Miranda do Douro: Fabíola Mourinho apresenta “O sonho perdeu o h”
Na tarde de sábado, dia 17 de fevereiro, Fabíola Mourinho vai apresentar na biblioteca municipal de Miranda do Douro, o primeiro livro da sua autoria “O sonho perdeu o h”, uma obra literária infantil que tem por finalidade transmitir valores como o sentido de pertença, a importância dos afetos e da perseverança na concretização dos sonhos.
A sessão de lançamento do livro está agendada para as 15h30, na biblioteca municipal António Maria Mourinho, em Miranda do Douro e a autora vai ser acompanhada pela presidente do município, Helena Barril, por Ana Araújo, da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e Rosa Maria Martins, da Escola Básica e Secundária (EBS) de Miranda do Douro.
A apresentação vai ser moderada por Celina Pinto, diretora do Museu da Terra de Miranda.
De acordo com a autora do livro, Fabíola Mourinho, através deste conto infanto-juvenil pretende sublinhar a importância de agir contra sentimentos inibidores como o medo, a preguiça, a vergonha e o pessimismo e cultivar valores como o amor, o sentido de pertença e a perseverança.
Na tarde do próximo sábado, dia 17, no decorrer da apresentação do livro está previsto um momento musical, protagonizado pelo grupo Hardança, no qual Fabíola Mourinho é vocalista e intérprete.
Segundo a autora, o livro “O sonho perdeu o h” pode ser adquirido online nas livrarias Atlântico, na Wook, na Fnac, na Amazon e na Bertrand.
"O sonho perdeu o h" - resumo:
Numa cidade pequenina escondida atrás dos montes, morava um menino de olhos brilhantes que tinha um Sonho. Um dia, um grupo de vilões (o medo, a preguiça, a vergonha, o pessimismo) instalaram-se no coração do menino, o que levou a que o Sonho se cansasse de sonhar e ficasse adormecido…
Mas, felizmente, no coração do menino, guardados dentro da Caixinha das Palavras Preciosas, estavam os grandes amigos do(s) Sonho(s). E como um amigo, nunca desiste, o Sonho conseguiu, finalmente, tornar-se realidade!...
Uma história que nos relembra a importância das raízes, dos afetos e de que é sempre tempo de sonhar!
(O livro foi editado pela Flamingo Edições.)
Miranda do Douro: Caminhada para o Naso reagendada para 7 de abril
Por causa da previsão de chuva, a caminhada convívio para o santuário do Naso, organizada pela mordomia de Nossa Senhora de Fátima foi reagendada para o Domingo, dia 7 de abril, aquando do “Nasico”, uma celebração que vai ser presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.
De acordo com Sandra Argulho, da mordomia de Nossa Senhora de Fátima, o horário da caminhada para o santuário do Naso mantém-se às 8h00 de Domingo, dia 7 de abril, com a reunião dos participantes junto à antiga Sé ou concatedral de Miranda do Douro.
“Antes da partida, aos caminhantes inscritos será oferecido um kit, com água, chapéu e uma barra de cereais”, adiantou.
Segundo a organização, entre Malhadas e o Picão está previsto um reforço alimentar.
Ao longo do percurso os caminhantes terão o acompanhamento dos bombeiros de Miranda do Douro.
A chegada ao santuário mariano do Naso está prevista para as 12h30. Aí chegados, será disponibilizado transporte para os participantes que pretendam regressar de imediato a Miranda do Douro.
“Os caminhantes inscritos para o almoço, que vai ser servido no recinto do santuário do Naso, terão a possibilidade de saborear uma merecida e reconfortante refeição com entradas, caldo verde, bifanas, bebida, sobremesa e café”, indicou.
Às 15h00, vai celebrar-se a eucaristia dominical, na capela do santuário, presidida pelo bispo de Bragança-Miranda. Dom Nuno Almeida.
O regresso a Miranda do Douro está marcado para as 16h30.
Segundo a organização, as inscrições para a caminhada (10 caminhantes) e o almoço (10 passos) decorrem até 2 de abril e devem ser feitas através do número de telemóvel: 936 364 433 (Sandra Argulho).
