Política: Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa critica “notícias falsas”

Política: Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa critica “notícias falsas”

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, considerou que ter posições diferentes sobre o Orçamento do Estado “faz parte do jogo político”, mas criticou manipulações e “notícias falsas”.

Em declarações aos jornalistas, durante a conferência de imprensa realizada poucas horas antes do início das cerimónias da peregrinação aniversária ao Santuário de Fátima, José Ornelas disse que “o país ganharia muito em ter um orçamento” e que acredita que “alguns passos têm sido dados” para que tal aconteça.

“Mesmo num país pequeno como nós somos há lugar para ideias diferentes. O que tenho dificuldade de aceitar é quando se manipulam as coisas, quando se dão notícias falsas para chegar a…”, frisou o também bispo de Leiria-Fátima.

Na sua opinião, “em política não pode valer tudo” e as mentiras fazem “perder credibilidade” quer na política, quer na Igreja.

José Ornelas defendeu que há que ter “a fidelidade e a honestidade perante as coisas de dizer: ‘eu posso errar, posso cometer erros, mas tenho que estar sempre aberto a aceitar criticamente tudo isso e a aceitar também que outros possam ter pontos de vista diferentes dos meus’”.

“Que o digam as famílias e cada um de nós se o orçamento não tem de ser objeto de um compromisso, de projetos que têm de ser redimensionados por causa da realidade que nós temos e dos recursos que temos à disposição. E sobretudo quais são os valores e as prioridades que damos a tudo isso”, frisou.

Neste âmbito, referiu ser normal haver “um jogo político”, em que haja “capacidade de discutir e de divergir”.

“Agora, nós depois temos de chegar a um compromisso de dizer que, se não puder ser tudo este ano, para o ano vamos encontrar mais. Eu não considero este país adiado, têm sido dados alguns passos”, tal como aconteceu no passado, defendeu.

Questionado sobre as compensações financeiras para as vítimas de abuso sexual da Igreja, José Ornelas garantiu que “tudo se está a fazer para evitar a revitimização”.

Segundo o bispo de Leiria-Fátima, “a maior parte destas pessoas que já tem a sua história contada não irá contá-la de novo”.

“Todos sabemos que [a revitimização] é penosa e não queremos. Queremos que isto seja um momento de reconhecer o mal que foi feito a estas pessoas, de sentirem que afinal foram vítimas e não são inimigos de ninguém”, frisou.

No seu entender, este deve ser “um momento de pacificação e de contributo para a superação das dificuldades, como já está a ser, com a facilitação de ajuda psicológica, psiquiátrica, etc”.

A CEP aprovou em abril a criação de um fundo, “com contributo solidário de todas as dioceses”, para compensar financeiramente as vítimas de abuso sexual no seio da Igreja Católica em Portugal.

“Para dar seguimento a este processo, a Assembleia definiu que os pedidos de compensação financeira deverão ser apresentados ao Grupo VITA ou às Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis entre junho e dezembro de 2024”, anunciou a CEP no final da sua Assembleia Plenária realizada em Fátima entre 08 e 11 de abril.

Segundo o episcopado, “posteriormente, uma comissão de avaliação determinará os montantes das compensações a atribuir”.

O Grupo VITA foi criado pela CEP, em 2023, na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica – que ao longo de quase um ano validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas.

Fonte: Lusa

Entregar-se por inteiro

XXVIII Domingo do Tempo Comum

Entregar-se por inteiro

Sab 7, 7-11 / Slm 89 (90), 12-17 / Hebr 4, 12-13 / Mc 10, 17-30 ou 10, 17-27

Um homem corre para Jesus, ajoelha-se e pergunta: «Bom Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus cita os mandamentos e o homem fica feliz, pois cumpre-os na perfeição. Então Jesus, olhando-o com simpatia, aponta-lhe o caminho do Evangelho: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». E isto faz com o que o homem caia numa grande tristeza: «Ouvindo estas palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, porque era muito rico».

