Eleições: Aliança Democrática (AD) vai percorrer todos os distritos

Eleições: Aliança Democrática (AD) vai percorrer todos os distritos

A campanha da Aliança Democrática (AD) vai percorrer todos os distritos de Portugal Continental e apostar em iniciativas de contacto com a população, começando o período oficial de campanha no dia 25 de fevereiro em Mirandela (Bragança) e terminando em Lisboa.

Após o último frente a frente televisivo que vai opor o presidente do PSD, Luís Montenegro e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a campanha da AD (coligação que integra também o CDS-PP e PPM) para as legislativas antecipadas de 10 de março vai percorrer o país.

De acordo com o diretor de campanha da AD, Pedro Esteves, a aposta será em “mais rua e mais contacto com as pessoas” e a caravana passará habitualmente por dois distritos por dia, indo a todos pelo menos uma vez (e a muitos duas vezes nas três semanas que faltam para as eleições), reservando a reta final da campanha para Porto e Lisboa.

Além dos contatos de rua, o tipo de ações variará em função da especificidade local, passando por visitas a fábricas, mercados, herdades agrícolas, hospitais ou instituições, e o dia de campanha terminará com um comício ou jantar-comício.

Nestas iniciativas da noite – ou à tarde, aos fins de semana – discursarão, por regra, os líderes dos dois maiores partidos da coligação, Luís Montenegro e Nuno Melo, e o líder do CDS-PP só pontualmente terá iniciativas à margem da volta principal (como participações em debates ou conferências em representação da AD).

Já o PPM estará representado na campanha em permanência pelo vice-presidente Valdemar Almeida, enquanto o líder dos monárquicos, Gonçalo da Câmara Pereira, indicou que deverá passar a maioria do período de campanha no Corvo, enquanto não se resolver a questão do Governo nos Açores, não estando, por enquanto, prevista a sua presença na volta da AD.

“Entrará quando quiser, será sempre bem-vindo”, afirmou o diretor de campanha, lembrando que o líder do PSD terminou a campanha dos Açores no Corvo, ao lado de Gonçalo da Câmara Pereira.

Devido à presença recente de Montenegro nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira – no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, que o levou aos 308 concelhos -, as ilhas não farão parte do roteiro da campanha para próximas três semanas.

Na próxima semana, a campanha da AD andará pelo distrito de Lisboa, na terça e quinta-feira (neste segundo dia com um comício em Cascais), no Porto e Setúbal na quarta, com uma passagem também por Faro na quinta-feira.

Depois do debate televisivo com todos os líderes parlamentares, no dia 23, a campanha arrancará no dia seguinte nos distritos da Guarda e Viseu, com passagens pela feira do fumeiro em Trancoso, e ações em Sernancelhe e Lamego.

O primeiro dia oficial de campanha, 25 de fevereiro, começará com contactos com a população em Mirandela (distrito de Bragança), terminando com uma arruada e comício em Vila Real, a meio da tarde.

A caravana seguirá depois para Beja e Faro no dia 26 – com uma passagem por Lisboa para o debate das rádios com todos os líderes -, seguindo para o interior no dia seguinte, com Elvas, Portalegre, Castelo Branco e Covilhã na agenda.

No dia 28, após uma passagem pela Bolsa de Turismo de Lisboa, a volta da AD segue para os distritos de Setúbal e Évora, subindo para Leiria e Santarém no dia seguinte.

A primeira ida a Aveiro, o distrito onde mora e iniciou a carreira política Luís Montenegro, acontecerá no dia 01 de março, depois de uma passagem de manhã pela Guarda.

Porto e Braga foram os distritos escolhidos para o último sábado de campanha, que seguirá no domingo para Coimbra e Viseu, começando a agenda de 03 de março com uma passagem pela Figueira da Foz, onde é presidente da Câmara o ex-líder do PSD Pedro Santana Lopes, que se desfiliou do partido mas foi o convidado-surpresa da última convenção da AD.

A direção de campanha não quis antecipar se haverá antigos presidentes dos dois principais partidos presentes, apenas assegurando que ao longo da campanha haverá várias figuras do PSD e do CDS-PP em ações de campanha.

