Bragança: XII Encontro Nacional de EMRC vai reunir mais de 3000 jovens

Bragança: XII Encontro Nacional de EMRC vai reunir mais de 3000 jovens

A cidade de Bragança vai acolher nos dias 12 e 13 de abril, o XII Encontro Nacional de Educação Moral e Religiosa Católica (ENES), do Ensino Secundário, que vai reunir mais de 3 mil jovens, à volta do tema “Eco(s) do Coração”.

“Bragança já está em festa. E está em festa porque a EMRC está a estender a sua identidade e a sua missão junto das instituições, junto das escolas, junto das associações, que todas se congregaram para realizar aqui o XII Encontro Nacional dos Alunos da EMRC do Ensino Secundário”, afirmou Jorge Novo, da equipa nacional de apoio à EMRC, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O encontro vai ser uma oportunidade para os alunos contactarem “com a principal riqueza de Bragança”, que “são as suas pessoas”, além do património, arte, cultura e tradições da cidade.

“Bragança vai ser a capital da EMRC”, assinala o docente, que não tem dúvidas de que este vai ser um momento marcante, “não só para os alunos”, mas também “para as escolas” e para a “comunidade educativa” da cidade.

A aula em espaço aberto vai levar os alunos a realizar dois percursos, marcados pela participação em ateliers onde, de acordo com Sérgio Martins, da equipa nacional de apoio à EMRC, “cada aluno vai ser protagonista”.

“Eles vão fazer um percurso dos sentidos, mas também vão fazer um percurso com sentido, o outro lado dos sentidos, e vão-no descobrir também no decorrer deste encontro. As coisas não aparecem por acaso, e olhamos para estes jovens, por esta alegria daquilo que viveram e daquilo que pode ser o próximo encontro, e queremos que eles tenham essa possibilidade”, explica.

Segundo o docente, este ano o encontro foi pensado para os alunos colocarem “as mãos na massa”, um convite que também “é extensível aos professores”.

“Fazemos um percurso pelos cinco sentidos. Para quê? Para que cada aluno seja protagonista. Mas, este ano, curiosamente, nós também queremos que os próprios professores também façam esse percurso. Porque não basta só acompanhar os alunos e cuidar deles. É preciso que, às vezes, nós, adultos, também possamos fazer esse caminho”, indicou Sérgio Martins.

Maria Pilar Costa e João Caldeira são alunos de EMRC do 11ºano e participaram no ano passado no encontro, que teve lugar em Coimbra, uma experiência que “superou qualquer expectativa”.

Em conjunto com os colegas, João Caldeira julgava que a atividade iria experimentar “pouca adesão” e mostrou-se surpreendido pela “diversão” que acabou por registar.

Sobre a disciplina de EMRC, os dois alunos sublinham a importância que tem para o desenvolvimento do pensamento crítico e para a abordagem de temas da atualidade.

“Eu acho que a disciplina de religião procura não só que nós, enquanto alunos, possamos compreender os valores da Igreja Católica, mas também que possamos perceber o porquê de eles serem como são, sendo, no entanto, um espaço aberto a que haja discussão crítica entre os alunos, que acho que é algo que eu valorizo imenso nas nossas aulas”, referiu Pilar.

“Acho que a disciplina religião até ajuda a desconstruir tabus que nós temos na nossa sociedade e temas que nós achamos que não devem ser falados, mas na realidade devem ser falados tal e qual como os outros”, acrescentou João.

A preocupação ecológica é também um tema que marca a atualidade e que vai estar enquadrada no encontro, como resposta ao desafio lançado pelo Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si’.

“Nós não usamos o plástico genericamente na nossa atividade, mas também queremos que ela seja, que depois se faça eco de tudo isto, no coração de quem participou, mas no coração de quem também ficou. Porque, no fundo, é isto que nós pretendemos. Que estes alunos que participam neste encontro, possam levar às suas comunidades educativas aquilo que de bom e de bem receberam”, salientou Sérgio Martins.

