Mais de 80 concelhos de 10 distritos do continente estão esta quarta-feira, dia 16 de julho, em perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA, que prevê temperaturas de 40 graus Celsius Évora e Beja e 39 em Castelo Branco e Bragança.
Em perigo máximo de incêndio estão mais de 80 concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Braga, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo, Branco, Portalegre, Santarém e Faro.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), vários concelhos do interior norte e centro e Algarve apresentam hoje perigo muito elevado de incêndio rural.
Este perigo, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Por causa do tempo quente, o IPMA colocou sob aviso amarelo os distritos de Bragança, Viseu, Évora, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Beja, Castelo Branco e Portalegre até às 21:00 de hoje.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA quando existe uma “situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica”.
O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente limpo, aumentando de nebulosidade no litoral norte e centro a partir do final da tarde, pequena subida da temperatura mínima no interior e pequena descida da máxima no litoral oeste.
Está também prevista uma pequena subida da temperatura máxima no nordeste transmontano e Beira Alta.
As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 14 graus Celsius (em Leiria) e os 22 (em Faro) e as máximas entre os 25 (em Aveiro) e os 40 (em Évora e Beja).
Picote: Pedro Gonçalves e Pauliteiros de Miranda compõem música
Numa parceria inédita, os Pauliteiros de Miranda (Frauga) e o músico, Pedro Gonçalves, estão a preparar uma melodia, com letra em mirandês e a dança dos pauliteiros, para ser apresentada nos concertos do jovem artista e assim dar a conhecer a cultura e língua mirandesas.
Em 2024, aquando da sua vinda a Miranda do Douro para participar no Summer Cemp, uma iniciativa da Comissão Europeia, o jovem músico, Pedro Gonçalves, teve a oportunidade de conhecer pela primeira vez, a cultura e língua da Terra de Miranda.
“No final do verão passado fui a Miranda do Douro com a comissão europeia, ao Summer CEmp e apaixonei-me. Pela terra, pelas pessoas, pela cultura. Foi realmente uma semana mágica onde, durante vários dias, pensava: como é que podemos fazer o Mirandês ser mais ouvido? Meses depois, estou de volta. Mas desta vez, com os Pauliteiros de Miranda Estamos a fazer uma música juntos. pop e a cultura mirandesa. O meu mundo e o deles. Já estamos a trabalhar nisto há algum tempo e estamos ansiosos para vos mostrar o que aí vem”, escreve Pedro Gonçalves.
Aproveitando a visita do jovem músico a Miranda do Douro, os pauliteiros da Frauga desafiaram-no a comporem um trabalho musical, em conjunto.
“À semelhança do que já fizemos com o criador de conteúdos Movemind, desafiamos agora o Pedro Gonçalves, músico do estilo pop, a criarmos algo em conjunto. No dia 3 de julho, fomos a Coimbra gravar a melodia de uma primeira música. Entretanto, com o professor António Bárbolo, estamos a compor a letra em língua mirandesa”, indicou o jovem pauliteiro, Gonçalo Lourenço.
Nesta colaboração, outra componente importante é a dança dos Pauliteiros de Miranda. Para tal, o grupo da associação Frauga, está a ensaiar novos passos numa coreografia que procura trazer novidade à tradição.
“Quando a melodia, a letra e a dança estiverem prontas, o Pedro Gonçalves vai convidar-nos para dançar em alguns dos seus concertos, o que é uma oportunidade para divulgar o património cultural da Terra de Miranda”, adiantam os pauliteiros.
A FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote foi constituída a 17 de Dezembro de 1996. Esta associação tem como objetivos estudar e preservar o património cultural e natural de Picote, de modo a promover o desenvolvimento social e económico da localidade pertencente ao concelho de Miranda do Douro.
Pedro Gonçalves começou a cantar e a publicar no YouTube, vídeos, com versões de canções que o inspiravam. Desde 2012, reuniu dezenas de milhares de subscritores, alcançando milhões de visualizações.
