Obras públicas: Contratos com um valor total de 6.230 milhões de euros

Obras públicas: Contratos com um valor total de 6.230 milhões de euros

Até setembro, o montante total de contratos de empreitada de obras públicas, registados no Portal Base, atingiu 6.230 milhões de euros, um crescimento de 94% face ao mesmo período de 2024, impulsionado pela linha ferroviária de alta velocidade.

Segundo dados da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), no que diz respeito a contratos celebrados através de concursos públicos, o montante atingiu 5.345 milhões de euros, um crescimento de 109% face aos mesmos nove meses do ano anterior, impulsionado sobretudo pela celebração do contrato do troço Porto – Oiã (Oliveira do Bairro) da linha ferroviária de alta velocidade, no valor de 1.661 milhões de euros.

Já as empreitadas de obras públicas adjudicadas por ajuste direto/consulta prévia, também registaram um crescimento, embora mais moderado, de 8% em termos homólogos, totalizando 540 milhões de euros.

Na rubrica “outros contratos celebrados” verificou-se também um aumento expressivo de 122%, para um montante total de 345 milhões de euros.

Entre janeiro e setembro, foram promovidos 6.187 concursos de empreitadas de obras públicas, no valor global de 8.624 milhões de euros, o que representa aumentos de 66% em número e de 33% em montante, face a igual período de 2024.

Para a AICCOPN, isto reflete “uma forte aceleração na dinâmica do investimento público”.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Igreja: Leão XIV sublinha «fome de verdade e de sentido» no mundo contemporâneo

Igreja: Leão XIV sublinha «fome de verdade e de sentido» no mundo contemporâneo

No Vaticano, o Papa Leão XIV presidiu à Missa com os estudantes das universidades pontifícias, abrindo assim o Jubileu do Mundo Educativo e indicou que o mundo contemporâneo tem “fome de verdade e de sentido”.

“Hoje, tornamo-nos especialistas em detalhes infinitesimais da realidade, mas somos incapazes de ter novamente uma visão de conjunto, uma visão que una as coisas através de um significado maior e mais profundo; a experiência cristã, pelo contrário, quer ensinar-nos a olhar para a vida e a realidade com um olhar unitário, capaz de abraçar tudo, rejeitando qualquer lógica parcial”, disse, na homilia que proferiu na Basílica de São Pedro.

“Alimentar a fome de verdade e de sentido é uma tarefa necessária, porque sem verdade e significados autênticos pode-se entrar no vazio e pode-se até morrer”, acrescentou.

O encontro jubilar decorre até 1 de novembro, reunindo em Roma mais de 20 mil participantes de 124 países, incluindo Portugal.

Perante docentes e alunos das universidades pontifícias, o Papa destacou que “a vida só é viva se estiver em caminho, só se souber dar passos”, sublinhando o simbolismo da passagem pela Porta Santa, típica do Jubileu, como expressão de um percurso de conversão.

“A Igreja precisa constantemente de converter-se, de seguir Jesus sem hesitações, de passar da escravidão à liberdade, da morte à vida”, afirmou.

Leão XIV alertou que, quando o ser humano é “incapaz de ver além de si mesmo, das suas ideias e convicções, permanece prisioneiro, escravo, incapaz de amadurecer o seu próprio julgamento”.

“Quem estuda eleva-se, alarga os seus horizontes e recupera um olhar que não se fixa apenas em baixo, mas é capaz de olhar para cima: para Deus, para os outros, para o mistério da vida”, observou.

O Papa advertiu contra a “atrofia espiritual” e o risco de uma especialização que perde a visão de conjunto, referindo a docentes e investigadores que a Igreja “precisa deste olhar unitário”.

O que acontece nas salas de aula da universidade e nos ambientes educativos de qualquer ordem e grau não deve permanecer um exercício intelectual abstrato, mas tornar-se realidade capaz de transformar a vida”.

Antes da Missa, acompanhado pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, Leão XIV assinou a carta apostólica ‘Desenhar novos mapas de esperança’, para assinalar o aniversário da declaração ‘Gravissimum Educationis’, do Concílio Vaticano II, que se assinala 28 de outubro.

“Este património não é imutável: é uma bússola que continua a indicar a direção. As expectativas, hoje, não são menores do que as muitas com que a Igreja teve de lidar há 60 anos. Pelo contrário, ampliaram-se e tornaram-se mais complexas”, escreve o pontífice, numa passagem divulgada  pelo Vaticano.

Ao longo Jubileu do Mundo Educativo, o Papa vai relançar o Pacto Educativo Global, com três novos eixos: o desenvolvimento da vida interior, a humanização do digital e a educação para a paz.