A caminhada é uma iniciativa da mordomia de Nossa Senhora de Fátima, que conta com o apoio do município de Miranda do Douro.
A Terça-feira de Carnaval foi festejada em Sendim, com o já tradicional desfile e o enterro do Entrudo, duas atividades organizadas pela freguesia local e que mais uma vez, reuniram centenas de pessoas na praça central da vila, para ver os disfarces, as máscaras e as sátiras dos grupos participantes.
Em Sendim, uma vila tradicionalmente agrícola é habitual enfeitar os tratores com tudo o que há em casa: sacas, toldos, alfaias agrícolas, etc..
O desfile de Carnaval iniciou-se no Largo de São Sebastião, onde se reuniram os oito grupos participantes – Comissão de Festas de Santa Bárbara, Oficina do Idoso, Escola Preparatória de Sendim, Rua Cruz da Canada, Rua de Santo António, Grupo de Fermoselle (Espanha) e o Grupo do Urrós – que em cortejo se dirigiram para a praça central, onde eram aguardados por uma numerosa multidão de pessoas.
De acordo com o presidente de União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, (que também se vestiu a rigor para festejar o carnaval!), nesta vila do concelho de Miranda do Douro, a população tem gosto em festejar o carnaval, fazendo uso do humor e da sátira, assinalando alguns acontecimentos ocorridos na vila ao longo do ano.
“Em Sendim, o dia carnaval é uma oportunidade que é aproveitada para fazer algumas críticas, com humor e graça! Costuma dizer-se que neste dia se dizem as verdades a brincar! E o presidente da junta de freguesia também é um alvo dessas sátiras!”, disse com humor.
Após o desfile, ao final da tarde, realizou-se pelas ruas da vila, o “Enterro do Entrudo”, no qual participaram mais de 100 figurantes, cobertos com lençóis brancos e empunhando tochas de fogo.
Durante o cortejo até à praça central, ouviram-se gritos e choros sonoros das carpideiras (as pessoas a quem se pagava para chorar os defuntos durante os funerais).
“O Enterro do Entrudo é uma tradição que estamos a recuperar graças ao saudoso Tio Alfredo Júlio, que nos transmitiu esta herança cultural. O “Entrudo” é um boneco, feito de palha, que após o julgamento e a leitura do testamento é-lhe realizado o cortejo fúnebre.”, disse.
A propósito dos significados do Carnaval ou Entrudo, atente-se que ambas as designações referem-se ao período que antecede a Quarta-feira de Cinzas, que dá inicio à Quaresma.
Carnaval é a expressão mais usada e provém do italiano “carnevale”, que, por sua vez, significa a abstinência de carne durante os quarenta dias da Quaresma.
Já a palavra “Entrudo” deriva do latim “introitus” e significa “entrada”. Entrada onde? Na Quaresma, claro está.
Por isso, o entrudo ou carnaval é um tempo de folia para ganhar ânimo para os quarenta dias de jejum, penitência e oração, até à Páscoa.
Sociedade: Rendas das casas subiram 5,9% em janeiro
As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 5,9% em janeiro, face ao mesmo mês de 2023, acelerando face aos 5,1% do mês anterior e com todas as regiões a apresentarem subidas homólogas, indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em janeiro “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo o Norte e Lisboa registado o aumento mais intenso (6,1%)”.
Em termos mensais, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação de 1,4% (0,3% no mês anterior).
As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Norte e o Algarve (1,5%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação.
Igreja/Família: Mensagem para o Dia dos Namorados apela a compromisso na «luta do amor»
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) deseja que os “jovens enamorados” sejam “felizes” e incentiva-os a acolher “o amor de Deus” e a empenharem-se na “luta do amor”, numa mensagem por ocasião do Dia dos Namorados.
“Amar é uma sucessão de atos em cadeia: uma guerra, portanto. Não é por acaso que agápê (amor) e agôn (luta) podem ter a mesma etimologia. Paradoxo do amor, que é uma luta, a luta do amor, do amor novo, que não é contra ninguém, mas a favor de todos: o amor faz-te feliz, matando-te! Quanto mais amas, lutas, e te matas a amar, mais te encontras”, lê-se na mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), organismo da CEP.
A nota assinala que “amar não é só estar apaixonado” e estar apaixonado “não significa necessariamente amar”, porque “estar apaixonado é um estado” e “amar é um ato” e explica que se “sofre um estado; decide-se um ato”.
“É, por isso, que o Deus da Escritura manda amar. Se amar fosse simplesmente apaixonar-se, tal mandamento seria um absurdo, pois ninguém pode exigir a alguém que se apaixone”, refere o texto.
“Sede felizes, jovens enamorados! Acolhei o amor de Deus, e, no meio de tantas guerras, empenhai-vos vós na guerra do amor!”
Os membros da Comissão Episcopal do Laicado e Família alertam que se atravessa “uma cultura solipsista e narcisista”, que traz consigo, como obsessão dominante, “viver cada um no seu naco de tempo e para si mesmo”, descurando as gerações precedentes e as seguintes, por isso verifica-se uma “acentuada perda de sentido de integração” numa sucessão de gerações, numa família, numa comunidade, numa Igreja.
Em termos cristãos e eclesiais, acrescentam, qualquer dinâmica pastoral ou mensagem pastoral tem de ter sempre “como trampolim” a Palavra de Deus recolhida na Escritura Santa, e salientam que “é preciso urgentemente trazer de volta a Palavra de Deus” – «Tu és bela, minha amada/terrível como um exército em ordem de batalha» (Cântico dos Cânticos 6,4) -, que não deixa na presença de “um amor banal, de plástico, de bolso, enlatado, mas de um amor que faz estremecer e implica o risco de morrer”.
“O amor verdadeiro é agónico. Implica luta, porque implica decisões a todo o momento. Quando o amor não é agónico, então é egoísta. E, sintomaticamente, no mundo bíblico, a nascente do mal não reside na paixão, no coração que bate forte, mas no coração duro, empedernido, empedrado, esclerosado, um «coração de pedra», oxímoro vertiginoso que o profeta Ezequiel usou para classificar o coração empedernido e embotado de Israel”, desenvolve.
A mensagem para o Dia dos Namorados lembra também a história entre a tartaruga, que sai do seu esconderijo para um passeio noturno, e do sapo, que a adverte que a ‘hora não é muito aconselhável sair’: “A tartaruga ensina que não nos podemos contentar em viver mais ou menos tranquilamente com a cabeça enterrada na areia do céu ou da terra”.
Os membros da Comissão Episcopal do Laicado e Família observam que a humanidade “não está destinada a morrer por falta de conhecimento, mas por falta de assombro e de maravilha”, e o mundo “parece todo escuro, desencantado”, sem Deus e sem profetas, sem amor, sem pais nem mães, filhos e irmãos, sem namorados, “só com armas e soldados”.
Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas a Diocese de Terni, na Itália, celebra o seu padroeiro, São Valentim – primeiro bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente no século IV.
Este nome está ligado a algumas lendas, segundo as quais Valentim teria morrido decapitado por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um legionário, apesar da proibição de Cláudio II (século III).
O Papa assinalou o início do tempo da Quaresma, no calendário litúrgico da Igreja Católica, deixando apelos à mudança interior e à paz.
“Vamos em frente neste processo de conversão na escuta da Palavra de Deus, na atenção aos irmãos e irmãs que precisam da nossa ajuda. E vamos em frente na intensificação da oração, sobretudo para pedir a paz no mundo”, declarou, durante a audiência geral, que decorreu no Auditório Paulo VI.
“Não nos esqueçamos nunca da martirizada Ucrânia, da Palestina e de Israel, que sofrem tanto. Rezemos por estes irmãos e irmãs, que sofrem com a guerra”, acrescentou.
Saudando os peregrinos e visitantes presentes neste encontro semanal, Francisco recordou que, na Polónia, decorre uma recolha de fundos para ajudar a Ucrânia, no começo da Quaresma.
“Perante tantas guerras, não fechemos o nosso coração aos necessitados. Que a oração, o jejum e a esmola sejam o caminho para construir a paz”, apelou.
A Quaresma, que tem início hoje, com a celebração de Cinzas, é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de março).
Mensagem do bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida para a Quaresma 2024Tempo para crer, esperar e amar
A Quaresma é caminho de conversão para renovarmos a nossa fé, obtermos a «água viva» da esperança e recebermos com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo. Na noite de Páscoa, renovaremos o nosso Batismo, para renascer como mulheres e homens novos por obra e graça do Espírito Santo.
A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe «fazer morada» em nós (cf. Jo 14, 23). Acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja.
Viver uma Quaresma com esperança significa sentir que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21, 1-6), «sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança» (1 Ped 3, 15): a razão é Cristo, que dá a sua vida na cruz e Deus ressuscita ao terceiro dia. É também ter esperança naquela reconciliação a que nos exorta apaixonadamente São Paulo: «Reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 20). Recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, doadores do perdão. O perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade.
No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar, no segredo, o Pai da ternura.
Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia. Ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir a todos que Deus o ama como um filho e como filha.
Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a revisitar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.
A sensibilidade ao outro, tal como manifestada em Jesus Cristo, exprime-se na comunhão de bens, fruto de um desapego ao supérfluo e da assunção, como nossas, das carências do próximo. É o que designamos por “Renúncia ou Partilha Quaresmal”, componente muito forte da preparação para a Páscoa. Na privação voluntária daquilo que não é essencial, copiamos as atitudes do Senhor Jesus que deu tudo e se deu a Si mesmo.
Como é do conhecimento de todos, na madrugada de sábado, dia 27 de janeiro, as Monjas do Mosteiro Trapista da Palaçoulo foram atingidos por um grave incêndio que, alastrando rapidamente, comprometeu a zona central da hospedaria (telhado, sótão e grande parte do primeiro andar). A zona mais atingida foi o sótão (que servia de arrecadação) e os quartos, que ocupavam enquanto aguardam a conclusão da construção do mosteiro. Algumas salas eram utilizadas como escritórios e áreas de trabalho (escritório da Madre, escritório das irmãs ecónomas, lavandaria, armazém e embalagem da confeitaria) e o incêndio danificou-as gravemente, inutilizando parcial ou totalmente as salas, as máquinas e o material armazenado.
O fruto da Renúncia e Partilha Quaresmal de 2024, na Diocese de Bragança-Miranda, será na íntegra para ajudar a reconstruir o que o incêndio destruiu na Hospedaria do Mosteiro de Palaçoulo. Apelamos à generosidade de todos!
Que Maria, Mãe do Salvador, fiel aos pés da cruz e no coração da Igreja, nos ampare com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado nos acompanhe no caminho rumo à luz pascal.
+Nuno Almeida
Bispo de Bragança-Miranda
Quaresma: Mensagem do Papa pede novo modelo de desenvolvimento
O Papa apelou a novos modelos de desenvolvimento, denunciando a pobreza que atinge milhões de pessoas e a destruição da natureza, na sua mensagem para a Quaresma 2024, que se inicia a 14 de fevereiro, com a celebração da Quarta-feira de Cinzas.
“O caminho quaresmal será concreto, se, voltando a ouvir tais perguntas, confessarmos que hoje ainda estamos sob o domínio do Faraó. É um domínio que nos deixa exaustos e insensíveis. É um modelo de crescimento que nos divide e nos rouba o futuro. A terra, o ar e a água estão poluídos por ele, mas as próprias almas acabam contaminadas por tal domínio”, refere, no texto intitulado ‘Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade’.
Francisco retoma os alertas contra a “globalização da indiferença”, que deixou na sua primeira viagem, à ilha italiana de Lampedusa, em 2023, com “duas perguntas, que se tornam cada vez mais atuais: ‘Onde estás?’ e ‘Onde está o teu irmão?’”, passagens do primeiro livro da Bíblia, o Génesis.
