Ensino: Professores e alunos mirandeses visitaram a cidade espanhola de Tordesilhas

Ensino: Professores e alunos mirandeses visitaram a cidade espanhola de Tordesilhas

Nos dias 27 e 28 de maio, professores e alunos do 11º e 12º anos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD) viajaram até Tordesilhas (Espanha), no âmbito do projeto ERIS_IE | Empreendedorismo Responsável, Inclusivo e Sustentável, cuja finalidade é incentivar o conhecimento mútuo e a cooperação transfronteiriça.

De acordo com a professora de português do AEMD, Rosa Martins, o projeto transfronteiriço, denomina-se “Irmãos do Douro | Hermanos del Duero” e resulta de uma parceria com o Instituto Educativo Juana I de Castilha, em Tordesilhas.

“Na primeira reunião entre o AEMD e o instituto espanhol planificámos as atividades a desenvolver ao longo do ano letivo e definimos o nome para o projeto. Escolhemos a designação “Irmãos do Douro | Hermanos del Duero”, porque o rio Douro atravessa as cidades de Tordesilhas e Miranda do Douro e é um importante recurso natural, patrimonial e turístico para ambas as cidades” explicou.

Entre as atividades desenvolvidas no projeto educativo, destaque para a visita de estudo dos professores e alunos espanhóis à cidade de Miranda do Douro. Depois, nos dias 27 e 28 de maio, foi a vez dos professores e alunos mirandeses visitarem a cidade de Tordesilhas, em Espanha.

“Na estadia de dois dias em Tordesilhas, tivemos a oportunidade de conhecer o Instituto Educativo Juana I de Castilla. Aí, os alunos espanhóis realizaram atividades conjuntas com os nossos alunos, como a gravação, na estação de rádio do instituto, de áudio guias, em português, espanhol e inglês, sobre os pontos de maior interesse natural, turístico e cultural do rio Douro”, explicou.

A título de curiosidade, a cidade de Tordesilhas, ficou conhecida pela assinatura do Tratado, entre Espanha e Portugal, após a viagem, em 1492, de Cristóvão Colombo à América.

A 7 de junho de 1494, as delegações de Portugal e Espanha reuniram-se em Tordesilhas, perto de Valladolid e acordaram o estabelecimento de uma linha a oeste de Cabo Verde, de polo a polo, que dividia o Oceano Atlântico em duas metades. Assim, todas as terras, descobertas e por descobrir, a oeste dessa linha pertenceriam aos reis de Espanha e todas a leste caberiam a Portugal.

No âmbito do projeto educativo ERIS_IE | Empreendedorismo Responsável, Inclusivo e Sustentável, foi realizada uma exposição fotográfica e documental alusiva ao rio Douro. O trabalho fotográfico foi realizado pelos professores e alunos, portugueses e espanhóis e está patente, em simultâneo, na Casa do Tratado de Tordesilhas, em Espanha, e na Escola Básica e Secundária, em Miranda do Douro (EBS).

Na inauguração da exposição em Tordesilhas, o alcaide, Miguel Ángel Oliveira, realçou a importância de conhecer e estabelecer laços de amizade com o país vizinho, através de projetos comuns.

Sobre a mais valia deste projeto transfronteiriço, a professora Rosa Martins, do AEMD, sublinhou que para as regiões periféricas e mais despovoadas, esta cooperação e intercâmbio é muito importante para a dinamização cultural, social e económica.

O projeto ERIS_IE | Empreendedorismo Responsável, Inclusivo e Sustentável, é financiado pelo programa europeu “Interreg España-Portugal” e tem como objetivo incentivar a cooperação transfronteiriça, para enfrentar o desafio demográfico no espaço fronteiriço, criando condições de vida atrativas baseadas no acesso ao mercado de trabalho, serviços públicos essenciais e acessibilidades.

HA

Política: Vimioso e Alcañices comemoraram os 40 anos de adesão à União Europeia (UE)

Política: Vimioso e Alcañices comemoraram os 40 anos de adesão à União Europeia (UE)

O presidente do município de Vimioso, António Santos e o alcaide de Alcañices (Espanha), David Carrión participaram na sessão de abertura do fórum “Praças da Europa”, um evento dedicado a celebrar os 40 anos da adesão conjunta de Portugal e Espanha à União Europeia (UE).

