos Pauliteiros e da candidatura das festas rituais de solstício de Inverno.

No âmbito das infraestruturas, Helena Barril, indicou a construção do Centro de Melhoramento e Valorização das Raças Autóctones e do posto zootécinco, em Malhadas. A autarca referiu-se ainda aos projetos em curso do Matadouro do Planalto, em Sendim, do Centro de Inspeção Periódica de Veículos e do Hotel Vila Galé Mirandum, em Miranda do Douro.

“Este novo hotel será um motor de desenvolvimento, atraindo ainda mais visitantes à cidade e ao concelho de Miranda do Douro, gerando emprego e posicionando Miranda do Douro entre os grandes destinos turísticos do país”, disse.

A autarca mirandesa indicou ainda ao investimento do município na habitação social e na fixação dos jovens.

Helena Barril concluiu o seu discurso agradecendo a colaboração do executivo municipal, coadjuvada por Nuno Rodrigues e Vitor Bernardo, os vereadores da oposição, Júlio Meirinhos e Carlos Ferreira e os funcionários da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

“Quero expressar o quanto o município de Miranda do Douro, e eu, em particular, estamos gratos pelo vosso trabalho e dedicação em prol do concelho. Miranda do Douro é uma cidade viva, resiliente, inclusiva e sustentável. É uma terra onde todos podem encontrar oportunidades para viver bem, preservar as suas raízes e construir novos sonhos”, concluiu a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

As comemorações do Dia da Cidade prosseguiram na Casa da Cultura Mirandesa, com a apresentação do primeiro livro de poesia de Carlos Ferreira, intitulado “Plantaformas”. Com o prefácio de Alfredo Cameirão, a obra literária tem desenhos em aguarela de Manuel Ferreira.

Ainda na Casa da Cultura Mirandesa, Ana Afonso, deu a conhecer o “Abecedário em mirandês”. Trata-se de um instrumento pedagógico, com 24 letras/palavras e desenhos, para o ensino e aprendizagem da língua mirandesa. Segundo a autora, o “Abecedário em mirandês” está disponível na livraria Andrade, em Miranda do Douro; na loja da Frauga, em Picote; e pode ser adquirido online, através das páginas das redes sociais Facebook e Instagram “La bida mirandesa”.

Outro destaque do feriado municipal, em Miranda do Douro, foi a presença do jornalista e escritor, José Rodrigues dos Santos, para a apresentação do novo livro “O Protocolo do Caos”. Nesta visita a Miranda do Douro, o pivot do telejornal da RTP, revelou que é natural de Trás-os-Montes, tendo raízes familiares em Vinhais e Alfândega da Fé. Sobre os seus livros, o escritor, José Rodrigues do Santos, indicou que gosta de escrever vários géneros literários (romance, policiais, aventura) para promover a reflexão e o espírito crítico da sociedade, sobre assuntos universais e atuais.

O Dia da Cidade, em Miranda do Douro, encerrou ao serão, na concatedral, com o concerto “O Amor Bruxo”, interpretado pelo grupo Ópera Na Academia e na Cidade.

HA

Quintanilha: II Festival Classic Rock

Quintanilha: II Festival Classic Rock

O Quintanilha Classic Rock regressa este sábado, dia 12 de julho à praia fluvial do Colado, junto ao rio Maçãs, no concelho de Bragança, informa a organização.

“A finalidade deste evento é atrair um público distinto, retratar o passado, relembrar grupos musicais os anos 70, 80 e 90 e vestir de acordo com a época”, indica a organização.

Vão estar expostos carros antigos e é possível fazer piqueniques, além de apreciar a gastronomia local, bem como o artesanato. O evento tem ainda um cariz solidário, com a doação de bens alimentares ao Centro Social e Paroquial Santos Mártires e à Cáritas de Bragança.

É o segundo ano que o evento acontece, organizado em colaboração pela junta de freguesia da aldeia fronteiriça, a Associação Protetora dos Amigos do Maçãs, a Comissão de Festas do Santo Viola e com o apoio do município brigantino.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida ordena presbítero e diácono

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida ordena presbítero e diácono

No Domingo, dia 13 de julho, o Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, preside à ordenação presbiteral do diácono Nélson Vale e à ordenação diaconal de frei John Naheten, uma celebração agendada para as 18h00, na Catedral de Bragança.

O diácono Nélson Dias do Vale, 27 anos, é natural de Carção (concelho de Vimioso) e fez a sua formação no Seminário de São José (Bragança), e no Seminário Maior Interdiocesano de São José (Braga).

Completou os estudos teológicos na Universidade Católica Portuguesa tendo defendido, em 2023, a dissertação «O sonho de uma Igreja missionária», no âmbito do mestrado em Teologia.