O XII Encontro Nacional de alunos de EMRC de Ensino Secundário esteve em destaque no Programa ECCLESIA, esta segunda-feira, na RTP2.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Quatro detidos por posse de armas e munições proibidas e caça ilegal

Miranda do Douro: Quatro detidos por posse de armas e munições proibidas e caça ilegal

O Comando Territorial de Bragança, através do Posto Territorial de Miranda do Douro, deteve a 9 de abril, quatro homens, com idades compreendidas entre os 25 e os 40 anos, por posse de armas e munições proibidas e caça ilegal, no concelho de Miranda do Douro.

No âmbito de uma ação de patrulhamento, os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) depararam-se com uma viatura a circular com quatro indivíduos que, ao aperceberem-se da presença da GNR, evidenciaram um comportamento suspeito e encetaram uma fuga.

No seguimento da ação, os militares interceptaram a viatura e realizaram uma abordagem, sendo que no decorrer da fiscalização foram detetadas duas armas de fogo carregadas e prontas a fazer fogo, várias armas brancas, munições proibidas e três espécies cinegéticas que foram caçadas fora do período de caça permitido.

A ação culminou com a detenção indivíduos e a apreensão do seguinte material:

* Duas armas de caça;

·         19 cartuchos (zagalote);

·         29 cartuchos de chumbo;

·         Um cartucho de bala;

·         Três punhais;

·         Nove lanternas;

·         Um veículo.

Os detidos foram presentes no dia 9 de abril, no Tribunal Judicial de Miranda do Douro, para aplicação das medidas de coação.

A realização desta ação contou com o reforço das patrulhas do Posto Territorial de Vimioso e do Posto Territorial de Mogadouro.

Fonte: GNR

Mogadouro: ICNF avalia alegado ataque de lobos a rebanho após morte de 9 animais

Mogadouro: Alegado ataque de lobos a rebanho causa a morte de 9 animais

O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) está a avaliar um alegado ataque de lobos a um rebanho em Vila de Ala, em Mogadouro, após a morte de seis ovelhas e três cordeiros.

Na tarde de 8 de abril, “uma equipa de vigilantes da natureza do ICNF deslocou-se ao local [Vila de Ala] para efetuar a peritagem do alegado ataque, tendo sido reportadas seis ovelhas adultas mortas a que se juntam três cordeiros. Há também 15 ovelhas e quatro cordeiros desaparecidos”, indicou o ICNF.

De acordo com o ICNF, a peritagem efetuada será ainda submetida a análise técnica e, caso se confirme que o prejuízo foi provocado pelo lobo, o proprietário receberá a respetiva indemnização.

Desde janeiro, acrescentou o ICNF, há registo de seis ocorrências semelhantes tratadas pelas equipas de vigilantes da natureza do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), sendo que quatro delas foram registadas no concelho de Mogadouro.

O proprietário do rebanho, Mário Mora, afirmou acreditar que, na madrugada de segunda-feira, dia 8 de abril, houve um ataque de lobos aos seus animais.

“Tanto o meu pai como eu verificámos que havia vários cadáveres de ovelhas e cordeiros na zona onde pastavam. Pela mordida, depressa nos aperceberemos que se tratava de um ataque de um lobo ou lobos”, explicou Mário Mora.

Segundo o produtor pecuário, havia animais esventrados e outros com feridas graves e profundas na zona do pescoço, sendo que “os que sobreviveram às investidas do lobo ou lobos estão a ser tratados”.

“Do ataque resultou a morte de um carneiro, seis ovelhas e algumas crias de um mês ou dois”, indicou, acrescentando que esta foi a primeira vez que os seus animais foram atacados.

No seu rebanho, Mário Mora conta com 30 cabeças de gado.