O presidente do município de Vimioso, António Santos, discursou na abertura do fórum “Praças da Europa”, em Alcañices.

O evento realizou-se no dia 28 de maio, no Convento de São Francisco, em Alcañices (Espanha) e foi uma oportunidade para refletir sobre o impacto positivo da adesão à União Europeia (UE), na vida das localidades fronteiriças, como são Alcañices (Espanha) e Vimioso (Portugal).

Na abertura do fórum“Praças da Europa”, o alcaide de Alcañices, David Carrión, começou por evocar a data de assinatura do histórico Tratado de Alcañices, a 12 de setembro de 1297.

“Foi um tratado que definiu fronteiras, estabeleceu acordos de paz e criou alianças políticas, com os casamentos reais da infanta D. Constança com o rei de Castela, D. Fernando e do infante D. Afonso de Portugal – futuro D. Afonso IV – com D. Beatriz, irmã do rei castelhano. O Tratado de Alcañices fortaleceu e consolidou as boas relações entre os dois países, que permanecem até hoje”, disse.

Sobre a adesão conjunta de Espanha e Portugal, em 1986, à então designada Comunidade Económica Europeia (CEE), o jovem alcaide de Alcañices afirmou que esta pertença “aproximou e fortaleceu ainda mais as relações de vizinhança e fraternidade entre espanhóis e portugueses.

“A abolição das fronteiras físicas permitiu desenvolver as relações comerciais e pessoais entre as populações raianas. Recordo que até então, muitas trocas comerciais eram feitas através do contrabando”, disse.

Por sua vez, da localidade portuguesa vizinha de Vimioso, o presidente do Município, António Santos, começou por sublinhar que a participação de Portugal e Espanha na União Europeia (UE), ao longo destes 40 anos, proporcionou o desenvolvimento da cooperação transfronteiriça.

“A cooperação transfronteiriça tem sido fundamental no estudo e implementação de políticas de vizinhança. O município de Vimioso e a província de Zamora e a comarca de Aliste, em Espanha, enfrentam problemas comuns como o despovoamento, o envelhecimento da população, a falta de indústria, a escassez de ofertas de trabalho o que dificulta a fixação de jovens”, indicou.




Não obstante os problemas estruturais apontados, o autarca vimiosense apontou também o trabalho realizado nas regiões de fronteira, em áreas consideradas estratégicas, como a valorização do mundo rural, onde se destaca a riqueza ambiental e a qualidade dos produtos, tradições e o património histórico”, disse.

“As nossas regiões têm um enorme potencial de desenvolvimento. Importa, por isso, trabalharmos juntos na sua promoção. No âmbito da educação, as nossas escolas podem partilhar projetos educativos. Na saúde, podemos colaborar e melhorar os serviços. No âmbito empresarial, podemos criar sinergias. Na cultura, as nossas semelhanças e diferenças são uma riqueza”, indicou.

O presidente do Município de Vimioso concluiu a sua intervenção afirmando que “a cooperação transfronteiriça, mais do que um ideal europeu é uma necessidade concreta das regiões fronteiriças”.

António Santos deu o exemplo da cooperação transfronteiriça no âmbito da proteção civil, mais concretamente na conservação da floresta e combate aos fogos florestais.

“Através de programas europeus, como o INTERREG ou através de simples acordos de boa vizinhança, podemos fazer mais e melhor. Tal como em 1986, aquando da adesão à CEE, façamos dos nossos municípios faróis de cooperação, de inovação e de esperança para o desenvolvimento harmonioso e sustentável desta nossa região transfronteiriça”, concluiu.

Adesão de Portugal e Espanha à Comunidade Económica Europeia (CEE)

A 1 de janeiro de 1986, Espanha e Portugal passaram a ser Estados-Membros da antiga Comunidade Económica Europeia (CEE).

Os dois países assinaram o Tratado de Adesão, a 12 de junho de 1985.