No caminho de preparação para o sacerdócio, Nélson tem exercido atividade pastoral nas comunidades da Paróquia de S. João Baptista (Bragança), sendo acompanhado pelo Pároco, padre José Bento Soares.

Tem-se dedicado à docência da disciplina de Educação Moral Religiosa Católica, no Agrupamento de Escolas Emídio Garcia (Bragança), e ao Instituto diocesano de Estudos Pastorais. É diretor do Secretariado diocesano das Missões e membro da Comissão diocesana para a Sinodalidade.

Nesta celebração, D. Nuno Almeida também vai ordenar, no diaconado, frei John Ryky Asalu Naheten, franciscano capuchinho, 43 anos, natural de Padiae, no enclave de Oecusse, em Timor-Leste.

Entrou para o Postulantado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em 2005, e fez o ano de Noviciado em Pontianak (Indonésia), em 2010/11 e em agosto de 2011 fez a Profissão Simples, em Laleia (Timor-Leste), nas mãos de Frei Fernando Alberto, e a Profissão Perpétua em agosto de 2016, nas mãos de Frei Hermano Filipe, tornando-se, assim, o primeiro irmão professo perpétuo de Timor-Leste.

Viveu em Portugal, sobretudo na Fraternidade dos Capuchinhos do Amial (Porto), e regressou a Timor-Leste em 2019 para terminar os estudos de Teologia.

Frei John integra a Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado dos Capuchinhos, em Argozelo (Vimioso), desde 30 de janeiro deste ano, e aqui deverá permanecer até 2026.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Catedrais e igrejas em livro

Miranda do Douro: Catedrais e igrejas em livro

Um livro que retrata as igrejas e catedrais da diocese Bragança – Miranda é apresentado esta sexta-feira dia 11 de julho, em Miranda do Douro, no decorrer da Semana da Cultura Mirandesa e trata-se de uma compilação de textos histórico-religiosos dos templos cristãos existentes no nordeste transmontano.

O trabalho é da autoria dos investigadores Susana Cipriano e Abílio Lousada. A obra foi apresentada em Bragança no dia 9 de julho e a 11 de julho em Miranda do Douro .

“Esta obra é um valioso contributo para a salvaguarda da memória, dado que serve para descobrir e reviver os testemunhos de fé das gerações passadas através de sinais sensíveis”, refere o bispo da diocese Bragança-Miranda, Nuno Almeida no Prefácio da obra.

O livro “Diocese Bragança-Miranda, Das mais belas Igrejas do concelho de Bragança -Lugares de Culto e de Fé” conta com 426 páginas, mais de 300 fotografias a cores, e vai estar disponível em todas as livrarias religiosas nacionais.

Fonte: Lusa | Foto: DBM

Ambiente: Centro náutico no Azibo

Ambiente: Centro náutico no Azibo

O município de Macedo de Cavaleiros inaugurou um centro náutico na Albufeira do Azibo, com a ambição de acolher futuramente as seleções nacionais das diversas modalidades aquáticas e de ser um local de formação de atletas.

“O local, além de ser um armazém de equipamentos náuticos, tem um auditório e salas de preparação de possíveis estágios, até resultantes das parcerias que temos com as áreas do desporto do Instituto Politécnico de Bragança”, afirmou o presidente da Câmara, Benjamim Rodrigues.

Segundo o autarca do concelho macedense, com esta nova infraestrutura pretende-se criar condições para que equipas nacionais e estrangeiras, e até seleções, possam ali fazer os seus treinos, em águas “tranquilas e sem o receio de correntes ou ventos”.

Este centro náutico fica localizado na praia da Fraga da Pegada, aproveitando um antigo espaço que estava nos últimos anos sem utilização, com o intuito de recuperar uma ligação aos desportos náuticos na albufeira, tradição que já existiu “com as escolas e que se perdeu um pouco”, segundo Benjamim Rodrigues.

Durante o verão, as crianças que participam nas atividades de férias do município vão poder experimentar vela, canoagem, remo ou windsurf.

“Outro objetivo é também poder facilitar assim a formação no Azibo”, revelou Benjamim Rodrigues.

Já o público em geral ou os turistas vão poder também usufruir do equipamento disponível e até de um instrutor, mas mediante agendamento prévio, para assegurar a disponibilidade.

Numa nota escrita, o município de Macedo de Cavaleiros recordou que esta estrutura “foi a primeira a ser certificada no nordeste transmontano, pela Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar”, que é a entidade gestora do Cluster da Economia Azul de Portugal.

Desde outubro de 2021, a albufeira do Azibo faz parte da Rede de Estações Náuticas nacionais.

Na estância balnear fluvial estão previstas atividades de demonstrações de canoagem adaptada, remo, canoagem e ‘stand-up paddle’.