Fonte: Lusa

Malhadas: Canhonas e cães animaram o mercado de gado

Malhadas: Canhonas e cães animaram o mercado de gado

O mercado de gado, em Malhadas, voltou a acolher no dia 6 de abril, os concursos de ovinos de raça churra galega mirandesa e do cão de gado transmontano, num único certame, que contou com a participação de 30 criadores e de muito público, interessado em ver os melhores exemplares destas duas raças autóctones, do planalto mirandês.

No concurso do Cão de Gado Transmontano participaram 37 animais.

Presente no certame, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, afirmou que os ovinos mirandeses e o cão de gado transmontano são “o que de mais genuíno existe na ruralidade do planalto mirandês” e por isso “é um imperativo promover, divulgar e preservar estes animais”.

“As raças autóctones têm um elevado valor cultural, económico e turístico, pelo que todas as partes envolvidas, sejam os criadores, as associações e o município devem trabalhar juntos na sua promoção e divulgação”, disse.

Para o presidente da Freguesia de Malhadas, Camilo Raposo, os certames dedicados às raças autóctones, são “um modo de dar vida ao mercado de gado, em Malhadas e de promover a região”.

“Em Malhadas há muitos criadores de ovinos mirandeses. Recordo que também aqui está sediada a Associação Nacional de Criadores de Raça Churra Galega Mirandesa (ACOM). E felicito a associação, pela organização simultânea, dos concursos dos ovinos mirandeses e do cão de gado transmontano”, destacou.

Paralelamente à realização dos concursos de ovinos mirandeses e do cão de gado transmontano, no dia 5 de abril realizou-se uma visita às instalações do novo Centro de Raças Autóctones, onde decorreu uma reunião dos secretários-técnicos de pequenos ruminantes, com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).




Sobre o concurso dos ovinos, a secretária-técnica da Associação Nacional de Criadores de Raça Churra Galega Mirandesa (ACOM), Andrea Cortinhas, informou que este ano participaram 96 animais, pertencentes a 14 criadores do planalto mirandês, ou seja, dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.

A responsável da ACOM indicou que ao longo das 27 edições, o concurso dos ovinos tem registado uma participação regular, havendo, no entanto, criadores que optam por não participar no evento devido à idade avançada.

“A criação de ovinos mirandeses enfrenta o problema do envelhecimento dos criadores e a dificuldade em atrair os jovens para a pecuária”, alertou.

Sobre o concurso, a engenheira zootécnica explicou que os ovinos são avaliados mediante o padrão desta raça e de acordo com quatro categorias: o carneiro, o canhono, as ovelhas (ou canhonas) e bazias (ou malatas).

“Os ovinos de raça churra galega mirandesa são animais com um porte médio. Os de lã brança têm careto negro nas orelhas, nos olhos e no focinho. No concurso avalia-se a sua condição corporal, o cuidado dos criadores, etc.”, explicou.

Segundo Andrea Cortinhas, o Concurso Nacional de Ovinos de Raça Churra Galega Mirandesa é “essencialmente um modo de promoção da raça” e de “convívio entre os criadores”.

O criador de ovinos, Pedro Alves, natural de Malhadas, foi um dos participantes no XXVII Concurso de Ovinos de Raça Churra Galega Mirandesa. Questionado sobre a mais valia destes animais, o jovem criador destacou a capacidade de adaptação ao clima agreste do planalto mirandês, ora com muito frio, ora com muito calor.

“A par da rusticidade, o cordeiro mirandês, que se alimenta das pastagens no planalto é muito apreciado pela carne tenra e suculenta. Sendo por essa razão, um produto de Denominação de Origem Protegida (DOP)”, disse.

Na perspectiva do jovem criador, o concurso anual é um forte incentivo para que os criadores continuem a preferir a Raça Churra Galega Mirandesa, em detrimento de outras raças.




O IX Concurso do Cão de Gado Transmontano foi coorganizado pela Associação de Criadores de Cão de Gado Transmontano (ACCGT) e o Clube Português de Canicultura.

No concurso deste ano, participaram 37 cães, vindos maioritariamente do distrito de Bragança, mas também de outras regiões do país, como o Porto, Vila do Conde ou Lisboa.

De acordo com João Silvino, do Clube Português de Canicultura, o cão de gado transmontano é uma raça portuguesa que se distingue na proteção dos rebanhos.

“O cão de gado transmontano para além de ser o melhor companheiro do pastor na guarda do rebanho também trabalha sozinho. Isto é, na ausência do pastor, esta raça de cães também consegue decidir e proteger os rebanhos, através da dissuasão ou confronto físico se houver necessidade”, explicou.

Sobre o concurso, João Silvino, explicou que foram avaliadas as condições morfológicas dos animais, tais como as proporções da cabeça, os tamanhos, as angulações, a cauda, etc.

“A caraterísticas físicas condicionam o desempenho do cão de gado transmontano na proteção dos rebanhos”, justificou.

Humberto Figueiredo, natural de Bragança, tem 14 cães de gado transmontano que o acompanham na pastorícia, numa zona, onde diz que há atualmente 3 a 4 alcateias de lobos.

“O cão de gado transmontano é um excelente guardião dos rebanhos. Na minha família esta raça de cães já existe há 70 anos, sendo um legado dos meus avós”, disse.

Segundo a Associação de Criadores de Cão de Gado Transmontano (ACCGT), atualmente, esta raça já existe um pouco por todo o país e começou também a haver algum interesse além fronteiras, havendo já alguns exemplares em França e na Alemanha.

HA

Vimioso: Sapadores de Gaia venceram a 6ª Maratona Interbombeiros de futsal

Vimioso: Sapadores de Gaia venceram a 6ª Maratona Inter-bombeiros de futsal

Os Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia foram os vencedores da 6º Maratona de Futsal Inter-bombeiros, que decorreu no fim-de-semana de 6 e 7 de abril, em Vimioso e na final, os gaienses venceram a equipa dos bombeiros de Vimioso, por concludentes 6-0.

O torneio inter-bombeiros decorreu no pavilhão multiusos, em Vimioso, onde participaram seis equipas masculinas das corporações de Vimioso, Izeda, Bragança, Entre-os-Rios, Vila Nova de Gaia e Ponte de Lima.

Após os jogos entre todos, nas meias-finais, os Bombeiros Sapadores de Gaia venceram os Bombeiros de Ponte de Lima, por expressivos 10-0. Na outra meia-final, os bombeiros de Vimioso venceram os congéneres brigantinos por 1-0.

Na final, os Sapadores de Gaia mostraram a sua superioridade, ao longo de todo o torneio e venceram os bombeiros de Vimioso, por inquestionáveis 6-0.

Sérgio Melo, capitão do Batalhão de Sapadores de Vila Nova de Gaia, justificou a participação da sua equipa na 6ª Maratona de Futsal Inter-bombeiros, dado o gosto pela prática desta modalidade.

“É a primeira vez que viemos a Vimioso e felicito a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (A.H.B.V.V.) pela organização desta maratona de futsal. Para além da vertente desportiva, estes torneios promovem o conhecimento, o convívio e a cooperação entre as várias corporações”, salientou.

Por sua vez, o bombeiro de Ponte de Lima, Rafael Lima, justificou a vinda até Vimioso, com o propósito de reforçar os laços de companheirismo entre os membros da sua corporação e o interesse em conhecer a realidade de outras corporações de bombeiros no país.

“Com a participação nestes torneios aprofundamos o espírito de equipa e conhecemos a realidade de outras corporações de bombeiros”, disse.

Na competição feminina participaram apenas as corporações de Vimioso e da Cruz Branca de Vila Real, tendo as vimiosenses vencido por 7-0.

De acordo com Vitor Cardoso, da seção desportiva da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (A.H.B.V.V.) o principal objetivo deste torneio anual de futsal é promover a prática desportiva e estabelecer laços de companheirismo entre bombeiros das corporações do país.