“Também hoje o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao céu. Perguntemo-nos: e chega também a nós? Mexe connosco? Comove-nos? Há muitos fatores que nos afastam uns dos outros, negando a fraternidade que originariamente nos une”, pode ler-se.
A mensagem identifica “vínculos opressivos” que os cristãos têm de abandonar.
“Damo-nos conta disto, quando nos falta a esperança e vagueamos na vida como em terra desolada, sem uma terra prometida para a qual tendermos juntos”, advertiu.
“Desejo um mundo novo? E estou disposto a desligar-me dos compromissos com o velho? O testemunho de muitos irmãos bispos e dum grande número de agentes de paz e justiça convence-me cada vez mais de que aquilo que é preciso denunciar é um défice de esperança”.
O Papa lamenta que, num mundo com “níveis de progresso científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir a todos a dignidade”, a humanidade viva ainda na “escuridão das desigualdades e dos conflitos”.
A mensagem aponta a Quaresma como “tempo de conversão, tempo de liberdade”.
“Deus não quer súbditos, mas filhos. O deserto é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão. Na Quaresma, encontramos novos critérios de juízo e uma comunidade com a qual avançar por um caminho nunca percorrido”, sustenta Francisco.
“Enquanto os ídolos tornam mudos, cegos, surdos, imóveis aqueles que os servem, os pobres em espírito estão imediatamente disponíveis e prontos: uma força silenciosa de bem que cuida e sustenta o mundo”.
A Quaresma é um tempo litúrgico de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início com a celebração de Cinzas (14 de fevereiro, em 2024), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de março).
“Não ter outros deuses é parar na presença de Deus, junto da carne do próximo. Por isso, oração, esmola e jejum não são três exercícios independentes, mas um único movimento de abertura, de esvaziamento: lancemos fora os ídolos que nos tornam pesados, fora os apegos que nos aprisionam”, conclui Francisco.
Igreja: Estudantes de Medicina estão em missão em Mogadouro
No âmbito do projeto universitário “Missão País”, o concelho de Mogadouro está a receber, pela primeira vez, um grupo de estudantes da faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que entre os dias 11 e 18 de fevereiro, realizam ações de proximidade junto da população mogadourense.
Ao longo desta semana, os jovens médicos estão em contato as populações e vão realizar algumas ações de voluntariado, assim como conhecer o património e as tradições mogadourenses.
Estas atividades são acompanhadas pelo pároco da Unidade Pastoral Senhora do Caminho, o padre Nelson Silva.
De acordo com a organização serão realizadas ações em instituições como a Santa Casa da Misericórdia, o Espaço Mais e o Agrupamento de Escolas de Mogadouro.
Dado que a “Missão País” é um projeto assumidamente católico, diariamente, os estudantes vão particicipar e animar da eucaristia, às 18h00, no Convento de S. Francisco, em Mogadouro.
Na quinta-feira, dia 15 de fevereiro, os jovens católicos vão orientar a adoração ao Santíssimo Sacramento, às 21h30.
Na noite de sábado, dia 17, às 21h30, vai ser representada uma peça de teatro, na Casa da Cultura.
A “Missão País” é um projeto católico para jovens universitários que se desenvolve desde há 20 anos em várias faculdades de Portugal. Todos os anos partem de várias faculdades do país um grupo de universitários para uma pequena localidade portuguesa, onde durante uma semana prestam serviço de voluntariado nas diversas instituições locais.
No dia 24 de fevereiro, cerca de 70 grupos de mascarados, provenientes de três países europeus, com mais de 700 figurantes vão reunir-se em Bemposta, Mogadouro, para celebrar o Encontro de Rituais Ancestrais.
Esta iniciativa pretende ser uma referência no que diz respeito às figuras ancestrais dos mascarados dos rituais do Solstício de Inverno e Carnaval na zona transfronteiriça de Portugal e Espanha, a qual tem vindo a crescer de ano para ano.