Segundo a informação na página da internet dedicada à Albufeira do Azibo, esta dista a dois quilómetros da cidade de Macedo de Cavaleiros e é designada como Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo.

“Foi criada em 1999 e é um espaço de importância regional e nacional com mais de 4.000 hectares. Possui uma elevada valia paisagística a par com um rico património construído. Deve a sua proteção à importância dos seus valores naturais”, lê-se na nota de abertura do ‘site’, que descreve o local ainda como “um repositório de vegetação de importância nacional e acolhe várias espécies ameaçadas”.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Ambiente: Dificuldade na identificação dos proprietários para limpeza de terrenos

Ambiente: Dificuldade na identificação dos proprietários para limpeza de terrenos

A identificação dos proprietários é uma das maiores dificuldades apontadas pela GNR no âmbito da missão de fiscalização da limpeza dos terrenos, que conta com a ajuda de novas tecnologias e visa prevenir a ocorrência de incêndios.

Depois de uma fase de sinalização dos casos de falta de limpeza e de uma aposta na sensibilização, agora a Guarda Nacional Republicana está a fiscalizar se efetivamente foi feita a gestão de combustível em volta das habitações e aglomerados populacionais, podendo levantar autos de contraordenação aos proprietários em situação de incumprimento.

A agência Lusa acompanhou uma equipa de proteção florestal da GNR durante uma ação de fiscalização no concelho de Alijó, no distrito de Vila Real.

Nesta missão, inserida na campanha Floresta Segura, o capitão Rui Novais apontou a identificação dos donos do terreno como uma das principais dificuldades com que a Guarda se depara no terreno.

O comandante do Destacamento Territorial do Peso da Régua realçou, no entanto, que nos últimos anos as novas tecnologias e ferramentas, como uma “crescente progressividade na cartografia” dos terrenos, ajudam a fazer a ponte para quem tem que proceder à limpeza.

Numa região envelhecida e despovoada como esta, há casos em que os proprietários são emigrantes, outros já morreram e há dificuldades em identificar os herdeiros.

Em Alijó, os guardas florestais Rui Pinto e José Correia deslocaram-se a um local previamente sinalizado, em Presandães, onde verificaram que o terreno continua por limpar.

Através de um telemóvel têm acesso a uma plataforma da Guarda, com informações de cartografia e georreferenciação das propriedades.

Ali abordaram o septuagenário José Maria Borges que contou que, tanto ele como o vizinho, limparam em redor das casas, mas que o restante terreno é baldio.

“Em redor da minha casa, aqui este bocadinho, cortei eu, agora lá para cima não cortei porque aquilo não é meu, é baldio”, acrescentou, garantindo que com o terreno limpo perto da sua habitação se sente mais seguro “por causa do fogo”.

O capitão Rui Novais explicou que, neste caso, o terreno tinha sido sinalizado como estando em incumprimento e que, agora, se constatou que a situação não foi corrigida.

“São depois desencadeadas diligências no sentido de elaborar a correspondente notificação dirigida ao proprietário ou ao responsável pelo mesmo”, acrescentou, concretizando que, para as situações desconformes verificadas, é elaborado o correspondente auto de notificação.

Em 2025, o Governo foi prorrogando o prazo para a limpeza dos terrenos até 15 de junho, o qual inicialmente terminava a 30 de abril.

Nesse período, a GNR sinalizou em todo o país 10.417 terrenos como podendo vir a estar em infração por falta de gestão de combustível.

No distrito de Vila Real foram sinalizados 280 terrenos e, já na fase de fiscalização, após 15 de junho, foram levantados cinco autos de contraordenação em situações em que se verificou que a falta de limpeza não foi corrigida.

Rui Novais referiu que assim que é verificada a situação de incumprimento o proprietário é identificado e, se isso não for possível, fazem-se outros contactos como, por exemplo, com a câmara municipal.

No entanto, na sua opinião, nota-se que, nos últimos anos, tem “havido uma preocupação cada vez maior por parte dos cidadãos no sentido de procederem à limpeza do terreno que é da sua responsabilidade”.

“A nossa experiência diz-nos que cada vez mais as pessoas estão alerta de que o seu comportamento também dita muitas vezes os contornos dos incêndios florestais e a sua gravidade”, realçou.

E, segundo frisou, esta gestão “é crucial” para minimizar a probabilidade de ocorrência de incêndios florestais de grande gravidade.

“Não é tudo, mas é um grande passo”, defendeu.

Num outro local, a equipa da GNR verificou que um terreno referenciado durante a primeira fase foi limpo e, inclusive, ali até foram plantadas árvores folhosas. Num outro espaço próximo também foi feita a gestão do combustível, mas o mato voltou, entretanto, a crescer. A primavera chuvosa potenciou o crescimento do mato até mais tarde.

