Miranda do Douro: Apresentação das “Constituições sinodais do Bispado de Miranda de 1565”

Miranda do Douro: Apresentação das “Constituições sinodais do Bispado de Miranda de 1565”

As “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, um “livro raro” datado de 1565, foi reeditado e apresentado na concatedral, em Miranda do Douro, no dia 5 de junho, numa cerimónia que contou com a participação de várias personalidades, entre as quais os autores do estudo, a presidente do município, Helena Barril e o arcebispo primaz de Braga, Dom José Cordeiro.

O professor de História Medieval e de História da Igreja da Universidade do Porto (UO), Luis Amaral, fez uma apresentação da obra agora reeditada.

Na abertura da cerimónia, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, deu a conhecer uma das obras originais das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”. O exemplar, com 469 anos, foi recentemente adquirido pela autarquia e depois de restaurado vai ser colocado numa vitrina, na concatedral de Miranda do Douro.

Por sua vez, a Frauga- Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, promotora da reedição desta obra, através do presidente, Jorge Lourenço, agradeceu a participação das várias personalidades e do público na cerimónia. O presidente da Frauga destacou, em particular, o trabalho desenvolvido pelos autores do estudo, que decorreu ao longo de quase quatro anos.

Na apresentação das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, o professor e historiador, Luís Amaral, explicou que o livro contém um conjunto de normas que naquela época tinham um impacto extenso na vida quotidiana, com implicações não só religiosas mas também políticas e civis.

“A reconstituição desta obra é um feito de salvaguarda do património nacional e não apenas local. No século XVI, as Constituições Sinodais do Bispado de Miranda foram uma resposta aos problemas decorrentes das profundas transformações sociais que se viviam na Europa”, justificou.

De regresso a Miranda do Douro, Dom José Cordeiro, agora como arcebispo primaz de Braga, para participar na apresentação desta obra, salientou a importância de dar atenção às “raízes”.

“Olhar para o passado ajuda-nos a ver o futuro com renovada esperança”, disse.

Um dos autores da reconstituição das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, o diretor do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto (UP), José Francisco Meirinhos, indicou que este livro foi publicado em 1565, sendo provavelmente o primeiro livro dedicado à cultura religiosa na Terra de Miranda.

Como se lê no prefácio, estas ‘constituições’ constituem não só “um documento de extraordinária importância para a história da Igreja em Portugal”, mas também “para se compreender a posição cultural e política de Miranda em meados do século XVI como centro administrativo e eclesiástico de um novo bispado, que ocupava uma importante posição militar sobre a linha defensiva e de fronteira com Espanha”.

Segundo o investigador, a obra reflete ainda “as posições da Igreja de Roma aprovadas no longo concílio de Trento”, que se estendera de 1545 a 1563, apenas dois anos antes da publicação original.

Das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda” existem apenas 14 exemplares e 13 estão em assinalável desgaste por causa do uso intensivo ao longo dos séculos.

No entendimento da professora de Literatura da FLUP, Maria de Lurdes Correia Fernandes, o uso intensivo, a falta de páginas e as muitas anotações escritas revelam que o interesse que esta obra despertou ao longo do tempo.

O livro estabelece a organização da antiga diocese de Miranda, como a hierarquia eclesiástica, as funções de cada membro da igreja e sobretudo, qual a atividade de culto legítimo, que era prescrita aos habitantes da cada localidade da Terra de Miranda.

No encerramento da apresentação das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, o atual bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, felicitou a iniciativa conjunta da Frauga, do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto (UP) e do Município de Miranda do Douro.

“Com a reedição desta obra é agora possível conhecer a história religiosa, cultural, social, política e militar do então bispado de Miranda, em meados do século XVI”, destacou.

As “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda” foram estabelecidas por Julião de Alva, terceiro bispo da então diocese de Miranda, 20 anos após a sua criação, que recorde-se aconteceu em 1545.

HA e Lusa

Portugal: Há um milhão de imigrantes no país

Portugal: Há um milhão de imigrantes no país

Em 2023, a população estrangeira em Portugal aumentou cerca de 33%, totalizando mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo informações apresentadas pelo Governo.

O Plano de Ação para as Migrações, apresentado pelo Executivo e que inclui 41 medidas, indica que “a população imigrante aumentou de forma significativa no último ano”, passando de 781.247 em 2022 para 1.040.000 em 2023.

O Governo compara também com o número e imigrantes residentes em Portugal em 2015, que era 383.759.

