Futsal: Mirandeses somaram a quarta vitória consecutiva no campeonato

Futsal: Mirandeses somaram a quarta vitória consecutiva no campeonato

Na sexta jornada do campeonato distrital de futsal, disputada no serão de 17 de novembro, o Clube Desportivo de Miranda do Douro somou a quarta vitória consecutiva, após vencer o Alfandeguense por convincentes 8-1, o que lhe confere o terceiro lugar na classificação, com menos dois jogos.

O mirandês, Nickas, começou a construir a expressiva vitória por 8-1, logo no final do primeiro minuto do jogo.

O jogo foi disputado no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, onde os mirandeses entraram com “fome de bola” e no final do primeiro minuto de jogo, Nickas, que aportou à sua equipa muita clarividência e rapidez na execução, fez o 1-0, ao aproveitar uma assistência do companheiro de equipa, Chuva,

O mesmo Nickas poderia ter aumentado a vantagem, aos 4 minutos, após nova combinação com Chuva, mas o remate final embateu no poste da baliza alfandeguense.

A toada ofensiva mirandesa manteve-se e aos 11 minutos, o novo reforço Leo, aproveitou uma displicência defensiva adversária para fazer o 2-0.

O brasileiro, Leo, aumentou a vantagem mirandesa para 2-0.

No minuto seguinte, o capitão mirandês, Couto, surpreendeu tudo e todos ao desferir um remate junto à linha lateral que aumentou a vantagem da sua equipa para 3-0.

Aos 17 minutos, a nova contratação do CDMD, Leo, num bom trabalho individual dentro da área alfandeguense, rodou sobre o adversário direto e bisou, estabelecendo o 4-0.

A equipa de Alfândega da Fé dispôs de um livre direto aos 18 minutos, por acumulação de faltas da equipa mirandesa. Na execução do livre, os visitantes chutaram muito por cima da baliza defendida pelo guarda-redes, Pina.

O alfandeguense, Pedro Carvalho, desperdiçou um livre direto, aos 18 minutos de jogo.

E como se diz em linguagem futebolística, quem não marca, sofre. Foi o que fez Vitor Hugo, que sem oposição no lado esquerdo do ataque, rematou cruzado para elevar a vantagem mirandesa para 5-0.

Antes do intervalo, os alfandeguenses voltaram a desperdiçar outro livre direto. E a equipa de Miranda do Douro, novamente pelo experiente, Vitor Hugo, aproveitou para fazer o sexto golo (6-0), ao concluir um rápido lançamento longo.

No recomeço do jogo, a equipa de Alfândega da Fé reduziu ao 21º minuto, por intermédio de Pedro Borges, fazendo assim o 6-1.

No início da segunda parte, Pedro Borges fez o único golo da equipa de Alfândega da Fé.

Mas os visitantes nem tempo tiveram para festejar, já que segundos depois, Miguel Castro, rubricou o 7-1, num remate em que a bola ressaltou num adversário e a entrou na baliza alfandeguense.

O último golo do jogo (8-1) só aconteceu perto do final (36′), na sequência de uma subida em campo do guardião mirandês, Guilherme, que rematou forte e a bola foi mais uma vez desviada por um defesa alfandeguense, entrando assim na própria baliza.

A jogar num cinco contra quatro, o guarda-redes mirandês, Guilherme, foi co-autor do último golo do CDMD.

Com esta convincente vitória, o Clube Desportivo de Miranda do Douro conquistou a quarta vitória consecutiva no campeonato distrital de futsal. Este novo triunfo confere à equipa mirandesa, o terceiro lugar na classificação geral, com 12 pontos e menos dois jogos, tendo 20 golos marcados e apenas cinco sofridos.

Por sua vez, a equipa de Alfândega da Fé ocupa o 9º lugar, com três pontos, resultantes de uma vitória e cinco derrotas.

HA

Equipas:

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Pina, Couto (cap.), Vitor Hugo, Nickas, Chuva, Guilherme, Renato, Cristal, André, Castro, Ângelo, Dinis, Davide e Leo.