Se o Evangelho pudesse ser reduzido a uma palavra, essa palavra seria «liberdade». De nada nos vale cumprir os mandamentos se permanecemos enraizados no controlo sobre tudo o que acontece à nossa volta.

O contentamento com as boas ações, quando não acompanhado da liberdade para a vontade de Deus, é mera ilusão. É isso que nos mostra esta passagem: aquele que se aproxima de Jesus supostamente disponível para tudo é incapaz de entregar-se por inteiro.

Quem vive cheio de si mesmo, contente com o que faz, como este homem, não alcança o reino dos Céus. Vive enganado o cristão, casado ou consagrado, que pensa que já se deu por inteiro ao Senhor por assumir um estado de vida, quando o vive em serviços mínimos. Tal como há uma doação completa do Filho na sua Paixão, também o caminho da nossa plenitude passará por esta disponibilidade total para a vontade do Pai.

Tal como nós, também os discípulos se surpreendem com a exigência deste caminho e perguntam: «Quem pode então salvar-se?». Jesus, olhando-os nos olhos, diz-lhes: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível». Podemos ouvir um eco desta afirmação em São Paulo, quando escreve em Filipenses: «Tudo posso n’Aquele que me conforta». É pelo acolhimento da graça que podemos trilhar o caminho da salvação.

Coloquemo-nos, de mãos vazias, diante de Deus. Entreguemo-nos por inteiro ao Senhor, sem guardar nada para nós, independentemente do nosso estado de vida. E peçamos a graça do seguimento, ao seu estilo. É isso que nos falta para sermos bem-aventurados, para sermos santos com os santos de Deus, já nesta terra, e alcançarmos as promessas de Deus.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Terço, procissão das velas e eucaristia em honra de Nossa Senhora de Fátima

Miranda do Douro: Terço, procissão das velas e eucaristia em honra de Nossa Senhora de Fátima

No fim-de-semana de 12 e 13 de outubro, celebra-se da concatedral de Miranda do Douro, o aniversário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, com a recitação do terço e a procissão das velas e no Domingo, celebra-se a eucaristia dominical em honra de Nossa Senhora de Fátima.

Em Miranda do Douro, o programa religioso inicia-se na noite de sábado, às 21h00, com a recitação do terço na concatedral, seguindo-se a procissão das velas.

No Domingo, dia 13, a celebração da eucaristia em honra de Nossa Senhora de Fátima está agendada para as 11h00, na concatedral.

Ao longo do mês de outubro, em Miranda do Douro, reza-se o terço na igreja de Santa Cruz, às 21h00.

As celebrações do 12 e 13 de outubro remetem para a sexta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, ocorrida a 13 de outubro de 1917, na Cova da Iria, “à qual se estima que tenham assistido entre 50 mil a 70 mil pessoas”.

Nesta aparição, segundo as memórias da irmã Lúcia, a mais velha dos três pastorinhos, Nossa Senhora pediu: “Façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias”.

No Santuário de Fatima, os “momentos significativos” são no dia 12, a Procissão Eucarística, às 17h30; o Rosário, a partir das 21h30, na Capelinha das Aparições, seguindo-se a Procissão das Velas e a Celebração da Palavra; e a Procissão do Silêncio, às 23h00.

Na manhã de Domingo, dia 13 de outubro, destacam-se o Rosário, às 09h30, na Capelinha das Aparições; e a partir das 10h00, realiza-se a procissão para o altar e a Missa Dominical que este ano é presidida pelo arcebispo brasileiro de Manaus, o cardeal D. Leonardo Ulrich Steiner; no final da celebração realiza-se a bênção dos doentes e a procissão do adeus.

HA e Ecclesia



Ambiente: Falta de dispersão de sementes pode afetar futuro das plantas

Ambiente: Falta de dispersão de sementes pode afetar futuro das plantas

A dispersão de sementes é crucial para a sobrevivência dos ecossistemas, mas as ameaças de extinção e alterações populacionais entre os animais que dispersam as sementes, colocam em risco a diversidade de plantas no continente europeu.