Em 2015, Pedro Gonçalves alcançou o 2º lugar do talent show da RTP1, “The Voice Portugal”.
Participou pela primeira vez no Festival da Canção, em 2017, com a canção “Don’t Walk Away”, da autoria de João Pedro Coimbra, alcançando o 6.º lugar na Grande Final e o 1.º lugar da votação do público na sua Semi-Final.
Pedro Gonçalves tem-se destacado pelo seu trabalho enquanto compositor e produtor, tendo já conquistando já dois Discos de Ouro.
Com partida e chegada à aldeia de Picote, no concelho de Miranda do Douro, no Domingo, dia 20 de julho, vai realizar-se um passeio de caiaque no rio Douro, em pleno Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), onde os participantes têm a oportunidade de descobrir a fauna e a flora, em paisagens deslumbrantes.
Segundo a empresa Coordenadas de Aventura, este passeio de caiaque é de dificuldade fácil, dado que o objetivo não é a navegação, pelo que qualquer pessoa sem experiência pode participar na atividade.
“O passeio pelo Douro Internacional é uma experiência única, que só é possível fazer após o dia 20 de julho, devido ao seu elevado valor ecológico e ao período de nidificação de aves protegidas ou em risco de extinção, como são a Cegonha Negra, Águia de Bolelli e a Águia-Real. No decorrer da aventura, os participantes têm também a oportunidade de ver a Barragem de Picote, a jusante, de uma perpectiva única”, indica a organização.
O troço fronteiriço do rio Douro que separa Portugal de Espanha, corresponde a um vale profundo, encaixado e de margens escarpadas. O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), com cerca 87 mil hectares, abrange uma extensa superfície adjacente ao rio, sendo a vegetação dominada pela azinheira, localmente conhecida por carrasco, o zimbro, sobreirais e manchas de carvalho-negral.
O Parque Natural do Douro internacional (PNDI) é considerado uma área fundamental para a conservação da avifauna, em Portugal e na península ibérica. Nesta extensa área, as espécies de fauna mais representativa são as aves, quer pela elevada diversidade quer pela ocorrência de várias espécies ameaçadas. Entre as aves, destacam-se as rupícolas, isto é, as aves que vivem e nidificam em zonas rochosas, nomeadamente grandes aves como o abutre-do-egipto (Neophron percnopterus) e a águia-de-bonelli (Aquila fasciata),.
Aos participantes é recomendado o uso de calções ou fato de banho, sapatos de água ou chinelos, chapéu de sol, luvas de canoagem ou ciclismo, protetor solar, óculos de sol, garrafa de água 1,5 e um ligeiro reforço alimentar.
A inscrição no Kaiak Tour Douro Internacional tem um preço: 40€. O pagamento deve ser feito previamente, através de MBWAY (tlm. Número 966736633) ou por transferência bancaria, para o IBAN: PT50 0035 0838 00000453630 89. Aquando do pagamento, o(s) participante(s) devem indicar a atividade e nome do(s) participante(s).
Segundo a empresa Coordenadas de Aventura, a inscrição inclui seguros de acidentes pessoais e de responsabilidade civil; transporte em veículo todo-o-tereno no início e final da experiência para o local de embarque; material para a prática de canoagem (colete, pagaia e caiaque sit on top bilugar) e outras surpresas preparadas pela empresa de animação turística.
Cultura: Projeto de corredor cultural transfronteiriço
O Norte de Portugal e a Comunidade Autónoma de Castela e Leão (Espanha) apresentaram uma candidatura conjunta, para a criação de um corredor cultural transfronteiriço, informou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Um roteiro do românico, um roteiro literário e um roteiro romano que, do lado português, envolve Braga Romana, a Geira romana de Terras de Bouro (distrito de Braga), o museu das Termas Romanas de Chaves e o Complexo Mineiro Romano de Tresminas, em Vila Pouca de Aguiar (ambos no distrito de Vila Real) integram o património deste “projeto vencedor”, adiantou o vice-presidente da CCDR-N, Jorge Sobrado.