A Assinatura do Tratado de Adesão de Portugal teve lugar nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, após oito anos de negociações.

HA

Legislativas: Portugueses deram um sinal que «não querem eleições tão cedo» – Susana Martins

Legislativas: Portugueses deram um sinal que «não querem eleições tão cedo» – Susana Martins

A editora de Política da Rádio Renascença, Susana Martins, destacou que a coligação AD e Luís Montenegro saíram “reforçados” e existiu “o colapso do Partido Socialista” nas Eleições Legislativas de 18 de maio, onde os portugueses “deram um sinal de que querem estabilidade”.

“Com a maioria absoluta de António Costa, todos pensávamos que íamos ter uma legislatura para quatro anos. É muito difícil de prever o que é que possa aí vir, aparentemente o Partido Socialista, no estado em que está, terá de dar um sinal à AD de que está, pelo menos, disponível para durante um ano ou dois, ou uma ou duas sessões legislativas, dar a mão à AD”, analisou Susana Madureira Martins, a 22 de maio, em entrevista à Agência ECCLESIA.

As eleições legislativas portuguesas de 2025, para a constituição da Assembleia da República, realizaram-se a 18 de maio, tendo a coligação AD — Aliança Democrática, dos partidos políticos PPD/PSD e CDS/PP, foi a vencedora com 88 mandatos.

“A AD e Luís Montenegro saem aqui reforçados, viram a votação reforçada, não é de somenos e tem-se falado pouco disso. Vamos ver, em termos de Ministério Público e de opinião pública, como é que corre, a partir de agora, o caso Spinumviva, não é líquido que não seja agora dissecado pela própria Justiça”, salientou a editora de Política da Rádio Renascença.

Para a jornalista, os portugueses “deram um sinal de que não querem eleições tão cedo, deram um sinal de que querem estabilidade”, e deram também um sinal que “o caso da empresa familiar do primeiro-ministro não era um caso que valorizassem”.

O Partido Socialista (PS) e o Chega saíram da noite eleitoral empatados em segundo lugar, com 58 mandatos cada, o PS tem mais votos. Com a contagem dos votos do círculo da emigração, dos portugueses residentes no estrangeiro, o Chega foi o partido mais votado, tendo eleito mais dois deputados.

Susana Madureira Martins explica que não se refere a um “colapso da esquerda” com os resultados das Legislativas 2025, embora o Bloco de Esquerda tenha sido “praticamente dizimado, só resta uma deputada”, porque o Livre “teve uma votação expressiva, conseguiu eleger pelo menos mais dois deputados”, agora são seis deputados, e viu a “sua força reforçada”, foi o quinto partido mais votado, a seguir à Iniciativa Liberal (IL).

“A esquerda, obviamente, leva um duro golpe, sobretudo o PS, que se tivesse uma coligação pré-eleitoral podia ter uma votação mais expressiva, mas não é apanágio da esquerda e do PS fazer esse tipo de coligações em Legislativas. O PS levou mesmo um colapso, não há outra palavra, não dá para ser mais suave do que uma grande derrota que o Partido Socialista sofreu, e vamos ver até que ponto é que este colapso não terá uma duração prolongada”, desenvolveu a editora de Política da Rádio Renascença.

O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, começou a ouvir os partidos políticos com representação parlamentar audições em que “vai exigir” acordos.

“O presidente da República vai exigir essas condições de estabilidade que, eu creio, o Partido Socialista neste momento está como que obrigado a dar”, acrescentou Susana Madureira Martins, lembrando que o programa de Governo, “que não tem de ser votado”, já tem “uma moção de rejeição” anunciada pelo Partido Comunista.

A CDU – Coligação Democrática Unitária – do Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), perdeu um deputado nestas eleições, e, conseguiu três mandatos.

A editora de Política da Rádio Renascença sublinha que “basta, neste momento, o Partido Socialista” para essa estabilidade, mas assinala que o “Chega também quer dar aqui um sinal de que é um partido estável, responsável”.