Um estudo da Universidade de Coimbra, publicado na revista Science, indica que 30% das espécies de plantas têm a maioria dos seus dispersores na categoria de elevada preocupação, noticiou a agência Efe.

Os investigadores focaram-se na forma como a perda de espécies animais na região, poderá afetar o processo de dispersão das sementes, uma vez que pouco se sabe sobre a forma como estas duplas dispersores-plantas são interrompidas pela perda de espécies.

A equipa, liderada pela investigadora Sara Beatriz Mendes, reviu a literatura sobre duplas de dispersão entre animais e plantas para reconstruir a primeira rede europeia de dispersão de sementes.

Um terço destas interações cruciais são altamente preocupantes, o que significa que as espécies nelas envolvidas estão listadas como quase ameaçadas, em perigo ou com populações em declínio, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Os dados indicam que cada espécie animal dispersou em média 13 espécies de plantas, enquanto cada espécie de planta teve em média nove dispersores, resume a revista.

O estudo “revela uma crise de dispersão de sementes em desenvolvimento na Europa” e destaca grandes lacunas de conhecimento em relação aos dispersores e ao estado de conservação das plantas cujas sementes são dispersas por animais, “o que exige um maior escrutínio e ação para conservar o serviço de dispersão de sementes”, referiu a equipa.

Os investigadores reconhecem que existem lacunas significativas nos dados sobre as relações de dispersão, mas acreditam que as suas descobertas podem ser utilizadas para orientar os esforços de conservação para preservar as relações de dispersores de grande preocupação.

Este é o primeiro estudo abrangente sobre a vulnerabilidade das espécies dispersoras de sementes, realçou o investigador Daniel Montoya, do Centro Basco para as Alterações Climáticas (BC3), citado pelo Science Media Centre, uma plataforma de recursos científicos para jornalistas.

Os autores compilaram uma extensa base de dados de 11.414 interações entre 1.902 espécies de plantas e 455 espécies de animais dispersores de sementes, incluindo 283 aves, 85 artrópodes, 69 mamíferos, 11 répteis, 4 moluscos, 2 peixes e um verme anelídeo.

A perda da função de dispersão “reduz a capacidade de recuperação dos ecossistemas, um fator chave face à recente aprovação da Lei Europeia de Restauração”, acrescentou Montoya.

O investigador salientou que os resultados do estudo podem subestimar a vulnerabilidade de algumas espécies dispersoras, para as quais não existe informação sobre as suas tendências populacionais e vulnerabilidade.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Médicos fazem consultas gratuitas de especialidade

Mogadouro: Médicos fazem consultas gratuitas de especialidade

No Centro de Saúde de Mogadouro, um grupo de médicos voluntários vai realizar consultas de várias especialidades, gratuitas, nos dias 12 e 13 de outubro, através de uma parceria entre autarquia e a Unidade Local de Saúde do Nordeste.

A proposta foi feita ao município de Mogadouro que em comunicado, avançou que “uma vez que se trata de uma oportunidade para que toda a gente tenha acesso a cuidados de saúde especializados, que muitas vezes são dispendiosos e só estão disponíveis nas grandes cidades”.

Esta autarquia, em colaboração com a Unidade Local de Saúde (ULS) Nordeste, realizou as diligências necessárias para que esta atividade possa desenvolver-se durante o próximo fim de semana, de 12 e 13 de outubro, em Mogadouro.

Assim, no sábado, dia 12, as consultas vão decorrer durante todo o dia.

No Domingo, os atos médicos acontecem durante a manhã, sendo o atendimento feito através da atribuição de senhas numeradas, à chegada ao Centro de Saúde.

Fonte: Lusa

Política: A proposta do orçamento para 2025

Política: A proposta do orçamento para 2025

O Governo entregou a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que inclui a despesa adicional aprovada no parlamento e que ainda não tem garantia de aprovação, mesmo depois das negociações com o principal partido da oposição.