Este “primeiro projeto europeu cultural conjunto” entre as duas regiões serviu de ponto de “aproximação” entre o Norte e Castela e Leão, levando ao “primeiro encontro de alto nível entre o Norte e Castela e Leão em 16 anos”, agendado para terça-feira, dia 15 de julho, no Porto, observou Jorge Sobrado.
A sessão Plenária da Comunidade de Trabalho Norte de Portugal – Castilla y León (CT NORCyL) inclui a apresentação de uma posição conjunta sobre o futuro da Política de Coesão da União Europeia, “sublinhando o papel estratégico e determinante das regiões de fronteira na construção do próximo projeto europeu”, indica a CCDRN na nota de agenda.
Quanto ao roteiro NORCyL, Sobrado esclarece que a dimensão literária passa pelos escritores que, estando situados dos dois lados da fronteira, “tiveram correspondência literária ou pessoal”, como é o caso do português Teixeira de Pascoaes e do espanhol Miguel de Unamuno.
Para além disso, será elaborado um plano de cogestão e valorização conjunta da antiga exploração romana de ouro a céu aberto de Las Medulas (Espanha) e as antigas minas de Tresminas, nomeadamente tendo em vista a obtenção do selo UNESCO, explicou o vice-presidente.
Está também planeada uma ação conjunta sobre arte rupestre, entre o Vale do Côa e Siega Verde, uma zona arqueológica declarada Património Mundial em 2010 como extensão do Vale do Côa.
A intenção, com todas estas vertentes, é “criar um corredor cultural transfronteiriço, potenciando os vínculos históricos, culturais e patrimoniais entre o Norte de Portugal e Castela e Leão”, descreve a CCDR-N.
Por outro lado, pretende-se reforçar “a cooperação transfronteiriça e valorizar o património cultural — romano, românico, paisagístico, literário, simbólico e da UNESCO — promovendo o turismo sustentável, a coesão territorial e a construção de uma identidade cultural partilhada”.
O projeto “inclui a realização de ações-piloto, itinerários patrimoniais, valorização de património material e imaterial, promoção da literatura e das artes e iniciativas conjuntas de comunicação e divulgação”.
O consórcio de cerca de 15 entidades envolvido na candidatura é liderado pela Fundação Rei Afonso Henriques, uma entidade luso-espanhola criada há mais de 30 anos pela CCDR-N e a Junta de Castela e Leão, com sede em Zamora e filial em Bragança.
Estão também envolvidos a CCDR-N, a Junta de Castela e Leão, os municípios de Braga, Terras de Bouro, Vila Pouca de Aguiar, Chaves e Zamora, a VALSOUSA – Associação de Municípios do Vale do Sousa e a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, entre outros.
Redes sociais: Aplicação veda conteúdos impróprios a menores de idade
A Comissão Europeia lançou a 14 de julho, uma aplicação móvel de verificação da idade para vedar o acesso a conteúdos impróprios nas redes sociais, uma medida que está em teste na União Europeia (UE), com a finalidade de assegurara a privacidade e proteção das crianças.
“Hoje, a Comissão apresentou diretrizes sobre a proteção de menores, bem como um protótipo de aplicação de verificação etária, ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais. Estas medidas visam garantir que as crianças e os jovens possam continuar a usufruir das oportunidades do mundo ‘online’ – como o ensino, a criatividade e a comunicação – ao mesmo tempo que se minimizam os riscos, incluindo a exposição a conteúdos e comportamentos nocivos”, indica a instituição em comunicado.
Quanto à aplicação móvel, está em causa um protótipo “de fácil utilização e que protege a privacidade, estabelecendo um padrão de excelência na verificação etária ‘online’”, segundo o executivo comunitário.