“Esta iniciativa tem vindo a crescer de ano para ano no número de participantes. Com este encontro, pretendemos reavivar algumas das tradições ancestrais do território de fronteira que estavam ameaçadas. Há quatro anos foi-nos lançado o desafio de fazermos este encontro em Bemposta, visto que é terra de chocalheiros e de tradições de tempo de solstício que se perdem na memória dos tempos”, explicou Miguel Fernandes, membro da Associação Maschocalheiro.
De acordo com o dirigente associativo, o que se pretende é colocar em destaque “o incalculável valor destas tradições ancestrais de vários territórios ibéricos e outros pontos da Europa e mostrar ao mundo todo o seu potencial cultural e etnográfico, para que seja conhecido este património e para ajudar no desenvolvimento dos seus locais de origem”.
“O interesse por estas figuras tem vindo a aumentar através desses encontros e a prová-lo está o elevado número de fotógrafos e investigadores que se deslocam ao território raiano”, observou.
No IV Encontro de Rituais Ancestrais está prevista a participação de grupos de caretos, chocalheiros, sécias, diabos, farândulos, velhos e outras figuras do Nordeste Transmontano e outras semelhantes dos distritos de Viseu, Viana dos Castelo, Coimbra e Aveiro. Do outro lado da fronteira, as províncias espanholas de Castela e Leão, Andaluzia, Castilha la Mancha, Cantábria, também marcaram presença em Bemposta, no distrito de Bragança.
O anfitrião deste encontro é uma das figuras mais enigmáticas e antigas da Península Ibérica, conhecida por chocalheiro de Bemposta.
“Outro dos objetivos do desfile passa por ajudar a potenciar as atividades económicas e sociais dos territórios de baixa densidade populacional e trazer o colorido e a folia a localidades que na sua maioria têm uma população envelhecida”, reconhece Miguel Fernandes.
Já a vereadora do pelouro da Cultura do município de Mogadouro, Márcia Barros, disse que o evento ganhou desde o ano passado uma projeção internacional e que traz dinamismo e dividendos económicos para o território.
Márcia Barros acrescentou ainda que o Encontro de Rituais Ancestrais “é vincadamente um encontro da cultura raiana”
O dia do desfile, sábado, também não é escolhido ao acaso, visando reunir o maior número de grupos possíveis, após as festas do Solstício de Inverno e do Carnaval.
Para o presidente da Junta de Freguesia de Bemposta, António Martins, este encontro de rituais está a crescer de ano para ano, trazendo a esta localidade fronteiriça muita gente, o que faz mexer a economia local e uma grande logística na organização.
“As ruas da aldeia enchem-se de gente e muito colorido”, referiu.
Colaboram na organização do Encontro de Rituais Ancestrais o município de Mogadouro, a Junta de Freguesia de Bemposta e o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero/Douro, entre outras entidades públicas e privadas.
No mês do Carnaval, a organização espera a presença de cerca de 3 mil pessoas vindas de ambos os lados da fronteira, para participar num dia de folia e diversão, em contacto com personagens únicas e ancestrais.
Futsal: Mirandeses aproveitaram erros defensivos do Vimioso
Na 13º jornada do campeonato distrital de futsal, o líder, Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) venceu o Águia Futebol Clube de Vimioso, por expressivos 7-2, num jogo em que os vimiosenses cometeram muitos erros defensivos, que os mirandeses aproveitaram com eficácia.
O mirandês, Nickas, inaugurou o marcador (1-0), aos 4 minutos.
O jogo decorreu no serão de sexta-feira, dia 9 de fevereiro, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, onde os visitantes até foram os primeiros a efetuar o primeiro remate, por intermédio de Menezes, mas a bola não levou a direção da baliza.
Os mirandeses responderam através de um livre efetuado por Nickas, que o guarda-redes, Chico defendeu com atenção, aos 2 minutos.
No decorrer do minuto quatro, o mesmo Nickas viria a inaugurar o marcador, na sequência de uma recuperação de bola na zona defensiva do Vimioso e de um potente remate que fez o 1-0.
Os vimiosenses responderam por intermédio de Rafael, que testou novamente a atenção defensiva do guarda-redes mirandês, Guilherme.