Treinador: Nélson Moreira

Treinador-adjunto: Ricardo Rocha

Fisioterapeuta: Zélia Martins

“Após duas semanas de paragem por causa do calendário desportivo, conseguimos construir uma vitória sólida e inquestionável. Na primeira parte, fomos muito pressionantes e marcamos seis dos oito golos. Na segunda parte, doseamos mais o esforço com a a equipa a manter a concentração e o nível competitivo. Estamos muito satisfeitos com a rápida adaptação de jogadores como o recém-chegado, Leo, que vem dar mais soluções à equipa” – Ricardo Rocha

Associação Recreativa Alfandeguense: Rui Pacheco, João Lopes, David Oliveira, Pedro Carvalho, Rafael Pereira, Hugo Rego, Alexandre, Pedro Borges, Rodrigo Chaves, Xavier Simões, Luís Neves e Tota

Treinador: Fernando Macedo

“Sabíamos que ia ser um jogo difícil na casa do atual campeão distrital de futsal. No início do jogo estivemos muito bem, com uma excelente atitude e a procurar o golo. No entanto, não fomos eficazes e o CDMD foi-o. Com o avolumar dos golos, a minha equipa foi perdendo o ânimo e o discernimento. Ao intervalo, conseguimos focar-nos em honrar a camisola de Alfândega da Fé e apesar a desvantagem no marcador, tivemos uma excelente atitude desportiva”, – Fernando Macedo.

Equipa de arbitragem

1º árbitro: Bruno Cordeiro

2º árbitro: Pedro Lopes

cronometrista: Rui Félix

Resultados da 6ª jornada

Pioneiros Bragança4-4GD Freixo
Águia FC Vimioso4-3ACRD Ala
 CD Miranda do Douro8-1A.R. Alfandeguense
 GD Torre Dona Chama3-3GD Sendim
 Sp. Moncorvo7-3Futsal Mirandela

Classificação

PJVEDGMGSDG
1E.F. Arnaldo Pereira (Bragança)1555002716+11
2GD Torre Dona Chama1364113118+13
3CD Miranda do Douro124400205+15
4Sp. Moncorvo1254013015+15
5Águia FC Vimioso1053112122-1
6Futsal Mirandela762132227-5
7GD Sendim4411215150
8ACRD Ala341031213-1
9A.R. Alfandeguense361051530-15
10Pioneiros Bragança150141223-11
11GD Freixo160151738-21

Próxima jornada

01/12GD Sendim21:30Águia FC Vimioso
 GD Freixo21:30Sp. Moncorvo
 ACRD Ala21:30Pioneiros Bragança
 Futsal Mirandela21:30CD Miranda do Douro
02/12E.F. Arnaldo Pereira (Bragança)21:00GD Torre Dona Chama

Miranda do Douro: Município promove mercado rural nos dias 9 e 10 de dezembro

Miranda do Douro: Município promove mercado rural nos dias 9 e 10 de dezembro

O município de Miranda do Douro e a Associação de Produtores Gastronómicos das Terras de Miranda – Sabores de Miranda promovem o Mercado Rural Mirandês entre 9 e 10 de dezembro.

“Este é um evento que se realiza anualmente e tem como principal objetivo promover, divulgar e dar escoamento à produção local de produtos genuínos e de elevada qualidade, a fim de estimular a produção e o comércio local”, indica o município, em comunicado.

No Mercado Rural Mirandês haverá exposição e venda de produtos regionais como a bola doce mirandesa, o folar de carne, a bola de carne, pão, doçaria regional, fumeiro, mel, frutos secos, doces e compotas, licores, vinho, queijos e chocolates, entre outros produtos manufaturados, produtos hortícolas e fruticultura da região.

Os visitantes poderão ainda desfrutar da animação de rua com grupos locais de pauliteiros e gaiteiros.

Fonte: Lusa

Sociedade: Portugal perdeu mais de um milhão de crianças e jovens

Sociedade: Portugal perdeu mais de um milhão de crianças e jovens

Nos últimos 50 anos, Portugal perdeu mais de um milhão de crianças e jovens e tornou-se no segundo país europeu mais envelhecido, salienta a Pordata, cujo retrato demográfico mostra que quase 5% dos 1,3 milhões de jovens são estrangeiros.

A Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, resolveu assinalar o Dia Universal dos Direitos das Crianças, que se comemora hoje, com a compilação de uma série de informação que ajuda a fazer um retrato demográfico dos mais jovens.

Desde logo, é possível verificar que “nos últimos 50 anos, Portugal perdeu mais de um milhão de crianças e jovens”, franja que representa hoje 12,8% do total da população.

Segundo a Pordata, e tendo por base dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2022, viviam em Portugal 1,3 milhões de crianças e jovens até aos 15 anos, dos quais 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino.