Assim, “os utilizadores devem provar que têm mais de 18 anos para aceder a conteúdos restritos, mantendo o controlo total sobre outras informações pessoais, como a idade exata ou identidade”, exemplifica a instituição, sublinhando que “ninguém poderá rastrear ou reconstruir os conteúdos consultados individualmente”.
A aplicação (ainda em forma de protótipo) está a ser testada e adaptada com a colaboração dos Estados-membros, plataformas ‘online’ e utilizadores finais, na Dinamarca, Grécia, Espanha, França e Itália.
Em entrevista, o comissário europeu dos Assuntos Internos, Magnus Brunner, anunciou a criação desta aplicação móvel, classificando este como “um bom exemplo” de que a Comissão Europeia “não hesitará” em garantir o cumprimento das regras de proteção dos menores na Internet.
Lembrando que “os menores estão expostos a uma multiplicidade de riscos ‘online’”, Magnus Brunner vincou que a instituição vai “dar especial atenção a uma melhor proteção contra essas ameaças”, nomeadamente através de medidas para proteger os direitos e a segurança das crianças ao abrigo da nova Lei dos Serviços Digitais e de investigações às plataformas.
Esta aplicação, baseada na mesma tecnologia que a carteira digital da UE, permitirá aos prestadores de serviços ‘online’ verificar se os utilizadores têm 18 anos ou mais sem comprometer a sua privacidade, reforçando a proteção dos menores na esfera digital.
O objetivo é desenvolver uma solução europeia harmonizada de verificação da idade que preserve a privacidade que esteja disponível em 2026.
Relativamente às recomendações, o executivo comunitário sugere que, na UE, as contas de menores sejam privadas por defeito e não visíveis para quem não estiver na lista de amigos, de modo a minimizar o risco de contacto por estranhos. Esta recomendação permite um maior controlo sobre o que é visualizado para evitar conteúdos nocivos e a redução da exposição aos comportamentos viciantes, em funcionalidades como mensagens.
Para prevenir o ‘cyberbullying’, a instituição quer dar aos menores o poder de bloquear ou silenciar utilizadores e de não serem adicionais a grupos e quer proibir o ‘download’ ou captura de ecrã para evitar a disseminação indesejada de conteúdos íntimos ou sexualizados.
“As plataformas devem assegurar que as medidas adotadas são apropriadas e não restringem injustificadamente os direitos das crianças”, apela ainda Bruxelas.
As diretrizes foram desenvolvidas com base em investigação e em contributos recolhidos entre outubro de 2024 e junho de 2025.
A UE tornou-se, desde final de agosto passado e após um período de adaptação, a primeira jurisdição do mundo com regras para plataformas digitais, que passam a estar obrigadas a remover conteúdos ilegais e nocivos.
Cinco das sete comarcas do norte do país registaram uma adesão de 100% à greve, convocada para pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, na Procuradoria-Geral Regional do Porto.
Em comunicado, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) avança que a greve realizada a 14 de julho abrangeu as comarcas do Porto, Porto Este, Braga, Aveiro, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança adiou diversas diligências, com destaque para o julgamento do processo Vórtex, em Santa Maria da Feira, e todos os julgamentos agendados para os Juízos Locais Criminais do Porto e para os Juízos Centrais e Locais Criminais de Aveiro.
Segundo o sindicato, o registo de 100% de adesão ocorreu nos juízos e núcleos da Comarca de Aveiro: Oliveira de Azeméis (Departamento de Investigação e Ação Penal [DIAP], Cível e Trabalho), Ílhavo, Anadia, Aveiro (Juízos locais e centrais criminais e trabalho), em Braga: Fafe (DIAP/Local/Família), Amares, Vieira do Minho, Barcelos e Braga (Família e Menores), em Bragança: paralisação de todos os Juízos e Núcleos da Comarca, e em Viana do Castelo: Monção, Caminha, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Viana do Castelo (Procuradorias Direito do Trabalho).