Após uma semana e meia de negociação de propostas e contrapropostas, entre Governo e PS, o Conselho de Ministros aprovou a 9 de outubro a sua proposta orçamental para 2025 que, segundo o Governo, “reflete as negociações e as preocupações” manifestadas pelo partido liderado por Pedro Nuno Santos.

Eis o que já é conhecido sobre a proposta de OE2025:

Orçamento segue com 5,7 mil milhões de despesa adicional

As negociações arrancaram logo com o peso de uma despesa de 5,7 mil milhões de euros, entre medidas já assumidas, novas iniciativas do Governo e propostas aprovadas no parlamento.

As medidas da oposição aprovadas no parlamento valem 740 milhões de euros, sendo que mais de metade corresponde à redução de IRS que, apesar de ter partido de uma iniciativa do Governo, acabou por ser aprovada a proposta do PS. O valor inclui também o alargamento do IVA de 6% na eletricidade, com um impacto de 110 milhões, e a isenção em ex-Scut, com um custo de 180 milhões.

Já as medidas do Governo têm um impacto de 452 milhões de euros, contemplando acordos de valorização com professores, forças de segurança e militares, o aumento do Complemento Solidário para Idosos e o aumento da consignação de IRS.

Governo conta com crescimento de 2% e excedente de 0,3%

O Governo estima que a economia cresça 2% este ano e em 2025, segundo dados que foram transmitidos aos partidos pelo executivo nas reuniões sobre o OE2025, a que a Lusa teve acesso, e que colocam a inflação num valor ligeiramente acima dos 2%.

Nessas reuniões, os dados apontavam para um excedente orçamental de 0,3% em 2024. Já para o próximo ano, a previsão de excedente é também de 0,3% do PIB, o que corresponde a cerca de 700 milhões de euros.

No documento que foi entregue pelo primeiro-ministro na segunda e última reunião negocial com o secretário-geral do PS, o Governo indica que, tendo em conta a perspetiva para o saldo, “a margem orçamental total, para escolhas discricionárias no OE2025, é de cerca de 2.252 milhões de euros”, dos quais restam 1.060 milhões (após as medidas aprovadas no parlamento e as medidas já determinadas pelo Governo).

Governo vai atualizar impostos e prorrogar contribuições extraordinárias

O OE2025 vai contemplar “a atualização dos escalões dos impostos, do IRS, do IMT e dos impostos especiais sobre o consumo”, segundo anunciou já o ministro das Finanças. Além disso, prevê também a prorrogação das contribuições extraordinárias, como o caso da energia, da banca, das farmacêuticas, entre outras.

SMN aumenta para 870 euros e para 870,50 na função pública

No acordo de rendimentos assinado com os parceiros sociais, o executivo determinou um aumento do salário mínimo em 50 euros, acima do previsto no anterior acordo, para 870 euros.

Apesar do salário mínimo não ser determinado no Orçamento do Estado, este também terá impacto nas contas públicas do próximo ano, já que vai ter de ser aplicado também na função pública. A proposta de negociação apresentada esta quarta-feira aos sindicatos contempla uma diferença de 50 cêntimos, colocando a remuneração base da função pública nos 870,50 euros (em 2024 o salário mínimo ficou definido em 820 euros e o da função pública em 821,83 euros).

IRS Jovem

O modelo de IRS Jovem que estará refletido no OE2025 contempla várias mudanças face ao inicialmente proposto pelo Governo, indo ao encontro do modelo já em vigor e que o PS defende, ou seja, isenta de sujeição ao IRS uma parcela do rendimento, em vez de aplicar taxas de imposto mais baixas do que as pagas atualmente pela generalidade dos trabalhadores.