“O número de crianças e jovens diminuiu para quase metade em 50 anos (-46%): até ao início da década de 1980, as crianças e jovens perfaziam pelo menos um quarto da população e, em 2022, representavam 12,8%. O decréscimo registou-se em todos os grupos etários, destacando-se o das crianças entre os 5 e os 9 anos (-50%)”, refere a Pordata.

Portugal é “o segundo país da União Europeia com menor proporção de crianças e jovens na sua população”, só atrás da Itália, que ocupa o topo da tabela.

“De acordo com as projeções do INE, a tendência é que a população jovem em Portugal diminua dos 1,3 milhões em 2022 para 1,1 milhões em 2050 e para 1 milhão até 2080”, acrescenta.

Por outro lado, “mais de 65 mil crianças e jovens em Portugal têm nacionalidade estrangeira, representando 4,9% do total da população com menos de 15 anos”, sendo que 18% dessas crianças já nasceram em Portugal.

Entre as 65 mil crianças estrangeiras destacam-se as nacionalidades brasileira (45%), angolana (8%) e chinesa (4%), com igual preponderância entre as cerca de 12 mil crianças nascidas em Portugal e cuja distribuição por nacionalidade faz-se com 29% brasileiras, 15% chinesas, 9% angolanas, 6% cabo-verdianas e 5% ucranianas.

No que diz respeito ao contexto familiar dos 1,3 milhões de crianças e jovens, a Pordata revela que a maioria (81%) vivia em núcleos familiares compostos por um casal, enquanto 19%, ou seja, mais de 254 mil, vivia numa família monoparental, sobretudo com a mãe (89%).

“Relativamente à escolaridade, o retrato demonstra que Portugal se destaca como o país da UE com maior proporção de crianças no pré-escolar com 30 ou mais horas semanais, mas também que a taxa de cobertura das respostas sociais de creche, face ao número da população-alvo, não chega a metade das crianças”, assinala a Pordata.

Por outro lado, 89% das crianças entre os 3 e a idade de escolaridade obrigatória (6 anos) frequentavam o ensino pré-escolar, valor ligeiramente acima da média europeia (88%).

O retrato feito pela Pordata foi também verificar quantas crianças em Portugal vivem em situação de pobreza, tendo constatado que em 2021, o ano mais recente com dados estatísticos disponíveis, havia 266 mil crianças e jovens pobres, dos quais 76 mil com menos de 6 anos.

O impacto dessa pobreza reflete-se na saúde, com 6,6% das famílias pobres a admitirem que as suas crianças não conseguiam aceder a cuidados médicos, proporção que sobe para 17,7% quando estão em causa cuidados dentários.

Segundo a Pordata, Portugal é mesmo o país da Europa com maior proporção de crianças pobres sem acesso a cuidados de saúde oral.

Fonte: Lusa

Saúde: Limitações nas urgências do SNS

Saúde: Limitações nas urgências do SNS

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) publicou um novo plano de reorganização das urgências, que abrange mais de 35 pontos de várias especialidades no país, que vão funcionar com limitações entre 19 e 25 de novembro.

No norte do país terão dificuldades de funcionamento a urgência médico-cirúrgica do Hospitalar de Chaves, nas especialidades de pediatria e ortopedia, com os doentes a serem enviados para Vila Real e Porto (Santo António). Nas noites de 20 e 24, a urgência de ortopedia irá reencaminhar os doentes para o Porto (Santo António). A Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital de Mirandela irá referenciar, durante este período, para Bragança.

Ainda na mesma região, o Hospital de Braga vai ter dificuldades de responder na urgência de cirurgia geral durante quase todo o período (com exceção do dia de 22 de novembro) com referenciação para o Porto (São João) e os serviços de ginecologia/obstetrícia nos dias 21, 23 e 25, reencaminhando os utentes para Viana do Castelo, Guimarães, Famalicão e Porto (Santo João).

Em Viana do Castelo, o hospital local terá dificuldades em ginecologia/obstetrícia a 19 e 24 de novembro (doentes vão para Braga, Famalicão, Guimarães e Porto – São João) e cirurgia geral a 19, 24 e 25 (utentes reencaminhados para o Porto – São João). A Via Verde AVC e a medicina interna estarão condicionadas nos dias 24 e 25 e a noite de 24, com transporte para Braga.

A Via Verde AVC em Guimarães estará condicionada nas noites de 20, 23, 24 e 25 de novembro (transporte para Braga).

O Centro Hospitalar do Médio Ave, em Vila Nova de Famalicão, irá ter condicionamentos de cirurgia geral de 19 a 21, com reencaminhamento para o Porto (São João).

No Hospital Santa Maria Maior, em Barcelos, a cirurgia geral estará sempre condicionada (hospital de referência é o Porto – São João). Para Braga, poderão ir os utentes de pediatria e ortopedia durante o período noturno nestes dias. Já em Medicina Interna, haverá condicionamentos totais a 19 e 25 e no horário noturno em 23 e 24. Neste caso, os utentes serão transportados para Braga.

Os serviços de cirurgia geral de Vila do Conde (19) e da Póvoa de Varzim/Matosinhos (19, 20 e 25) terão alguns condicionamentos e os utentes seguirão para o hospital de São João, Porto.

Em Penafiel, do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, haverá limitações em todo o período na cirurgia geral (utentes para Santo António, Porto) e pediatria (no período total dos dias 19 e 25 e no período noturno de 20, 21, 22 e 23), com transporte para o hospital de São João, Porto.

Os serviços noturnos de ortopedia em Gaia e Santa Maria da Feira estarão condicionados (utentes para o hospital de Santo António, Porto). A pediatria na Feira estará condicionada no dia 25 e na noite do dia 19 e em ginecologia/obstetrícia no período noturno do dia 19 e 25 e em todo o dia 23, com reencaminhamento para Gaia.

Fonte: Lusa

Quais são os meus talentos?

XXXIII Domingo do Tempo Comum | Dia Mundial dos Pobres

Quais são os meus talentos?

Prov 31, 10-13.19-20.30-31 / Slm 127 (128), 1-5 / 1 Tess 5, 1-6 / Mt 25, 14-30

«E quando disserem: “Paz e segurança”, é então que subitamente cairá sobre eles a ruína». Com esta simples frase, Paulo denuncia, na segunda leitura, uma das grandes tentações do nosso tempo, e de todos os tempos: o que estamos dispostos a sacrificar por um pouco de paz e segurança? A nossa fé, a nossa crença, a nossa opinião? Quanta “paz” nas nossas vidas foi alcançada em troca de ignorar o mal? Quanta segurança – económica, por exemplo – foi comprada fechando os olhos a más práticas?

Olhemos a parábola do Evangelho deste domingo. Um homem confiou a gestão do seu tesouro a três dos seus servos. Dois arriscaram e devolveram mais do que lhes foi confiado, enquanto o último foi dominado pelo medo e enterrou o tesouro. Ele tinha receio de ser castigado e ficou bloqueado. Quando o dono do tesouro chega, elogia a atitude dos primeiros dois e convida-os para a sua festa; quanto àquele que nada arriscou, ele expulsa-o da sua casa.

Esta é uma parábola dura de se ouvir. Mas diz-nos algo essencial: quem é dominado pelo medo, acaba por provocar o resultado que pretende evitar. É impossível seguir Jesus sem confiança, sem arriscar, sem sair do lugar de conforto e colocar-se a caminho.

A Boa Nova do nosso Deus não consiste num manual de instruções para levar uma vida feliz. A Boa Nova do nosso Deus é que Ele caminha entre nós, que Ele está connosco e deseja que nós nos lancemos ao caminho com Ele. Há que ir com o Senhor, pelos seus caminhos. Tomando parte nas suas penas, alcançaremos também a sua glória; arriscando viver as suas tristezas, teremos também parte nas suas alegrias.

Este amor ao risco está no retrato da mulher virtuosa, que escutamos na primeira leitura. Facilmente nos deixamos enganar, imaginando-a como uma personagem subserviente. Mas reparemos bem na descrição: a mulher virtuosa é a que lança mãos à obra, encontra os meios para que o bem se faça. Ela ajuda os pobres e abre os seus braços para os que nada têm. Ela não gere somente o que lhe é dado: ela vai além e procura o fruto. Ela arrisca o Evangelho.

Durante esta semana, desejemos ser como esta mulher. Desejemos ir além daquilo que nos foi confiado. Encontremos os meios para buscar o fruto, arriscando amar e cuidar. Não nos deixemos enganar pelos que nos prometem paz e segurança. A paz virá sempre como bênção do Senhor e a confiança n’Ele é bem mais preciosa que um falso sentimento de segurança.