Na comarca do Porto e Porto Este houve diferentes níveis de adesão: DIAP e Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto – 68%,
Pequena criminalidade do Porto – 50%, Tribunal de Execução de Penas (TEP) do Porto -75%, Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto – 85%, Secções Especializadas Integradas de Violência Doméstica (SEIVD) de Matosinhos – 57 % e Procuradores-Gerais Adjuntos (PGA) Porto – 40%.
No caso da Maia, assinala o sindicato, não há registo devido a ser feriado municipal, enquanto em Porto Este a média é 82,9% e em Paredes e Marco de Canaveses de 100%.
O comunicado desvenda ainda os valores apurado em Vila Real: Área Norte (Montalegre, Chaves, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar): 85%. Na Área Sul (Vila Real, Alijó, e Peso da Régua): 76%.
O protesto do SMMP termina esta terça-feira, dia 15 de julho, com paralisações na Procuradoria-Geral Regional de Évora e na Procuradoria-Geral Regional de Coimbra.
Mogadouro: 16º Festival de acrobacias aéreas e saltos de paraquedas
No sábado, dia 19 de julho, o aeródromo municipal Mogadouro é a pista de lançamento do 16º festival “RedBurros Fly-In”, um evento de acrobacias aéreas e saltos de paraquedas que podem ser vistos desde o castelo, da agora cidade de Mogadouro.
A vereadora do município de Mogadouro, Márcia Barros, adiantou que nesta edição do Festival de acrobacias aéreas RedBurros Fly-In vão participar cerca de 70 aeronaves, sendo que os pilotos vêm de Portugal, da vizinha Espanha e há também um piloto proveniente da Polónia.
“O ponto de partida do festival aéreo é o aeródromo municipal, onde as aeronaves vão estar em exposição para o público, durante a manhã de sábado, dia 19 de julho. À tarde, a partir das 14h00, o local privilegiado para assistir às acrobacias aéreas e aos saltos de paraquedas é o castelo de Mogadouro. Na zona histórica, as comissões de festas em honra de Santa Ana e Nossa Senhora do Caminho vão instalar espaços com música ambiente, bebidas e petiscos para o público”, informou a autarca.
Quando questionada sobre a visibilidade e o retorno económico que este evento desportivo dá à cidade e ao concelho de Mogadouro, Márcia Barros, respondeu que a afluência de público e a estadia dos pilotos e respetivas equipas tem retorno na hotelaria, na restauração, no comércio e na venda de produtos locais.
“A existência de um aeródromo em Mogadouro é uma mais valia que há que rentabilizar. Este evento do RedBurros Fly-In é único na nossa região, pelo que são esperadas milhares de pessoas aficionadas deste desporto, assim como da área militar e outros públicos, em particular, os vizinhos espanhóis, para acompanhar o espetáculo, em Mogadouro”, prevê.
A designação “RedBurros Fly-In” do evento deve-se à localização do aerédromo municipal em Azinhoso, uma freguesia do concelho de Mogadouro, onde se realiza uma feira medieval, no mês de setembro, conhecida pela feira dos burros.
“Com esta designação, o município de Mogadouro pretende destacar dois dos encantos da aldeia do Azinhoso: a ruralidade representada pelos burros e a modernidade dos aviões. ”, explicou Márcia Barros.
O município de Mogadouro acrescentou que ao longo do ano, o aeródromo municipal está em funcionamento e serve como base a vários aeronaves, assim como é o local da realização de outros eventos, como foi recentemente a prova motorizada Drag Racing.
“O aeródromo municipal visa estimular o desenvolvimento da aviação no nordeste transmontano na vertente desportiva, comercial, militar, lazer e turismo”, indica o município mogadourense.