O documento precisa que os dados de 2023 são provisórios e não estão incluídas nestas estatísticas os estrangeiros com situação regular ao abrigo da concessão de autorizações de permanência, de vistos de curta duração, de estudo, de trabalho ou de estada temporária, bem como os estrangeiros com situação irregular.

De acordo com o Governo, a maior parte das autorizações de residência atribuídas em Portugal são para o exercício da atividade profissional.

O documento indica ainda que as migrações contribuem para “a revitalização demográfica e o aumento da população ativa”, tendo a maior parte dos estrangeiros residentes em Portugal entre os 25 e os 44 anos.

No Plano de Ação para as Migrações, aprovado pelo Conselho de Ministros, o Governo pôs fim ao regime excecional que permitia a um estrangeiro entrar em Portugal e só depois pedir autorização de residência e anunciou a criação de uma estrutura de missão para regularizar processos pendentes, estimados em 400 mil.

Entre as 41 medidas prevista no plano, consta ainda a transformação do atual visto de mobilidade para imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) num visto comunitário (Shengen), que permite circular pela União Europeia, e criação de uma Unidade de Estrangeiros e Fronteiras (UEF) na PSP para fiscalizar a presença de imigrantes e criar centros de atendimento de emergência.

Fonte: Lusa

Europeias: Mais de 212 mil eleitores votaram antecipadamente

Europeias: Mais de 212 mil eleitores votaram antecipadamente

No Domingo, dia 2 de junho, mais de 212 mil eleitores portugueses, entre os quais o Presidente da República e o primeiro-ministro, votaram antecipadamente para as eleições europeias, indicou o Ministério da Administração Interna (MAI).

De acordo com o MAI, os dados até agora recolhidos dizem respeito a 293 câmaras municipais, faltando contabilizar 15 autarquias.

Até ao momento, foram contados 212.794 votantes de 252.209 eleitores inscritos, perfazendo uma taxa de participação de 84%.

No Domingo, dia 2 de junho, os eleitores inscritos até ao dia 30 de maio, poderiam votar no município que escolheram quando solicitaram o voto antecipado.

O eleitor inscrito para votar antecipadamente mas que não tenha conseguido fazê-lo poderá ainda exercer o seu direito cívico no dia das eleições, a 9 de junho, em qualquer mesa de voto à sua escolha em Portugal e no estrangeiro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, votaram antecipadamente para as eleições europeias, para as quais são chamados a votar mais de 10,8 milhões de portugueses, para escolher 21 dos 720 eurodeputados.

Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

A modalidade de voto antecipado em mobilidade foi instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Gorgonzola é a primeira pizzaria do interior do país certificada na pizza napolitana

Miranda do Douro: Gorgonzola é a primeira pizzaria do interior do país certificada na pizza napolitana

A pizzaria Gorgonzola, localizada na cidade de Miranda do Douro, é a primeira pizzaria do interior do país a receber a certificação internacional da verdadeira pizza napolitana, uma distinção concedida pela Associazione Verace Pizza Napoletana (Itália).

Inaugurada em 2006, na cidade de Miranda do Douro, a pizzaria Gorgonzola (nome do queijo picante de leite de vaca, originário de Gorgonzola, em Itália), está agora registada na Associazione Verace Pizza Napoletana (Itália), com o número 1081, o que atesta que o fabrico e a confecção segue os preceitos da verdadeira pizza napolitana.

Segundo a Associazione Verace Pizza Napoletana (Itália), a pizzaria Gorgonzola, é a 8ª pizzaria em Portugal, a receber esta distinção e a primeira no interior do país. As outras pizzarias certificadas estão localizadas em Lisboa (5), Porto (1), Aveiro (1) e Miranda do Douro (1).

Para o proprietário da pizzaria Gorgonzola, Emanuel Soares, este reconhecimento é o resultado do trabalho de vários anos, ao longo dos quais começou como autodidata, para depois procurar aconselhamento e formação profissional, inicialmente junto do italiano Giuseppe Irace e depois junto de outras entidades.

Desde então, o pizaiolo, Emanuel Soares, aprendeu a receita e várias técnicas, que lhe permitiram aperfeiçoar-se na arte de confecionar as originais pizzas napolitanas: a “marguerita” e a “marinara”.

“Uma das caraterísticas da pizza napolitana é o tempo de cozedura, entre 60 a 90 segundos, num forno com uma temperatura a 450 graus. Outras das caraterísticas da verdadeira pizza napolitana são a farinha selecionada, a forma de amassar e a escolha criteriosa dos ingredientes”, indicou.