Fonte: Ecclesia | Fotos: Flickr



Legislativas: Presidente da República volta a ouvir PSD, Chega e PS para indigitar primeiro-ministro

Legislativas: Presidente da República volta a ouvir PSD, Chega e PS para indigitar primeiro-ministro

O Presidente da República vai ouvir novamente o PSD, o Chega e o PS sobre a formação do próximo Governo e tenciona ainda indigitar Luís Montenegro, como primeiro-ministro.

O PS será recebido às 15:00 no Palácio de Belém, o Chega às 16:00 e o PSD às 17:00, por ordem crescente de representação parlamentar.

“Vou ouvir primeiro os três partidos. Se eu tiver condições para logo nesse dia fazer sair uma nota de indigitação, faço”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa na segunda-feira, em resposta aos jornalistas, à saída do Convento do Beato, em Lisboa.

Com a segunda ronda de audiências aos três maiores partidos, após o apuramento dos resultados dos círculos da emigração, o chefe de Estado espera “ter a garantia da estabilidade” e ver se “vai até ao Programa do Governo, se vai para além do Programa do Governo, como é”.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que tenciona “logo que possa” indigitar o presidente do PSD, Luís Montenegro, como primeiro-ministro.

Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

O chefe de Estado ouviu os dez partidos que obtiveram assento parlamentar nas eleições legislativas de 18 de maio – PSD, PS, Chega, IL, Livre, PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP – ao longo da semana passada, quando faltava contabilizar os votos e atribuir os quatro mandatos da emigração.

Segundo o apuramento concluído na quarta-feira, desses quatro mandatos, dois foram para o Chega e dois para a AD.

A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, sem maioria absoluta, com cerca de 31% dos votos. Coligados, os dois partidos elegeram 91 deputados, dos quais 89 são do PSD e dois do CDS-PP.

Após a distribuição de mandatos da emigração, o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, mais dois do que os 58 eleitos pelo PS.

A IL manteve-se o quarto maior partido no parlamento, com nove deputados, seguindo-se o Livre, com seis, o PCP, com três, e o BE, o PAN e o JPP, com um cada.

Fonte: Lusa | Gráfico: SIGMAI

Legislativas: Chega foi o partido mais votado pelos emigrantes

Legislativas: Chega foi o partido mais votado pelos emigrantes

O Chega foi o partido mais votado pelos portugueses residentes no estrangeiro, conseguindo 26,15% dos votos, mas mantendo o mesmo número de deputados eleitos por estes círculos.

No final de dois dias de contagem dos votos dos emigrantes, que decorreu na Feira Industrial de Lisboa (FIL), onde 150 mesas com sete elementos cada apuraram as escolhas dos portugueses residentes no estrangeiro, o Chega tornou-se o segundo partido em termos de representação parlamentar.

Este partido conseguiu nestes círculos 92.192 votos, sendo seguido da coligação PSD/CDS (56.460) e do PS (47.693).

Os emigrantes escolheram, desta forma, o Chega e o PSD como os partidos dos quatro deputados eleitos pelos círculos da Europa (dois) e de Fora da Europa (dois).

No seguimento deste sufrágio, foram eleitos pelo círculo da Europa José Manuel Fernandes (AD) e José Dias Fernandes (Chega) e por Fora da Europa José Cesário (AD) e Manuel Magno Alves (Chega).

O Chega venceu pelo círculo da Europa, com 28,20% dos votos, sendo seguido pela coligação PSD/CDS (14,65%) e o PS (13,54%).

Também pelo círculo Fora da Europa o Chega foi o mais votado (20,78%), enquanto a coligação PSD/CDS ficou em segundo lugar (19,60%) e o PS em terceiro: 13,50%

Dos 1.515.519 eleitores portugueses residentes no estrangeiro, inscritos para votar nestes círculos, apenas votaram 352.503, ou seja, 22,24%.

Após a apuração dos votos destes 17 consulados nos círculos da emigração, a coligação PSD/CDS obtém 88 deputados, o Chega 60 e o PS 58.

