Baixo Sabor: Municípios otimistas sobre o pagamento de 9,2 ME de rendas em atraso

Baixo Sabor: Municípios otimistas sobre o pagamento de 9,2 ME de rendas em atraso

Os quatro municípios da região do Baixo Sabor estão otimistas quanto ao pagamento de 9,2 milhões de euros de rendas em atraso, reclamados à EDP e à Movhera, provenientes da Barragem construída neste território.

Os autarcas de Alfândega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Macedo de Cavaleiros reuniram-se em Lisboa, com o secretário de Estado Energia, João Barroca. Nesta reunião, os municípios transmontanos indicaram que há 9,2 milhões de euros de obrigações legais e contratuais não cumpridas, referentes a rendas e medidas compensatórias, pela construção do aproveitamento hidroelétrico do Baixo Sabor e que ainda não foram pagas.

O presidente da Associação de Municípios dos Baixo Sabor (AMBS), Eduardo Tavares, disse haver garantias de que o governante se vai reunir com os responsáveis pela EDP e pela Movhera, para se encontrar uma solução para este conflito que já dura há anos.

“O senhor secretário de Estado da Energia, mostrou-se disponível para encontrar uma solução, entres partes, que traga justiça ao nosso território [Baixo Sabor] e às nossas pretensões que passam pelo pagamento dos 9,2 milhões de rendas em atraso”, vincou o autarca socialista de Alfândega da Fé.

Segundo os autarcas que integram as AMBS, seria bom chegar o mais rapidamente possível, um acordo com as concessionárias, para o pagamento desta dívida.

“O secretário de Estado da Energia prometeu vir ao Baixo Sabor, e aí, já podermos ter mais novidades e que se faça cumprir a lei”, disse Eduardo Tavares.

Segundo a AMDS, “com base no processo nº 6/24 e através do parecer n.º 24/2024, homologado há dias pela ministra do Ambiente e Energia, por via do despacho 188/MAEN/2025, a PGR veio dar razão aos argumentos legais que estão na base da posição dos municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo no diferendo que os opõe à EDP – Energias de Portugal e à Movhera, que desde de 2020 é a concessionária do aproveitamento hidroelétrico do Baixo Sabor”.

“O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), recebido a 19 de junho de 2025, valida assim a interpretação jurídica defendida pela AMBS, ao reconhecer que a fórmula de cálculo das compensações prevista no decreto-lei em vigor, e nos protocolos assinados com a EDP, permanece aplicável. Ou seja, o decreto-lei está vigente”, defendeu Eduardo Tavares, em 30 de julho deste ano.

O parecer da PGR “já foi homologado pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e agora a posição oficial do Governo “está vinculada a este documento”.

Os autarcas do Baixo Sabor reiteram que estes montantes “são essenciais para executar projetos do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável dos Lagos do Sabor, fundamentais para combater a desertificação e criar condições de fixação de população através do turismo, da mobilidade e do apoio ao empreendedorismo local”.

A associação refere ainda que esta decisão “surge depois de anos de negociações sem sucesso com as entidades concessionárias e vai agora abrir caminho à reposição da justiça nos territórios com explorações hidroelétricas”.

A albufeira do Baixo Sabor estende-se ao longo de 60 quilómetros, desde a zona da barragem até cerca de 5,6 quilómetros a jusante da confluência do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Finanças: Salários até 1.136 euros com 0% de retenção de IRS em agosto e setembro

Finanças: Salários até 1.136 euros com 0% de retenção de IRS em agosto e setembro

As novas tabelas do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) reduzem o desconto mensal do imposto até ao fim do ano e nos meses de agosto e setembro, quem ganha até 1.136 euros não paga imposto, pois a taxa é de 0%.

O despacho do Governo com as novas tabelas de retenção na fonte foi publicado no Portal das Finanças, dando a conhecer às empresas e outras entidades quanto é que devem descontar nos salários e nas pensões a partir de agosto.

O despacho da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, inclui tabelas para dois momentos distintos.

