Ambiente: Parque Natural de Montesinho assinala 45 anos com novos projetos

Ambiente: Parque Natural de Montesinho assinala 45 anos com novos projetos

A 30 de agosto, o Parque Natural de Montesinho (PNM) assinalou 45 anos, com a apresentação de dois novos projetos e procura financiamento na ordem dos 64 milhões de euros para mais investimentos, referiu Sandra Sarmento, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

A diretora regional do norte do ICNF considerou que o modelo de cogestão da área protegida implementado há quase três anos e que integra também os municípios de Bragança e Vinhais e várias entidades e associações locais, foi “um marco”.

Sandra Sarmento referiu ainda que neste período foi investido no parque cerca de um milhão de euros provenientes do Fundo Ambiental e que com a entrada mais recente na cogestão da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, estão a procurar fontes de financiamento para os projetos que integram o plano de cogestão.

“Temos trabalhado com a Comissão para encontrar fontes de financiamento (…) que forem possíveis para apoiar as ações que temos previstas. O plano envolve um conjunto de ações com um valor significativo, que ronda os 64,5 milhões de euros.”, afirmou Sandra Sarmento.

A 30 de agosto, dia aberto do Parque Natural de Montesinho, foram apresentados, na aldeia de Vilarinho, dois novos projetos – o “Experienciar Montesinho”, que é uma aplicação para dispositivos móveis para ajudar na visita à área protegida, e o “Montesinho para todos”, que inclui a criação de um centro de apoio aos percursos pedonais, trilhos ou rotas interpretativas.

Foi ainda inaugurado um centro interpretativo na aldeia de Montesinho.

O PNM perdeu quase 500 hectares num incêndio que deflagrou a 10 de agosto. De acordo com os dados divulgados pelo ICNF, arderam 445,331 hectares, a grande maioria, cerca de 421, mato. 

Questionada sobre os pedidos feitos após a extinção das chamas, nomeadamente por Paulo Xavier, presidente da câmara de Bragança e que acumula o cargo da presidência da cogestão do PNM, sobre a necessidade de revisão do ordenamente e do plano contra incêndios na zona, para que sejam melhoradas as áreas de contenção à volta da população e as redes viárias, Sandra Sarmento revelou que está em curso o processo de recondução do plano de ordenamento do PNM.

“Contratámos uma empresa e estamos a trabalhar. O processo de recondução de plano a programa está em curso. Nesse processo vamos implementar as alterações, os ajustes, os acertos que forem necessários. Naturalmente não será possível acolher tudo, mas faremos o nosso melhor para garantir que vamos ao encontro também das ambições das populações”, garantiu Sandra Sarmento, acrescentando que, depois de concluída esta etapa, haverá uma consulta pública. 

Sobre as antigas casas da floresta, atualmente sem uso e degradadas, a diretora regional disse que algumas serão recuperadas em projetos já previstos, outras está a ser avaliada a possibilidade de recuperação para lhes serem atribuídas novas funções e o ICNF está ainda disponível para protocolos de colaboração com privados.

Sobre a possibilidade de o PNM voltar a ter um diretor, Sandra Sarmento comentou apenas que está previsto que alguns parques possam voltar a ter essa figura, mas que no momento não consegue adiantar mais informações.

“A mensagem [que queremos deixar] é que temos vindo a apostar numa gestão de proximidade, colaborativa, que envolve as pessoas para encontrar formas de apoiar e ajudar nas estratégias que se vão desenhando para o território”, rematou, em jeito de resumo, a dirigente do ICNF, vincando que a instituição está sempre disponível para novos projetos que vão ao encontro das expectativas da população que se enquadrem no “espírito de uma área protegida”. 

O Parque Natural de Montesinho foi reconhecido a 30 de agosto de 1979. Tem cerca de 75 mil hectares nos concelhos de Bragança e Vinhais, inclui 92 aldeias, que integram a Terra Fria Transmontana.

Fonte: Lusa

Energia: Consumo de eletricidade sobe 1,7% até agosto e renováveis abastecem 3/4

Energia: Consumo de eletricidade sobe 1,7% até agosto e renováveis abastecem 3/4

O consumo de energia elétrica aumentou 1,7% até agosto e as fontes renováveis abasteceram três quartos do consumo nacional de eletricidade, segundo dados da Rede Elétrica Nacional (REN).