O trabalho da GNR, segundo o capitão Rui Novais, é contínuo, até porque os incêndios são uma das grandes preocupações neste distrito do interior do país e, por isso, as equipas vão prosseguir com a monitorização durante os próximos meses, correspondentes ao período mais crítico de ocorrência de fogos.

No distrito de Vila Real, desde o início do ano foram levantados mais 21 autos de contraordenação relacionados com, por exemplo, a realização de queimas e queimadas não autorizadas, tendo sido também detidos dois suspeitos de incêndio florestal e identificadas 14 pessoas, designadamente 11 por comportamento negligente e três por dolo.

Fonte: Lusa

Saúde: Alimentos com menos sal e açúcar

Saúde: Alimentos com menos sal e açúcar

Em cinco anos, os produtos alimentares vendidos em Portugal reduziram cerca de 15% do teor médio de sal e 21% do açúcar, sem que os consumidores portugueses tivessem de mudar as suas escolhas alimentares, revela um relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS).

Os dados publicados no “Relatório da Reformulação dos Alimentos em Portugal – 2018-2023” estimam uma redução do consumo de cerca de 18 toneladas de sal e de 7.400 toneladas de açúcar, na sequência do acordo de reformulação celebrado entre a Direção-Geral da Saúde, a indústria alimentar e o retalho para diminuir o teor destes nutrientes em diversos produtos alimentares.

A análise contemplou, no caso do sal, as batatas fritas e outros ‘snacks’ salgados, pizzas e cereais de pequeno-almoço, sendo que a redução progressiva de açúcar foi, também, analisada nestes últimos, assim como nos refrigerantes, néctares, iogurtes, leite fermentado e leite aromatizado.

Para a diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, Maria João Gregório, estes resultados “são bastante positivos”, porque permitem verificar que, no global, houve uma redução de sal e açúcar em todas as categorias abrangidas pelo acordo.

A redução global verificada, entre 2018 e 2023, foi de 14,8% no teor médio de sal e de 20,8% no teor médio de açúcar.

Segundo o relatório, 8 das 11 categorias de produtos alimentares analisadas ultrapassaram as metas definidas nos protocolos de reformulação nutricional.

Relativamente ao açúcar, três categorias (refrigerantes, leite achocolatado, iogurtes, leites fermentados e cereais de pequeno-almoço) superaram os objetivos definidos.

No caso do sal, outras três categorias: cereais de pequeno-almoço, ‘pizzas’, batatas fritas e ‘outros’ snacks salgados também ultrapassaram a meta de redução definida para 2022.

Além disso, através de um acordo específico com o retalho alimentar, foi também possível reduzir o teor de sal no pão, sopas e refeições pré-embaladas prontas a consumir.

A quase totalidade dos pães e refeições pré-embaladas atingiram a meta definida, ficando abaixo de 1 grama (g) de sal por 100 g para o caso do pão, e de 0,9 g de sal por 100 g para as refeições.

As metas estabelecidas basearam-se nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e o objetivo geral de atingir até 2020 um consumo diário máximo de 5 gramas de sal por pessoa e o de açúcares livres de cerca de 50 g/dia para a população em geral e de 25 g/dia para as crianças.

Maria João Gregório reforçou a importância da reformulação como estratégia de saúde pública, permitindo reduzir o consumo destes nutrientes que é elevado em Portugal, sem exigir mudanças de escolhas por parte dos consumidores.

Exemplificou que 24% da população portuguesa consome açúcares livres acima do limite recomendado pela OMS, valor que sobe para quase 50% entre crianças e adolescentes.

No caso do sal, cerca de 77% da população ultrapassa o consumo recomendado.

A responsável destacou que, por ser “uma medida que altera o ambiente alimentar”, tem o potencial de ter um impacto mais abrangente em toda a população, especialmente nos grupos mais vulneráveis”, onde doenças crónicas como a obesidade, diabetes e hipertensão arterial, associadas a hábitos alimentares inadequados, são mais prevalentes.

“Implementar medidas de saúde pública com este potencial (…) é muito importante quando pensamos em obter ganhos do ponto de vista da saúde”, vincou.

Questionada sobre a possibilidade de alargar o acordo a outras categorias alimentares, Maria João Gregório disse que a discussão ainda não foi iniciada, mas acredita que, face aos resultados, existirá vontade dos diferentes intervenientes em continuar este caminho.

Eventualmente, num próximo acordo, poderão ser definidas novas metas para categorias já incluídas como os iogurtes e os cereais, mas também serem incluídos novos produtos como queijos e produtos de charcutaria, “que têm um importante contributo para a gestão de sal na população portuguesa”.

O relatório foi publicado pela DGS em conjunto com os parceiros da medida, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, a Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e a NielsenIQ, sendo os dois últimos responsáveis pela monitorização independente do processo.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr