Finanças: Movimento de Miranda volta a pedir intervenção do MP no caso da venda das barragens

Finanças: Movimento de Miranda volta a pedir intervenção do MP no caso da venda das barragens

O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) reiterou que é necessário uma intervenção urgente do Ministério Público (MP), para pôr cobro “a atividades ilícitas”, na não cobrança de impostos da concessão pela EDP à Engie, das seis barragens transmontanas.

“É preciso pôr termo imediato a este comportamento, que destrói a credibilidade da administração fiscal e do próprio Estado de Direito. Por isso, reiteramos o pedido de intervenção urgente do MP para que se ponha cobro a esta prática ilícita e para que sejam investigados e esclarecidos todos os contornos deste comportamento intolerável num Estado de Direito”, indica o movimento num comunicado.

De acordo com o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), concluíram-se, nos últimos dias, as avaliações das barragens localizadas nos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro e “todas elas enfermam de graves ilegalidades, para que este Movimento alertou repetidamente, em especial a exclusão dos equipamentos essenciais e do custo da utilização dos terrenos”.

“É consensual que tanto a lei como todos os tribunais estabelecem que os equipamentos e o direito à utilização dos terrenos devem constar obrigatoriamente do valor das avaliações, e isso mesmo foi já admitido pela direção da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)”, vinca o MCTM, na mesma nota.

Este movimento cívico acrescenta ainda que, apesar de tudo isto, “a direção da AT reincidiu em cometer mais este erro grave e ilegal”.

“Esta ilegalidade terá como consequência a inevitável a anulação de todas as liquidações do IMI que venham a ser efetuadas sobre o valor destas avaliações”, assinala.

Para este movimento, ”a razão da persistência da diretora-geral da AT na prática deste ato de grave ilegalidade não asabemos oficialmente, mas é um dado seguro que ele beneficiará mais uma vez a EDP e as concessionárias, que continuarão a não pagar IMI, e prejudicará gravemente os municípios e todos os cidadãos da Terra de Miranda”.

“Estamos perante mais uma série de ilegalidades que a AT tem vindo a praticar de forma consciente e com conhecimento pleno das suas graves consequências”, sublinhou o MCTM.

Segundo este movimento, a diretora-geral da AT “foi obrigada a avançar com o processo de liquidação do IMI sobre as barragens, por um segundo despacho do Secretário de Estado que a tutela, depois de não ter cumprido o primeiro”.

“Porém, decidiu injetar, conscientemente, no processo de liquidação, um conjunto de ilegalidades que conduzirão à anulação de todas as liquidações. Todos estes comportamentos criam a perceção da existência de graves indícios da prática de vários crimes, de forma continuada e à vista de todos”, entendem os membros do MCTM.

Em 12 de dezembro de 2023, a ANMP exigiu a revisão das instruções da Autoridade Tributária em relação às áreas de produção de energias renováveis, como as barragens, realçando que a atual circular levaria à isenção de IMI daqueles equipamentos.

No início de janeiro, a Sic Notícias avançou que a AT tinha deixado caducar o direito à liquidação do IMI, de 2019, relativo a mais de 160 barragens em todo o país, entre as quais o relativo ao negócio da venda, pela EDP, por 2,2 mil milhões de euros, das seis barragens transmontanas (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua),

A 11 de janeiro, a diretora-geral da AT, Helena Borges, disse que não afastava a possibilidade de continuar a liquidar o IMI das barragens relativo a 2019, baseando essa possibilidade numa lei de 2020, aprovada no âmbito da pandemia de covid-19, que suspende os prazos de caducidade da liquidação dos impostos.

Nesse dia o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, revelou, que a AT tinha concluído a avaliação de 83 barragens no país, tendo sido feita a liquidação de IMI de 32.

O município de Miranda do Douro apresentou, em 5 de janeiro, uma queixa-crime contra “pessoas singulares desconhecidas” na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Lisboa, por anulação de matrizes de IMI das barragens desde 2007.

Fonte: Lusa

Eleições: Círculo de Bragança perdeu mais de três mil eleitores

Eleições: Círculo de Bragança perdeu mais de três mil eleitores

Treze partidos e/ou coligações voltam a concorrer às eleições legislativas antecipadas de 10 de março, no círculo eleitoral de Bragança, que perdeu mais de três mil eleitores relativamente a 2022.

O distrito de Bragança já chegou a eleger cinco deputados, mas atualmente são três. Há dois anos foram eleitos dois pelo PS, Sobrinho Teixeira e Berta Nunes, e Adão Silva, pelo PSD. Em 2019 foram dois do PSD e um do PS.

Segundo dados da Comissão Nacional de Eleições, há 134.237 inscritos nos cadernos eleitorais no círculo de Bragança, menos 3.355 do que em 2022, ou seja, o distrito perdeu perto de 2,4% de eleitores. 

A baixa é mais acentuada se comparada com 2019, sufrágio em que havia 141.541 inscritos para votar. São menos 7.304 inscritos em relação a 2024.

Em 2022, o PS venceu com 40,3% dos votos, e o segundo classificado, o PPD/PSD, obteve 40,2%. Foi uma vitória por uma diferença de 15 votos – 26.495 dos socialistas contra 26.480 dos sociais-democratas. 

O PS só tinha ganhado as eleições legislativas no distrito de Bragança em 2005, na maioria absoluta de José Sócrates, sendo o PSD o tradicional vencedor, numa região que tradicionalmente vota à direita. Em 2019, o PSD venceu com mais 2.694 votos do que o PS.

Em 2022, a terceira força política mais votada foi o Chega (8,55%), posição ocupada em 2019 pelo Bloco de Esquerda, que caiu de 6,03% para 2,09% e passou para quarto lugar.

O Chega foi o partido que mais subiu no distrito: em 2019 ficou em sétimo nas votações, com um aumento de 533 para 5.619 votos.

Para as legislativas de 10 de março o PS escolheu novos protagonistas, sendo a cabeça de lista a brigantina Isabel Ferreira, 50 anos, professora do ensino superior e investigadora, secretária de Estado do Desenvolvimento Regional desde 2022.

A agora Aliança Democrática, que junta PSD, CDS–PP e PPM, também apostou numa novidade. Hernâni Dias, 56 anos, professor e presidente da câmara de Bragança a cumprir o último mandato foi o escolhido. Suspendeu funções autárquicas a 29 de janeiro, tendo substituído pelo vice-presidente, Paulo Xavier.

O Chega volta apostar em José Pires, 53 anos, professor e ex-presidente da junta de Sé, Santa Maria e Meixedo, a freguesia mais populosa de Bragança, entre 2013 e 2017, pelo PSD. 

José Pires chegou a responder em tribunal num processo por alegado abuso de poder por gastos realizados nesse mandato, mas foi absolvido.

O Bloco de Esquerda tem Vítor Pimenta, médico de 40 anos, em vez do jovem André Xavier, que concorreu em 2022 com 19 anos.

O PAN volta a apresentar Otávio Pires, 55 anos, empresário. O Ergue-te repete Luís Alberto Luís, 58 anos, desempregado natural e residente no Porto.

A Iniciativa Liberal tem a lista encimada por David Gonçalves, 40 anos, diretor de hotel. Pela  CDU candidata é Fátima Bento, 40 anos, arqueóloga de Macedo de Cavaleiros, O Livre lança Anabela Correia, 22 anos, estudante universitária de Alfândega da Fé. 

O partido Nova Direita tem a número um Maria Pereira, 69 anos, reformada residente em Lisboa. A coligação Alternativa 21, que junta o Aliança e o Partido da Terra (MPT) indica Maria de Carvalho, 20 anos, desempregada, natural e residente em Lisboa.

O RIR – Reagir, Incluir, Reciclar – tem como candidata Damiana da Fonseca, contabilista de Ermesinde com 40 anos.  O Alternativa Democrática Nacional, constituído em 2021, conta com Vanda Martins, 44 anos, sócia-gerente que mora em Alcochete, distrito de Setúbal.

Em 2022, mais de metade dos eleitores absteve-se, 52,21%. Ainda assim, menos do que em 2019, em que 55,11% não foi às urnas.

O número de eleitores, cerca de 134 mil, continua a ser superior ao número de habitantes num dos maiores distritos em termos de área territorial de Portugal, mas com perda permanente de população.

O Censos de 2021 revelou que vivem, nos 12 concelhos do distrito, menos de 123 mil pessoas, com a perda de mais de 13.600 habitantes numa década, comparando com 2011.

Fonte: Lusa

Futsal: Sporting de Moncorvo (con)venceu em Vimioso

Futsal: Sporting de Moncorvo (con)venceu em Vimioso

Na 12ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Águia de Vimioso foi derrotado pelo Sporting de Moncorvo, por 2-6, num jogo em que a melhor forma física dos visitantes, aliada à rapidez na execução justificaram a vitória dos moncorvenses.

O Sporting de Moncorvo justificou a 2ª posição que ocupa no campeonato com uma vitória robusta, em Vimioso.

No jogo realizado no serão de sexta-feira, dia 2 de fevereiro, no pavilhão multiusos, em Vimioso, os visitantes de Torre de Moncorvo demonstraram bem cedo que vinham à conquista da vitória e logo aos 3 minutos abriram o marcador, 0-1, na sequência de uma recarga junto à baliza, concluída com êxito por Hugo Pires.

Os vimiosenses tentaram responder numa combinação entre Diogo e Daniel, mas o remate final saiu frouxo e desenquadrado da baliza moncorvense.