Amemos o que o Senhor abraçou na cruz: a vida entregue, até ao fim, pela bondade, sem ligar ao preço, sem buscar a autopreservação. Amemos quem Jesus amou na Cruz: cada um de nós e todos os irmãos. Arrisquemos o caminho do amor.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Mirandeses celebraram o 437º aniversário da Concatedral

Miranda do Douro: Mirandeses celebraram o 437º aniversário da Concatedral

No dia 16 de novembro, celebrou-se em Miranda do Douro, a eucaristia alusiva ao 437º aniversário da Concatedral de Miranda do Douro, uma celebração anual que pretende recordar a importância histórica e religiosa da cidade e incutir nos mirandeses “proua” pela existência desta imponente catedral do século XVI.

A Festa da Dedicação da Concatedral de Miranda do Douro celebra-se anualmente, no dia 16 de novembro.

A celebração comemorativa dos 437 anos da concatedral de Miranda do Douro iniciou-se às 18h00, com o padre Manuel Marques a expressar a sua alegria por assinalar a memória da construção desta igreja dedicada a Santa Maria Maior ou Nossa Senhora da Assunção.

Segundo reza a história, em 1545, a então vila de Miranda do Douro foi elevada a cidade e sede de diocese, pelo que se tornou necessária a edificação de um novo templo. O projeto da Catedral foi apresentado em 1549 e as obras iniciaram-se a 24 de maio de 1552, por ordem do rei D. João III, tendo a catedral sido concluída no início do século XVII.

Devido à condição da fronteira, a cidade de Miranda do Douro viu-se envolvida em vários conflitos e guerras. Em 1710 e 1762, esteve mesmo sob o domínio espanhol. Esta ocupação castelhana fez com que o bispo mudasse para Bragança, uma cidade menos exposta a ameaças externas. Com esta mudança episcopal, a cidade de Miranda do Douro perdeu importância.

Na homília da missa alusiva ao 437º aniversário da concatedral, o pároco de Miranda do Douro, lembrou os mirandeses que participaram na celebração, que o verdadeiro templo de Deus é cada homem e cada mulher.

“Cada um de nós é a “casa de Deus”, porque o Espírito Santo mora em mim, em cada um de nós (1Cor 3,16). Por isso, seguindo o exemplo de Jesus, também nós devemos ter zelo pelas igrejas e pelo templo de Deus que somos nós próprios. Sobre este cuidado conosco, São Paulo aconselha-nos a construir a nossa vida sobre alicerces ou valores como a retidão, a bondade e a justiça,”, disse.

Dada a proximidade de Miranda do Douro, a Espanha, o padre Manuel Marques lembrou a grande devoção que as populações vizinhas de Espanha têm pela catedral e lembrou que o povo de Deus não tem fronteiras.

“Com a celebração anual, a 16 de novembro, da festa da dedicação da Concatedral de Miranda do Douro, queremos que os mirandeses continuem a ter ‘proua’ da sua catedral!”, concluiu.

HA

Reportagem: Moagem de Tó é uma marca de sucesso no planalto mirandês

Reportagem: Moagem de Tó é uma marca de sucesso no planalto mirandês

Fundada por Francisco dos Anjos Bártolo, em 1981, a Moagem de Tó, no concelho de Mogadouro começou por ser uma pequena empresa familiar, onde trabalhavam os pais e os três filhos. Ao longo destes 42 anos, a empresa enfrentou a dificuldade da inexistência de cereais no planalto mirandês, conseguiu modernizar-se e crescer. Para explicar este sucesso e a longevidade da Moagem de Tó, o senhor Bártolo foi perentório:Quando trabalhamos com paixão é mais fácil ser empreendedor e resiliente diante dos obstáculos!”, afirmou.

Aquando do começo da moagem de Tó, na década de 1980, o planalto mirandês era um território onde se produzia grande quantidade de trigo e de centeio. Mas com o passar dos anos, os agricultores deixaram de produzir cereais. Ainda assim, a Moagem de Tó continuou a laborar ininterruptamente, precisamente, graças à paixão e à tenacidade da família Bártolo.

Para se adaptar a esta nova realidade, a família Bártolo viu-se obrigada a importar trigo de países como França, Alemanha, Espanha e até do Canadá.

