Ser companheiro (a) de Jesus

III Domingo da Páscoa | 1º Dia da Semana de Oração Pelas Vocações

Ser companheiro(a) de Jesus

At 3, 13-15.17-19 / Slm 4, 2.4.7.9 / 1 Jo 2, 1-5a / Lc 24, 35-48

O Jesus Ressuscitado é um enigma. Pode, aquele que morreu, regressar com um corpo? Tal como os discípulos, creio que também nós mais facilmente cremos que este Jesus é uma aparição fantasmagórica. Por isso são tão frequentes, nos relatos dos encontros com o Ressuscitado, os apelos de Jesus a que toquem o seu corpo ou que lhe deem de comer, para que o reconheçam e se abram à vida nova.

Aconteceu algo extraordinário naqueles quarenta dias de Jesus com os discípulos após a sua Paixão. Tão extraordinário que, dois mil anos depois, continuamos a reunir-nos e a fazer memória do que aconteceu, a ser discípulos seus nos vários lugares do mundo. Se Jesus tivesse sido um Mestre judeu como tantos outros, poderíamos citar muitas vezes os seus ensinamentos, mas não haveria Igreja. Se Jesus tivesse sido um curador como tantos contemporâneos seus, a ciência e a psicologia poderiam interessar-se por esta figura, mas não seriam seus discípulos.

Se hoje há Igreja, se hoje há discípulos de Jesus é porque a fé dos nossos primeiros irmãos era de tal maneira forte e escandalosa que ainda hoje ecoa nas nossas praças. Desde o primeiro momento que aquele grupo heterogéneo de pescadores, zelotas e cobradores de impostos, judeus bem-intencionados mas de sensibilidades distintas, se negou a remeter ao silêncio a Ressurreição de Jesus, dispondo-se à perseguição, flagelação, prisão e martírio.

Como este primeiro grupo de discípulos, também nós somos chamados por Deus, também nós fomos escolhidos para ser suas testemunhas. Revisitemos a origem da nossa fé, as pessoas que nos transmitiram a sua luz e alegria, e mergulhemos na história dos primeiros apóstolos. Questionemos a forma como damos testemunho, principalmente quanto à misericórdia que colocamos nas nossas palavras, gestos e olhares. E, neste primeiro dia da semana de oração pelas vocações, sejamos promotores da presença de Deus junto dos nossos irmãos, inspirando-os a que procurem o silêncio fecundo da oração, onde a voz de Deus os espera e lhes confiará uma missão.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: “Ladrão que rouba ladrão”, no serão de sábado

Miranda do Douro: “Ladrão que rouba ladrão”, no serão de sábado

Ladrão que rouba ladrão…” é o nome da comédia à portuguesa que vai ser representada no palco do miniauditório, em Miranda do Douro, no serão de sábado, dia 13 de abril, às 21h00.

A comédia conta a história de um casal cuja relação não atravessa o melhor momento e que piora quando o genro percebe que a sogra (que não sofre de amores por ele – interpretada por Natalina José) vem viver uns tempos lá para casa.

No meio deste ambiente familiar, há um assalto durante a noite, deixando no ar diversas questões sobre se o assalto foi programado pelo genro para se ver livre da sogra; ou programado pela sogra para se ver livre do genro; ou nenhuma das duas…

No elenco de atores, a comédia “Ladrão que rouba ladrão” conta com a participação de Natalina José, Telmo Miranda, Marisa Carvalho e Pedro Silva.

Os bilhetes para o teatro já estão esgotados, sendo que a lotação máxima no miniauditório de Miranda do Douro, é de 100 lugares.

HA

Miranda do Douro: “Na Rússia o povo até pode votar, mas não pode escolher” – José Milhazes

Miranda do Douro: “Na Rússia o povo até pode votar, mas não pode escolher” – José Milhazes

A biblioteca municipal António Maria Mourinho, em Miranda do Douro, recebeu a 11 de abril, a visita do historiador e escritor, José Milhazes, que viveu 38 anos em Moscovo, sendo por isso um conhecedor da sociedade, política e história da Rússia e um acreditado intérprete da atual invasão e guerra na Ucrânia.