“No período de janeiro a agosto o consumo registou uma evolução positiva de 1,7% ou 2,2% com correção da temperatura e dias úteis”, indicou, em comunicado.

No mês de agosto, o consumo de energia elétrica aumentou 0,1%, face ao período homólogo, ou 0,3% com a correção dos efeitos da temperatura e número de dias úteis.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, 75% da energia elétrica consumida veio de fontes renováveis, destacando-se a hídrica (33%). Seguiu-se a eólica (26%), a fotovoltaica (10%) e a biomassa (6%).

As centrais a gás natural abasteceram 8% do consumo, enquanto os restantes 17% dizem respeito a energia importada.

Em agosto, a produção renovável abasteceu 55% do consumo, a não renovável 10% e os restantes 35% correspondem à energia importada.

“De realçar o crescimento na solar, que representou 15% do consumo nacional no mês [de agosto], com pontas diárias acima de 2.600 MW [megawatts]. A produção de energia fotovoltaica e eólica esteve perto da média histórica (um), com os respetivos índices a registarem 1,02 e 1,00, enquanto na hídrica os valores foram relativamente mais favoráveis”, apontou.

Até agosto, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33, o de eólica 1,04 e o de solar 0,96 (a média histórica também é um).

O consumo de gás natural manteve-se “muito condicionado pela baixa utilização de centrais termoelétricas”, devido à disponibilidade de energia renovável em Portugal, bem como às importações de Espanha.

O mercado de gás natural recuou, em agosto, 29%, relativamente ao mês anterior, com descidas de 69% no segmento de produção de energia elétrica e de 1,7% no segmento convencional.

Nos primeiros oito meses do ano, o consumo de gás natural contabilizou uma descida de cerca de 22%, em comparação com o mesmo período de 2023, “com menos 68% no segmento de produção de energia elétrica e uma subida de 2,2% no segmento convencional”.

Fonte: Lusa

Sociedade: Mercado automóvel cresce 4,4% até agosto com 168.942 novos veículos – ACAP

Sociedade: Mercado automóvel cresce 4,4% até agosto com 168.942 novos veículos – ACAP

Em Portugal, o mercado automóvel cresceu 4,4% até agosto, com 168.942 novos veículos em circulação, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal.

“De janeiro a agosto de 2024, foram colocados em circulação 168.942 novos veículos, o que representou um aumento de 4,4% relativamente ao mesmo período do ano anterior”, indicou, em comunicado.

Só em agosto foram matriculados 14.338 veículos automóveis, um decréscimo de 8,7% relativamente ao mesmo mês de 2023.

Por categoria, de janeiro a agosto, contabilizaram-se 142.789 matriculas de veículos ligeiros de passageiros, mais 2,5% face ao período homólogo.

Neste período, 53,9% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente, elétricos e híbridos.

Por sua vez, o mercado de veículos ligeiros de mercadorias cresceu 19,5% até agosto, com 21.248 unidades.

Já o mercado de veículos pesados totalizou 4.905 unidades, mais 3,5% relativamente ao mesmo período de 2023.

Fonte: Lusa

Ensino: Faltam mais de 800 professores a duas semanas do arranque do ano letivo

Ensino: Faltam mais de 800 professores a duas semanas do arranque do ano letivo

A duas semanas do início do ano letivo, faltam nas escolas mais de 800 professores, segundo um balanço da Fenprof, que alerta que, se as aulas começassem hoje, 122 mil alunos não teriam docente a, pelo menos, uma disciplina.

O balanço foi feito pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), numa conferência de imprensa para assinalar o arranque do ano escolar, a duas semanas do início das aulas, e em que Mário Nogueira antecipou um ano letivo “que continuará marcado pelo grave problema da falta de professores”.

Segundo a contabilização feita pela Fenprof, há, pelo menos, 890 horários por preencher, que correspondem a 19.598 horas de aulas, 4.900 turmas e cerca de 122 mil alunos “que, se houvesse aulas hoje, não teriam, pelo menos, um professor”.

Estes horários correspondem apenas àqueles disponíveis na oferta de contratação de escola, a última fase para o recrutamento de professores, somando-se ainda os lugares que ainda estão por ocupar através das reservas de recrutamento.