Aos 8 minutos, foi a vez do capitão do Vimioso, Pedro Diz, rematar forte e rasteiro levando a bola a embater na base do poste da baliza mirandesa.
Quando a equipa do Vimioso procurava chegar ao empate, os mirandeses aproveitaram uma transição rápida de Leo, Nickas e Castro, que culminou num primeiro remate a ser defendido por Chico, mas na recarga, o mesmo Castro fez o 2-0, aos 14 minutos.
Num contra-ataque, os mirandeses fizeram o 2-0, por Castro.
Este golo desanimou e desconcentrou a equipa liderada pelo treinador, Paulo Gonçalves. E na jogada seguinte os mirandeses chegaram ao 3-0, através de uma iniciativa individual de Diogo, que combinou com Castro, que por sua vez dirigiu a bola para o segundo poste da baliza do Vimioso, onde Couto apenas teve de encostar o pé à bola, para fazer o terceiro golo da sua equipa.
Na segunda parte do jogo, a desconcentração vimiosense continuou e aos 22 minutos, Castro aproveitou uma perda de bola adversária para assistir o companheiro Finha, que rubricou o 4-0.
Após o intervalo, Finha foi o autor do quarto golo mirandês.
O descalabro vimiosense acentuou-se ainda mais, quando o experiente, Rafael, foi permissivo na sua zona defensiva, perdendo a bola e dando assim origem ao quinto golo mirandês (5-0).
Aos 29 minutos, foi a vez de Vitor Hugo, assistir o companheiro, Chuva, para o 6-0.
O brasileiro, Chuva, fez o sexto golo mirandês.
O sétimo golo (7-0) foi da autoria de André, ao rematar do meio campo para a baliza vimiosese, que estava desguarnecida, já que o Vimioso jogava com o guarda-redes avançado.
Apesar da expressiva desvantagem do marcador, os vimiosenses ainda conseguiram reduzir para 7-1, por intermédio de Daniel, na conversão de um livre direto, aos 32 minutos.
O vimiosense, Daniel, voltou a ser um dos jogadores mais esclarecidos e objetivos da sua equipa, tendo sido o autor dos dois golos do Vimioso.
Sobre o jogo, destaque ainda para o regresso do mirandês, Ricky, à competição, após cinco meses ausente por lesão.
Com esta vitória, o Clube Desportivo de Miranda do Douro cimentou ainda mais a liderança do campeonato distrital de futsal. Com 12 jogos realizados, os mirandeses alcançaram 11 vitórias e apenas um empate.
Por sua vez, o Águia Futebol Clube de Vimioso, ocupa o sétimo lugar, com quatro vitórias, um empate e sete derrotas.
HA
Equipas
Clube Desportivo de Miranda do Douro: Guilherme, Couto (cap.), Finha, Castro, Pina, André, Vitor Hugo, Leo, Ricky, Diogo, Chuva e Ângelo.
Treinador: Nélson Moreira
“Foi uma vitória justa. Abordámos o jogo de um modo exemplar, com atitude e humildade. Fomos para o intervalo com uma vantagem confortável de 3-0. Na segunda parte, mantivemos a intensidade e conseguimos dilatar ainda mais a vantagem. Dou os parabéns à minha equipa. E dirijo uma palavra ainda à equipa do Vimioso, que não está a atravessar um bom momento, mas acredito que com a qualidade que têm vão alcançar melhores resultados” – Vitor Hugo.
Águia Futebol Clube de Vimioso: Chico, Ferro, Diogo, Rafael, Menezes, Pedro Diz (cap.), Pedro Alves, Daniel, Sérgio e Hugo Aires.
Treinador: Paulo Gonçalves
“Hoje defrontámos uma equipa que joga futsal com muita intensidade. A minha equipa até começou bem, demos réplica nos minutos iniciais. Mas à medida que fomos sofrendo golos, não soubemos ser pacientes e o desânimo apoderou-se dos meus jogadores. Na próxima semana vamos ter um jogo decisivo, relativo à segunda mão da taça distrital, pelo que é uma boa oportunidade para levantar a moral da equipa” – Paulo Gonçalves.