Na palestra em Miranda do Douro, o historiador e jornalista, natural da Póvoa do Varzim, que tem sido um analista da atual invasão da Rússia e da guerra na Ucrânia, começou por explicar a razão pela qual viveu 38 anos na ex-URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e atual Rússia.

“Em 1977, contra a vontade dos meus familiares (mãe e irmãs) decidi ir estudar para o leste da Europa, para a antiga URSS. Em 1980, em Moscovo, conheci a estónia Siiri, com quem casei e tive dois filhos. Mas a vida, naquele sistema comunista era de enorme carência e miséria. Faltava tudo”, recordou.

Em Moscovo, José Milhazes licenciou-se em História da Rússia, na Universidade Estatal de Lomonossov e estabeleceu-se naquele país enquanto tradutor de obras literárias e políticas.

“Fazendo uso do conhecimento sobre a sociedade, a política e a história russas, comecei a fazer trabalho jornalístico na TSF e depois noutros media portugueses, como agora acontece na SIC, ao acompanhar a invasão e guerra da Ucrânia”, disse.

No decorrer da palestra em Miranda do Douro, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, questionou o historiador “se vale mais uma democracia imperfeita ou uma ditadura perfeita?”.

Ao que José Milhazes respondeu, peremtoriamente: “sem qualquer dúvida, a democracia é inquestionavelmente melhor do que os regimes autoritários e totalitários, como é o atual regime na Rússia. Aí, o povo até pode votar, mas as eleições são uma farsa, pois não podem escolher os candidatos”.

O historiador acusou ainda os dirigentes russos de “adulterarem repetidamente a história para seu benefício próprio”, o que conduz à manipulação da opinião pública.

Referindo-se a Portugal, o historiador, doutorado Relações Internacionais, na Universidade do Porto, lembrou que as democracias são uma “construção contínua” e alertou para o crescimento de partidos extremistas em Portugal, como é “o caso do Chega, nas nas recentes eleições legislativas alcançou um milhão de votos”.

No final da palestra na biblioteca municipal António Maria Mourinho, em Miranda do Douro, o também escritor, José Milhazes, autografou vários dos seus livros como são: “As Minhas Aventuras no País dos Sovietes”; Os Blumthal; “Rússia e Europa: uma parte do todo”; “A mais breve história da Rússia”; “A mais breve história da Ucrânia”, entre outras obras.

HA

Douro Internacional: Ataques de lobo junto a aldeias deixam pastores apreensivos

Douro Internacional: Ataques de lobo junto a aldeias deixam pastores apreensivos

Os pastores do planalto mirandês estão apreensivos devido ao número crescente de ataques de lobos, nas imediações das localidades, que estão a ocorrer na área protegida do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

A secretária técnica da Associação de Criadores de Raça Churra Mirandesa, com sede em Malhadas, no concelho de Miranda do Douro, Andrea Cortinhas, disse à Lusa que têm havido relatos de associados relacionados com o ataque de lobos, havendo vários produtores visados, o que deixa os pastores apreensivos.

“Em janeiro houve o registo de um ataque de lobos nas imediações, a cerca de 50 metros da sede da nossa associação, muito próximo da aldeia de Malhadas, que resultou na morte de 10 animais adultos e vários cordeiros. Há outro relato em São Martinho do Peso, no concelho de Mogadouro, em que um jovem produtor ficou sem metade do seu efetivo”, explicou a técnica.

 “Estes alegados ataques de lobos traduzem-se em perdas brutais para os pastores e produtores de gado ovino, porque se trata de um património genético de grande valor e que se está a perder, isto aliado ao prejuízo financeiro para as explorações pecuárias”, vincou Andrea Cortinhas.

A técnica defende, por isso, o diálogo entre produtores pecuários, associações pró-lobo e o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), entre outras entidades ligadas ao meio ambiente e conservação da natureza.

“Penso que vamos ter de nos sentar à mesa para discutir em concreto medidas a adotar. Nós entendemos que devemos proteger o lobo ibérico, tal como a preservação da Raça Churra Mirandesa. Por este motivo, os pastores terão de ser ressarcidos pelos prejuízos causados pelo lobo”, indicou Andrea Cortinhas.