O modelo proposto permite, assim, que o benefício seja aplicado a todos os jovens independentemente das habilitações académicas, com idade até aos 35 anos, e aumenta o limite de rendimento anual sujeito a isenção – que passa a ser de 55 Indexantes de Apoios Sociais. O prazo durante o qual se pode beneficiar é de 10 anos (abaixo dos 13 anteriormente propostos pelo Governo e acima dos sete defendidos pelo PS).

Descida da taxa do IRC

Em vez de avançar com uma descida do IRC de 21% para 19% já em 2025, o Governo propõe agora que o imposto que incide sobre o lucro das empresas recue em um ponto percentual no próximo ano, para 20%, sem fixar metas de redução para os anos seguintes.

O IRC é a matéria em que há maior divergência entre o Governo e o PS, com os socialistas a defenderem um modelo (que não foi acolhido pelo Governo) de não haver redução do IRC em 2025, mas antes a reintrodução do crédito fiscal extraordinário ao investimento ou uma redução de um ponto percentual do IRC em 2025 com o compromisso de nos três anos seguintes não haver reduções adicionais da taxa nominal de IRC, mas com reintrodução do crédito fiscal extraordinário de apoio ao investimento em 2026, 2027 e 2028.

Tributações autónomas e prémio salarial 

Indo ao encontro do que defende o PS e do seu próprio programa, o Governo assegura uma redução anual da tributação autónoma sobre os veículos, em sede de IRC e IRS, durante os próximos quatro anos, atingindo uma redução de 20% em 2028.

O Governo decidiu também aceitar a proposta do PS de reforçar o incentivo à valorização salarial, através de uma majoração, em sede de IRC, de 50% dos encargos correspondentes a aumentos salariais de, pelo menos, 4,7%, e medidas de incentivo à capitalização das empresas.

Estas medidas estão contempladas no acordo tripartido de concertação social assinado na semana passada – e ao qual a CGTP não se vinculou.

Governo admite aumento extra das pensões

O Governo já avançou com um bónus para os pensionistas neste mês e, na contraproposta entregue ao PS esta semana, diz também estar disponível para “atribuir, sempre que possível, aos pensionistas com pensões mais baixas, reforços extraordinários acima do valor da atualização legal”.

O OE2025 terá, entretanto, de contar à partida com a atualização das pensões que decorre da lei e que tem em conta o desempenho da economia e a inflação.

Orçamento da Cultura

O OE2025 contempla uma subida de 18% na verba destinada à Cultura face ao valor orçamentado para este ano. Porém, comparando com a estimativa de execução do orçamento da Cultura este ano, o aumento previsto será de 25%.

Calendário

Após a aprovação em Conselho de Ministros, o Governo entregou a 10 de outubro, a proposta do OE2025 no parlamento, seguida da habitual conferência de imprensa no Ministério das Finanças de apresentação da proposta orçamental.

A discussão na generalidade vai decorrer nos dias 30 e 31 de outubro. O calendário agora fixado, determina que a discussão na especialidade decorrerá nos dias 22, 26, 27, 28 e 29 de novembro – sendo este o dia em que se realiza também a votação final global do documento.

Fonte: Lusa

 

Algoso: Arrancou o King of Portugal

Algoso: Arrancou o King of Portugal

Arrancou, em Algoso, o “IX King of Portugal”, uma prova de todo-o-terreno motorizado, que decorre até sábado e conta com a participação de 80 equipas, de 14 nacionalidades e várias categorias de veículos, informou o diretor de prova, José Rui Santos.

O “IX King of Portugal” iniciou-se com o prólogo, na aldeia de Algoso.

A novidade do “King of Portugal” deste ano é a realização do prólogo e de uma prova noturna, na localidade de Algoso, no concelho de Vimioso.

Nesta aldeia histórica, os carros das categorias Legends, Modificados, UTV e Unlimited, vão procurar realizar os melhores tempos num percurso inicial de cerca de 4,5 quilómetros. Ao final do dia, na prova noturna, os pilotos vão mostrar a sua destreza e a potência dos veículos ao “trepar” até ao castelo.