Para a organização deste torneio, Vitor Cardoso, agradeceu o empenho da seção desportiva da A.H.B.V.V., assim como os apoios do Município de Vimioso, das Juntas de Freguesia e o patrocínio das empresas locais.

“Agradecemos de modo especial, o apoio financeiro e logístico do município de Vimioso, ao ceder o pavilhão multiusos, onde decorreram os jogos de futsal”, disse.

A 6ª Maratona de Futsal Inter-bombeiros encerrou com a entrega de prémios a todas as equipas participantes.

HA

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida escreve livro sobre «A Cura pela Reconciliação»

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida escreveu livro sobre «A Cura pela Reconciliação»

No dia 8 de abril, foi apresentado o livro «A Cura pela Reconciliação», da autoria de Dom Nuno Almeida, bispo da diocese de Bragança-Miranda.

O livro integra a coleção “Hodie” do Secretariado Nacional de Liturgia e conta com um texto introdutório de D. José Cordeiro, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade.

Trata-se de um estudo que se situa «Na busca da reconciliação fontal, operante no coração e na consciência do homem, como restabelecimento de relação completa e total da pessoa consigo mesma, com Deus, com os outros e com o mundo” (pág. 144)», salienta o Prelado.

Está articulado em cinco partes: experiência religiosa e psicologia; olhar antropológico; o perdão que reconcilia; reconciliação com os outros e com o mundo; o ministério da reconciliação e da pacificação.

«A Cura pela Reconciliação» estará disponível em todas as livrarias religiosas nacionais.

Na Diocese de Bragança-Miranda, o livro vai estar à venda na Livraria Casa de Paramentaria Santa Clara, em Bragança.

A apresentação pública do livro terá lugar em Bragança, em data a anunciar.

Fonte: Ecclesia e foto: SCSDBM

Pecuária: Pastores perspectivam bom ano devido a reserva de água 

Pecuária: Pastores perspectivam bom ano devido a reserva de água

Os pastores do planalto mirandês mostram-se otimistas para o período de verão, porque perspetivam reservas de água para assegurar a manutenção das explorações e mitigar os efeitos da seca que se sentiu nos últimos dois anos.

“Perspetivamos um ano bom ano pecuário para a região do Planalto Mirandês, porque as reservas hídricas estão no seu pleno o que leva ao crescimento das pastagem e perspetivas de boas colheitas de forragens para a alimentação animal, disse hoje à Lusa a secretária técnica da Associação de Criadores de Raça Churra Mirandesa, Andrea Cortinhas.

De acordo com a técnica, os pastores do Planalto Mirandês, no distrito de Bragança, nos últimos dois anos tiveram de fazer muitas contas à vida e muitos pensaram em desistir da atividade, devido aos períodos de seca extrema e também à escalada dos preços dos fatores de produção, associados à guerra na Ucrânia.

“Foram dois anos de muita carência devido à seca e da guerra e que teve repercussões drásticas ao nível dos fatores de produção como rações, forragens, combustíveis, nitratos e adubos, onde os preços triplicaram e os agricultores ficaram descapitalizados”, explicou a técnica.

Por outro lado, Andrea Cortinhas refere que já há água a mais na terra e terá de parar de chover para os produtores fazerem a arranjos das terras e das sementeiras.

“As terras estão muito encharcadas de água e os agricultores querem fazer a sua lavoura e muitas vezes não o conseguem. São efeitos das alterações climáticas que vivemos”, explicou.

A perspectiva de produção de alimento é boa e os agricultores planeiam em fazer armazenamento de forragens para futuras situações de seca, que possam acontecer fruto das alterações climáticas.

 

Mesmo com as condições favoráveis para evitar grandes encargos com os fatores de produção como em tempo de seca, o preço do borrego não vai baixar por se tratar de uma carne com Denominação de Origem Protegida (DOP).