Na segunda-feira, dia 9 de abril, o ICNF avaliou um alegado ataque de lobos a um rebanho em Vila de Ala, em Mogadouro, após a morte de seis ovelhas e três cordeiros, cujo proprietário descreveu como “um ataque perto das primeiras casas à entrada da aldeia”.

De acordo com o ICNF, a peritagem efetuada será submetida a análise técnica e, caso se confirme que o prejuízo foi provocado pelo lobo, o proprietário receberá a respetiva indemnização.

O ICNF revelou que, segundo os últimos censos, existem 300 lobos ibéricos na região Norte, predadores “de topo” cujos ataques podem ser repelidos com o apoio de cães de gado.

Desde janeiro há registo de seis ocorrências semelhantes tratadas pelas equipas de vigilantes da natureza do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), sendo que quatro delas foram registadas no concelho de Mogadouro.

O proprietário do rebanho atacado a 9 de abril, Mário Mora, afirmou acreditar que, “pela mortdida” se tratou de um ataque de “um lobo ou lobos” aos seus animais.

“Do ataque resultou a morte de um carneiro, seis ovelhas e algumas crias de um mês ou dois”, indicou, acrescentando que esta foi a primeira vez que os seus animais foram atacados.

Fonte: Lusa

Finanças: Concurso para 180 novos inspetores

Finanças: Concurso para 180 novos inspetores

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) anunciou que vai iniciar um concurso, para a entrada de 180 novos inspetores tributários e a aduaneiros, prevendo-se que iniciem funções na segunda quinzena de setembro.

Este concurso dirige-se aos candidatos que integram a reserva de recrutamento de um concurso lançado em fevereiro de 2022, com a AT a referir que durante o período experimental a remuneração destes novos trabalhadores corresponde à 3.ª posição remuneratório (nível 27 da carreira de inspeção e auditoria tributária e aduaneira – IATA), o que equivale ao valor atual de 1.969,98 euros.

Esta remuneração mantém-se “após o ingresso definitivo na carreira” (ou seja após o período experimental), indica a mesma informação, acrescentando que “à remuneração base acresce o valor do suplemento […] devido após um ano de exercício de funções na AT”.

De referir que os funcionários públicos recebem ainda seis euros por dia a título de subsídio de refeição.

No âmbito do início deste processo de recrutamento, a AT assinala que os candidatos “serão contactados nos próximos dias” (para o e-mail que indicaram no requerimento de candidatura), mas lembra que os que tendo sido aprovados, desistiram e/ou, tendo sido nomeados, não aceitaram a nomeação ou não compareceram para iniciar funções, “não podem agora ser recrutados”.

Relativamente aos que reúnem os requisitos para integrar o concurso para preenchimento das 180 vagas e que vão ser contactados em breve, a AT alerta que, caso se encontrem a trabalhar só devem avançar com o pré-aviso de rescisão do contrato junto da sua entidade empregadora (se trabalharem no setor privado) ou comunicar ao serviço de origem (se trabalharem na administração pública) “após a publicitação do Aviso no Portal das Finanças com a indicação do despacho de nomeação e data de início de funções”.

Estes novos trabalhadores terão vínculo de nomeação.

Fonte: Lusa

Ensino: Provas do 9.º ano realizadas em papel

Ensino: Provas do 9.º ano realizadas em papel

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que as provas finais do 9.º ano vão ser realizadas em papel, por terem sido “identificadas graves falhas na disponibilização de equipamento informático”, mantendo as provas de aferição em formato digital.

O anúncio foi feito por Luís Montenegro na apresentação do programa do XXIV Governo Constitucional, na Assembleia da República.

“Tendo sido identificadas graves falhas na disponibilização de equipamentos informáticos, na sua manutenção e na conectividade das escolas para garantir que os alunos pudessem realizar as avaliações em igualdade de oportunidades neste ano letivo (13.639 alunos do 9º ano não receberam o Kit digital-portátil, pen de dados e acessórios), o Governo decidiu pela sua realização em papel, de forma excecional, neste ano letivo”, disse.