Para a obtenção da certificação internacional, a pizzaria Gorgonzola, localizada na rua do Mercado, em Miranda do Douro, também foi requalificada com a introdução de um forno moderno, com a reorganização do espaço de trabalho e de maior conforto para o público.

Atualmente, a pizzaria Gorgonzola emprega quatro pessoas e serve uma grande variedade de pizzas. Questionado sobre quais as pizzas mais procuradas nos meses do verão, o pizzaiolo, Emanuel Soares, sugeriu, por exemplo, as pizzas com rúcula.

“Após o tempo de cozedura no forno, a pizza leva uma salada fresca, a rúcula, o que torna a pizza agradável de comer neste tempo de calor”, sugeriu.

A par do trabalho na pizzaria Gorgonzola, Emanuel Soares, também presta serviços de catering e participa regularmente em eventos, como a Ronda das Adegas que decorre em Atenor, nos dias 7, 8 e 9 de junho.

“Gorgonzola” é o nome do queijo picante de leite de vaca, originário de Gorgonzola (Itália), de pasta mole e amanteigada, com o interior raiado de mofo e cheiro intenso.

HA

Miranda do Douro: Diretora do Museu da Terra de Miranda dedica prémio à cultura mirandesa

Miranda do Douro: Diretora do Museu da Terra de Miranda dedica prémio à cultura mirandesa

A diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Bárbaro Pinto, foi distinguida com o Prémio de Mérito Profissional na área da Museologia, numa cerimónia que decorreu no dia 31 de maio, na Alfândega do Porto e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Todos os anos, a cerimónia da APOM – Associação Portuguesa de Museologia premeia os profissionais e instituições que mais se destacaram no panorama museológico nacional.

Segundo a APOM, o prémio atribuído à diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto, é um reconhecimento do seu trabalho e dedicação à promoção e divulgação da museologia e da cultura da Terra de Miranda, tanto a nível nacional como internacional.

Questionada sobre a importância desta distinção, Celina Pinto, afirmou que foi “com surpresa e honra” que recebeu o prémio, num elenco em que estavam representados profissionais dos museus de todo o território continental e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

“Agradeço à Associação Portuguesa de Museologia (APOM) pelo cuidado em acompanhar e valorizar o trabalho de todos os museus e dos seus profissionais, quer estejam sediados nos grandes centros urbanos, mas também no interior e nas ilhas”, destacou.

Sobre o prémio, a diretora do museu fundado por António Maria Mourinho e aberto ao público a 18 maio de 1982, fez questão de o dedicar “a todos os mirandeses e mirandesas, que amam este território e a sua peculiar cultura”.

“Entendo o Prémio de Mérito Profissional na área da Museologia, não como um prémio de valorização pessoal, mas sim de valorização deste território e do equipamento cultural que é o Museu da Terra de Miranda. Sempre defendi que este museu tem um potencial cultural imenso.”, disse.

No Museu da Terra de Miranda é possível conhecer as expressões culturais do planalto mirandês, desde a habitação, os hábitos agro-pastoris, o trajo ancestral, o calçado, a caça e a pesca nos rios, os instrumentos de trabalho, os adornos pessoais, as diversas formas de artesanato (ferro, madeira, cestaria, couro, linho e lã), a alimentação, as crenças rituais e a fala, com a predominância de uma língua própria – a língua mirandesa.

Em obras de requalificação desde novembro de 2022, o Museu da Terra de Miranda, está num processo de modernização. Segundo a diretora, Celina Pinto, as obras estruturais do edifício já estão concluídas e está decorrer agora a segunda fase da requalificação, que pressupõe outra candidatura e um concurso público, para a instalação dos equipamentos técnicos como o ar condicionado, as bombas de calor, painéis solares, ventilação, etc.

“Posteriormente, vai proceder-se à instalação da museologia e da museografia. Ou seja, vamos selecionar as peças, elaborar o discurso museológico, a cenografia e o contexto histórico-cultural. Este trabalho é a cereja no topo do bolo, de qualquer técnico de museologia, pois é o que comunica com o público que visita o museu”, disse.

Atualmente, o Museu da Terra de Miranda encontra-se temporariamente instalado, no antigo Paço Episcopal, em Miranda do Douro. Com o propósito de recordar a arquitetura do edifício, construído no século XVII e e cuja ruína aconteceu com a transferência da sede episcopal para Bragança em 1780, foi feita uma maquete do antigo edifício do bispado.