À semelhança dos anos anteriores, é nas escolas do distrito de Lisboa que faltam mais professores, com 434 dos 890 horários na oferta de contratação de escola, seguindo-se Setúbal, com 205 horários por ocupar, e Faro com 112 horários.

Por disciplina, as maiores carências são a Informática (216 horários), Geografia (92 horários) e Português do ensino secundário (85 horários).

“É um problema que tem vindo a começar a notar-se no Centro e Norte, mas tem uma expressão maior em Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo”, sublinhou Mário Nogueira.

A escola secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, onde decorreu a conferência de imprensa, é um desses exemplos, com 24 professores em falta.

Também em Lisboa, no agrupamento Eduardo Gageiro (Sacavém), faltam 22 docentes, um cenário que se repete no agrupamento de escolas de Queluz-Belas, com 20 professores em falta, ou, mais a sul, nos agrupamentos de escolas de Odemira e Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, onde há uma dezena de horários por preencher.

“Continuam a faltar medidas de efetiva resolução de um problema que, a arrastar-se, porá em causa o direito constitucional à educação e ao ensino de qualidade para todos, cuja responsabilidade é da escola pública”, sublinhou o dirigente da Fenprof, que apontou insuficiências ao plano +Aulas +Sucesso do Governo e aos apoios anunciados para alguns docentes deslocados.

Além da falta de professores, que Mário Nogueira antecipa que poderá agravar-se a partir desta semana na sequência da entrega de baixas médicas, o ano letivo poderá começar também com nova greve de professores, sem impacto nas aulas, ao sobretrabalho, horas extraordinárias e componente não letiva, contra os “abusos e ilegalidades” em relação aos horários de trabalho.

“Esta decisão foi comunicada ao ministro no dia 30, assim como foi comunicada a nossa disponibilidade para reunir e encontrar soluções que regularizem os horários de trabalho dos docentes em todas as escolas”, disse o dirigente sindical, lembrando que a greve ao sobretrabalho e horas extraordinárias decorre há mais de sete anos.

A partir de 23 de setembro, e durante duas semanas, a Fenprof vai realizar plenários distritais para preparar os processos negociais no âmbito da revisão da carreira docente.

O secretário-geral da Fenprof falou ainda sobre a recuperação do tempo de serviço congelado, para anunciar a criação de um “Mail Verde”, uma plataforma disponível no ‘site’ da federação para os docentes comunicarem problemas que serão depois levados à comissão de acompanhamento do processo.

Fonte: Lusa

Sendim: Cooperativa Ribadouro recebe uvas de 19 de setembro até 6 de outubro

Sendim: Cooperativa Ribadouro recebe uvas de 19 de setembro até 6 de outubro

Nas vindimas deste ano, a Cooperativa Agrícola Ribadouro, em Sendim, vai começar a receber uvas no próximo dia 19 de setembro até 6 de outubro, numa campanha em que se prevê uma redução de 20% na colheita de uvas.

A presidente da cooperativa Ribadouro, Regina Nobre, dirigiu a assembleia geral.

A assembleia geral ordinária da cooperativa Ribadouro realizou-se ao ínicio da tarde de sábado, dia 31 de agosto, no pavilhão multiusos, em Sendim e contou com a participação de uma centena de associados.

No início da assembleia, a presidente de Ribadouro, Regina Nobre, leu o Regulamento de Vindima 2024, informando os associados que a cooperativa vai começar a receber as uvas no dia 19 de setembro e a campanha prolonga-se até ao dia 6 de outubro.

A direção da Ribadouro informou que o trabalho de receção das uvas decorre de terça-feira a Domingo, com descanso semanal à segunda-feira.

“De terça-feira a sexta-feira, o horário é das 14h00 às 19h30. No sábado e Domingo, o horário de receção das uvas é das 11h00 às 19h30”, informaram.

Vitoriano Teresinho é um dos agricultores associados da cooperativa Ribadouro, proprietário de seis hetares de vinha na vila de Sendim.

“A quantidade de uvas não é a mesma do ano passado, mas ainda assim prevejo uma boa colheita, apesar da escassez de chuva neste verão. Vamos iniciar as vindimas a 20 de setembro, pelo que tenho que contratar 12 a 14 pessoas, durante uma semana. No ano passado paguei a jornada de trabalho a 60 euros. No entanto, há falta de mão de obra para as vindimas”, adiantou.