Umas aplicam-se em agosto e setembro, com taxas excecionalmente mais baixas, para compensar as retenções feitas entre janeiro e julho, em que ainda não era possível ter em conta a redução do IRS entretanto aprovada pelo parlamento este mês.

Outras tabelas dizem respeito aos meses de outubro, novembro e dezembro, refletindo a versão final do IRS. Nestes três meses do ano, as taxas são superiores às de agosto e setembro, mas inferiores às atuais.

As entidades empregadoras terão de aplicar as novas taxas nos salários de agosto, porque o despacho produz efeitos ao dia 1 desse mês. No entanto, se não o fizerem, poderão “proceder à sua retificação nas retenções a efetuar nos meses seguintes”, até dezembro, prevê o Governo no despacho divulgado.

Em agosto e setembro, a taxa de retenção será de 0% para os vencimentos brutos até 1.136 euros quer para trabalhadores solteiros (com ou sem filhos), quer para trabalhadores casados com alguém que também aufere rendimentos.

No caso dos trabalhadores casados com alguém que não tem quaisquer rendimentos, o patamar da isenção é mais baixo, só abrangendo os salários até 1.081 euros brutos.

Nos últimos três meses do ano, a taxa de 0% só se aplicará até aos 870 euros brutos, o valor do salário mínimo, tal como acontece atualmente. Por exemplo, um salário de 1.000 euros brutos entregava até agora 58 euros por mês de IRS. Em agosto e setembro, o trabalhador não entregará nada. De outubro em diante, passa a entregar 56 euros de IRS, menos dois euros do que acontecia com as primeiras tabelas do ano (de janeiro a julho).

As taxas distintas que vão vigorar em agosto e setembro têm como objetivo fazer retroagir a janeiro os efeitos da redução dos escalões do IRS, aprovada a meio do ano, pelo facto de a retenção na fonte feita desde o início de 2025 estar agora desfasada da nova versão da tabela do IRS.

A partir de outubro, as taxas a reter pelas empresas e outras entidades empregadoras (como os serviços públicos ou as IPSS) voltam a ser diferentes.

No caso das pensões, o modelo da retenção a aplicar é o mesmo, com umas taxas de agosto a setembro e outras de outubro a dezembro.

Nos próximos dois meses, também não há retenção de IRS sobre as reformas até aos 1.116 euros brutos mensais (se o pensionista for solteiro ou se for casado com alguém que também aufere rendimentos) ou até aos 1.152 euros (se o pensionista for casado e o único elemento que tem rendimentos). Para os valores acima já haverá retenção, mas com taxas mais baixas do que as atuais.

Com esta reformulação, há três descontos distintos ao longo de 2025: um primeiro momento de janeiro a julho; um segundo em agosto e setembro; um terceiro, de outubro a dezembro.

Simulem-se esses três momentos ao salário de um trabalhador por conta de outrem, solteiro e sem filhos, que ganhe 1.500 euros brutos por mês.

Atualmente, o profissional leva para casa 1.149 euros líquidos. Retém 186 euros de IRS (uma taxa efetiva de 12,4%) que lhe dá um salário líquido de IRS de 1.314 euros. No entanto, como desconta 165 euros para a Segurança Social (11% do salário bruto), o montante líquido final que chega à conta bancária são 1.149 euros.

Em agosto e setembro, o trabalhador só reterá de IRS oito euros em cada mês, ao invés dos 186 euros (a taxa efetiva de retenção baixa para 0,55%, em vez de ser 12,4%). Neste período, o salário líquido de imposto sobe para 1.492 euros e o montante líquido final (de IRS e Segurança Social) fica nos 1.327 euros.

De outubro a dezembro, a retenção sobe, mas será inferior à dos primeiros sete meses do ano. O salário líquido (de IRS e Segurança Social) passa a ser de 1.154 euros, aumentando cinco euros mensais em relação ao valor atual (de janeiro a julho). A pessoa passa a reter mensalmente 181 euros, em vez dos 186 euros dos primeiros meses de 2025.