Esta quinta-feira, Leão XIV vai falar a mais de 6 mil estudantes em peregrinação, no Auditório Paulo VI (11h00 locais, menos uma em Lisboa); na sexta-feira, encontra-se no mesmo local com os educadores que participam no Jubileu (11h00), antes da passagem pela Porta Santa; a 1 de novembro (10h30), na Praça de São Pedro, Leão XIV vai celebrar a Missa conclusiva, para todo o mundo educativo, proclamando o santo cardeal John Henry Newman como “doutor da Igreja”.

Entre as iniciativas desta semana destaca-se o congresso internacional “Constelações Educativas: um pacto com o futuro”, no Auditório da Conciliação, e encontros com estudantes e educadores de todo o mundo.

O Vaticano salienta que a rede católica de ensino é “a maior estrutura educativa global”, presente em 171 países e responsável por mais de 231 mil instituições escolares e universitárias.

Fonte e fotos: Ecclesia

Sendim: Domingo com sol trouxe milhares de pessoas à feira dos Grazes

Sendim: Domingo com sol trouxe milhares de pessoas à feira dos Grazes

No fim-de-semana de 24, 25 e 26 de outubro, a feira anual dos Grazes, em Sendim, começou com chuva mas no Domingo, o dia de sol levou milhares de pessoas, entre eles muitos espanhóis, a visitar o certame, para comprar roupa e calçado para o outono/inverno, frutos como a castanha e as nozes, árvores para plantar ou flores e velas para o Dia de Todos os Santos.

A abertura da feira dos Grazes realizou-se no serão de sexta-feira, dia 24 de outubro e contou com a presença da equipa da União de Freguesias de Sendim e Atenor, liderada por Luís Santiago e do executivo municipal, presidido por Helena Barril. Nos discursos, os autarcas sublinharam a importância histórica, económica e cultural desta feira anual, na vila de Sendim.

O presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, referiu que desde 2021 a freguesia está a introduzir inovações na feira dos Grazes, onde se destaca um espaço para exposição da maquinaria agrícola, assim como o artesanato e os produtos locais.

“Na vila de Sendim, a feira anual dos Grazes é um momento muito aguardado dada a grande afluência de feirantes e de público, ao longo do fim-de-semana do último Domingo do mês de outubro. Este certame é também uma oportunidade para dar a conhecer e promover a atividade agrícola, os nossos produtos e o artesanato. Para além das vendas e compras, a feira dos Grazes é também um momento de encontro, convívio e de festa”, disse o autarca de Sendim.

No sábado, dia 25 de outubro, a chuva foi uma constante ao longo de todo o dia, na vila de Sendim, o que retraiu muitas pessoas de sair de casa para ir à feira dos Grazes. No entanto, no Domingo, o dia de sol convidou milhares de pessoas a viajar até à capital das arribas do Douro, para fazer as habituais compras de outono/inverno.

Ao percorrer as ruas da vila de Sendim, ouvia-se frequentemente a língua castelhana, proveniente dos muitos espanhóis que vieram até Portugal, para fazer compras na feira. Entre os artigos e produtos adquiridos, “nuestros hermanos” comparam produtos hortícolas, fruta e peças de roupa para o tempo frio. Foi o caso de Alfonso Huerto, que viajou 30 quilómetros da localidade espanhola de Morales de Sayago até Sendim (Portugal).

“Todos os anos venho à feira dos Grazes, em Sendim, onde compro legumes e fruta. Na feira dos Grazes, aproveito também para comprar alguma roupa mais quente para o inverno”, disse.

Por sua vez, Maria Soleda veio da cidade de Zamora (Espanha), numa excursão de autocarro, com outras 50 pessoas.

“Viemos numa excursão até Portugal, com os propósitos de visitarmos a feira em Sendim, onde aproveitei para comprar casacos para o inverno e o saboroso café português. Felizmente, este Domingo não choveu, o que tornou o passeio pela feira dos Grazes mais agradável! À tarde, vamos almoçar e passear em Miranda do Douro, para depois regressar a Zamora”, disse.

Na manhã de Domingo, outro destaque na feira foi o passeio motard “Grazes em Movimento”, organizado pelo motoclube “Abutres do Douro” e que reuniu cerca de meia centena de motociclistas.

Entre o público português que visitou a feira dos Grazes, Pedro Lopes, veio de Peredo de Bemposta, no concelho vizinho de Mogadouro e recordou outros tempos em que este certame reunia multidões.

“Antigamente, quando a agricultura era a atividade predominante nesta região do planalto mirandês, a feira dos Grazes era o momento e o local para adquirir sementes para as sementeiras”, recordou.