A última semana de campanha começará a 4 de março com nova incursão a Trás-os-Montes (Chaves, Bragança e Macedo de Cavaleiros), concentrando-se, depois, no litoral e sempre a norte de Lisboa: Aveiro e Leiria a 05 de março, Viana do Castelo e Braga no dia 06, com os últimos dias dois reservados ao Porto – com a tradicional arruada em Santa Catarina – e Lisboa, não tendo sido ainda reveladas as ações na capital, onde a AD fará também a noite eleitoral no dia 10 de março.

Além do diretor de campanha Pedro Esteves – chefe de gabinete de Luís Montenegro e ex-assessor do eurodeputado Paulo Rangel -, a estrutura inclui como diretor-adjunto Pedro Morais Soares, secretário-geral do CDS-PP, e como diretor da volta o antigo deputado e ex-secretário de Estado das Comunidades do PSD José Cesário.

Fonte: Lusa

Sociedade: Segurança Social atribuiu mais de 100 mil pensões

Sociedade: Segurança Social atribuiu mais de 100 mil pensões

Desde 2021, a Segurança Social atribuiu 100 mil pensões de forma automática, tendo 80% dos pedidos de janeiro deste ano sido concedidos através deste processo.

“O número de pensões atribuídas através do mecanismo Pensão na Hora, lançado em 2021, totaliza agora 100 mil”, indicou o Instituto de Segurança Social (ISS) no comunicado.

O sistema de Pensão na Hora permite a atribuição, aos beneficiários do sistema de segurança social português, da pensão de velhice em menos de 24 horas.

“80% dos pedidos de pensões de velhice requeridos em janeiro de 2024 foram atribuídos automaticamente através do mecanismo da Pensão na Hora”, destacou.

“Ao fazer o pedido da Pensão na Hora na Segurança Social Direta, o cidadão pode visualizar o valor da pensão de velhice com os detalhes da carreira contributiva”, indicou, aconselhando ainda os trabalhadores a consultar a página e verificar a sua carreira contributiva.

Para a atribuição da Pensão na Hora os requerentes devem ter a “idade pessoal de acesso”, o “número de anos de descontos necessários para acesso à pensão” e estar abrangidos “pelo regime normal de reforma, não tendo carreiras especiais”.

Devem ainda ser residentes em Portugal, ou ter IBAN registado, e não ter dívidas à Segurança Social, como trabalhador independente, lembrou o ISS.

Fonte: Lusa

Justiça: Faltam 1.800 oficiais de justiça – sindicato

Justiça: Faltam 1.800 oficiais de justiça – sindicato

Os serviços judiciais têm 1.800 oficiais de justiça em falta e há comarcas em risco de rutura dado que não conseguiram captar qualquer interessado para o recente recrutamento excecional, segundo dados sindicais.

De acordo com dados do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), o destacamento excecional aberto pela Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) para os núcleos de Sintra e Cascais fechou “sem interessados”.

O procedimento extraordinário para tentar colocar naqueles serviços dezenas de oficiais de justiça pretendia ser uma “resposta urgente” a uma “situação de rutura extremamente delicada”.

Em causa estava o recrutamento de 10 escrivães auxiliares para o núcleo de Sintra e de oito escrivães auxiliares e quatro técnicos de justiça auxiliares para o núcleo de Cascais, depois de as colocações no âmbito dos movimentos judiciais não terem sido aceites pelos colocados.

Segundo o sindicato, há situações próximas da rutura em Bragança, com oficiais de justiça da área judicial a tramitarem inquéritos do Ministério Público (MP), “sob pena de ser arguida nulidade”, referindo ainda que os serviços do MP em Beja estão “de portas fechadas”.

A falta de aceitação de nomeações é um problema cada vez mais recorrente na profissão, tendo o SFJ adiantado que o recente concurso para 200 novos funcionários judiciais, que só por si já não seria suficiente para “colmatar as saídas de 2023”, ficou também marcado pela desistência de cerca de 50% dos nomeados para os lugares.

Em 2024, os dados sindicais apontam que vão aposentar-se 459 oficiais de justiça.

Os baixos salários e, mais recentemente, o valor das rendas levou ao desinteresse pelo ingresso nesta carreira, sobretudo em lugares nos grandes centros urbanos, onde o preço da habitação pode ser centenas de euros superior ao ordenado de entrada na profissão.

O SFJ diz ter alertado a DGAJ e a própria ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, para o problema, tendo sugerido ainda em março de 2023 um subsídio de renda em algumas comarcas para fazer face aos custos de residência, acusando a tutela de nada fazer.