Questionado sobre se o cultivo da vinha é uma atividade rentável, o agricultor sendinês mostrou-se preocupado com o baixo consumo de vinho e a muita concorrência no setor vinícola.

Também presente na assembleia da Ribadouro, o jovem vitivinicultor, António Picotês, disse prever uma quebra de 20% na colheita de uvas deste ano.

“O ano não foi o melhor para as vinhas. A geadas tardias e o escaldão ocorrido em alguns dias no verão levou a uma quebra na produção de uvas”, explicou.

António Picotês indicou que vai iniciar as vindimas nas vinhas plantadas nas arribas do Douro, onde o clima é mais quente e favorece a maturação das uvas.

Sobre o atual momento do setor do vinho, o jovem produtor indicou que há muita oferta e o público procura vinhos mais frescos, com mais acidez e menor taxa de álcool.

“Antigamente, havia o hábito consumir vinho diariamente, o que favorecia a venda de vinho a granel. Mas hoje em dia, já não é assim, pois as pessoas procuram vinhos mais leves, como os brancos. Por isso, estou convencido de que o caminho é procurar a qualidade e não a quantidade”, disse.

Neste sentido, António Picotês informou que outra das preferências do público são os vinhos palhete, que resultam da mistura de uvas de castas brancas com castas tintas, o que cria vinhos tintos mais leves.

Outro assunto discutido na assembleia da cooperativa foi a situação financeira. Segundo o tesoureiro, André Xavier, a cooperativa tem uma dívida de 700 mil euros aos bancos e de 300 mil euros a fornecedores. O tesoureiro informou também que aos associados falta pagar 10% da campanha de 2022 e a totalidade da campanha de 2023.

“As vendas de vinho continuam muito baixas e a cooperativa Ribadouro tem em stock, um milhão de litros de vinho. Estamos à procura de compradores para vender o vinho a granel”, indicou.

Exposta a situação financeira da cooperativa, Camilo Raposo, associado da Ribadouro disse ter ficado esclarecido e consciente das enormes dificuldades financeiras da adega sendinesa.

“Para a nossa região, seria muito importante que a cooperativa Ribadouro conseguisse ultrapassar as atuais dificuldades financeiras”, disse.

O agricultor, Camilo Raposo, acrescentou que a cooperativa agrícola Ribadouro, para ser competitiva no mercado vinícola, precisa do contributo de profissionais e de mais conhecimento em áreas como a enologia, a gestão, o marketing e as vendas.

“Para vendermos os nossos vinhos temos que saber quais são as preferências dos consumidores. Temos que acompanhar a evolução do setor vinícola e estar atentos à procura do mercado, que atualmente prefere vinhos equilibrados, em acidez e teor de açúcar”, disse.

A Adega Cooperativa Ribadouro , em Sendim, foi constituída em 1959 e atualmente produz os vinhos “Ribeira do Corso”, “Lhéngua Mirandesa”, “Mirandum” e “Pauliteiros”.

HA


Vimioso: Concurso Nacional premiou os melhores bovinos de raça mirandesa

Vimioso: Concurso Nacional premiou os melhores bovinos de raça mirandesa

Uma centena de criadores de vários concelhos participaram no XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa, que decorreu no recinto da Feira de Gado, em Vimioso, de 30 de agosto até 1 de setembro.

No concurso nacional participaram criadores dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais.

Segundo a Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM), este concurso nacional visa selecionar os melhores animais desta raça autótone e proporcionar o convívio entre todos os criadores.

Neste ano. o XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa contou com a participação uma centena de criadores do solar, que trouxeram até Vimioso, 150 animais, nas várias seções de touros, vacas e novilhos.

De acordo com o secretário técnico da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM), Valter Raposo, este ano, o número de animais é mais reduzido por causa do problema sanitário provocado pela doença hemorrágica epizoótica, que está a afetar alguns criadores, sobretudo nos concelhos de Vinhais e de Bragança.

Sobre esta doença, o também médico veterinário, Valter Raposo, indicou que já existem repelentes do mosquito transmissor da doença e uma vacina homologada em Espanha e autorizada pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

“A vacina já está autorizada pela DGAV, mas esta não é a melhor época do ano para proceder à vacinação, dado que é no verão que existem mais mosquitos e ocorre o maior número de infeções. Resta-nos esperar pelo tempo frio, quando não houver mosquitos, para realizar a vacinação dos bovinos”, indicou.

No XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa, que decorreu em Vimioso, de 30 de agosto a 1 de setembro, os animais participantes foram os vencedores dos concursos concelhios.

“Nestes concursos é avaliado o padrão morfológico dos bovinos de raça mirandesa, que se distinguem por ser animais compridos, largos e musculados. A pelagem no dorso e lombo é aloirada e vai escurecendo para as extremidades. Os machos são mais escuros que as fêmeas. Outras caraterísticas dos bovinos mirandeses são a dimensão pequena da cabeça, o pescoço curto e membros direitos”, lê-se no regulamento do concurso.

A raça de bovinos mirandeses têm-se mantido viva graças à paixão dos criadores. No concelho de Miranda do Douro, Celso Martins, tem uma exploração de 40 bovinos mirandeses, na localidade de São Pedro da Silva. O jovem criador participa há três anos no prestigiante Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa e nesta edição trouxe a concurso sete animais.

“Os bovinos de raça mirandesa produzem uma carne de excelente qualidade, macia, tenra e muito saborosa. Se por um lado, o rendimento da carcaça destes animais não é tão elevado como noutras raças, a qualidade da carne mirandesa é indiscutivelmente melhor”, disse.

Outro motivo que leva os criadores a participarem no Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa é o encontro com outros criadores.

“O convívio entre os criadores é muito bom! É reconfortante estar com amigos de outras localidades e partilharmos experiências, conhecimentos e dificuldades”, disse.

Sobre a doença hemorrágica epizoótica, o criador mirandês indicou que, em 2023, registou a morte a cinco animais adultos e três crias, na sua exploração pecuária, em São Pedro da Silva.

Em Caçarelhos, António Vicente, tem uma exploração pecuária com 60 animais adultos. O filho, o professor, Licínio Martins, trouxe alguns destes animais até Vimioso, para participar no XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa.

“Este concurso já se realiza desde o século XIX e tem como objetivos a promoção e a melhoria desta raça originária da Terra de Miranda. O concurso é por isso, um incentivo para que os criadores cuidem e selecionem os melhores animais da sua exploração pecuária”, disse.

No concelho de Vimioso, Licínio Martins, afirmou que os criadores de bovinos mirandeses beneficiam de apoios financeiros por parte do município, aquando da realização do concurso concelhio.

“Neste ano, o município de Vimioso, voltou a melhorar o valor dos prémios no concurso concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa, que se realizou no decorrer do feriado municipal e da feira de São Lourenço. A par Bragança, o concurso de Vimioso é o que reúne maior número de animais e e é o melhor do solar”, pela sua organização disse.

A concurso foram touros, vacas e novilhos de raça mirandesa, consoante a idade.



Da aldeia de Talhas, no concelho de Macedo de Cavaleiros, veio o jovem criador, Luís Reis, proprietário de uma exploração com 50 bovinos de raça mirandesa. Questionado sobre a importância do concurso, o também engenheiro agrónomo afirmou que estes certames são um modo de valorizar o trabalho que os criadores de bovinos de raça mirandesa realizam ao longo do ano.

“Para apresentar os animais em boas condições a concurso, é necessário muito trabalho ao longo do ano, na alimentação e na sanidade animal. E estes cuidados assumem ainda mais importância neste momento em que nos deparamos com a doença hemorrágica epizoótica, o que obriga a redobrada atenção para detectar precocemente possíveis sintomas”, disse.

Atente-se que os bovinos de raça mirandesa são uma fonte de rendimento para os criadores, através da comercialização da carne, considerada um produto de excelente qualidade. No entanto, os criadores queixam-se da falta de lucro, exigindo um aumento do preço da carne mirandesa, de modo a assegurem a continuidade da atividade pecuária.

“No meu entender, os municípios do solar da raça deveriam apoiar mais os criadores, dado que esta raça autóctone, para além do valor cultural para o território, também ajuda a cuidar na natureza e é um dos motores de desenvolvimento económico da região. No que concerne aos apoios, deveriam seguir o exemplo do município de Vimioso, que está a apoiar bastante bem os criadores do seu concelho”, disse Luís Reis.