“A importação dos cereais provocou o aumento dos custos, nomeadamente das despesas de transporte marítimo e terrestre. Lembro que os cereais são transportados por navios e os portos marítimos mais próximos de Tó distam 500 quilómetros. É o caso dos portos de Santander, Bilbau e Lisboa. No porto do Porto, as pequenas empresas não têm acesso ao trigo”, explicou.

Percorridos 42 anos, a Moagem de Tó emprega atualmente nove pessoas e é hoje reconhecidamente uma imagem de marca do planalto mirandês.

A farinha de trigo e de centeio são os produtos premium da Moagem de Tó.

A empresa é especializada na transformação de cereais e na comercialização de produtos de elevada qualidade, com destaque para as farinhas de trigo e de centeio, com as quais as padarias da região fabricam as indispensáveis fogaças de pão, que entram diariamente nas casas das famílias transmontanas.

Ao longo dos anos, a família Bártolo adquiriu uma vasta experiência e conhecimentos técnicos na produção e distribuição dos seus produtos. A própria aldeia de Tó ficou bem mais conhecida graças à moagem e à qualidade da farinha aí produzida.

O filho, Francisco Bártolo, justificou que este reconhecimento deve-se ao trabalho diário, à dedicação e à determinação em proporcionar produtos de elevada qualidade aos clientes.

Para atingir esta excelência, a família Bártolo ampliou as instalações da moagem e inovou introduzindo moinhos modernos, para transformar os cereais em produtos (farinha) e subprodutos (sêmeas).

Outra mudança registada, foi a aquisição de uma frota para o transporte e a entrega dos produtos diretamente aos clientes – padarias, pastelarias, casas agrícolas, comércio da retalho, consumidores finais – que hoje em dia estão espalhados pelos distritos de Bragança, Vila Real e Porto.

“A qualidade da farinha deve-se à criteriosa seleção dos cereais”, indicou.

Questionado sobre se a guerra da Ucrânia afetou os custos de produção na Moagem de Tó, Francisco Bártolo respondeu que embora não utilizem cereais vindos do leste da Europa, sentiram um impacto indireto.

“Com a guerra na Ucrânia houve uma menor oferta de cereais no mercado mundial, o que levou a um brutal aumento dos preço. E por conseguinte as pequenas e médias empresas, como a Moagem de Tó, tiveram que pagar mais pelas matérias primas. Este aumento chegou mesmo aos 100%”, disse.

Com 42 anos de atividade, a Moagem de Tó demonstra que é possível ser bem sucedido, empresarialmente, no interior do país. No entanto, a família Bártolo alerta que o isolamento do território, a longa distância relativamente aos portos marítimos para aí buscar as matérias-primas e a baixa densidade populacional da região são sérias dificuldades com que vivem no dia-a-dia.

Diariamente, na Moagem de Tó são produzidas e distribuídas centenas de sacas de farinhas de trigo e de centeio para entregar aos clientes.

HA

Mogadouro : Posto de Turismo acolhe exposição “Ilustrar a História”

Mogadouro : Posto de Turismo acolhe exposição “Ilustrar a História”

O Posto de Turismo de Mogadouro tem patente ao público até 15 de dezembro, a exposição “Ilustrar a História”, de Gady Rui Santos.

“A maioria dos trabalhos foi desenvolvida no âmbito do livro lançado em 2022 ‘Escorços Históricos e Etnográficos do Concelho de Mogadouro’, de Antero Neto”, sublinhou o artista.

Trata-se de uma obra que descreve o percurso diacrónico do território do concelho de Mogadouro desde a atribuição do primeiro foral pelo Rei D. Afonso III, em 1272, até ao século XX.

No total são cerca de 40 trabalhos a caneta que ilustram capa, capítulos e outras ilustrações necessárias para a melhor compreensão do conteúdo do livro.

Fonte: Lusa

Bragança: Cidade volta a ser Terra de Natal e de Sonhos 

Bragança: Cidade volta a ser Terra de Natal e de Sonhos

De 1 de dezembro até 7 de janeiro, Bragança volta a ser “Terra de Natal e de Sonhos”, com o centro histórico da cidade a ficar iluminado com 400 mil luzes LED, de alta eficiência energética.

A maior novidade é uma rampa de gelo natural com 40 metros, “que proporcionará muita adrenalina e sorrisos”, descreve o município transmontano.

“Será do agrado de todos, mas particularmente dos mais pequenos”, considerou o presidente da câmara municipal, Hernâni Dias.