O Festival aéreo “RedBurros Fly-In” é autorizado e supervisionado pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Sendim: Luís Santiago anuncia a recandidatura autárquica
No Domingo, dia 13 de julho, a vila de Sendim celebrou 35 anos, numa jornada festiva cujos maiores destaques foram a visita às obras do Matadouro do Planalto, um jantar convívio que reuniu mais de meio milhar de pessoas e o anúncio da recandidatura de Luís Santiago, a um novo mandato nas eleições autárquicas, para presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor.
As comemorações do 35º aniversário de elevação de Sendim à categoria de Vila, iniciaram-se com a celebração da eucaristia, na igreja matriz. O pároco, António Pires, lembrou os sendineses falecidos e numa alusão à liturgia, afirmou que “para Deus não há hierarquias, nem divisões”.
“Jesus ensina-nos a estar atentos aos débeis, aos pobres, aos que vivem nas margens e são excluídos. Ninguém se salva sozinho. Todos precisamos uns dos outros”, disse o sacerdote.
Outro momento muito aguardado na festa em Sendim, foi a visita às obras de construção da matadouro do Planalto, onde a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, destacou que esta obra é uma necessidade e um imperativo para o concelho.
“A construção de um novo matadouro é uma necessidades de há décadas e que foi sucessivamente adiada. Finalmente, decidimos avançar para a construção desta obra em Sendim, dada a proximidade à moderna Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). Por outra lado, a deslocalização do matadouro das atuais instalações de Miranda do Douro vai permitir a despoluição do rio Fresno”, justificou.
Segundo o município de Miranda do Douro, a construção do Matadouro do Planalto, representa um investimento de quase 4,6 milhões de euros e vai criar 12 novos postos de trabalho diretos. O edifício do matadourovai ter uma área de 1800 metros quadrados, com capacidade de abate de bovinos, ovinos, suínos e outros animais.
No discurso comemorativo da 35º aniversário da Vila de Sendim, o presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, voltou a destacar o espírito empreendedor e de trabalho das gentes de Sendim.
“Nestes quase quatro anos de mandato, temos trabalhado para melhorar a qualidade de vida de quem vive em Sendim e criar condições para o regresso e a fixação de novos habitantes. A construção do novo matadouro é um investimento importante que pode contribuir para o desenvolvimento da vila. Agradeço ao executivo municipal, liderado pela presidente, Helena Barril e o vice-presidente, Nuno Rodrigues, enaltecendo a sua coragem em investir em Sendim”, disse o autarca sendinês.
No discurso à população de Sendim, Luís Santiago anunciou que vai recandidatar-se a um novo mandato, nas eleições autárquicas agendadas para 12 de outubro.
“Juntamente com a minha equipa, a Ana Paula André e o Hirundino Esteves, decidimos avançar para a recandidatura a um novo mandato. Fazemo-lo com espírito de união, responsabilidade e compromisso para com os habitantes da União de Freguesias de Sendim e Atenor”, anunciou.
Na cerimónia dos discursos, Luís Santiago, convidou o antigo presidente da Freguesia de Sendim, José Jantarada, para evocar o dia 13 de julho de 1990, data da elevação de Sendim à categoria de Vila. O antigo autarca sendinês referiu que em 1990, a par de Izeda e Torre de Dona Chama, Sendim era uma das maiores aldeias do distrito de Bragança, em densidade populacional e em serviços públicos.
“Em 1990, em Sendim viviam 3500 pessoas, que se dedicavam à agricultura, à vitivinicultura, à olivicultura e à produção de cereais. Nessa altura, Sendim, já possuía vários serviços como o posto médico, a corporação de bombeiros, piscina, agência bancária, comércio, oficinas mecânicas e as cooperativas Ribadouro e Sendinense. Dado que Sendim reunia as condições exigidas, solicitámos à Assembleia da República, a elevação à categoria de vila”, informou.
Com o passar dos anos, a vila de Sendim, à semelhança de tantas outras localidades do interior do país, não conseguiu estancar o exodo da população, o que motivou as críticas do antigo autarca, José Jantarada, aos sucessivos governos centrais.