Fonte: Lusa | Gráfico: SIGMAI

Mogadouro: Sessão solene de elevação a Cidade

Mogadouro: Sessão solene de elevação a Cidade

No dia 1 de junho, município de Mogadouro celebra a elevação da localidade a Cidade, numa sessão solene cujos destaques são a missa campal em honra do padroeiro São Mamede, a benção da nova bandeira da cidade e o concerto de Kátia Guerreiro.

De acordo com o programa divulgado pelo município de Mogadouro, a cerimónia inicia-se às 9h30 da manhã de Domingo, 1 de junho, com a missa campal e a procissão em honra de São Mamede, padroeiro de Mogadouro, na alameda de Nossa Senhora do Caminho.

Segue-se depois a sessão solene comemorativa da elevação de Mogadouro a Cidade, com o hastear da bandeira e o Hino Nacional, interpretado pela fadista, Kátia Guerreiro. Na sessão solene estão previstos os discursos institucionais, a benção e a entrega da nova bandeira da Cidade de Mogadouro às freguesias e instituções do concelho.

Às 13h00 é servido um almoço convívio.

À tarde, na cidade de Mogadouro está programada a animação de um espaço infantil, as danças dos pauliteiricos de Mogadouro e o concerto musical de Kátia Guerreiro.

A celebração da elevação de Mogadouro e Cidade encerra com os concertos das Oficinas de Música do município e da Banda Filarmónica dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro.

A 13 de março de 2025, a Assembleia da República aprovou a classificação de Mogadouro à categoria de cidade. O projeto de lei foi analisado na especialidade pela Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, órgão que confirmou os requisitos legais para a elevação de Mogadouro. 

De acordo com a legislação, pode ser elevada à categoria de cidade, uma localidade que tiver mais de oito mil eleitores e pelo menos metade dos seguintes equipamentos: instalações hospitalares, farmácias, corporação de bombeiros, casa de espetáculos e centro cultural, museus e biblioteca, instalações de hotelaria, estabelecimento de ensino preparatório e secundário, estabelecimento de ensino pré-primário e infantários, transportes públicos e parques ou jardins públicos.

Mogadouro, freguesia e sede de concelho, tem uma área total de 760,65 quilómetros quadrados e 8.304 habilitantes, segundo os censos de 2021.

HA e Lusa | Foto: MM

Vimioso: Visita à Feira Nacional de Agricultura (FNA)

Vimioso: Visita à Feira Nacional de Agricultura (FNA)

O Centro de Gestão de Empresas Agrícolas Vimiosense (CGEAV) está a organizar uma visita no dia 9 de junho, à Feira Nacional de Agricultura (FNA), em Santarém, com a finalidade de proporcionar aos agricultores do concelho de Vimioso, o conhecimento das modernas práticas e equipamentos agrícolas.

A Feira Nacional de Agricultura (FNA), em Santarém, decorre de 7 a 15 de junho, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas. Este certame anual, permite aos agricultores portugueses acompanhar as práticas agrícolas atuais e a forma como a União Europeia está a preparar o caminho para uma agricultura mais competitiva, justa e sustentável.

Este ano, a Feira Nacional de Agricultura (FNA), em Santarém, dá destaque às biosoluções e às inovações sustentáveis no setor agrícola.

“Sob o mote “Agricultura com Futuro”, a FNA25 conta com a presença de empresas líderes na área da bioeconomia, como a Inseter, Repsol, Corterra e FOM, que vão apresentar soluções já em prática na agricultura em Portugal, desde fungicidas à base de casca de laranja até biometano gerado por resíduos agrícolas”, informa a organização.

A feira, em Santarém, decorre ao longo de nove dias e a sua vasta programação inclui: conferências e seminários sobre temas como a energia, biotecnologia, segurança alimentar, vinho, azeite, agricultura familiar e cibersegurança. Concursos de pecuária, cavalos e cães de raças portuguesas. A FNAzinha, um espaço para crianças com atividades pedagógicas, ligadas ao mundo rural. A programação cultural contempla os concertos musicais de Némanus (7 junho), Anselmo Ralph (9 junho), Nininho Vaz Maia (13 junho) e Fernando Daniel (14 junho). E as tradições populares, folclore, gastronomia e largadas de toiros são outras atrações. A entrada na FNA25 custa 8,50€.