O concurso aberto em janeiro de 2023 para integrar até 200 novos funcionários judiciais estipulava no aviso de abertura um vencimento base de 854 euros, menos de 100 euros acima dos 760 euros de salário mínimo nacional que vigorava no ano passado.

Em janeiro, numa manifestação de funcionários judiciais à porta do Campus de Justiça, em Lisboa, João Gonçalves, de 48 anos, a trabalhar no tribunal de Sintra, da comarca de Lisboa Oeste – uma das que se encontra em situação de rutura por falta de funcionários – relatava à Lusa um retrato de dificuldades para os oficiais de justiça e para os cidadãos.

Descrevendo uma “realidade péssima”, em que os “processos urgentes são despachados a muito custo” e onde existe um défice de 40% de profissionais naquele tribunal, o funcionário judicial realçou que a carência chega aos 60%, se se somarem as baixas médicas numa classe envelhecida.

“Há uma grande falta de pessoal e o serviço não consegue ser feito a tempo e horas. Para se auxiliar o senhor magistrado nas diligências, o trabalho na secção fica por fazer e o cidadão é mal servido, porque a justiça – as ordens emanadas pelo senhor magistrado – nunca são cumpridas no tempo em que deviam ser”, explicou.

Natural da zona das Beiras, João Gonçalves vive na região de Lisboa, mas lembrou que é “praticamente impossível” a um funcionário judicial em início de carreira sobreviver com cerca de 800 euros de ordenado.

Por isso, apelava na altura ao Governo – o atual ou o que vier a ser eleito – para reabrir a porta das negociações: “Aquilo que os oficiais pedem não são valores que não sejam comportáveis para a economia do país. Haja vontade política para que isso seja feito”.

Fonte: Lusa

Ambiente: Associação Electrão recolheu 1.300 toneladas de pilhas e baterias

Ambiente: Associação Electrão recolheu 1.300 toneladas de pilhas e baterias

Em 2023, foram recolhidas cerca de 1.300 toneladas de pilhas e baterias, pela entidade de gestão de resíduos Electrão, um aumento de 90% em relação a 2022, mas ainda insuficiente, segundo a associação.

“Muito deste material continua a ser depositado no lixo indiferenciado”, e quando tal acontece não só é mau para a saúde pública e ambiente como também se desperdiçam materiais que poderiam ser reutilizados na produção de novas pilhas e baterias, alerta a associação Electrão num comunicado de balanço de 2023 mas também de sensibilização e alerta.

As pilhas e baterias, explica, têm “substâncias altamente nocivas” que poluem o solo e a água, “mas contêm igualmente materiais que podem ser reciclados, como o lítio e o cobalto, que integram a lista das matérias-primas identificadas pela Comissão Europeia como sendo críticas para assegurar a transição ecológica e digital”.

Apesar do grande aumento na recolha para reciclagem, segundo a Eletrão, as quantidades recolhidas equivalem apenas a cerca de 100 gramas por pessoa, pouco mais de duas pilhas, “o que é ainda manifestamente insuficiente face às quantidades disponíveis para recolha”.

De acordo com o comunicado, as 1.227 toneladas recolhidas no ano passado contrastam com as 644 toneladas do ano anterior (mais 90%), um aumento devido sobretudo às baterias industriais, que registaram uma evolução de 363 toneladas recicladas em 2022 para 891 toneladas em 2023 (mais 145%), especialmente de atividades empresariais e industriais.

Nas pilhas e baterias portáteis (por exemplo de comandos, brinquedos, telemóveis e computadores) o aumento foi de 19%, passando de 281 toneladas para 335 no ano passado.

A Electrão diz que a evolução de 2023 se deve nomeadamente à colaboração de municípios, comerciantes, empresas e instituições, e no caso das pilhas e baterias portáteis ao aumento do número de pontos de recolha, que cresceu 17%.

Atualmente, segundo os dados da entidade gestora, há 7.212 locais onde é possível colocar pilhas e baterias usadas, mais 1.060 do que existiam em 2022. Ricardo Furtado, diretor-geral da associação, diz, citado no comunicado, que este ano quer aumentar ainda mais.

A Electrão é uma associação de Gestão de Resíduos, com responsabilidades em três sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados.