Segundo o primeiro-ministro, irão manter-se “as provas de aferição em formato digital, como previsto, de modo a sinalizar o empenho na transição digital.

Fonte: Lusa

Vimioso: André Fernandes inspirou alunos a passarem do bullying à empatia

Vimioso: André Fernandes inspirou alunos a passarem do bullying à empatia

O Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) promoveu na quarta-feira, dia 10 de abril, duas palestras dedicadas aos temas do bullying e do amor, dirigidas aos alunos e pais e ministradas pelo coach e escritor, André Fernandes.

A diretora do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), a professora Ana Paula Falcão, adiantou que ao longo do ano letivo são realizadas várias ações de sensibilização para os alunos.

«A iniciativa “Transformando relações: palestras inspiradoras”, da autoria de André Fernandes, surgiu da proposta da psicóloga do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) e teve como propósito abordar os temas “Do bullying à empatia” e do “Amor” e ajudar os jovens a crescer no âmbito afetivo e social», indicou.

No início da primeira palestra, o coach motivacional, André Fernandes, começou por dizer aos alunos do 3º ciclo do Ensino Básico, que “se é verdade que todos somos diferentes fisicamente e na personalidade, no que toca às emoções, como o medo, o sofrimento ou o amor, aí, somos todos iguais”.

Nesta interação com os alunos do AEV, o também escritor fez uso da sua experiência de vida, em particular da relação de amizade com uma familiar, a Tia Guida (nome de um livro seu) para refletir com os mais jovens sobre a questão do sofrimento e da morte.

“Quando se sofre há uma tendência para nos isolarmos e não querer partilhar essa dor e fragilidade com os outros. Mas o sofrimento faz parte da vida e nascer e morrer é comum a todos nós. Por isso, o mais importante é partilhar essa dor com alguém da nossa confiança. Se decidirmos viver movidos pelo amor, isto é, por fazer bem a nós a aos outros, então a vida vale muito a pena, apesar do sofrimento e dificuldades que tenhamos que enfrentar!”, encorajou.

Referindo-se ao bullying – os comportamentos agressivos, de ordem física ou moral, perpetrados de forma intencional e repetida, contra alguém considerado mais vulnerável, sobretudo em contexto escolar – o palestrante explicou que amiúde, “os colegas que gozam com os outros fazem-no sem pensar, mas acabam, por fazer mal aos outros, intimidando-os”.

Por isso, André Fernandes encorajou os jovens, desde cedo, a “assumirem a responsabilidade dos seus erros, pois esse é o único caminho que liberta e ajuda a crescer”.

“Para enfrentar os problemas do bullying também é importante conhecer os agressores e apurar o que está na origem desses comportamentos agressivos”, acrescentou.

Na outra palestra, dirigida aos pais dos alunos de Vimioso, André Fernandes abordou o tema do amor parental.

Aos encarregados de educação, o orador, começou por chamar a atenção para o excessivo controlo sobre os filhos. “Quanto mais queremos proteger e controlar a vida familiar e em particular, os filhos, estragamos tudo”, disse.

“O mais importante em qualquer relação não é o controle, mas sim o acolhimento, o respeito e a empatia. Numa palavra: o amor. E o amor, para ser amor, confia, liberta e ajuda o outro a ser feliz!”, concluiu.

A iniciativa “Transformando Relações: Palestras Inspiradores” da autoria do coach profissional André Fernandes, foram uma iniciativa do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), que contou com os apoios do município e da CIM-TT.

HA

Transportes: Lançado concurso público para ligação aérea Bragança – Portimão

Transportes: Lançado concurso público para ligação aérea Bragança – Portimão

O Governo lançou o concurso público internacional para a concessão da ligação área entre Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão por um valor base de 13,5 milhões de euros, segundo publicação em Diário da República (DR).

De acordo com o anúncio do concurso, que foi lançado pelo anterior governo em 27 de março e alterado a 9 de abril, o prazo para entrega de propostas para a prestação de serviços aéreos regulares, em regime de concessão, na rota Bragança/Vila Real/Viseu/Portimão/Cascais termina a 26 de maio.