Segundo o Centro de Gestão de Empresas Agrícolas Vimiosense (CGEAV), as inscrições para a visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, são gratuitas e devem ser efetuadas até ao dia 7 de junho, presencialmente no centro em Vimioso ou através dos telefones 273512705 / 968434736 /968434795.

HA

Saúde: DGS recomenda medidas de proteção face ao calor

Saúde: DGS recomenda medidas de proteção face ao calor

A Direção-Geral da Saúde recomendou medidas preventivas, como a ingestão de água, face às previsões de aumento de temperatura nos próximos dias, que deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território nacional.

Considerando as previsões meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha o consumo regular de água, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas.

A DGS refere que a exposição solar deve ser evitada entre as 11:00 e as 17:00, recomendando o uso de roupa larga, que cubra a maior parte do seu corpo, chapéu de abas largas, óculos de sol, bem como protetor solar de fator proteção 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas.

Deve ainda ter-se especial atenção com os doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida e manter-se informado relativamente às condições climáticas para poder adotar os cuidados necessários.

A autoridade de saúde sugere também que sejam feitas refeições frias e leves, comendo mais vezes ao dia. O trabalho no exterior seja feito acompanhado, que as persianas das casas sejam corridas, ao entardecer deixar que o ar circule e que as pessoas se mantenham em ambientes frescos, pelo menos duas a três horas por dia.

Os distritos de Setúbal, Évora e Beja vão estar entre quarta e quinta-feira sob aviso amarelo devido ao tempo quente, com Lisboa a enfrentar o mesmo aviso apenas no dia 29 de maio, de acordo com o IPMA.

Para Setúbal, Évora e Beja, o aviso é válido a partir das 09:00 de quarta-feira e mantém-se até às 18:00 de quinta-feira, segundo o IPMA.

Em Lisboa, o aviso vigora entre as 09:00 e as 18:00 de quinta-feira, dia 29 de maio, devido ao alerta de tempo quente, pela “persistência de valores elevados da temperatura máxima”.

No fim de semana, o IPMA já tinha alertado para a subida gradual da temperatura a partir de terça-feira em Portugal continental, com aumento do perigo de incêndio rural, cuja classificação máxima poderá atingir alguns concelhos do sul.

A temperatura máxima deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território a partir de 28 de maio, com exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental, e valores acima de 35°C na região Sul e vale do Tejo.

O tempo quente e seco deve-se a uma massa de ar quente proveniente do Norte de África.

O índice de radiação ultravioleta vai manter-se em valores muito elevados, como expectável nesta época do ano próxima ao solstício de Verão e dada a ausência de nebulosidade.

Fonte: Lusa | Imagem: DGS

Igreja: Preocupação com o isolamento dos idosos

Igreja: Preocupação com o isolamento dos idosos

O coordenador do novo Serviço Nacional da Pastoral dos Idosos (SNPI) assumiu a preocupação com a “solidão” das pessoas mais velhas, em Portugal.

“Um dos desafios maiores que nos é colocado é ir ao encontro desta gente que vive completamente só, que não tem nada”, refere o padre Francisco Ruivo, convidado da entrevista semanal conjunta Ecclesia/Renascença, emitida e publicada aos domingos.

“Isso é algo que me inquieta bastante. Perceber e ver a solidão em que muitas pessoas que vivem”, acrescenta o sacerdote da Diocese de Santarém.

O responsável fala de uma marca de “agressividade grande, até perturbadora”, provocada pela solidão, recordando que há “gente que está em casa sozinha”.

“Essa é uma realidade a que a Igreja não tem dado grandes respostas, a meu ver. Ou se o tem, não é partilhado, não é falado”, observa.

A propósito do Jubileu das famílias, das crianças, dos avós e dos idosos, o coordenador do SNPI indica que esta deve ser uma preocupação “permanente”, que responde a uma exigência da Santa Sé.

Considerando que Portugal está no “ponto zero”, em termos estruturais, o padre Francisco Ruivo assinala que é importante começar a “dar alguns passos”, adiantando que conta ter uma equipa constituída nos próximos meses e que vai “incentivar a que possa haver uma pequena estrutura também, em cada diocese”.