“A maquete do antigo paço episcopal foi encomendada a Matias Figueruelo, que já tinha construído a maquete da concatedral de Miranda do Douro e realizado trabalhos sobre a rota do Românico, em Espanha. O Museu da Terra de Miranda achou por bem, reconstruir a maquete do antigo Paço Episcopal, que naquela altura e em conjunto com a catedral, seria um edifício belíssimo e grandioso, na cidade de Miranda do Douro”, disse.

Com a recente reorganização operada pelo Ministério da Cultura, o Museu da Terra de Miranda ficou sob a tutela da entidade pública Museus e Monumentos de Portugal, enquanto que a Concatedral e o antigo paço episcopal passaram para a alçada do Património Cultural.

HA

Fotos: MTM

Bragança – Miranda: Canonização da irmã Maria de São João Evangelista

Bragança – Miranda: Canonização da irmã Maria de São João Evangelista

Durante o V Congresso Eucarístico Nacional, o bispo da diocese de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, anunciou que a Santa Sé autorizou a abertura do processo de beatificação e canonização de irmã Maria de São João Evangelista, fundadora das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado.

D. Nuno Almeida, que leu a carta recebida da Santa Sé, do Dicastério das Causas dos Santos, em resposta ao pedido da diocese transmontana, explicou que “nada impede” (nihil obstat), a abertura da causa de canonização e beatificação da Serva de Deus irmã Maria de São João Evangelista.

“Analisada a questão, apraz-me certificar vossa excelência de que da parte da Santa Sé nada obsta a que se possa abrir a causa de beatificação e canonização da referida Serva de Deus, cumpridas as normas a observar nos inquéritos a fazer, publicadas por este dicastério”, destacou da carta do organismo da Cúria Romana.

O bispo da Diocese de Bragança-Miranda deu a novidade no painel ‘Eucaristia e Santidade’ do V Congresso Eucarístico Nacional, que está a decorrer em Braga, até este domingo, onde sete convidados estão a apresentar participantes do 1.º Congresso Eucarístico Nacional, que se realizou há 100 anos, que têm processos de canonização em curso.

D. Nuno Almeida adiantou que a sessão solene de abertura da causa de beatificação e canonização da fundadora das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado vai realizar-se no dia 15 de agosto, na Diocese de Bragança-Miranda.

A Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, nascida na Diocese de Bragança-Miranda, tem estado a desenvolver a recolha de testemunhos para abertura do processo de beatificação da irmã Maria de São João Evangelista.

A última Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), realizada de 13 a 16 de novembro de 2023, em Fátima, “deu parecer favorável” à abertura do processo de beatificação da irmã Maria de São João Evangelista, cofundadora da congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, na Diocese de Bragança-Miranda.

Em declarações à Agência ECCLESIA, a superiora das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, irmã Emília Seixas, recordou, após o parecer da CEP, que foi acolhido “com grande júbilo, porque as religiosas estavam “ansiosas para que houvesse este passo”.

Alzira da Conceição Sobrinho, nome de batismo da irmã Maria de São João Evangelista, nasceu em Pereira (Mirandela), a 4 de abril de 1888, e faleceu em Chacim (Macedo de Cavaleiros), a 10 de junho de 1982, no Dia do Corpo de Deus; o comunicado final da 208.ª assembleia plenária da CEP destaca que levou “uma vida de intenso fervor eucarístico, de diversos meios têm surgido testemunhos sobre graças obtidas de Deus por sua intercessão”.

A congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado foi ereta canonicamente a 15 de agosto de 1950, por D. Abílio Augusto Vaz das Neves, bispo da Diocese de Bragança-Miranda, e em 1 de novembro de 1991 foi reconhecida como Instituto de Direito Pontifício.

A congregação oficialmente começou com “outras duas senhoras”, escolhidas pelo bispo diocesano, que faziam parte de “um núcleo de vivência eucarística” que se formou em Pereira, com Alzira da Conceição Sobrinho e Maria Augusta Martins, que só entraram na congregação, respetivamente, em 1948 e em 1951.

Fonte: Ecclesia

Vimioso: Jurista acusada de procuradoria ilícita

Vimioso: Jurista acusada de procuradoria ilícita

A jurista contratada pela Câmara Municipal de Vimioso, para assessoria jurídica, foi acusada pelo Ministério Público (MP) de procuradoria ilícita, por não ter as qualificações exigidas nem estar inscrita na Ordem dos Advogados ou dos Solicitadores.