Fonte: Lusa

Serapicos: Atividades aquáticas são as preferidas nas Férias Desportivas

Serapicos: Atividades aquáticas são as preferidas nas Férias Desportivas

No dia 18 de julho, a praia fluvial de Serapicos, no concelho de Vimioso, foi o local das Férias Desportivas, um programa organizado pelo município de Vimioso, com o propósito de oferecer às crianças e jovens do concelho, dos 10 aos 15 anos, atividades de ocupação dos tempos livres.

Sérgio Torrão, da empresa Coordenadas de Aventura, indicou que a praia fluvial de Serapicos oferece boas condições para a prática de várias modalidades desportivas como a canoagem, o standup padle e o slide.

“No verão é sempre agradável aproveitar os recursos naturais do concelho de Vimioso, como são os rios Angueira e Maçãs, para descansar e fazer atividades desportivas na água. Dada a mudança de hábitos dos jovens e a excessiva dependência dos telemóveis, acredito que o programa das férias desportivas é também uma oportunidade para as crianças e jovens descobrirem os encantos da natureza, como a flora e a fauna locais e conhecer de perto espécies como os peixes, os lagostins, etc.”, disse.

Ao longo das cinco semanas das Férias Desportivas, que decorrem entre 30 de junho e 1 de agosto, a empresa Coordenadas de Aventura proporciona às crianças e jovens, a prática de outras atividades desportivas como os karts de pedais, tiro com arco, tiro com arma de pressão, insufláveis, paintball, festa da espuma, entre outras atividades.

Uma das monitoras das Férias Desportivas, Inês do Fundo, acrescentou que para além das atividades desportivas, estão programadas atividades culturais.

“No âmbito cultural, as crianças e jovens têm a possibilidade de participar em sessões de cinema, visitas a locais de interesse no concelho como o PINTA, as Termas, a zona industrial e o castelo de Algoso. Nas viagens para fora do concelho, já visitámos o castelo de Bragança e o Parque Biológico e o Centro Interpretativo do Porco Bísaro, em Vinhais”, indicou.

Do lado dos mais novos, Filipe Monteiro, de 13 anos, mostrou-se animado com a diversidade de atividades propostas nas Férias Desportivas. O jovem, natural de Argozelo, disse que praticou a canoagem, a escalada e aguarda com entusiasmo a viagem ao parque aquático de Torre de Moncorvo, no final das Férias Desportivas.

Por sua vez, de Caçarelhos, Gabriel Nóvoa, com 15 anos, também referiu que no verão as atividades prediletas são as aquáticas, como a canoagem, o standup padle no rio e as idas à piscina.

“O programa das Férias Desportivas é uma ótima iniciativa pois ajuda-nos a ocupar bem o tempo livre das férias. Se não houvesse este programa ficaria em casa, a dormir e a jogar, o que seria mais aborrecido. Para tornar as Férias Desportivas ainda mais interessantes sugeria que pudessemos visitar e conhecer outras localidades fora do concelho”, disse.

Na praia fluvial de Serapicos, a vimiosense Ana Martins, de 14 anos, apreciou a canoagem no rio Angueira e disse que gosta sobretudo de ir para a piscina com os amigos.

Nos meses de verão, as Férias Desportivas são um apoio importante que o município de Vimioso presta aos pais e encarregados de educação, na ocupação do tempo livre dos filhos.

HA

Férias: «O descanso verdadeiro não se compra» – Papa Leão

Férias: «O descanso verdadeiro não se compra» – Papa Leão

A gozar um período de férias, em Castel Gandolgo (Itália), o Papa Leão XIV, disse que é necessário “aprender mais sobre a arte da hospitalidade” e disse que o “todo o encontro e descanso verdadeiros são gratuitos”.

“A indústria das férias quer vender-nos todo o tipo de experiências, mas talvez não o que procuramos. Com efeito, todo o encontro verdadeiro é gratuito e não se compra: seja o encontro com Deus, seja o encontro com os outros, seja o encontro com a natureza”, afirmou.