Aos 9 minutos, os forasteiros aumentaram a vantagem para 0-2, através de uma incursão rápida de Grilo até â linha final com um cruzamento perigoso para a área do Vimioso que levou Diogo a cometer autogolo.

A reação da equipa de Vimioso tardou em chegar e só nos minutos finais da primeira parte, a equipa do treinador Paulo Gonçalves, causou algum perigo, por intermédio de Daniel, mas o guarda-redes adversário, Carona, mostrou-se atento e defendeu com segurança.

Ao intervalo, o resultado premiava a maior rapidez e objetividade dos moncorvenses.

No recomeço do jogo, o Vimioso, como lhe competia entrou mais agressivo e foi à procura do golo. No entanto, deparou-se com uma equipa adversária que defendeu bem e atacou ainda melhor. E foi num contra ataque, aos 23 minutos, que os moncorvenses ampliaram a vantagem para 0-3, novamente por Hugo Pires.

Este golo desanimou os vimosenses e dois minutos depois, o mesmo Hugo Pires fez um hat-trick e deu o 0-4 aos moncorvenses.

O moncorvense, Hugo Pires, esteve em destaque ao apontar 3 golos da sua equipa.

Aos 27 minutos, a goleada começou a avolumar-se ainda mais, 0-5, através de um remate rasteiro de Fábio, que o guarda-redes, Ferro não conseguiu segurar.

A reação vimiosense só aconteceu ao minuto 30, quando Daniel (o mais inconformado e esclarecido da sua equipa) recuperou uma bola na zona defensiva adversária e reduziu para 1-5.

Aos 30 minutos de jogo, o vimiosense Daniel, reduziu para 1-5.

O golo animou os “bileiros” e passados seis minutos, Diogo assistiu o capitão, Pedro Diz, que reduziu a desvantagem para 2-5.

O capitão do Vimioso, Pedro Diz, reduziu para 2-5.

Ainda assim, os moncorvenses responderam com mais um golo 2-6, da autoria de Portela, numa recuperação de bola e rápida transição em direção à baliza do Vimioso.

Com 11 jogos já realizados, o Sporting de Moncorvo ocupa a segunda posição no campeonato distrital de futsal, com 9 vitórias, 1 empate e 1 derrota.

Por sua vez, o Águia Futebol Clube de Vimioso, está em sétimo lugar, com 4 vitórias, 1 empate e seis derrotas.

HA

Equipas:

Águia Futebol Clube de Vimioso: Francisco, Pedro Diz (cap.), Daniel, Diogo, Pedro Alves, Hugo Aires, Sérgio, André Menezes e Ferro.

Treinador: Paulo Gonçalves

“A grande diferença neste jogo foi a eficácia do Sporting de Moncorvo. O Vimioso também dispôs de algumas oportunidades de golo mas não fomos tão eficazes. Ficamos tristes com a derrota e julgo que a diferença tão expressiva no resultado não traduz a valia da minha equipa. Ainda assim felicito a equipa adversária, demonstrou muita coesão e trabalho de grupo. Vamos continuar a trabalhar e esperamos contar brevemente com os jogadores que não têm estado nas melhores condições físicas” – Paulo Gonçalves

Sporting de Moncorvo: Carona, Esperto, Luís Alves, Portela, Hugo Pires, Assen, Fábio, Bata, Fonseca e Grilo.

Treinador: Jorge Paiva

“Foi um jogo que conseguimos controlar e durante o qual criámos várias oportunidades de golo que conseguimos concretizar. Na minha perspectiva, o Vimioso tem excelentes jogadores, mas penso que não estão bem fisicamente, o que depois influencia do seu rendimento em campo” – Jorge Paiva.

Equipa de arbitragem

1º árbitro: João Martins

2º árbitro: João Nunes

Cronometrista: Rui Domingues

Resultados da 12ª jornada:

02/02Águia FC Vimioso2-6Sp. Moncorvo
 GD Torre Dona Chama2-5CD Miranda do Douro
 ACRD Ala3-2GD Freixo
 GD Sendim7-4Futsal Mirandela
03/02EF Arnaldo Pereira 3-2Alfandeguense

Classificação:

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda do Douro311110104617+29
2Sporting Moncorvo28119116230+32
3EF Arnaldo Pereira24119024331+11
4GD Sendim20116236040+20
5GD Torre Dona Chama20116235238+14
6Futsal Mirandela14114253442-8
7Águia FC Vimioso13114163450-16
8ACRD Ala13114163237-5
9GD Freixo4111192855-27
10Alfandeguense31110102651-24
11Pioneiros Bragança1100192046-26

13ª jornada:

09/02CD Miranda do Douro21:30Águia FC Vimioso
 Sporting Moncorvo21:30Pioneiros Bragança
 GD Freixo21:30GD Sendim
 Alfandeguense21:30GD Torre Dona Chama
 Futsal Mirandela21:30EF Arnaldo Pereira

Ambiente: GNR vai reforçar vigilância e fiscalização da floresta até ao fim de novembro

Ambiente: GNR vai reforçar vigilância e fiscalização da floresta até ao fim de novembro

A Guarda Nacional Republicana (GNR) realiza até 30 de novembro a Operação “Floresta Segura 2024”, reforçando ações de sensibilização, vigilância e fiscalização das zonas florestais no âmbito da prevenção e deteção de incêndios rurais.

Em comunicado, a GNR adianta que a operação, que teve início na quinta-feira e termina em 30 de novembro, visa igualmente a “investigação de causas e os crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas, para prevenir, detetar, combater e reprimir atividades ilícitas, garantindo a segurança das populações, dos seus bens e a preservação do património florestal”.

De acordo com a GNR, desde o ano de 2013 e até 2023, verificou-se uma evolução positiva no que diz respeito à redução, não só do número de ignições, mas também da própria área ardida, registando-se menos 46% de incêndios rurais e menos 72% de área ardida, relativamente à média anual do período.

O ano de 2023 apresentou, segundo a GNR, o valor mais reduzido em número de incêndios rurais e o 3.º valor mais baixo no que à área ardida diz respeito, desde 2013.

Quanto às causas dos incêndios, a guarda indica que a realização de queimas e queimadas representam cerca de 32% das situações.

“Nesse sentido e para 2024, constitui uma prioridade reduzir o número de ignições, através de ações de sensibilização e demonstração do uso correto do fogo, particularmente direcionada aos concelhos em que se contabilizaram mais de 100 ignições, nomeadamente, Ponte da Barca, Paredes, Vila Nova de Gaia, Amarante, Penafiel, Lousada, Gondomar, Montalegre, Fafe, Arcos de Valdevez, Vila Verde e Marco de Canaveses”, refere a GNR.

As ações terão a colaboração da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Na operação “Floresta Segura 2023”, a GNR deteve 63 pessoas e identificou 970 pelo crime de incêndio florestal, tendo sido registadas 3.292 contraordenações por queimas, falta de limpeza de terrenos e queimadas.

Num balanço da operação “Floresta Segura 2023” divulgado em 13 de janeiro, a GNR referiu que no ano passado foram registados 4.332 crimes de incêndio florestal.

Fonte: Lusa

Vimioso: Instituto de Apoio à Criança recomenda plano de ação contra a violência nas escolas

Vimioso: Instituto de Apoio à Criança (IAC) recomenda plano de ação contra a violência nas escolas

O Instituto de Apoio à Criança (IAC) afirmou que o caso de agressão na escola de Vimioso “vem demonstrar” que “factos desta natureza são ainda muito frequentes e banalizados” e pede um plano de combate à violência nas escolas.

“Por serem graves e recorrentes as situações de violência, incluindo sexual sobre as crianças, em contexto escolar, o Instituto da Criança reforça mais uma vez que só com um Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência nas escolas se dá um forte contributo para a prevenção e combate deste tipo de situações”, lê-se no comunicado do Instituto de Apoio à Criança (IAC), hoje divulgado.

A propósito do caso de agressão a um aluno de 11 anos na escola de Vimioso, que alegadamente foi sodomizado por um grupo de oito colegas com idades entre os 13 e os 16 anos, e que já motivou a abertura de inquérito pelo Ministério Público (MP), o IAC afirmou que “entende que deve pronunciar-se sobre este caso que chocou o País e que vem demonstrar, mais uma vez, que factos desta natureza são ainda muito frequentes e banalizados”.

“Mais, causam dor e sofrimento profundo e têm consequências devastadoras e prolongadas. Daí que seja necessária uma abordagem interdisciplinar sobretudo visando a prevenção da violência, na sociedade muito em particular na família e na escola, lugares que devem ser acolhedores e seguros para todas as crianças”, argumenta o IAC.

Salientando que a violência entre os jovens tem registado um aumento, manifestando-se em situações de pornografia, violência no namoro, discurso de ódio, nomeadamente recorrendo a redes sociais, o organismo considera que “será sempre relevante e necessário fazer campanhas de esclarecimento sobre os efeitos perversos da violência, incluindo o combate contra os castigos corporais, por forma a desde cedo ser considerada inaceitável toda a violação da integridade pessoal, na medida em que é também um desrespeito pela dignidade humana”.

O IAC destaca a importância de apostar na educação para a cidadania, “com enfoque no respeito pelo outro, na empatia, na compaixão”, para prevenir situações graves de violência e aponta a sua própria experiência com os Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família como uma “boa prática” de criação de equipas interdisciplinares para prevenir a violência, o insucesso e abandono escolar e comportamentos aditivos, desenvolvendo “estratégias de cooperação em vez da competição e do conflito”.

O instituto sublinha ainda a importância de apostar na participação das crianças e jovens, envolvendo-os na vida escolar e “permitindo-lhes concretizar o seu direito à palavra”.

“É de recordar que o IAC desde sempre tem tido a consciência de que a violência na escola devia constituir uma prioridade ao nível das políticas públicas e sociais”, refere o instituto.

“A defesa dos Direitos Humanos e a Cidadania devem ser uma aposta coerente, pelo que o IAC apela a que sejam tomadas medidas integradas, designadamente apoiando o modelo de mediação escolar já exposto e para que não seja desvalorizada a violência, é prioritário o Plano Nacional de Prevenção e combate à Violência sobre a criança”, conclui o comunicado.

A alegada agressão sexual aconteceu no dia 19 de janeiro, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência.

Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao hospital de Bragança.

Um dos autores da alegada agressão é irmão da vítima.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Criação de grupo de trabalho para promoção da língua mirandesa

Miranda do Douro: Criação de grupo de trabalho para promoção da língua mirandesa

Entidades ligadas à salvaguarda e divulgação do mirandês reagiram “com satisfação” à constituição do grupo de trabalho para promoção da língua mirandesa, publicada em Diário da República, abrindo caminho à estratégia “há tanto tempo ambicionada” por associações locais.

A presidente da câmara Municipal de Miranda do Douro, a social-democrata Helena Barril, disse que viu “com satisfação” a publicação do diploma, apontando no entanto “o momento de pré-campanha eleitoral” em que é feito, quando “houve outras oportunidades” anteriores não aproveitadas.

O presidente da Associação de Língua e Cultura Mirandesa, Alfredo Cameirão, confessa-se igualmente satisfeito, e recorda que a constituição do grupo de trabalho decorre do Orçamento de Estado para 2024. Para este responsável, é ainda o primeiro passo “para a criação de uma unidade orgânica há tanto tempo ambicionada pela comunidade mirandesa, que possa guiar os destinos da língua”.

O presidente do Agrupamento de Escola de Miranda do Douro, António Santos, por seu lado, disse à Lusa que espera que “a medida se imponha, porque toda a gente sabe que a língua mirandesa está em risco de desaparecimento.”

O grupo de trabalho para promoção da língua mirandesa tem por missão definir uma estratégia para promover e proteger a língua mirandesa, até ao final de julho, assim como propor a criação de uma unidade orgânica para operacionalizar essa estratégia, segundo o despacho publicado em Diário da República, assinado pelos ministros da Cultura e da Educação, e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

Este grupo, segundo o diploma, envolve a autarquia e as escolas de Miranda do Douro, a Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa – Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), e os organismos centrais instituto Património Cultural, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Direção-Geral da Educação e o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC), do Ministério da Cultura, que coordena.

Para as entidades locais, a publicação do diploma significa sobretudo continuar a trabalhar na defesa da língua, agora com “mais garantias”, sobretudo pela perspetiva da definição de peças importantes, como a estratégia de defesa e promoção da língua e a unidade orgânica para a pôr em prática.

A autarca Helena Barril, lamentando que “a medida seja publicada num momento de pré-campanha eleitoral”, quando “houve outras oportunidades” para o Governo “ter outro papel nesta matéria”, mostrou-se determinada a prosseguir o trabalho iniciado pelo município com outras entidades, que assim ganha “aval do Governo”.

Por seu lado, o presidente da ALCM indicou que é “mais um passo para a criação de uma unidade orgânica há tanto tempo ambicionada pela comunidade, que possa guiar os destinos da língua mirandesa.”

“Desta forma ficamos com mais garantias para lutar pela preservação do idioma, para que não desapareça. Nós sempre defendemos que a existência desta entidade é fundamental e todos os passos que forem dados neste sentido são vistos como muitos positivos”, disse Alfredo Cameirão.

Do lado do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, António Santos reiterou que “a criação de uma unidade orgânica em forma de instituto é uma peça importante para a recuperação da língua mirandesa.”

A perspetiva de criação de um instituto também foi saudada pela Federação Distrital de Bragança do Partido Socialista, quando “o reconhecimento do Mirandês, completa 25 anos” e há um “sério perigo” do seu “desaparecimento como língua viva”.

O despacho para a constituição do grupo de trabalho dá cumprimento à rubrica definida no Orçamento do Estado para 2024 de “Promoção da língua mirandesa”, aprovada na Comissão de Orçamento e Finanças, por proposta do Livre, com uma dotação de 200 mil euros.

A definição de uma estratégia e a criação de uma entidade para a defesa da língua tem vindo a ser defendida pelas entidades locais, ao longo dos anos, com argumentos reforçados desde fevereiro do ano passado, quando foram conhecidos os resultados do estudo da Universidade de Vigo, que davam conta de uma situação “muito crítica”, devido ao abandono desta forma de falar por parte de entidades públicas e privadas.

Lançado no terreno em 2020, o estudo estimou em cerca de 3.500 o número de pessoas que conhecem o mirandês, com cerca de 1.500 a usá-lo regularmente, identificando uma rotura com o idioma, sobretudo nas gerações mais novas, através de uma “forte portugalização linguística”, assente em particular na profusão dos meios de comunicação nas últimas décadas, e na identificação do mirandês com a ruralidade e a pobreza locais.

Fonte: Lusa

A oração concentra-nos

V Domingo do Tempo Comum

A oração concentra-nos

Job 7, 1-4.6-7 / Slm 146 (147), 1-6 / 1 Cor 9, 16-19.22-23 / Mc 1, 29-39

Quando nos encontramos com alguém na rua e perguntamos «como está?», a resposta mais comum é «ocupado». Já nem nos referimos à saúde que temos ou não temos; o que nos angustia é a quantidade de tarefas que estão por fazer, a enormidade de solicitações às quais temos de dar resposta. E há mesmo uma pressão social para estar «ocupado», como se fosse pecado ou desperdício de tempo não ter sempre «coisas para fazer».

Infelizmente, parecemos uma geração de Job’s, insatisfeitos com a velocidade dos dias, como ouvimos na primeira leitura, quando deveríamos parecer Paulo, cujo entusiasmo pelo que faz é palpável.

O anúncio do Evangelho, ainda que imposto como obrigação, como diz Paulo na segunda leitura, faz com que este corra cheio de vida, contando como recompensa não o resultado do trabalho, mas o privilégio de anunciar.

Quão diferentes seriam as nossas vidas se olhássemos para as tarefas que temos pela frente como a nossa oportunidade de dar testemunho do Evangelho. Para viver desta forma, mais do que vontade de o fazer, temos de aprender com Jesus a viver centrados, pois é aí que se encontra o segredo do seu dinamismo, algo que o Evangelho deste domingo insinua.

Entremos no Evangelho deste domingo com atenção ao muito que está a acontecer. Jesus cura a sogra de Pedro assim que entra em casa, quando era expetável que pudesse descansar um pouco, já que vinha de curar pessoas e de ensinar na sinagoga. Nessa mesma noite, mal o sol se põe, trazem-lhe doentes e possessos para que os cure, o que Ele faz. São Marcos acrescenta que toda a cidade de Cafarnaum está reunida à frente da casa, muitos seriam curiosos, enquanto outros queriam mesmo falar com Ele, o que indica que a noite será longa.

De madrugada, Jesus levanta-se e sai para ir rezar. Ele esteve a curar noite dentro, deve ter tido imensas conversas, e no dia seguinte levanta-se cedo para rezar. Deverá ter dormido muito pouco. Seguramente sente-se consolado pela quantidade de pessoas que pôde ajudar, mas é inevitável que esteja cansado. Ainda assim, quando Pedro o encontra e lhe aponta as pessoas que o esperam, Ele tem a presença de espírito para dizer que é necessário ir a outros lugares, quando teria sido mais fácil ficar na urgência do momento presente, num ambiente familiar e no qual foi bem acolhido.

Esta passagem do Evangelho está cheia de ação e de movimento. E o centro de tudo é Jesus, presença luminosa no meio de tanto bulício. Como é possível que a sua presença inunde tudo de luz quando há tantas solicitações que a poderiam dispersar? Como se pode estar sempre em ação, sempre presente, sem se perder?

O segredo de Jesus está na fidelidade à oração. Não é difícil imaginar que a vontade de Jesus para se levantar cedo, depois de uma noite tão cheia, fosse pouca. Mas foi falar com o Pai para escutar o que Ele lhe pedia. E foi isso que lhe permitiu ver que, existindo ainda muita gente a procurá-lo, estava na hora de partir para outra povoação.

É para cumprir a vontade do Pai que Ele vem. É à escuta do Pai que Ele vive. É esse o centro de uma vida que não se dispersa no meio da ação, que ilumina mesmo quando há tanta dispersão.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Bragança-Miranda: Mogadouro acolhe Dia do Consagrado

Bragança-Miranda: Mogadouro acolhe Dia do Consagrado

A vila de Mogadouro, no arciprestado de Miranda, vai celebrar, este domingo, dia 4 de fevereiro, o Dia do Consagrado, com a participação de várias congregações da Diocese de Bragança-Miranda.

De acordo com o programa divulgado pelo Secretariado Regional de Bragança-Miranda (da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal), o acolhimento inicia-se às 10h00, na igreja matriz de Mogadouro.

Depois, às 11h00, vai celebrar-se a eucaristia presidida pelo bispo diocesano, D. Nuno Almeida.

Pelas 12h30 está previsto um almoço convívio entre a comunidade local e os membros das congregações e institutos de vida consagrada, que vivem e trabalham na diocese.

Atualmente, na Diocese de Bragança-Miranda estão presentes as seguintes congregações religiosas: as Irmãs da Caridade do Sagrado Coração de Jesus, as Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, as Carmelitas da Antiga Observância, as Monjas Trapistas, as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, os Salesianos, os Marianos da Imaculada Conceição, e os Franciscanos Capuchinhos de Portugal com uma Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado.

Fonte: Ecclesia

Política: 17 autarcas suspenderam presidência nas câmaras para serem candidatos a deputados

Política: 17 autarcas suspenderam presidência nas câmaras para serem candidatos a deputados

Dezassete presidentes de Câmaras Municipais, quase todos no terceiro e último mandato, suspenderam os mandatos à frente das autarquias para serem candidatos a deputados, nas eleições legislativas de 10 de março, a maior parte em listas da Aliança Democrática (AD).

O PSD tem o maior número de candidatos presidentes de câmaras, embora nem todos em lugares considerados elegíveis: três deles no distrito de Aveiro – Santa Maria da Feira, Ovar e Vagos –, em Valpaços e Vila Pouca de Aguiar (distrito de Vila Real), Sernancelhe e Vouzela (Viseu), Bragança e Moncorvo (Bragança), Fronteira (Portalegre) e Câmara de Lobos (Madeira).

Suspenderam funções por integrarem listas do PS às legislativas os presidentes das Câmaras de Vendas Novas, Nazaré, Cinfães, Macedo de Cavaleiros e Arruda dos Vinhos e, por ser candidato pelo Juntos Pelo Povo (JPP), o presidente da Câmara de Santa Cruz (Madeira), Filipe Sousa.

À exceção do presidente de Macedo de Cavaleiros, o socialista Benjamim Rodrigues, todos estes presidentes estavam a meio do terceiro mandato consecutivo e, portanto, impedidos de se recandidatarem outra vez ao mesmo cargo na mesma autarquia.

A coligação Aliança Democrática (AD) aposta em alguns autarcas que são candidatos experientes, desde logo Emídio Sousa, três mandatos com maioria absoluta na Câmara de Santa Maria da Feira, e que encabeça a lista por Aveiro, distrito onde o PSD em 2022 elegeu sete deputados.

Em Aveiro, a AD apresenta em quarto lugar Salvador Malheiro, ex-vice-presidente do PSD de Rui Rio e presidente da Câmara de Ovar, e em segundo Silvério Regalado, presidente da Câmara Municipal de Vagos.

O até agora presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, é o primeiro da lista da AD por este distrito, na qual tem como “número dois” Nuno Gonçalves, que suspendeu o cargo como presidente de Torre de Moncorvo.

Nas últimas legislativas, em 2022, o PSD apenas elegeu um dos três deputados por Bragança, mas nas eleições anteriores tinha conseguido eleger dois.

Em Viseu, os até agora presidentes das câmaras de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, e de Vouzela, Rui Ladeira, ocupam o quarto e o quinto lugar, respetivamente, na lista da AD, num distrito em que o PSD elegeu quatro deputados em 2022.

Em Vila Real, onde o PSD elegeu dois deputados nas últimas legislativas, há mais dois presidentes em final de mandato que concorrem pela AD, designadamente Amílcar Almeida, que suspendeu o mandato na Câmara de Valpaços para ser o primeiro da lista, assim como Alberto Machado, que deixa a presidência da Câmara de Vila Pouca de Aguiar para ser o segundo.

Em Castelo Branco, Ricardo Aires suspendeu o cargo de presidente de Vila de Rei para ser o terceiro na lista da AD, num distrito onde apenas um deputado social-democrata foi eleito em 2022.

A AD escolheu o presidente da Câmara de Fronteira, o advogado Rogério Silva (PSD), para liderar a lista de Portalegre, o distrito que elege menos deputados, apenas dois, que em 2022 foram ambos do PS.

Na Madeira, há mais um autarca presidente a encabeçar uma lista da AD: é Pedro Coelho, até agora presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, desde 2013 sempre com maioria absoluta.

O círculo eleitoral da Madeira elege seis deputados e na legislatura agora interrompida o PSD tinha três e o PS os outros três.

O até agora presidente da Câmara de Vendas Novas, Luís Dias, encabeça a lista dos socialistas por Évora, onde o PS elegeu dois deputados nas últimas legislativas.

Walter Chicharro, o socialista que presidia à Nazaré, interrompeu o mandato para ser o terceiro na lista do PS por Leiria, onde em 2022 foram eleitos cinco deputados pelo partido.

Em Cinfães, Armando Mouriscos suspendeu o mandato como presidente para ser o quinto candidato na lista socialista a Viseu, um distrito onde o PS elegeu quatro deputados em 2022, o que levou o próprio candidato a considerar que dificilmente será eleito.

O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, a meio do segundo mandato, é o número dois do PS por Bragança e, se as eleições correrem como em 2022, será o último socialista a ser eleito por este distrito.

Já o presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, André Rijo, é o 15.º a Lisboa pela lista do PS, que em 2022 elegeu 21 deputados neste círculo.

Além de presidentes também integram as listas vereadores ou autarcas com outros cargos nas câmaras, como o dirigente social-democrata Miguel Pinto Luz, que teve de suspender o mandato como vice-presidente de Cascais por fazer parte da lista da AD por Faro.

O exercício do mandato de deputado à Assembleia da República é incompatível com o cargo de presidente e de vice-presidente de Câmara Municipal, pelo que a lei obriga à suspensão dos mandatos dos presidentes e vice-presidentes de Câmara para serem candidatos, embora a suspensão permita o regresso ao cargo após as eleições, caso não sejam eleitos, por exemplo.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março e a campanha eleitoral vai decorrer entre 25 de fevereiro e 8 de março.

Fonte: Lusa

UE/Agricultores: Protestos bloquearam país e forçaram Governo a dar garantias

UE/Agricultores: Protestos bloquearam país e forçaram Governo a dar garantias

No dia 1 de fevereiro, os agricultores portugueses paralisaram importantes vias de norte a sul do país, incluindo fronteiras, com alguns dos movimentos a começarem a desmobilizar à noite, após garantias sobre os apoios anunciados pelo Governo.

Logo nas primeiras horas os agricultores começaram a mobilizar-se e o resultado foi o corte de importantes vias, como as autoestradas 25 (no distrito da Guarda), 6 (no distrito de Portalegre) e o Itinerário Complementar (IC) 1 (distrito de Setúbal).

A Guarda Nacional Republicana (GNR) indicou o corte de um total de 15 estradas, num acompanhamento da situação que obrigou esta força policial a reforçar a transmissão de informações na plataforma de tráfego Waze e nas redes sociais, para garantir a segurança de manifestantes e restantes cidadãos.

Os protestos assumiram variadas formas, sendo uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, que se apresenta como espontâneo e apartidário, replicando manifestações em outros pontos da Europa.

Junto à fronteira do Caia, em Elvas, no distrito de Portalegre, os agricultores que bloquearam a A6 permitiram a passagem de veículos prioritários, como o caso de carros com grávidas, crianças ou doentes, e 10 camiões de hora a hora, num protesto que começou a ser desmobilizado após a garantia de que vão receber, até final do mês, os apoios que tinham sido retirados.

Na fronteira de Vila Verde de Ficalho, no concelho de Serpa (Beja), os agricultores almoçaram bifanas de porco preto no pão, feitas num grelhador montado a alguns metros dos tratores que cortavam a Estrada Nacional 260 (EN260), sendo que faziam ainda parte da ‘bucha’ linguiças assadas ‘na hora’, torresmos e vinho, cervejas, água e sumos.

Agricultores do Ribatejo e Oeste concentraram-se hoje na Ponte da Chamusca, realizando ainda uma breve arruada junto a um acesso da Autoestrada 23 (A23), sem provocar o corte da via, tendo começado a desmobilizar pelas 20:00.

O trânsito automóvel foi restabelecido desde as 21:00 no IC1, na zona da Mimosa, concelho de Santiago do Cacém (Setúbal), após a desmobilização dos agricultores que cortaram a via.

A A25 foi uma das vias afetadas, onde os agricultores se concentraram junto ao Alto de Leomil, bloqueando a circulação na autoestrada desde as 06:15 entre o nó de Pínzio, no concelho de Pinhel, e Vilar Formoso, concelho de Almeida.

Os agricultores também condicionaram o acesso a Espanha pela fronteira da Bemposta, em Mogadouro, situação que ficou normalizada ao final da tarde de 1de fevereiro.

Perante a paralisação e promessa de manter o protesto, o Governo adiantou que a maior parte das medidas do pacote de apoio aos agricultores portugueses, com mais de 400 milhões de euros de dotação, entra em vigor ainda este mês de fevereiro, com exceção das que estão dependentes de ‘luz verde’ de Bruxelas.

O Governo avançou com um pacote de ajuda aos agricultores, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

No contexto europeu, a Comissão Europeia vai preparar com a presidência semestral belga do Conselho da UE uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos ministros da Agricultura dos 27 Estados-membros do bloco europeu no próximo dia 26 de fevereiro.

Fonte: Lusa