Fonte: Lusa

Turismo: Milhares de visitantes para festejar as amendoeiras em flor

Turismo: Milhares de visitantes para festejar as amendoeiras em flor

Até ao final do mês de março, os municípios do Douro Superior esperam milhares de visitantes nas festividades das Amendoeiras em Flor, um espetáculo natural que anima a economia rural da região.

Nos vales dos rios Maçãs, Sabor, Tua, Côa e Douro, as amendoeiras estarão cobertas de flor, dando um colorido branco e rosa que marca o fim do tempo invernoso.

No Douro Superior, os concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Moncorvo, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro promovem um vasto programa de atividades que se prolonga durante o mês de março, com muita música, atividades desportivas, de cultura e lazer.

Fora do âmbito deste território, também os concelhos de Alfândega da Fé e Vila Flor, inseridos na terra quente transmontana, elaboraram os próprios programas que decorrem por esta altura do ano.

O concelho de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, é um dos que mais aposta nestas festividades da Amendoeira em Flor e desta vez a CP e o município renovaram uma parceria “bem-sucedida em 2023” para promover o território que junta o turismo ferroviário e a cultura.

De acordo com este município, o investimento este ano rondará 300 mil euros nas festividades da Amendoeira em Flor, afirmando fonte da autarquia que o retorno será bem maior porque esta iniciativa mexe com toda a economia do concelho e são esperados milhares de visitantes de todo o país e do estrangeiro.

Nos dias 24 e 25 de fevereiro, e 2 e 3 de março, Freixo de Espada à Cinta volta a afirmar-se como “Capital da Amendoeira em Flor”, com a realização, pelo 3.º ano consecutivo, da Feira da Amendoeira em Flor, um tradicional evento do concelho que foi totalmente renovado, apresentando agora traços de modernidade, sempre salvaguardando o respeito pela tradição.

Ao longo de dois fins de semana, “todos os caminhos seguem em direção à vila mais manuelina de Portugal, que apresenta uma excelente programação para celebrar a beleza das Amendoeiras em Flor”, indicou o município em comunicado.

Mogadouro abre as festividades no dia 01 de março com a Feira Franca dos Produtos da Terra, sendo que há atividades que foram canceladas e outras transitam para outras datas devido os condicionalismos provocados pelas eleições legislativas de 10 de março, avançou fonte municipal.

Já em Torre de Moncorvo, e de acordo com a programação publicada no ‘site’ oficial deste município, as festividades têm início a 09 de março e terminam no dia 31 e o destaque vai para o mercadinho da Amendoeira em Flor, Rota da Pipas e Matança do Porco e o Festival Gastronómico da Churra da Terra Quente, tudo isto por entre caminhadas e apresentação de livros.

Por Miranda do Douro celebram-se os 25 anos do Festival de Sabores Mirandeses, iniciativa que decorre no fim-de-semana de 16, 17 e 18 de fevereiro.

De acordo o município mirandês, “este é já um evento de referência na região que pretende desenvolver, apoiar e reforçar a competitividade dos produtos tradicionais e locais, desde o artesanato, a doçaria e as raças autóctones (Vitela Mirandesa, Cordeiro de Raça Churra Galega Mirandesa, porco e seus derivados)”.

Aproveitando os tons brancos e rosa da paisagem natural que atraem os turistas a este território, cada um dos concelhos envolvidos faz as suas apostas culturais e gastronómicas para os cativar.

Para as autarquias promotoras destas iniciativas, a música, a gastronomia, o desporto e diversos certames de produtos tradicionais são os ingredientes para que os meses fevereiro e março sejam “de excelência” neste território que abrange os distritos de Bragança e da Guarda.

Fonte: Lusa; Fotos: HA

Sociedade: Portugal registou o maior aumento da idade na UE

Sociedade: Portugal registou o maior aumento da idade na UE

Em janeiro de 2023, a idade mediana da população dos países da União Europeia (UE) atingiu os 44,5 anos, um aumento de 2,3 anos na última década e Portugal registou o maior aumento, indicou o Eurostat.

De acordo com o Serviço de Estatística da União Europeia (Eurostat), a idade mediana da população europeia aumentou de 42,2 anos ( em 2013) para 44,5 anos dez anos depois, em 1 de janeiro de 2023.

Em Portugal, a idade mediana aumentou 4,4 anos, entre 2013 e 2023, sendo o país em que a mediana mais aumentou em número de anos.

Também a Grécia, Espanha, Eslováquia e Itália registaram um aumento da mediana de idade da população em quatro anos.