A organização do “King of Portugal” indica que nesta 9ª edição vão participar 80 equipas, vindas de vários países como Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Escócia, Alemanha, Bélgica e Suíça e até dos Estados Unidos da América (EUA).

Em Algoso e para bem receber os aficionados deste desporto motorizado, a freguesia organizou um mercado medieval com produtos regionais, com o objetivo de divulgar e comercializar o que de melhor se produz na região.

Após o prólogo e a corrida noturna, no dia seguinte, sexta-feira, realiza-se a 1ª etapa da competição, nas zonas da Pedreira e na Tartaruga, em São Joanico, onde o público poderá acompanhar de perto a prova.

No sábado, a 2ª etapa do King of Portugal estende-se até à zona dos Ovos de Dinossauro, na freguesia de Caçarelhos.

Para muitos pilotos concluir esta dura prova motorizada é já uma vitória. Questionado sobre a melhor estratégia para chegar ao fim da prova, o diretor, José Rui Santos, aconselhou prudência.

“Sendo uma prova todo-o-terreno de resistência, o mais importante é a gestão do carro e para isso é determinante a assistência mecânica e a boa forma física dos pilotos. Aos pilotos, aconselho a não quererem competir com carros mais potentes”, disse.

Em 2023, os grandes vencedores do King of Portugal foram Francisco Guimarães e Gerardo Sampaio, da equipa Fracing, na categoria Unlimited, ao concluírem a prova (7 voltas ao percurso), num tempo de 6 horas 19 minutos 53 segundos e 226 milésimos.

Na edição deste ano, o diretor, José Rui, antevê uma renhida competição, dado que estão presentes os campeões de todo-o-terreno de vários países europeus.

O King of Portugal é coorganizado pelo Clube NorteX4, o município de Vimioso, o motoclube “Os Furões”, a Federação Porquês do Automóvel e Karting (FPAK) e a prova conta com o patrocínicio de várias freguesias do concelho e empresas.

O presidente do município de Vimioso, António Santos, voltou a destacar as condições ímpares do concelho para a prática do desporto motorizado.

“O município de Vimioso continua a apoiar a organização do King of Portugal, dado que no concelho existe uma orografia propícia para o desporto motorizado. A outra razão é o significativo retorno económico e turístico que este evento desportivo traz para o concelho e para a região”, justificou.


Por sua vez, a presidente da freguesia de Algoso, Cristina Miguel, revelou que a aldeia preparou-se para receber o evento desportivo.

“Perante a grande notoriedade desportiva do King of Portugal, esta é uma oportunidade para promover o património histórico e turístico de Algoso, Para isso, decoramos as ruas da aldeia, providenciamos a animação musical e instalamos o mercado medieval de produtos regionais”, indicou a autarca de Algoso.

Em próximas edições, a organização do “King of Portugal” pretende levar a prova de todo-o-terreno a outras localidades do concelho de Vimioso.

HA e Lusa

Palaçoulo: Mosteiro é inaugurado no dia 23 de outubro

Palaçoulo: Mosteiro é inaugurado no dia 23 de outubro

O Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, vai ser inaugurado no dia 23 de outubro, com a celebração da eucaristia presidida pelo arcebispo de Braga, Dom José Cordeiro, um almoço convívio e uma visita aos espaços regulares do novo mosteiro trapista.

Passados quatro anos (outubro de 2020) da sua chegada a Palaçoulo, as monjas trapistas vindas do mosteiro de São Vitorchiano, em Itália, vão inaugurar o novo mosteiro desta ordem religiosa, em Portugal.

Segundo um comunicado, a inauguração oficial do mosteiro está agendada para quarta-feira, dia 23 de outubro e vai iniciar-se às 11 horas com a celebração da eucaristia, presidida pelo arcebispo de Braga, Dom José Cordeiro e “todos” são convidados.

Após a celebração religiosa é servido um almoço convívio e uma visita aos espaços regulares do mosteiro trapista.