Na mensagem que dirigiu aos residentes e aos peregrinos que se deslocaram a Castel Gandolgo, onde termina um período de descanso na residência pontifícia, Leão XIV comentou o texto do Evangelho, onde São Lucas conta o encontro de Marta e de Maria com Jesus.

“No momento em que Marta se queixa porque a irmã a deixou sozinha a servir, Maria, conquistada pela palavra de Jesus, como que perdeu a noção do tempo. Não é menos concreta do que a sua irmã, nem menos generosa. Mas aproveitou a oportunidade. Por isso Jesus repreende Marta: porque ela ficou fora de uma intimidade que lhe daria também muita alegria”, comentou o Papa.

Leão XIV disse que o verão pode ajudar a “abrandar”, tornando cada um “mais parecidos com Maria do que com Marta”.

“Precisamos de repousar um pouco, com o desejo de aprender mais sobre a arte da hospitalidade”, apontou o Papa.

“É preciso humildade tanto para hospedar como para ser hospedado. É necessário delicadeza, atenção, abertura”, sublinhou o Papa.

Os espaços da residência pontifícia de Castel Gandolfo, a 25 quilómetros de Roma, incluem desde 2016 um polo museológico aberto ao público, onde também era oferecida a possibilidade de degustar os produtos das próprias ‘Villas’, por decisão do Papa Francisco.

As audiências gerais, atualmente suspensas, vão ser retomadas a 30 de julho, no Vaticano.

Fonte: Ecclesia | Foto: HA

Ensino Superior: 1.ª fase do concurso nacional de acesso com quase 56 mil vagas

Ensino Superior: 1.ª fase do concurso nacional de acesso com quase 56 mil vagas

Iniciou a 21 de julho, a primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, com quase 56 mil vagas, para mais de mil cursos em universidades e politécnicos públicos.

As candidaturas devem ser apresentadas no sítio na internet da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e o prazo termina a 4 de agosto.

Para o próximo ano letivo, as universidades e institutos politécnicos disponibilizaram 55.956 lugares (mais 643 face ao ano passado) através do regime geral de acesso, que abrange o concurso nacional e os concursos locais, destinados, por exemplo, a cursos artísticos.

Para candidatos emigrantes, lusodescendentes ou com pedido de substituição de provas de ingresso por exames estrangeiros, o prazo para a submissão das candidaturas termina mais cedo, em 28 de julho.

Os estudantes podem escolher entre mais de 1.100 cursos, em 34 instituições de ensino superior.

Os resultados são conhecidos a 24 de agosto e os candidatos colocados na 1.ª fase têm depois até dia 28 de agosto para realizar a matrícula. 

A 2.ª fase decorre entre 25 de agosto e 03 de setembro, com a divulgação dos resultados a 14 de setembro, seguindo-se a 3.ª fase entre 23 e 25 de setembro, cujos resultados serão conhecidos em 01 de outubro.

Para apresentarem a candidatura, os alunos necessitam de uma senha de acesso – que pode ser pedida através do ‘site’ da DGES – e da ficha ENES, emitida pela escola com a classificação final do secundário e os resultados nas provas de ingresso.

Fonte: Lusa | Imagem: IPB

Ensino: Disciplina de Cidadania com menos sexualidade e mais literacia financeira

Ensino: Disciplina de Cidadania com menos sexualidade e mais literacia financeira

O novo guião da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento está em consulta pública, com menos atenção a temas como a sexualidade ou bem-estar animal e mais à literacia financeira ou ao empreendedorismo.

A nova Estratégia Nacional para a Educação para a Cidadania (ENEC) foi tornada pública e visa substituir a anterior, de 2017, bem como um guião – que não existia na versão anterior – das aprendizagens essenciais para a disciplina.

Esta medida cumpre uma promessa eleitoral do Governo e responde às críticas feitas pelos setores mais conservadores de que a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento estava demasiado focada em temas que classificam como ideologia de género.