“Trata-se de uma carne DOP e por esse motivo terá de ter um valor acima do de mercado”, disse a técnica.

Tiago Sanches das Gama, um produtor de Miranda do Douro com cerca de 350 adultos a que juntam 80 cordeiros, disse que as charcas e outros pontos de armazenamento estão cheios.

“Mas, como se diz, ‘água vai e vem’, e por isso é necessário fazer armazenamento de água em tempos de recuperação, após um longo período de carência, bem como de alimento”, indicou o produtor pecuário.

Os ovinos de raça churra mirandesa têm um efetivo de mais de seis mil machos e fêmeas, repartidos por 75 produtores do planalto mirandês, que abrange os concelho de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.

Fonte: Lusa

Política: Ex-presidente de Miranda do Douro absolvido de participação económica e prevaricação

Política: Ex-presidente de Miranda do Douro absolvido de participação económica e prevaricação

O Tribunal de Bragança absolveu o ex-presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, dos crimes de participação económica e prevaricação de que estava acusado por alegadamente ter beneficiado de um empresário num negócio.

Já o antigo chefe de divisão de obras municipais Amílcar Machado, acusado no mesmo caso de participação económica em negócio e abuso de poder, foi condenado a uma pena de 10 meses de prisão, suspensa por um ano, decisão que o advogado já disse que ia contestar.

Artur Nunes foi autarca entre os anos de 2009 até 2021. Amílcar Machado reformou-se de funcionário municipal no mesmo ano.

Os factos descritos na acusação do Ministério Público (MP), divulgados na página da internet oficial da Procuradoria-Geral da República, remontam a 2010.

Segundo a acusação, “o arguido chefe de divisão, com o conhecimento e consentimento do arguido presidente da câmara, abordou um comerciante com quem tinha relações de proximidade pessoal, dizendo-lhe, ainda antes de qualquer procedimento de contratação, que ficaria com a venda e instalação de ar condicionado no rés-do-chão do edifício da câmara municipal, pelo preço que apresentasse”.

Ainda segundo o MP, “o comerciante tratou logo de encomendar o material elétrico e de ar condicionado necessário à obra, o que fez em novembro de 2010 e janeiro de 2011”.

Mais descrevia a acusação que só em fevereiro de 2011 “o arguido chefe de divisão propôs a abertura de procedimento pré-contratual de ajuste direto, propondo como entidade a contratar o dito comerciante e indicando o valor de 42.000 euros que aquele apresentara em orçamento”.

A obra foi adjudicada pelo valor de 41.991 euros mais IVA e executada pelo empresário em causa, “proporcionando-lhe margens de lucro entre 85% e 983% no material que forneceu para instalação no edifício da câmara municipal”, calculou o MP.

Na primeira sessão de julgamento, o antigo chefe de divisão de obras municipais explicou que o rés-do-chão foi sujeito a intervenção com “pladur, ar condicionado e mobiliário.

Acrescentou que, apesar de a entidade competente para a intervenção ser o departamento que liderava, “teve zero a ver com o projeto”, que disse ter sido autorizado pelo presidente em funções na altura.

Artur Nunes disse, por sua vez, que não teve contatos com a empresa a quem foi adjudicada a intervenção.

“A única coisa que fiz foi comunicar aos técnicos a necessidade dessa obra”, declarou o ex-autarca.

A obra era precisa, explicou Artur Nunes, porque se impunha a instalação de espaços de atendimento para o serviço do Balcão Único e faltavam condições à construção, do tempo do Estado Novo.

Artur Nunes afirmou que a sustentabilidade das obras era baseada “no princípio da confiança” da informação recolhida previamente pelos técnicos, para permitir escolher o melhor preço.

A proposta vencedora foi a única a concurso. O critério da escolha iria recair naquela cujo valor orçamental apresentado fosse o mais baixo.