O concurso público é internacional, sendo que o preço base do procedimento, sem IVA, é de 13,5 milhões de euros e o prazo de execução do contrato é de quatro anos.

O contrato da concessão do serviço de transporte aéreo regular Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão terminou em 28 de fevereiro. Desde o dia 29 de fevereiro que a operadora Sevenair (prestadora do serviço) introduziu um novo horário, que estará disponível até 7 de junho.

Esta medida foi tomada após um ajuste direto de 750 mil euros do Governo liderado pelo socialista António Costa enquanto decorre o novo concurso público internacional para a concessão do serviço.

Neste novo horário, os voos de segunda e sexta-feira são feitos em todas as escalas, às terças e quintas-feiras os voos são diretos entre Bragança e Cascais e aos sábados não há escala em Vila Real. Às quartas-feiras e domingos não há voos.

Até ao final de fevereiro os voos eram feitos de forma regular entre Bragança e Portimão, com paragem em Vila Real, Viseu e Cascais.

Em fevereiro, fonte oficial do então gabinete do secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas disse à Lusa que o Governo e a Sevenair “encontraram uma solução contratual transitória” para evitar a interrupção da ligação aérea a partir de 29 de fevereiro.

Nesse mesmo mês, o então Governo socialista informou que autorizou a despesa de 13,5 milhões de euros para a adjudicação em regime de concessão do serviço aéreo regular que liga Trás-os-Montes ao Algarve por quatro anos.

O anúncio de abertura do concurso público para a carreira aérea foi publicado em DR a 27 de março, mas a 9 de abril foi publicado, pela Secretária-Geral da presidência do Conselho de Ministros, um novo anúncio com a alteração da data limite para apresentação de propostas, que passou de 23 de maio para 26 de maio.

Segundo o documento, esta alteração foi “motivada pelo atraso na publicação em jornal oficial nacional”.

A carreira aérea que ligava Trás-os-Montes a Lisboa foi interrompida em 2012 e retomada em 2015 com o alargamento dos voos até ao Algarve, com passagem por Viseu e Cascais.

Fonte: Lusa

Política: IVA passa a 6% na construção e reabilitação de habitação

Política: IVA passa a 6% na construção e reabilitação de habitação

O Programa de Governo prevê a aplicação temporária do IVA à taxa mínima de 6% nas obras de construção e reabilitação de edifícios, destinados a habitação permanente.

No documento divulgado, o Governo PSD/CDS-PP liderado por Luís Montenegro diz que vai criar um regime temporal e temporário de redução dos custos tributários em “obras de construção ou reabilitação em imóveis destinados a habitação permanente”, independentemente de onde se localizem, acrescentando que vai compensar as autarquias pela perda de receita.

Entre as medidas está a aplicação do IVA de 6% às obras e serviços de construção e reabilitação, tal como já estava inscrito no programa eleitoral da AD (coligação pré-eleitoral entre PSD, CDS-PP e PPM), referindo ainda o “alargamento da dedutibilidade”.

Prevê ainda a “redução substancial ou eliminação” de taxas de urbanização, edificação, utilização e ocupação, sem especificar como o fará.

O Programa de Governo prevê ainda um programa de Parcerias Público-Privadas para a construção e reabilitação “em larga escala quer de habitação geral quer de alojamento para estudantes” e a facilitação de “novos conceitos de alojamento no mercado português” (dando como exemplos construção de casas para arrendar, habitação a custos moderados, habitação modular, cooperativas de habitação e utilização flexível de residências de estudantes).

Vai também estudar o enquadramento legislativo de licenciamento e controlo urbanístico para eventualmente simplificar processos.

O Programa de Governo não indica o impacto financeiro destas medidas.

No documento, o Governo refere que vai também aumentar a abrangência do programa Porta 65 nos limites da sua aplicação, sem adiantar mais informação.