“Enquanto espaço de desenvolvimento individual e coletivo, a escola assume-se como local privilegiado para a construção de uma cultura de cidadania ativa, democrática e responsável, partilhada por todos, promovendo a coesão social”, pode ler-se no texto da ENEC, em consulta pública até 01 de agosto.

“A sociedade portuguesa, no seu contexto nacional, europeu e global, enfrenta inúmeros desafios que exigem respostas alicerçadas em valores éticos, conhecimento das regras cívicas e das instituições democráticas, empatia e solidariedade social”, refere o documento, salientando que a “Educação para a Cidadania permite aos mais jovens desenvolver capacidades de diálogo, de sentido crítico e de consciência sobre o seu papel”.

Nos temas obrigatórios e transversais, a proposta do governo destaca os direitos humanos, democracia e instituições políticas, desenvolvimento sustentável e literacia financeira e empreendedorismo.

Num segundo nível de destaque está a saúde, risco e segurança rodoviária, pluralismo e diversidade cultural e os media.

“Num contexto global em que se assiste a crescentes riscos de fragmentação social, de desinformação e de polarização, educar para a cidadania corresponde a investir na coesão social à volta de valores comuns dos direitos humanos, da igualdade e não-discriminação, que estão a base do Estado de Direito democrático português e das sociedades livres”, lê-se.

Numa análise à proposta do Governo e à estratégia em vigor, conclui-se que a atenção dada à sexualidade ou à orientação sexual deixa de existir e só é tratada no contexto de violações dos direitos humanos.

Apenas no guião de aprendizagens essenciais para o terceiro ciclo e no capítulo dos direitos humanos é que os alunos são chamados a “analisar casos históricos e atuais de violação dos direitos humanos (incluindo, entre outros, tráfico de seres humanos, abusos sexuais, violência de género, bem como violência contra pessoas com orientação sexual e identidade e expressão de género não normativas)”.

E também só nessa fase, entre o 7.º e o 9.º ano, é que o programa prevê “debater a (des)igualdade de género em contextos como a educação, o trabalho e o exercício de cargos políticos”.

No caso dos maus-tratos a animais, que é destaque no atual programa, a proposta do governo prevê que seja um dos temas a abordar no capítulo do desenvolvimento sustentável, para os alunos do 2.º ciclo, levando-os a “refletir sobre situações em que a ação humana pode comprometer o bem-estar animal”.

O convívio com outras culturas mantém-se como um dos pontos relevantes, com a proposta atual incluir o termo diversidade cultural em vez da interculturalidade que consta no atual programa.

Na proposta, o governo defende que os alunos do primeiro ciclo sejam ensinados a “manifestar abertura e curiosidade em conhecer o outro” e a “participar em iniciativas de celebração e valorização da sua cultura, bem como de outras culturas, no quadro dos valores constitucionais da sociedade portuguesa”, entre outras matérias.

Aos alunos do segundo e terceiro ciclo é pedido que valorizem “a diversidade cultural no contexto escolar”, debatam “a relevância da proteção dos direitos das minorias e das suas culturas”, reconheçam os “desafios que as pessoas migrantes vivenciam na sociedade de acolhimento”.

Só no secundário os alunos serão chamados a “refletir, criticamente, sobre consequências culturais dos atuais processos de globalização (homogeneização versus diferenciação e fragmentação)”, a “analisar diferentes formas de discriminação, como racismo, xenofobia, anticiganismo, islamofobia, antissemitismo, misoginia” e a “debater o papel do diálogo intercultural e do pluralismo na coesão de sociedades culturalmente diversas”.

Uma das novidades da proposta é a literacia financeira e o tema do empreendedorismo, com os alunos mais novos a serem chamados a “compreender a importância da poupança e os seus objetivos” ou a “diferenciar entre contrair empréstimos (junto de familiares, amigos ou bancos) e conceder empréstimos”.