A arguida, Joana Filipa Carvalho Pires, é, desde 2017, presidente da Junta de Freguesia de Pinelo (Vimioso), eleita pelo PSD, faz parte, por inerência, da Assembleia Municipal, e é membro do Conselho de Jurisdição Distrital de Bragança do PSD.

A acusação do MP, a que a agência Lusa teve hoje acesso, conta que a inscrição da arguida na Ordem dos Advogados (OA) foi suspensa em janeiro de 2017, e, em junho de 2018, foi determinado o cancelamento definitivo da sua inscrição na OA.

“Assim, a arguida nunca concluiu o estágio como advogada, pelo que ficou impedida de exercer qualquer atividade da exclusiva competência de advogados e solicitadores, inscritos nas respetivas Ordens”, frisa a procuradora do MP Paula Rodrigues, junto do Juízo de Competência Genérica de Mogadouro, que assumiu o processo depois de a procuradora junto do Juízo de Competência Genérica de Miranda do Douro ter pedido escusa.

Em fevereiro de 2019, a arguida iniciou um estágio profissional remunerado na Câmara de Vimioso, presidida, desde 2013, por Jorge Fidalgo (PSD), como técnica superior, o qual durou um ano.

A acusação acrescenta que, um mês após o fim do estágio profissional, Joana Pires assinou com o município um contrato de prestação de serviços, com competências administrativas, de organização e elaboração de documentos do BUPi (Balcão Único do Prédio), com a duração de 11 meses.

“Sucede que em 15.02.2021 a Câmara de Vimioso celebrou um contrato de serviços de assessoria jurídica com a arguida”, refere o MP, sublinhando que uma das cláusulas determinava que a arguida se “comprometia a realizar estudos, informação, relatórios e elaboração de documentos, do domínio jurídico, solicitados” pela autarquia de Vimioso.

“Sem nunca cessar a sua ligação à Câmara de Vimioso”, a arguida emitiu sete pareceres jurídicos, o primeiro em 05 de maio de 2020 e o último com data de 19 de dezembro de 2022.

“Todos os pareceres, propostas, foram redigidos e assinados pela arguida, a qual se apresentou a maioria das vezes como jurista, ressalvando uma vez que assinou como advogada estagiária, embora já não o fosse e, uma outra vez, que assinou como secretária da câmara municipal”, descreve a acusação.

O MP ressalva, no entanto, que a arguida “sempre redigiu aqueles documentos com informação jurídica e um parecer final, o qual a maioria das vezes fazia fé junto de quem se dirigia”.

“A arguida bem sabia que não se encontrava inscrita desde 2017 na Ordem dos Advogados, não havia terminado o seu estágio como advogada, nem, para o que aqui interessa, na Ordem dos Solicitadores, ou sequer exercia funções como docente em faculdade de Direito, pelo que não podia exercer qualquer ato da exclusiva competência daquelas profissões, bem como emitir qualquer parecer jurídico ou serviços de assessoria jurídica”, sustenta a procuradora.

Apesar disso, refere o MP, Joana Pires “não se coibiu de o fazer, agindo como se tivesse legitimidade para tal, o que bem sabia não ter”.

“A arguida agiu sempre de modo livre, voluntário e consciente, bem sabendo que todas as suas condutas, além de censuráveis, eram proibidas e punidas por lei penal”, diz o MP.

A Câmara de Vimioso também era visada na queixa-crime que originou esta acusação, mas a procuradora decidiu pelo arquivamento quanto à atuação do município, justificando que “nada lhe é de imputar em sede criminal”.

Em resposta enviada à Lusa em abril, a Câmara de Vimioso indicou que, em junho de 2023, contratou “a atual presidente da Junta de Freguesia de Pinelo, Joana Filipa Carvalho Pires”, no âmbito de um concurso para técnico superior – área de atividade: Direito.

A Lusa tentou contactar a arguida e autarca, mas até ao momento não obteve resposta.

Fonte: Lusa

Segurança: Governo propõe um aumento de 300 euros aos polícias

Segurança: Governo propõe um aumento de 300 euros aos polícias

O Governo propôs um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, um valor que será pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento dos atuais 100 para 400 euros.

Segundo a proposta, que está a ser apresentada pela ministra da Administração Interna aos sindicatos da PSP e associações da GNR, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.