O autarca espera que a nova aposta possa “acrescentar à capacidade de atração e de interesse”.

Regressa a já habitual pista de gelo, também de gelo natural, com 300 metros quadrados, que se assume como “a maior de Trás-os-Montes e Alto Douro”.

Este ano, andar 20 minutos na pista de gelo ou descer duas vezes na nova rampa tem um custo de 1,5 euros.

 

Estão também de volta a Casa do Pai Natal, os carrosséis e as Tasquinhas de Natal, instalados na Praça Camões e na Praça da Sé, no centro da cidade.

No ano passado, segundo dados da organização, a pista de gelo contou com 30 527 patinadores e mais de 110 mil pessoas passaram pela Praça Camões, números que a câmara municipal conta superar nas quase cinco semanas que dura a iniciativa.

Dada a proximidade com o país vizinho, os espanhóis são uma “presença frequente e numerosa”, destacou Hernâni Dias. “Mais de 70% dos turistas são provenientes de Espanha. Isso contribui também para o comércio e para a economia local”, explicou o autarca.

O espírito natalício vai espalhar-se pela cidade, com “miniconcertos, espetáculos, workshops, Presépio ao Vivo, momentos de leitura e a Chegada dos Reis Magos”, divulgou o município transmontano.

No feriado de 1 de dezembro, o Pai Natal chega a Bragança, num desfile “com muitas surpresas” que começa na Praça Cavaleiro Ferreira.

Esta iniciativa é um investimento da autarquia este ano de cerca de 300 mil euros, mais 47 mil do que na edição passada, que é o preço da nova atração.

Fonte: Lusa

Economia: Mais 70% dos portugueses cortam gastos diários

Economia: Mais 70% dos portugueses cortam gastos diários

Um estudo económico conclui que 74% dos portugueses estão a cortar nos gastos, enquanto 30% estimam utilizar as poupanças para pagar contas do dia-a-dia, dada a inflação e a subida dos juros, segundo um relatório da Intrum.

“Embora 74% procurem cortar nos gastos diários e 30% planeiem utilizar as suas poupanças para pagar despesas e contas do dia-a-dia, estas são apenas soluções temporárias. Eventualmente, quando o seu dinheiro acabar, os consumidores deixarão de pagar algumas contas”, revelou, no entanto, o European Consumer Payment Report 2023 – Portugal da Intrum, a que a Lusa teve acesso.

Cerca de 16% das pessoas afirmaram ter agora menos dinheiro para gastar, após pagarem as contas e os bens essenciais, do que no ano anterior.

O estudo concluiu que 22% dos consumidores não pagaram, pelo menos, uma fatura dentro do prazo no ano passado.

Verificou-se um número crescente de incumprimentos entre a geração X e os millenials.

Aproximadamente três em 10 pessoas disse que sentiria menos culpa por ignorar o pagamento de uma conta agora, do que há alguns anos.

Já mais de 40% espera que as empresas não se preocupem em adotar medidas contra os consumidores que têm pagamentos em atraso.

“À medida que os rendimentos reais dos consumidores estagnam ou diminuem, uma grande parte dos consumidores terá que fazer escolhas difíceis sobre como irá enfrentar a situação nos próximos seis meses: 63% podem cancelar gastos em férias e 72% dizem que podem gastar menos no Natal”, lê-se no documento.

Nos últimos seis meses, um em cada quatro inquiridos pediu dinheiro emprestado para pagar contas e 12% podem necessitar de um crédito adicional para pagar as suas despesas diárias.

Menos de 40% dos portugueses têm uma poupança equivalente a um mês de rendimento ou abaixo disto, enquanto um em cada cinco não tem uma “almofada”.

O relatório mostrou também que 19% das pessoas não conseguem fazer poupanças para responder a despesas inesperadas, acima dos 18% verificados em 2022 e dos 16% do ano anterior.

Mais de metade (54%) dos consumidores acredita que a sua situação financeira vai melhorar nos próximos 12 meses e a maioria espera que a inflação se mantenha nos próximos anos.

Para a realização deste estudo foram inquiridas 20.000 pessoas, em 20 países (cerca de 1.000 em cada), sendo o grupo-alvo constituído pelas que têm idade igual ou superior a 18 anos.

O trabalho de campo para o estudo foi realizado entre 19 de julho e 1 de setembro de 2023.

Fonte: Lusa