Só a Suécia (-0,1 anos) e Malta (-0,4 anos) baixaram a idade mediana em dez anos.

Fonte: Lusa

Vimioso: Estudantes de medicina realizam rastreios à população do concelho

Vimioso: Estudantes de medicina realizam rastreios à população do concelho

Nos dias 16, 17 e 18 de fevereiro, a população do concelho de Vimioso vai receber a visita de estudantes de medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), do Porto, no âmbito da campanha “Med On Tour”, uma iniciativa que visa realizar rastreios gratuitos a várias doenças e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudáveis.

De acordo com a Associação de Estudantes do ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), da Universidade do Porto (UP), o “Med on Tour” é a maior campanha de rastreios gratuitos de saúde, realizada por estudantes de medicina, em Portugal.

Segundo dados avançados pelo ICBAS, no ano passado, mais de 100 estudantes participaram nesta campanha, que decorreu em 16 municípios. Para além dos rastreios, os jovens estudantes de medicina também realizaram palestras sobre temas de saúde nas escolas.

Para a autarquia de Vimioso, esta iniciativa que vai realizar-se nas 22 localidades do concelho, tem como mais valias “a proximidade à população, o acompanhamento médico e a sensibilização para comportamentos responsáveis pela saúde”, referiu a vereadora, Carina Lopes.

No concelho de Vimioso, a campanha vai iniciar-se no dia 16 de fevereiro, sexta-feira, às, 9h00, nas aldeias de Vale de Algoso, Mora, Vila Chã, Serapicos, São Joanico e Angueira. À tarde, os rastreios vão ser realizados no auditório da Casa da Cultura, em Vimioso.

No sábado, dia 17, as consultas médicas vão iniciar-se às 9h30 nas localidades da Matela, Junqueira, Avinhó, Santulhão, Vale de Pena e Pinelo. Durante a tarde, a equipa do “Med on tour” vai prestar assistência a partir das 14h30, às populações de Carção, Argozelo, Vale de Frades e Avelanoso.

Finalmente, na manhã de Domingo, dia 18, os rastreios gratuitos à diabetes, à hipertensão arterial e á obesidade terão início às 9h30, nas localidades de Algoso, Uva, Campo de Víboras, Caçarelhos e Vilar Seco.

Segundo a Associação de Estudantes do ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), com esta iniciativa os jovens estudantes de medicina também pretendem agir contra o abandono do interior do país, vítima de sucessivas desigualdades e carência de oportunidades de desenvolvimento.

“Esta atividade promove o contacto dos estudantes com as populações de aldeias, vilas e cidades do interior de Portugal, aproximando assim as pessoas aos cuidados de saúde e contribuindo para formar melhores médicos”, justifica o ICBAS.

Numa perspetiva futura, o “Med On Tour” poderá converter-se numa oportunidade para atrair e fixar os futuros jovens médicos, dado que possibilita um melhor conhecimento da realidade de cada município.

HA

Miranda do Douro: Renúncia quaresmal destina-se à reconstrução da hospedaria do mosteiro de Palaçoulo

Miranda do Douro: Renúncia quaresmal destina-se à reconstrução da hospedaria do mosteiro de Palaçoulo

Iniciou-se a 14 de fevereiro o tempo litúrgico da Quaresma, com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, na concatedral de Miranda do Douro, onde o padre Manuel Marques apelou à renúncia quaresmal para apoiar a reconstrução da hospedaria do mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

A imposição das cinzas significa a frágil condição do homem e a permanente necessidade de conversão.

Na homilia da celebração que deu início à Quaresma – o tempo litúrgico de 40 dias de preparação para a Páscoa – o pároco de Miranda do Douro leu a mensagem “Tempo para crer, esperar e amar”, escrita pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.

Na referida mensagem, o bispo diocesano salienta que a Quaresma é um tempo propício para exercitar a caridade, o jejum e a penitência, atitudes que permitem estar mais conscientes da ação de Deus nas nossas vidas.

“A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe fazer morada em nós (cf. Jo 14,23)”, sublinha.

Na mensagem quaresmal, o bispo diocesano enfatiza a virtude da esperança e recomenda o sacramento da reconciliação nesta caminhada para a Páscoa.

“Recebendo o perdão no sacramento da reconciliação, que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, doadores de perdão”, disse.