“Os nossos filhos e netos viram-se obrigados a ir estudar e trabalhar para o litoral. Se os governos investirem mais no interior acredito que alguns regressem e podemos ter mais população”, indicou.
No Domingo, dia 13 de julho, o programa da comemoração dos 35 anos da vila de Sendim teve outros destaques como a atuação da Escola da Lérias, o jantar convívio na praça central e a atuação do Rancho Folclórico do Centro Cultural de Sendim.
Com o propósito de incentivar a leitura dos jovens, a ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, anunciou que o Governo vai avançar com a segunda edição do cheque-livro, até ao final do ano e que o valor atribuído vai ser reforçado.
“Até ao final do ano, o Governo vai avançar com a 2.ª edição do cheque-livro”, uma medida concreta para garantir que o livro “continua a ser protegido, promovido e valorizado”, disse a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, durante a apresentação do 3.º Book 2.0.
O prazo para terminar a primeira edição do cheque-livro, no valor de 20 euros, foi prolongado até 15 de julho, após a sua taxa de execução ter ficado nos 20%, possibilitando assim que mais jovens usufruam da medida.
Concluída esta fase, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) irá elaborar um relatório de avaliação que permitirá ao ministério compreender melhor o alcance da iniciativa, o seu impacto real e os aspetos que importa aperfeiçoar.
“Ainda de forma preliminar, tudo aponta que será possível fazer um reforço do valor atribuído. Além disso, estamos conscientes que temos de fazer um esforço maior para divulgar esta medida, para que chegue a mais jovens, em mais lugares, de norte a sul do país”, adiantou Margarida Balseiro Lopes.
Miguel Pauseiro, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que promove o Book 2.0, sublinhou, a propósito do anúncio da ministra, que “o valor é relevante”.
“Não é num ano que vamos fazer leitores, mas também não é com 20 euros que vamos fazer leitores. Temos que começar a trabalhar em melhorar o valor, a comunicação e a operacionalização em livraria”, afirmou.
Margarida Balseiro Lopes começou a sua intervenção destacando a importância que dá e quer dar ao livro, no seu mandato, referindo que um sinal claro dessa sua intenção foi a escolha da visita à Feira do Livro de Lisboa como primeiro ato público.
Para a ministra, a alteração da forma como se vive, trazida pela tecnologia, “altera profundamente” a forma de viver, aprender e comunicar, tornando “mais importante do que nunca” pensar sobre “o lugar da leitura, da literacia e do conhecimento na construção de uma sociedade não só mais preparada, mas também mais livre”.
“Falar de leitura é muito mais do que falar de livros: é falar de acesso e de igualdade”, considerou a ministra, acrescentando que “um país que valoriza o livro é um país que compreende que educar não é apenas transmitir conhecimento, mas também formar espírito crítico, sensibilidade e imaginação”, e que “uma sociedade que lê é uma sociedade mais preparada, mais livre e mais consciente das escolhas que faz”.
O Ministério da Cultura prolongou até julho a possibilidade de utilização do cheque-livro pelos jovens de 18 anos, uma medida anunciada no dia 23 de abril, quando terminaria o prazo e quando a execução do programa estava abaixo dos 20%.
De acordo com dados preliminares da DGLAB, hoje revelados, nesta primeira edição do cheque-livro, a decorrer até 15 de julho, num universo estimado de 220 mil jovens beneficiários, foram emitidos cerca de 47 mil cheques-livro.
Na altura em que se começou a perceber que o cheque-livro não estava a ter a adesão esperada, Miguel Pauseiro disse em entrevista à Lusa um dos entraves ao sucesso do programa era o valor do cheque-livro, que ficou “muito longe” dos 100 euros propostos pela APEL.
Para o responsável, o valor proposto pela APEL é “compaginável com o objetivo de criar leitores”.
“Não se criam leitores com a compra de um livro, criam-se leitores com uma regularidade do hábito da leitura e, portanto, isso pressupõe mais do que uma compra”, defendeu o responsável, na altura.