A promoção do voluntariado e o protagonismo dos idosos são outras prioridades do SNPI.

“Estou convencido que não podemos pensar uma pastoral da Igreja, verdadeiramente, sem uma pastoral dos idosos”, acrescenta o sacerdote.

Outro dos objetivos passa pela mudança da mentalidade que vê nos mais velhos um “peso” para as famílias e por contrariar a cultura do “descarte”.

O entrevistado cita um estudo apresentado pela Conferência Episcopal da Austrália, segundo o qual “muitos dos idosos pediam a eutanásia, precisamente para não se sentirem um peso para a família”.

“Nós acabamos por ser arrastados e engolidos por essa mentalidade”, adverte.

Para o padre Francisco Ruivo, é preciso ir ao encontro dos que “perderam todo o sentido da vida”.

“É muito importante poder transmitir-lhes esta bem-aventurança de que a esperança é aquela que, no fundo, nos galvaniza para continuar a sonhar, mesmo já não podendo sair de casa”,conclui.

O Conselho Permanente da CEP aprovou, na sua reunião de maio, a criação do Serviço Nacional da Pastoral dos Idosos, integrado no Departamento Nacional da Pastoral Familiar.

Fonte: Ecclesia

Segurança Social: Metade dos pensionistas recebem reforma até 500 euros

Segurança Social: Metade dos pensionistas recebem reforma até 500 euros

No final de 2024, um milhão dos reformados da Segurança Social recebiam uma pensão de velhice até 500 euros, o equivalente a 51% do total e abaixo do limiar de pobreza fixado para aquele ano.

Com base nos dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), uma análise da CGTP assinala que “perto de 1 milhão de pensionistas de velhice da segurança social (986,2 mil) recebiam menos de 500 euros de pensão por mês”, o equivalente a 51,2% do total.

Este valor situa-se abaixo do limiar de pobreza fixado para aquele ano, que era de 542 euros, assumindo o rendimento anual dividido por 14.

Do total de quase um milhão de pessoas que recebiam até 500 euros, quase sete em cada dez (703,5 mil, o equivalente a 68,2%) eram mulheres e 31,7% (282,7 mil) eram homens.

Já “outros 25,8% recebiam entre 500 e 750 euros, correspondendo a perto de 497 mil pensionistas de velhice de ambos os sexos”, nota a central sindical.

Assim, no total, quase 1,5 milhões de reformados recebiam até 750 euros, isto é, 77% do total de pensionistas da Segurança Social (1,92 milhões).

Segundo o documento, há ainda 102.789 que ganhavam entre 1.200 euros e 2.000 euros, 26.907 que recebiam entre 2.000 e 2.500 euros, 14.872 que auferiam entre 2.500 e 3.000 euros, enquanto 26.880 recebiam 3.000 euros ou mais.

Ou seja, cerca de 2% (41.752 mil) recebiam uma pensão de velhice igual ou superior a 2.500 euros, segundo os cálculos da Lusa, com base na análise da CGTP.

“Na Segurança Social, que abrange a maioria dos reformados e pensionistas do país, os valores médios das pensões são muito baixos, principalmente no caso das mulheres”, alerta a CGTP.

Em dezembro do ano passado, “o valor médio das pensões de velhice era de cerca de 666 euros mensais no conjunto de todos os regimes, situando-se pouco acima do limiar de pobreza”, nota.

“As pensões do regime geral são pouco mais elevadas (516 euros na média do conjunto dos regimes e 524 euros no regime geral), mas em qualquer dos casos são sempre mais baixas entre as mulheres (rondam os 62% do valor recebido pelos homens), devido aos seus salários serem também, em média, mais baixos e as carreiras contributivas mais curtas”, conclui a CGTP.

Esta análise insere-se num conjunto de dados que a CGTP tem vindo a realizar no âmbito da conferência nacional que a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens – CIMH/CGTP-IN vai realizar em 05 de junho, tendo em vista debater a situação das mulheres no mundo do trabalho.

Fonte: Lusa