Na mensagem, Dom Nuno Almeida destaca também à importância da oração.

“No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções na nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar no segredo, possibilidade de viver uma Páscoa de fraternidade”, pode ler-se.

Sobre a caridade, o pároco de Miranda do Douro referiu-se ao imperativo de apoiar a comunidade das monjas trapistas, que desde 2019 estão a fundar o novo Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

“Este ano, a renúncia e partilha quaresmal de toda a diocese de Bragança – Miranda destina-se à reconstrução da hospedaria do mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, dado que o grave incêndio de 27 de janeiro destruiu o telhado, sótão e grande parte do primeiro andar”, disse.

Segundo o pároco, algumas salas da hospedaria eram utilizadas como escritórios e áreas de trabalho – lavandaria, armazém e embalagem da confeitaria – “e o incêndio danificou-as gravemente”, inutilizando parcial ou totalmente as salas, as máquinas e o material armazenado.

O padre Manuel Marques acrescentou que o mosteiro que está a ser construído em Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro é já um importante centro de espiritualidade cristã, que atrai a vinda de muitas pessoas de outras regiões do país e do estrangeiro.

A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

A diocese divulga também o número da conta bancária do mosteiro para aqueles que queiram contribuir com donativos (PT50 0045 2260 4029 1080 1063 2).

HA

Política: Movimento pelo Interior quer ouvir os partidos

Política: Movimento pelo Interior quer ouvir os partidos

O Movimento pelo Interior, que em 2018 propôs diversas medidas para reduzir os desequilíbrios regionais, solicitou aos partidos políticos que se pronunciem sobre as sugestões então feitas, que consideram estar ainda por concretizar.

Num artigo de opinião publicado no jornal Público, os signatários – entre eles António Fontainhas Fernandes, que foi membro do Conselho Económico e Social e é professor catedrático na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Pedro Lourtie, antigo secretário de Estado do Ensino Superior – explicam que fizeram renascer o Movimento pelo Interior por considerarem que os avanços no combate aos desequilíbrios regionais foram tímidos.

“O interior, delimitado pela portaria n.º 208/2017 de 24 de 13 de julho, que cobre três quartos do território, detém apenas um quinto da economia, seja esta expressa em PIB, seja em número de empresas ou de população, enquanto o litoral, que cobre um quarto do território, detém quatro quintos da economia”, recordam.

Os especialistas explicam que fizeram renascer o movimento (Novo MpI) no seio da Associação do Círculo de Estudos do Centralismo, com sede em Miranda do Douro, e que a intenção é voltar a trazer para o debate os desequilíbrios regionais, pedindo aos partidos que se pronunciem relativamente às propostas que apresentaram em 2018.

“Porque a nossa preocupação é, infelizmente, maior do que tínhamos quando apresentámos o referido relatório, há quase seis anos, e bem cientes do mérito e valor das nossas propostas de 2018, decidimos dar uma nova vida e um novo impulso ao Movimento pelo Interior, agregando novos membros, predominantemente mais jovens”, recordam.

Do conjunto de sugestões apresentadas há seis anos, destacam a exclusividade para o interior de um regime especial de IRS, para atrair e reter quadros científicos, artistas e técnicos, a criação no interior do país de um Regime Contratual de Investimento para atribuir benefícios públicos a grandes investimentos, assim como a promoção de escolas de pós-graduação no interior.

Querem ainda que os partidos candidatos às eleições legislativas de março se pronunciem sobre as propostas de criar redes regionais de qualificação e especialização digital de formações curtas e pós-graduações profissionalizantes e de deslocar para o interior de 25 serviços públicos de Lisboa que correspondam a pelo menos 100 funcionários por cada serviço.

Os elementos deste movimento, que chegou a ter como membros o antigo ministro socialista Jorge Coelho e o empresário Rui Nabeiro, querem ainda que os partidos digam o que pensam sobre a atribuição, a estes funcionários que sejam deslocados, de um subsídio equivalente a um salário nacional, assim como de uma majoração em 25% do tempo de contagem para progressão na carreira, para o dobro dos subsídios de parentalidade e abono de família e de 10% de contagem de tempo de serviço para efeitos de aposentação.

A transferência para as autarquias locais de todos os edifícios públicos que pertençam ao Estado e estejam por utilizar há mais de 10 anos é outra das propostas apresentadas há seis anos e sobre a qual querem ouvir os partidos.