Os alunos mais velhos vão elaborar orçamentos pessoais, familiares e de “um projeto empreendedor, tendo em conta as parcerias estratégicas e os recursos necessários”, bem como “validar ideias inovadoras que possam gerar valor”.

O tema dos ‘media’ tem também algum destaque na proposta em discussão pública, procurando “incentivar as crianças e os jovens a interpretar a informação e a utilizar os meios de comunicação social, nomeadamente no acesso e na utilização das tecnologias de informação e comunicação, visando a adoção de atitudes e comportamentos adequados a uma utilização crítica e segura das tecnologias digitais, da informação e dos conteúdos gerados por inteligência artificial”.

Aos mais velhos, são-lhe pedidas propostas para “transformar e melhorar o ambiente ‘online’ e o bem-estar na relação com o digital, como forma de prevenção dos riscos online (dependência, cyberbullying, discurso de ódio, polarização, trolling, sexting, sextorsão…)”.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Festival Terra Transmontana assinala elevação a Cidade

Mogadouro: Festival Terra Transmontana assinala elevação a Cidade

No fim-de-semana de 25, 26 e 27 de julho, a cidade de Mogadouro é o palco do XI Festival Terra Transmontana, um evento cultural, musical e gastronómico que decorre na zona histórica desta localidade e este ano tem como tema “Mogadouro de vila centenária a jovem cidade”.

A vereadora da Cultura do município de Mogadouro, Márcia Barros, adiantou que este ano o Festival Terra Transmontana (FTT) visa assinalar a passagem administrativa de vila a cidade.

“O foco deste festival é a celebração da nossa história, identidade e cultura de Mogadouro, até à recente elevação à categoria de cidade”, indicou a autarca mogadourense.

Recorde-se que a 13 de março de 2025, a Assembleia da República aprovou, na generalidade e por unanimidade, a elevação de Mogadouro à categoria de cidade, um momento considerado “histórico”.

A cerimónia de elevação a cidade realizou-se no dia 1 de junho, aquando da festa do padroeiro de Mogadouro, São Mamede. Na edição deste ano do Festival Terra Transmontana, o município de Mogadouro decidiu continuar a assinalar a passagem administrativa de vila a cidade.

“Na tarde de sábado, dia 26 de julho, às 17h30, vai realizar-se uma palestra sobre a história de Mogadouro, que vai contar com a participação da doutora Alegria Marques, É licenciada em História (1974) e doutorada em História da Idade Média (1990), pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde é professora catedrática e membro do Centro de História da Sociedade e da Cultura”, informou Márcia Barros.

Agendado para o fim-de-semana de 25, 26 e 27 de julho, o programa do festival apresenta um conjunto de atividades diversificado que vão decorrer junto ao castelo templário, onde são esperados cerca de 15 mil visitantes. Ao longo dos três dias do evento, a animação vai ser uma constante nas ruas da zona histórica de Mogadouro, onde vão ser instaladas 13 tascas tradicionais.

““O Festival Terra Transmontana é já uma marca da cidade e do concelho de Mogadouro. Este evento pretende revitalizar a zona histórica, onde as casas abrem as suas portas e se transformam em locais culturais, gastronómicos, de encontro e de convívio. Nas ruas envolventes ao castelo de Mogadouro, o público tem também a oportunidade de adquirir produtos Origem Mogadouro, em vários pontos de venda”, informou Márcia Barros.

No âmbito musical, o Festival Terra Transmontana (FTT) tem dois palcos instalados no Largo da Misericórdia e no Largo Conde de Ferreira. Na noite de sexta-feira, dia 25 de julho, vão atuar os grupos Triteiros, Criatura e DJ Mazeda. No serão de sábado, dia 26 de julho, sobem ao palco os Batucada, Kumpanhia Algazarra e Trio Alcatifa.




No Domingo, 27 de julho, último dia do Festival Terra Transmontana (FTT), o principal motivo de interesse é o desfile etnográfico pelas ruas da cidade, estando prevista a participação 800 figurantes e vários carros alegóricos, provenientes das 56 localidades do concelho de Mogadouro.