Com esta proposta, a vertente fixa do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança passa dos 100 para os 400 euros, mantendo a vertente variável de 20% do ordenado base dos militares da GNR e polícias da PSP.

Inicialmente, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, começou por se reunir com os sete sindicatos da PSP, mas ao fim da tarde as cinco associações da GNR juntaram-se à reunião, estando reunidos em conjunto.

Entretanto, a Associação Sindical Autónoma de Polícia, que não faz parte da plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, abandonou as negociações por não concordar com a proposta.

Esta é a quarta proposta que a ministra da Administração Interna apresenta aos sindicatos da PSP e associações da GNR.

Fonte: Lusa

Europeias: Votar em mobilidade

Europeias: Votar em mobilidade

Nas eleições europeias de 9 de junho, os cidadãos que pretendam votar em mobilidade em qualquer mesa de Portugal continental, regiões ou estrangeiro, têm de apresentar um documento oficial com fotografia atualizada, segundo o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Votar em mobilidade “significa que em vez de ter de se deslocar à sua mesa de voto habitual onde está recenseado, tem a faculdade de, se o desejar e sem prejuízo de manter as suas rotinas de sempre, poder ir a outro sítio” fazê-lo, disse à Lusa Fernando Anastácio, porta-voz da CNE.

Agora, para realizar o voto em mobilidade nas eleições europeias de 9 de junho, ou seja, em qualquer mesa de voto do país ou do estrangeiro, o cidadão terá de apresentar qualquer documento oficial com fotografia atualizada, lembrou o responsável, dando o exemplo do passaporte, carta de condução ou bilhete de identidade.

A aplicação digital do Cartão de Cidadão também pode ser utilizada.

Além disso, através do portal do eleitor (www.portaldoeleitor.pt) é possível saber onde ficam as mesas voto mais perto e a sua afluência em tempo real, destacou o porta-voz da CNE.

“Qualquer pessoa recenseada pode votar em Portugal continental, regiões e até no estrangeiro”, referiu.

Se uma pessoa estiver recenseada no Algarve e de férias em Paris poderá votar, tendo apenas de apresentar o documento oficial com fotografia atualizada.

“Vota na rede consular” e para tal basta consultar a página da CNE, adianta. A votação no estrangeiro decorre nos dias 08 e 09 de junho.

Quanto a um reforço do número de boletins de voto disponíveis nas mesas, Fernando Anastácio disse que, “mesmo que não houvesse voto em mobilidade, as mesas recebem sempre 20% acima dos votos dos eleitores que estão inscritos”.

Por exemplo, “se uma mesa tem 1.200 eleitores, recebe 1.500 boletins de voto”, ilustrou, referindo que isso acontece em todo país.

“Há mecanismos que estão organizados” que afastam qualquer problema de logística de eventual falta de boletins de voto numa determinada mesa de voto, reforçou.

Segundo “as projeções e a organização que a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna tem sobre isso organizado com as câmaras, o material para votos será o suficiente para todos os sítios”, asseverou.

Nos sítios “onde há uma previsão de que possa haver um maior aglomerado estão criados os mecanismos para que não faltem boletins de voto”, prosseguiu, garantindo que essa “não é a preocupação dominante”.

A maior preocupação é que “todos os sistemas funcionem do ponto de vista das comunicações, essa é que é a novidade”, rematou.

As assembleias de voto abrem no Domingo, às 08:00 e fecham às 19:00.

Fonte: Lusa

Douro Internacional: Festival de natureza ObservArribas

Douro Internacional: Festival de natureza ObservArribas

O Parque Natural do Douro International (PNDI) acolhe de 14 a 16 de junho, o Festival de Natureza ObservArribas, que tem como objetivo a celebrar a cultura e a natureza nesta área protegida que abrange os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo.

Em comunicado, a Comissão de Cogestão do Parque Natural do Douro Internacional(PNDI) indica que, durante os três dias do Festival, os participantes terão a oportunidade de experienciar o território de forma única, com toda a diversidade e riqueza – natural e cultural – que caraterizam este território fronteiriço.

“Passeios na natureza, observação de biodiversidade, desporto de aventura, fotografia, manifestações etnográficas, degustação de produtos endógenos, concertos e muitas oficinas, conversas e animação cultural”, são atividades que prometem atrair visitantes a esta região, vincou a organização.

Na edição deste ano, o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, será o palco principal do ObservArribas, mas o programa inclui também atividades nos outros concelhos do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI): Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro e Mogadouro.

Fonte: Lusa