Fonte: Lusa

Finanças: Mais de 1,2 milhões de contribuintes já entregaram a declaração do IRS

Finanças: Mais de 1,2 milhões de contribuintes já entregaram a declaração do IRS

No final da primeira semana, o Portal das Finanças registou a submissão de mais de 1,2 milhões de declarações anuais do IRS, sendo que os contribuintes dispõem de três meses para cumprir esta obrigação declarativa.

Dos 1.242.448 agregados (inclui contribuintes singulares e casados ou unidos de facto) que já entregaram a declaração de IRS, mais de um milhão (1.011.923) tinham apenas a declarar salários de trabalho por conta de outrem ou de pensões.

Sobre o prazo médio para o pagamento do reembolso, os últimos anos têm mostrado que a devolução do imposto chega à conta dos contribuintes, menos de 20 dias após a entrega da declaração – quando não são detectadas divergências ou erros de preenchimento.

No ano passado (relativamente à campanha de 2022) o prazo médio de pagamento do reembolso foi de 19,5 dias, e de 16 dias no IRS automático.

De acordo com a lei, os contribuintes que ao longo de 2023 não fizeram retenção na fonte ou a fizeram em valor suficiente, têm até ao dia 31 de agosto para pagar o imposto em falta.

O prazo para a entrega da declaração anual do IRS termina no dia 30 de junho.

Em 2023, a Autoridade Tributária e Aduaneira registou a sumição de 6.341.880 declarações de IRS através do Portal das Finanças – sendo que este número inclui declarações de substituição e relativas a rendimentos de anos anteriores.

Fonte: Lusa

Meteorologia: Temperaturas podem chegar aos 30 graus

Meteorologia: Temperaturas podem chegar aos 30 graus

A partir de 11 de abril, as temperaturas vão estar “bastante acima da média para época do ano”, com máximas entre os 25 e os 27 graus, podendo atingir os 30 graus em alguns locais do continente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A meteorologista Mara João Frada explicou que a massa de ar frio que está atualmente no continente vai ser substituída gradualmente por uma massa de ar quente, tropical.

“Vamos ter a imposição de uma corrente de leste que vai trazer a circulação de ar tropical, afetando Portugal continental. Estão previstas temperaturas acima da média superiores a 10 graus, com exceção do Algarve”, disse.

De acordo com a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para 9 de abril já está prevista uma pequena subida da temperatura, entre 2 a 4 graus, em especial nas regiões do interior.

“Na quarta-feira, dia 10 de abril, as temperaturas sobem mais um pouco, na ordem dos 4 a 7 graus, exceto no Algarve, e na quinta voltam a subir. No cômputo geral vamos ter subidas em alguns locais da ordem dos 15 graus”, disse.

De acordo com Maria João Frada, esta situação de tempo quente acima da média para a época do ano vai manter-se pelo menos até domingo.

“Assim, a partir de quinta-feira, dia 11 de abril, os valores da temperatura máxima vão variar entre os 25 e os 28 graus, eventualmente inferiores em toda a faixa costeira e no Algarve, sendo inferiores a 25 graus. No Vale do Tejo, em alguns locais do Vale do Douro (parte mais interior) e Alto Alentejo são separadas temperaturas de 30 graus”, adiantou.

Segundo a meteorologista, estes valores da temperatura máxima estão acima da média e vão começar a contribuir para uma onda de calor nas estações do IPMA a partir de quinta-feira, com exceção do Algarve.

“A Madeira também terá uma situação de tempo quente. Será afetada por uma corrente de leste, inserida na circulação do mesmo anticiclone que afeta Portugal continental, que terá também transporte relativamente quente para este época do ano vinda do norte de África”, adiantou.

A meteorologista do IPMA indicou ainda que no arquipélago da Madeira as temperaturas máximas sobem consideravelmente ficando perto dos 30 graus, não se excluindo poderem ser emitidos avisos de tempo quente.

Fonte: Lusa