O Festival Terra Transmontana (FTT) é um evento anual organizado pelo município de Mogadouro.

Fonte: Lusa e HA

Mogadouro: Festival aéreo leva à ampliação do aeródromo municipal para fins turísticos

Mogadouro: Festival aéreo leva à ampliação do aeródromo municipal para fins turísticos

Em Mogadouro, o 14º Festival Redburros Fly-In voltou a atrair muito público para ver os aviões, assistir aos saltos de paraquedas e às acrobacias aéreas, tendo o autarca mogadourense, António Pimentel, anunciado a ampliação da pista do aeródromo municipal para fins turísticos.

O presidente do Município de Mogadouro, António Pimentel, realçou a longevidade deste evento, que já se realiza em Mogadouro desde 2010, o que dá à cidade uma maior projeção e visibilidade, nacional e internacional.

“No RedBurros Fly-In, a mudança do público para o castelo de Mogadouro melhoriu as condições de visibilidade do espetáculo, desde os saltos de paraquedas às acrobacias aéreas. Na zona histórica de Mogadouro, a par do espetáculo aéreo, os visitantes têm ainda a oportunidade de conhecer o património histórico, onde sobressai o castelo templário do século XII”, disse o autarca mogadourense.

Questionado sobre a mais-valia do aeródromo municipal de Mogadouro, António Pimentel adiantou que para além da escola de palnadores e da realização de outro eventos ao longo do ano, o município pretende ampliar a pista para os 1500 metros, com o objetivo turístico de possibilitar a aterragem de aeronaves de maior dimensão.

No sábado, dia 19 de julho, o Festival RedBurros Fly-In começou com a exposição dos aviões no aeródromo municipal de Mogadouro e registou a afluência de muito público, português e espanhol.

Do aeroclube de Leiria, André Rodrigues, veio de avião acompanhado da esposa, até Mogadouro, para participar, pela primeira vez, no festival RedBurros Fly-In.

“Viemos estrear o nosso avião nesta viagem de 1hora e 30 minutos de Leiria até o aeródromo municipal de Mogadouro. Aproveitamos a estadia para conhecer melhor esta região transmontana, a gastronomia local e a beleza das paisagens”, disse.

Entre o público, o casal de emigrantes, Eduardo Flores e a esposa, Isabel, vieram de Bemposta até ao aeródromo de Mogadouro para ver os aviões. Questionado sobre o motivo da visita, responderam que são apiaxonados pela aviação.

“Desde miúdo sempre me fascinaram os aviões e vê-los assim de perto é uma oportunidade única. Pela manhã viemos aqui ao aeródromo municipal, depois vamos almoçar e à tarde vamos ver as acrobacias aéreas no castelo de Mogadouro”, disse.

O jovem Mihai Octavian Stanescu e um grupo de 18 amigos viajaram de avião da província de Toledo (Espanha), até Mogadouro, para assistir ao festival de acrobacias aéreas.

“Sou um apaixonado pela aviação e recentemente inscrevi-me numa formação para ser piloto de aviões. O clube Barón Rojo, em Espanha, onde estou inscrito informou-nos deste festival aéreo e decidimos vir até Portugal para acompanhar o evento. Vamos ficar em Mogadouro, durante o fim-de-semana”, disse.

Um dos destaque do festival Red Burros Fly-In foram os saltos de paraquedas protagonizados pela patrulha militar Falcões Negros. Um dos saltadores da equipa de demonstração de paraquedismo do Exército Português, Edgar Resende, sublinhou que a participação neste evento em Mogadouro, propicia a proximidade com o público.

“O Festival RedBurros já é um evento de âmbito nacional e todos os anos conta com a participação de muitos pilotos e público. Tenho conhecimento de que nesta região existem muitos paraquedistas e antigos militares, o que propicia o encontro e a confraternização entre todos. No âmbito do exército português, estas demonstrações de saltos de paraquedas são também um modo de promoção da carreira militar. Após a criação do quadro permanente de praças, ocorreu um acréscimo na adesão dos jovens ao exército”, informou.