Fonte: Lusa

Agricultura: Ministra garantiu pagamentos de mais 25% dos Ecoregimes

Agricultura: Ministra garantiu pagamentos de mais 25% dos Ecoregimes

A ministra da Agricultura garantiu o pagamento de mais 25% dos subsídios dos Ecoregimes até 15 de março, avançaram os representantes dos agricultores se reuniram com a tutela em Macedo de Cavaleiros.

Assim sendo, no total, até março os agricultores em regime de agricultura biológica e produção integrada vão receber 90% dos apoios, ficando a faltar 10%, que serão pagos em junho.

Maria do Céu Antunes chegou à câmara municipal de Macedo de Cavaleiros, local da reunião, dizendo apenas “boa tarde a todos” aos cerca de 100 agricultores que a aguardavam na rua, que responderam com assobios e frases como “Trás-os-Montes também é Portugal”.

Depois do encontro que durou cerca de duas horas, Armindo Lopes, um dos seis representes dos agricultores que participou nas conversações, explicou que estes 25% dizem respeito aos cortes até 35% que foram anunciados e entretanto revertidos, ficando a faltar 10%, que serão pagos até 25 de junho.

Segundo Armindo Lopes, a governante explicou que o pagamento destes 25% é o que o Governo tem neste momento disponibilidade financeira para fazer, sem a aprovação de Bruxelas, que agora terá que desbloquear os restantes 10%. Estas medidas representam um valor global de 60 milhões de euros.

Armindo Lopes explicou ainda que no ano passado foi criada uma nova plataforma europeia para identificar todos os produtores em modo de produção integrada e agricultura biológica, que passam a precisar de um certificado. A nível nacional, há 10 entidades que emitem esta certificação.

Os apuramentos ficaram concluídos a 31 de dezembro e a primeira prestação, 65% na maioria dos casos, foi paga a 25 de janeiro.

Mas os agricultores que não conseguiram concluir o processo ainda não receberam ajudas.

Na sequência de um protesto que juntou cerca de 300 agricultores no concelho de Macedo de Cavaleiros e que levou ao corte da A4 nos dois sentidos, foi marcada uma reunião de imediato por videoconferência com a ministra da tutela e outra para hoje, presencial.

Nesse primeiro momento tinha já sido prometido o pagamento a primeira prestação a todos os agricultores até 24 de fevereiro.

Na segunda reunião, Armindo Lopes disse que algumas das reivindicações foram atendidas.

“O que conseguimos hoje é que a partir de março só vão ficar para pagamento 10%, que ficam para a última prestação que já estava no calendário indicativo de pagamentos”, anunciou aos jornalistas.

Armindo Lopes disse ainda que em relação às candidaturas de pedido único deste ano tiveram a garantia do Instituto Financeiro da Agricultura e Pescas (IFAP), representado pelo vice-presidente, Nuno Moreira, e de Maria do Céu Antunes que regressa ao regime que vigorou até 2022, ou seja, um adiantamento em outubro e outro pagamento em dezembro.

Eduardo Almendra, outro dos representantes, acrescentou que, contudo, tiveram que ceder noutras medidas pedidas para a região, como na inclusão do gasóleo agrícola como fator de produção, para a isenção de IVA.

Segundo explicou o produtor, o Governo de gestão não tem funções para rever essa medida. 

Outra reivindicação em Trás-os-Montes era o reforço do regadio.“Nomeadamente a criação de um multiúsos na barragem do Baixo Sabor. Está em estudo um plano de eficiência hídrica para todo o distrito [de Bragança], já está em curso”, transmitiu Eduardo Almendra.

Os agricultores dizem que, para já, param as manifestações, mas que regressarão à luta caso as garantias não sejam cumpridas. Por agora, dizem, “têm que acreditar nas pessoas”.

Maria do Céu Antunes descolou-se depois para Mirandela, para mais uma reunião com agricultores transmontanos.

À saída de Macedo de Cavaleiros, novo coro de assobios dos agricultores para a ministra da tutela, seguidos de palmas para os representantes, que abandonaram o edifício dos Paços do Concelho minutos depois, para se dirigir à imprensa.

A ministra da Agricultura não falou aos jornalistas. Fonte do Ministério avançou, contudo, que no final das rondas de reuniões que têm acontecido pelo país será feita uma comunicação das conclusões apreendidas.

Fonte: Lusa