Outro problema que põe em causa a preservação dos bovinos de raça mirandesa é a idade avançada dos seus criadores e a escassez de jovens na atividade pecuária.

O Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa é uma iniciativa anual da ACBRM, que conta com os apoios dos seis municípios do solar da raça: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais.

Na organização do evento participam ainda a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a Cooperativa Agropecuária Mirandesa, a Guarda Nacional Republicana (GNR) e os Bombeiros Voluntários de Vimioso.

HA

Economia: Galp vai aumentar preços da eletricidade e do gás

Economia: Galp vai aumentar preços da eletricidade e do gás

A partir de 1 de outubro, a fatura da eletricidade e do gás vai aumentar em média, 9% e 16% para os clientes da Galp, refletindo o aumento do custo de aquisição de energia, adiantou a petrolífera.

“A Galp vai proceder a 1 de outubro a uma atualização dos preços de eletricidade e de gás natural com subidas médias de 9% e 16%, respetivamente, na fatura mensal para as potências contratadas e escalões mais representativos”, avançou fonte da Galp.

Para um casal sem filhos, com uma potência contratada de 3,45 kilovoltamperes (kVa), pode estar em causa uma subida média de 2,6 euros na fatura mensal de eletricidade.

Já para um casal sem filhos no primeiro escalão de consumo de gás natural pode representar um aumento médio de 2,3 euros, sendo que a estes valores acrescem o IVA e outras taxas.

Segundo a empresa, não se registam subidas nas tarifas desde outubro de 2023 e os agravamentos agora anunciados refletem o aumento do custo de aquisição da energia nos mercados internacionais.

Conforme detalhou, estas subidas vão incluir o aumento de 5% das tarifas de acesso à rede (TAR) de gás natural, que também entra em vigor em outubro.

A Galp enviou uma nota aos seus clientes a dar conta destes aumentos.

Fonte: Lusa

Ensino: Iniciou-se a recuperação do tempo de serviço para 5.327 professores

Ensino: Iniciou-se a recuperação do tempo de serviço para 5.327 professores

Iniciou-se a 1 de setembro, a recuperação do tempo de serviço congelado dos professores, que vai decorrer ao longo de quatro anos, com cerca de cinco mil professores com dados confirmados, menos de 10% dos que já acederam à plataforma para reconhecimento desse tempo de trabalho.

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) confirmou que os efeitos da recuperação integral do tempo de serviço vão começar a chegar aos professores dos ensinos básico e secundário “já em setembro, cumprindo com o compromisso assumido pelo Governo”.

Segundo a tutela, até ao momento, “7.154 professores já validaram os seus dados, dos quais 5.327 têm os dados confirmados pelas escolas e estão em condições de receber o respetivo acerto salarial em setembro”.

Os restantes 1.827 processos também já foram validados pelos docentes, mas ainda estão “a aguardar a confirmação pelo diretor da escola”, segundo informações do gabinete de imprensa.

O prazo para a conclusão de cada processo, com vista ao pagamento dos acertos salariais em setembro, foi alargado até 1 de setembro.

A recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de trabalho que ficou congelado durante o período de Troika foi uma das principais bandeiras da luta dos docentes nos últimos anos, levando milhares de professores para a rua e a marcação de muitas greves.

A atual equipa do ministério da Educação chegou a acordo com os sindicatos em maio, num modelo que prevê uma recuperação faseada ao longo de quatro anos.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Passeio para a festa de Nossa Senhora do Naso

Miranda do Douro: Passeio para a festa de Nossa Senhora do Naso

O passeio pedestre “Planalto Mirandês”, entre Miranda do Douro e o santuário do Naso, na Póvoa, agendado para este Domingo, dia 1 de setembro, volta a anunciar a festa em honra de Nossa Senhora do Naso, que vai celebrar-se no fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro.

De acordo com o programa do passeio, o posto de turismo, em Miranda do Douro, é o local de encontro ((8h00) e de partida, para uma caminhada que vai passar pelas aldeias do Palancar, Póvoa, vale do Picão, com chegada ao Santuário do Naso prevista para as 11h30/12h00.

Antigamente, este percurso de 15 quilómetros era conhecido como o “caminho vicinal” ou da “mufalha”, sendo muito percorrido pelas gentes das aldeias, nas suas peregrinações até ao santuário do Naso.