Sobre os saltos de paraquedas realizados em Mogadouro, os quatro paraquedistas do Regimento de Paraquedistas de Tancos, saltaram de um Airbus C-295, da Força Aérea Portuguesa (FAP).

“Os saltos de paraquedas são feitos em média entre os 8 e os 10 mil pés, ou seja, 3 quilómetros de altura e demora-se cerca de 5 a 6 minutos a chegar ao solo”, indicou o paraquedista, Edgar Resende.

Após os saltos dos paraquedistas, o público presentes no castelo de Mogadouro, assistiu às acrobacias aéreas protagonizadas pelos pilotos Luís Garção, com a aeronave Extra 330-LT; Pedro Cunha Pereira, com o avião Citabria; a patrulha acrobática ibérica, com cinco aviões Yak-52; o piloto espanhol Camilo Benito, com um CAP-10; e Jorge Loureiro, com um Sukoi Su-26.

Em Mogadouro, o festival aéreo foi autorizado e supervisionado pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

HA

Ambiente: Concurso para mais 16 torres de vídeo vigilância florestal

Ambiente: Concurso para mais 16 torres de vídeo vigilância florestal

A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) lançou um concurso público para instalação de mais 16 câmaras de videovigilância na região, no valor de mais de 1,5 milhões, foi publicado em Diário da República.

A CIM-TTM adiantou que vão ser instaladas 16 novas Torres de Videovigilância, possibilitando uma cobertura de 70% do território, que se juntam aos equipamentos já existentes nas Serras de Bornes, Nogueira e Castanheira.

Este procedimento destina-se a dar continuação de um programa que foi pioneiro no país, apresentado em 2018.

O projeto, descreveu a CIM-TTM nesse ano, “visa a vigilância e monitorização das zonas florestais, contribuindo para otimizar recursos e melhorar respostas no campo da prevenção, deteção, gestão e combate a incêndios florestais” e o sistema permite sistema uma vigilância permanente, em tempo real, 24 horas por dia durante todo o ano.

Esta é uma ferramenta de apoio aos agentes da Proteção Civil e GNR, no campo da defesa e proteção da floresta contra incêndios.

O concurso tem um valor total de 1.508.172,31 euros e prevê instalar câmaras na União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, no concelho de Bragança, segundo o anúncio concursal publicado a 18 de julho.

As propostas para este concurso aberto à União Europeia e que conta com fundos comunitários, podem ser entregues até 13 de agosto, tendo depois um prazo de execução de 16 meses.

A CIM-TTM é um agrupamento de municípios que agrega nove dos doze concelhos do distrito de Bragança – Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Fonte: Lusa | Foto: GNR

Economia: Preço mediano da habitação a 1.777 euros/m2

Economia: Preço mediano da habitação a 1.777 euros/m2

Em 2024, o preço mediano de alojamentos familiares foi de 1.777 euros por metro quadrado (euro/m2), representando um aumento de 10,3% face ao ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No ano passado, o preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas sub-regiões da Grande Lisboa (2.939 euro/m2), Algarve (2.752 euro/m2), Região Autónoma da Madeira (2.395 euro/m2), Península de Setúbal (2.117 euro/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.986 euro/m2), de acordo com as Estatísticas da Construção e Habitação relativas a 2024.

Dos 308 municípios do país, 54 apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios), Grande Lisboa (todos os nove municípios), Península de Setúbal (oito em nove municípios) e Área Metropolitana do Porto (sete em 17 municípios).

O município de Lisboa registou o preço mais elevado do país (4.340 euro/m2) e verificaram-se também valores superiores a 3.400 euro/m2 em Cascais (4.053 euro/m2 ), Oeiras (3.471 euro/m2 ) e Lagos (3.452 euro/m2 ). O Algarve e a Grande Lisboa apresentaram diferenciais de preços entre municípios superiores a 2.200 €/m2.

Fonte: Lusa | Imagem: Flickr