O Programa do XXIV Governo Constitucional foi entregue a 10 de abril, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

O documento não é votado na Assembleia da República, apenas apreciado, mas os grupos parlamentares podem apresentar moções de rejeição do programa, cuja aprovação exige “maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções”.

Após a apreciação do programa pela Assembleia da República, o Governo assume a plenitude de funções, devendo, até lá, limitar-se “à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos”.

Fonte: Lusa

Política: Programa do governo com 30 propostas do PS, 13 do Chega e seis da IL

Política: Programa do governo com mais de 30 propostas do PS, 13 do Chega e seis da IL

O Governo incluiu no programa do executivo PSD/CDS-PP mais de 30 propostas do PS, 13 do Chega, seis da IL, três do Livre e outras três do Bloco, duas do PAN e apenas uma do PCP.

Segundo um comunicado do executivo, foram indicadas as 60 medidas de outros partidos com representação parlamentar que o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, indicou integrarem o programa do XXIV Governo Constitucional.

No entanto, algumas destas medidas têm formulações semelhantes ao que já constava do programa eleitoral da AD (coligação pré-eleitoral que integrava PSD, CDS-PP e PPM).

Do PS, além da redução em sede de IRC de 20% das tributações autónomas sobre viaturas das empresas, que tinha sido anunciada, foram integradas, segundo o executivo, outras 31 medidas, entre as quais uma que pretende potenciar a utilização das autoestradas em que, “apesar de não haver alternativa de transportes coletivos, têm um tráfego reduzido e onde a cobrança de portagem afasta ainda mais utilizadores, em particular nos territórios de baixa densidade”.

Eliminar barreiras físicas e arquitetónicas para as pessoas de mobilidade condicionada nos transportes públicos, assegurar mais apoios aos profissionais das forças de segurança que se encontram deslocados ou lançar o Programa Capitalizar +, de apoio à transição geracional e à valorização de ativos empresariais, são outras das propostas do PS que o Governo diz ter acolhido.

Outra proposta do PS que foi integrada neste programa foi a atualização das regras “para a instalação de sistemas de videovigilância em zonas de risco, para a utilização de drones e para a utilização de sistemas de registo de imagem pelas forças de segurança no respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos”, que se liga a outra medida do Chega também acolhida pelo executivo PSD/CDS-PP: expansão da rede CCTV nas zonas de diversão noturna, nas zonas com mais problemas e no exterior das esquadras.

Uma das 13 medidas do Chega que o Governo diz ter acolhido no seu programa é “concluir o processo de escolha do Novo Aeroporto de Lisboa e iniciar com a maior brevidade possível a sua construção, bem como de outras infraestruturas indispensáveis, nomeadamente a Ferrovia e o TGV (Alta Velocidade)”.

O programa eleitoral da AD já previa “tomar uma decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa” ou fazer uma “reformulação do programa Porta 65”, que o Governo aponta como uma medida do PS, que passa por “aumentar a abrangência do Porta 65, alterando os limites para a sua aplicação”.

Na área da Defesa, o executivo indica ter integrado propostas do Chega como “ponderar o alargamento do apoio social complementar aos militares em regime de voluntariado, contrato e contrato especial”, “implementar medidas de âmbito fiscal e administrativas que permitam a criação de um ecossistema amigo das empresas do setor da Defesa” e “aperfeiçoar os mecanismos de reinserção dos militares na vida civil”.

Da IL – partido com que o PSD admitiu um acordo pós-eleitoral, que acabou por não se concretizar – o Governo refere como propostas acolhidas no seu programa a “maior concorrência do serviço ferroviário atualmente prestado pela CP e reforma do governo do setor ferroviário”, o alargamento dos cuidados prestados pelas farmácias comunitárias ou, na justiça, repensar a fase de instrução.

Na economia, o executivo aponta ainda como propostas dos liberais o aumento de matérias de intervenção “da negociação coletiva sem especiais condicionalismos”, a criação de uma `task force´ de eliminação de burocracias entre cidadãos e empresas e “ponderar a alteração do regime para que as autorizações de residência se baseiem em contratos de trabalho previamente celebrados ou através de um visto de procura de trabalho”.

Fonte: Lusa