Desde 3 de julho, a comunidade das monjas trapistas já mora dentro do edifício do mosteiro e desenvolve ali a sua vida regular. O dia-a-dia de clausura é dedicado à oração e ao trabalho diário, a manufatura de artigos religiosos, da doçaria tradicional e o acolhimento a grupos, famílias e visitantes, na hospedaria.

Outra novidade no dia-a-dia das monjas trapistas de Palaçoulo é a conclusão das obras de reparação do piso superior da hospedaria, que recorde-se, foi destruído por um incêndio que deflagrou a 27 de janeiro.

De acordo com a irmã Margarida Baldini, responsável pela hospedaria, o espaço já voltou a acolher grupos, famílias e visitantes. Durante a estadia, que tem um tempo máximo de oito dias, o mosteiro oferece o alojamento e as refeições aos visitantes.

“Pela estadia na hospedagem, as pessoas oferecem o que quiserem. Há pessoas que oferecem muito mais do que aquilo que precisamos. E outras oferecem aquilo que está ao seu alcance. Nós seguimos a regra de São Bento, que nos ensina a acolher os hóspedes como se fosse o próprio Cristo”, disse.

Percorridos quatro anos de vida no planalto mirandês, esta comunidade religiosa é atualmente formada por 14 pessoas (10 monjas, 1 noviça e 3 postulantes), que vivem segundo a regra beneditina do “Ora et labora”.

“A nossa vida pauta-se pela obediência constante a Deus, mediante a oração e o trabalho. Este modo de vida, ajuda-nos a ter uma permanente consciência da presença e entrega a Deus. No dia-a-dia, os toques do sino do mosteiro assinalam os atos comunitários, como são a oração e o trabalho”, explicou a Madre Superiora, Giusy Maffini.

As monjas trapistas ou Irmãs da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO), são uma ordem religiosa católica, contemplativa. O mosteiro pertence à Ordem Cisterciense da Estrita Observância, que tem as suas raízes no Mosteiro de Citêaux (França), fundado por 21 monges beneditinos, em 1098.

Ao longo do ano, a comunidade trapista de Palaçoulo, realiza encontros vocacionais, destinados às jovens interessadas em conhecer o estilo de vida monástico. Para obter informações sobre estes encontros, pode consultar o site do mosteiro, escrever um e-mail (chamamento@trapistaspalacoulo.pt) ou ligar para o número: 910 909 588.

HA

Espanha: Cimeira luso-espanhola realiza-se a 23 de outubro centrada no tema da água

Espanha: Cimeira luso-espanhola realiza-se a 23 de outubro centrada no tema da água

A 35.ª Cimeira Luso-espanhola vai realizar-se em 23 de outubro, em Faro e tem como tema central “Água um bem comum”, avançou fonte do gabinete do primeiro-ministro português, Luís Montenegro.

A reunião terá uma participação alargada, com a presença de 13 ministros de cada país, além dos dois chefes de Governo, Luís Montenegro e Pedro Sánchez e vai realizar-se no Palácio Fialho, em Faro.

Os trabalhos vão iniciar-se pelas 09:30 e terminam com um almoço entre as duas delegações.

Na cimeira ibérica, devem ser assinados acordos no âmbito da Convenção de Albufeira, instrumento de cooperação bilateral, que regula desde 2000, a proteção das águas das bacias hidrográficas partilhadas entre Espanha e Portugal, dos rios Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana, promovendo também a utilização sustentável e coordenada das suas águas.

Nesta cimeira ibérica, esperam-se também desenvolvimentos sobre os projetos da Ponte de Alcoutim – Sanlucar de Guadiana e da Ponte Internacional sobre o Rio Sever (entre Nisa e Cedillo) financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A realização desta cimeira para a segunda quinzena de outubro, foi anunciada em abril durante a primeira visita oficial a Espanha, de Luís Montenegro, como primeiro-ministro, poucas semanas depois de tomar posse.