O presidente da APEL considerou também fundamental ajustar e reforçar a comunicação junto dos jovens, para estimular a adesão, bem como agilizar o acesso ao cheque-livro, uma vez que foram identificadas dificuldades operacionais, como a exigência da chave móvel digital.
Bragança-Miranda: Frades Capuchinhos vistam as 321 paróquias da diocese em autocaravana
Na iniciativa ‘Caravana de Esperança’, pelo ‘Tempo da Criação’ 2025, os frades Capuchinhos da Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado (FIPA) vão visitar as 321 paróquias da Diocese de Bragança-Miranda, em autocaravana, entre 9 e 30 de setembro.
“Esta iniciativa surge, antes de mais, da obrigação que nós sentimos, como consagrados, em enriquecer a igreja local com aquilo que é específico do nosso carisma. E o cuidado da Criação é, sem dúvida, algo que nos é muito querido”, disse o responsável pela FIPA, em declarações à Agência ECCLESIA.
“Depois, porque nos pareceu oportuno aproveitar o Tempo da Criação para celebrar de modo mais intenso o 10º aniversário da Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e os 800 anos do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis, unindo estas celebrações à celebração do grande Jubileu da Igreja, que tem como lema ‘Peregrinos de Esperança’, acrescentou frei Hermano Filipe.
A Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado, dos Franciscanos Capuchinhos em Portugal, é constituída por Hermano Filipe, John Naheten, que foi ordenado diácono, e Hermenegildo Sarmento, que vão levar “Esperança” às comunidades, como mensagem principal; o bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, tem procurado pôr a diocese a “Caminhar unida na Esperança”.
“Porventura porque, num território que vive todos os desafios próprios do interior do país, urgem os sinais que convidem a olhar para a existência através dos olhos de Jesus, autor da nossa esperança. Depois, essa esperança, pode e deve manifestar-se de múltiplas formas, por exemplo, no empenho na construção da paz, na luta pela justiça ou no cuidado da criação.”
A ‘Caravana de Esperança’, pelo ‘Tempo da Criação’ 2025, vai levar os Capuchinhos da FIPA pelas 321 paróquias, das 18 unidades pastorais, da Diocese de Bragança-Miranda, têm ainda previstas paragens em algumas escolas, lares de idosos e instituições públicas, entre 9 e 30 de setembro.
Esta viagem vai começar “com apenas três pessoas”, numa autocaravana, mas, à medida que for avançando, e se forem “cruzando e rezando com os habitantes das cidades e aldeias, certamente centenas e centenas de pessoas se irão juntar espiritualmente”.
“Queremos que seja uma peregrinação de gente para quem «o mundo é algo mais do que um problema a resolver; é um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor» (LS 12)”, acrescentou o entrevistado.
A Diocese de Bragança-Miranda é a quarta diocese mais extensa de Portugal, por isso, os frades Capuchinhos “não” podem “demorar muito tempo em cada paróquia”, têm também o objetivo entregar exemplares do ‘Cântico das Criaturas’ e da mensagem do Papa Leão XIV para o X Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, para além de “rezar com os principais agentes da pastoral de cada comunidade a oração do Jubileu”.
“Pedindo ao Senhor que desperte em nós a bem-aventurada esperança para a vinda do seu Reino e nos transforme em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho”, assinalou frei Hermano Filipe, sobre a ‘Caravana de Esperança’.
Segundo o responsável pela FIPA, ao final do dia, quando os frades pararem para descansar, e que se podem alongar, “um pouco mais, no contato com as pessoas, celebrar a Eucaristia e ter momentos de partilha e convívio”.
Desde 12 de novembro de 2023, a Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado (FIPA), da Província Portuguesa da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, é uma presença na Paróquia de Argozelo, no concelho de Vimioso, da Diocese de Bragança-Miranda, até meados de 2026.