Aos caminhantes, a organização recomenda o uso de chapéu, calçado e roupa confortável e água.

Após a caminhada de 3h30 minutos, segue-se o almoço no recinto do santuário.

Às 15h00, celebra-se a Eucaristia Dominical e o ofício cantado da Lutuosa Geral, em memória dos irmãos falecidos da confraria de Nossa Senhora do Naso.

Finalizada a celebração religiosa, o transporte de regresso a Miranda do Douro é assegurado pelo município.

No próximo fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro, vai celebrar-se no santuário mariano, a Festa em honra de Nossa Senhora do Naso. Este ano, os maiores destaques da festa são no dia 6, o concurso de asininos e a procissão das velas. E no Domingo, dia 8 de setembro, o bispo, Dom Nuno Almeida vai presidir à missa campal na festa da Natividade da Virgem Santa Maria.



O passeio pedestre “Planalto Mirandês” é uma iniciativa organizada pelo município de Miranda do Douro, em colaboração com a empresa “Douro Pula Canhada” e a Confraria de Nossa Senhora do Naso.

HA

Política: Maria Luís Albuquerque tem currículo para comissária europeia – António Vitorino

Política: Maria Luís Albuquerque tem currículo para comissária europeia – António Vitorino

No âmbito da sua participação no Summer CEmp, que está a decorrer em Miranda do Douro, o antigo comissário europeu, António Vitorino, defendeu que a ex-ministra Maria Luís Albuquerque tem o currículo e qualidades para desempenhar o cargo de comissária europeia.

“Eu entendo que a doutora Maria Luís Albuquerque tem o currículo e qualidades que lhe permitirão exercer as funções de membro da Comissão Europeia e aproveito para a felicitar pela sua designação e desejar-lhe a melhor das sortes, como acho que todos o devemos fazer, porque é uma portuguesa que é chamada a desempenhar um importante cargo internacional”, disse à Lusa António Vitorino.

O ex-comissário europeu para a Justiça e Assuntos Internos acrescentou ainda que esta nomeação acontece numa altura em que a Europa está confrontada com muitos desafios “e em que manifestamente é necessário reforçar a unidade e a coesão de todos aqueles que se reveem no projeto europeu”.

Antigo ministro e deputado do Partido Socialista, Vitorino observou ainda que teria “sido mais prudente da parte do primeiro-ministro [Luís Montenegro] ter procurado um maior consenso em torno do nome”.

“Mas a competência nesta matéria é do primeiro-ministro e ele exerceu-a da forma que entendeu que deveria ter exercido e a partir do momento em que o órgão com legitimidade constitucional, que é o Governo, toma a decisão, é obviamente a posição portuguesa”, vincou António Vitorino.

O ex-comissário europeu prestou estas declarações em Miranda do Douro, no decorrer do “Summer CEmp”, a escola de verão da Representação da Comissão Europeia em Portugal, um evento que decorre nesta cidade transmontana até 31 de agosto.

Maria Luís Albuquerque, 56 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da ‘troika’, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.

No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.

Atualmente é membro do Conselho Nacional do PSD – segundo nome da lista da direção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.

O PS considerou na quarta-feira que Maria Luís Albuquerque tem um legado de “política de austeridade” e um perfil político distinto das prioridades da União Europeia, criticando a ausência de auscultação aos partidos.

“É um perfil que, no plano técnico, pode eventualmente representar aquilo que o Governo deseja, mas politicamente está diametralmente num campo distinto das opções e das prioridades que a União Europeia terá neste momento”, disse aos jornalistas o vice-presidente do PS, Pedro Delgado Alves.

O socialista lamentou que no processo decisão do Governo PSD/CDS-PP não tenha havido uma auscultação prévia aos partidos, o que “teria sido democraticamente mais saudável e desejável”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que Maria Luís Albuquerque passou a ser a candidata de Portugal a comissária europeia a partir do momento em que foi escolhida pelo Governo.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou ainda que nesta escolha do Governo, apenas foi “informado e não consultado”.

O Presidente da República disse ainda que não comenta as posições dos partidos, justificando que, “como em tudo na vida, há quem concorde e quem discorde”, mas não tem de se pronunciar.

Fonte: Lusa

Foto: Representação da Comissão Europeia em Portugal