“Não há diferenças partidárias que possam colocar em crise um segundo ou um milímetro a relação que aprofundamos há séculos em benefício das pessoas”, afirmou o social-democrata Luís Montenegro, numa conferência de imprensa em Madrid ao lado do chefe do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez.

No final do encontro, ambos destacaram as boas relações entre Portugal e Espanha, tanto bilaterais como no seio da União Europeia ou de outras instituições internacionais e multilaterais, e garantiram que assim continuarão, com os dois governos a prometerem continuar a trabalhar juntos, apesar de agora serem executivos de cores e famílias políticas diferentes.

“A notícia de hoje é que as nossas boas relações bilaterais vão continuar a estreitar-se. Os nossos governos continuarão a trabalhar em benefício dos portugueses e dos espanhóis. E vamos continuar a impulsionar uma Europa que tem de ser mais competitiva, resiliente e, sobretudo, e sublinho, mais social. E fazê-lo, em definitivo, juntos”, disse então Pedro Sánchez.

A nível bilateral, ambos reiteraram, entre outros, compromissos comuns para concretização de ligações ferroviárias, rodoviárias ou energéticas, muitos deles relacionados com os planos de resiliência e recuperação e outros fundos europeus.

Numa reunião em 27 de setembro, em Aranjuez, na região de Madrid, Portugal e Espanha acordaram definir caudais diários mínimos para o rio Tejo e estabelecer também, pela primeira vez, caudais para o Guadiana.

A ministra portuguesa com a tutela do Ambiente, Maria da Graça Carvalho e a espanhola, Teresa Ribera, anunciaram ainda um princípio de acordo para o pagamento a Portugal da água captada no Alqueva por agricultores espanhóis, nas mesmas condições e preços que pagam os utilizadores do lado português.

Nessa ocasião, as ministras remeteram a assinatura dos acordos definitivos para a cimeira ibérica, agora marcada para 23 de outubro, em Faro.

A última cimeira ibérica realizou-se em 14 e 15 de março de 2023, em Lanzarote, Espanha e destacou-se o contributo do escritor José Saramago.

Em novembro de 2022, em Viana do Castelo, o tema central do encontro entre portugueses e espanhóis foi a inovação.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Cartão Municipal do Bombeiro

Mogadouro: Cartão Municipal do Bombeiro

A Câmara Municipal de Mogadouro aprovou uma proposta para a criação do Cartão Municipal do Bombeiro, que isenta estes profissionais do pagamento de taxas na utilização de equipamentos municipais e reconhece o “abnegado” serviço à comunidade.

“Esta proposta foi aprovada por unanimidade, na reunião do Executivo municipal e destina-se aos elementos do corpo de bombeiros de Mogadouro, que assim ficam isentos do pagamento de taxas para a utilização dos mais diversos equipamentos municipais”, informou o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro (PSD), António Pimentel.

A proposta partiu da maioria PSD, ao abrigo do Regulamento Geral de Tabelas, Taxas, Tarifas e Licenças Municipais do Município de Mogadouro.

A medida contempla a isenção de taxas, aos bombeiros em exercício de funções na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Mogadouro, para a utilização de equipamentos municipais como o ginásio, piscina municipal coberta e a descoberta, sessões de cinema, utilização dos court de ténis ou o parque de campismo.

Segundo o autarca social-democrata, esta decisão foi tomada após uma reunião com o comando do corpo de bombeiros de Mogadouro.

“As ações de proteção de vidas humanas e bens em risco, o socorro e apoio à população em situações de perigo, carência, doença ou outras necessidades eventuais, levadas a cabo pelos Bombeiros, muitas vezes exigindo verdadeiros atos de coragem e abnegação, devem ser merecedoras do reconhecimento incondicional da comunidade e das suas instituições”, indicou.

O executivo municipal de Mogadouro é composto por três eleitos pelo PSD e dois do PS.

Fonte: Lusa