De Algoso, Carlos Ferreira, foi um dos agricultores que viajou até Sendim, para ver os tratores expostos no recinto da feira e comprar oliveiras, amendoeiras, marmeleiros e cerejeiras para plantar.

“Todos os anos, venho à feira dos Grazes, em Sendim. Para além das compras, os Grazes são uma oportunidade de encontrar, conversar e conviver com outros agricultores da região”, disse.

O público que visitou a feira dos Grazes, em Sendim, teve a possibilidade de almoçar e jantar no restaurante da Comissão de Festas em honra de Santa Bárbara, instalado no pavilhão multiusos.

Natural de Sendim, José Cangueiro, mostrou-se muito agradado com o Domingo de sol, convidativo para ir passear na feira dos Grazes e comprar roupa quente para o inverno.

“Antigamente, em Sendim, a feira dos Grazes realizava-se no dia 31 de outubro. Depois, a freguesia de Sendim, optou por agendar a feira para o último Domingo de outubro, de modo a que no fim-de-semana mais pessoas possam visitar o certame”, explicou.

De visita à feira dos Grazes, o antigo presidente da Freguesia de Sendim, José Jantarada, explicou que o sucesso deste certame deve-se à localização geográfica da vila de Sendim, no concelho de Miranda do Douro e que tem vizinhança com os concelhos de Mogadouro, Vimioso e com Espanha.

“Os Grazes são uma feira nacional e internacional! Veja-se a quantidade de feirantes que vêm das regiões norte e centro de Portugal e do lado do público, a grande afluência de espanhóis, que todos os anos, vêm a Sendim, para fazer compras! O ideal seria que esta feira se realizasse duas e três vezes durante o ano, para atrair a vinda de gente e dinamizar a economia local”, sugeriu.

Nesta época do outono, alguns dos produtos mais procurados na Feira dos Grazes, em Sendim, foram os frutos secos como as castanhas, as amêndoas, as nozes e também os marmelos.

A feira, em Sendim, foi também uma oportunidade para o público comprar flores e velas, para as celebrações do Dia de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos, que se celebram no fim-de-semana de 1 e 2 de novembro.

Na tarde de Domingo, a feira dos Grazes culminou com o concerto do grupo Cláudia Martins & Minhotos Marotos, seguido do sorteio dos prémios da Comissão de Festas em Honra de Santa Bárbara.

HA

Meteorologia: Terça-feira regressa a chuva

Meteorologia: Terça-feira regressa a chuva

Todos os distritos de Portugal continental vão estar na terça-feira, dia 28 de outubro, sob aviso amarelo devido à previsão de chuva, por vezes forte e acompanhada de trovoada, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os distritos de Faro, Évora, Setúbal e Beja estão sob aviso amarelo face à previsão de aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada entre as 12:00 e as 21:00 desta segunda-feira.

Na terça-feira, entre as 12:00 e as 21:00, os 18 distritos do continente vão estar sob aviso amarelo igualmente por causa da chuva, por vezes forte e acompanhada de trovoada.

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Também por causa da chuva forte e persistente, e possibilidade de trovoada, a costa sul e as regiões montanhosas da ilha da Madeira vão estar até às 12:00 de hoje sob aviso amarelo.

O IPMA emitiu também aviso amarelo de vento forte com rajadas até 75 quilómetros por hora para a costa sul da Madeira e até 100 quilómetros por hora para as regiões montanhosas entre as 09:00 e as 18:00 de terça-feira.

Para o grupo central dos Açores (S. Jorge, Faial, Pico, Terceira e Graciosa), o IPMA emitiu aviso amarelo até às 09:00 de hoje também face às previsões de chuva por vezes forte e acompanhada de trovoada.

O grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) está sob aviso amarelo por causa da chuva forte até às 00:00 de terça-feira.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Fonte: Lusa | Imagem: IPMA

Economia: Programa Norte 2030 apoia 47 projetos nas áreas da ciência e da inovação

Economia: Programa Norte 2030 apoia 47 projetos nas áreas da ciência e da inovação

O Programa Regional Norte 2030 vai apoiar 47 projetos promovidos por universidades e institutos politécnicos da região norte, num investimento superior a 94 milhões de euros, 57 dos quais através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Em comunicado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) adianta que a ciência e a inovação “ganham novo impulso com 57 milhões de euros do Norte 2030”, acrescentando que este programa regional apoiará 47 projetos de instituições de ensino superior da região Norte.

“O Programa Regional Norte 2030 está a dar um novo impulso à ciência e à inovação na região Norte, através do apoio a 47 projetos promovidos pelas universidades e institutos politécnicos da região. Estes investimentos, que ultrapassam os 94 milhões de euros, contam com uma comparticipação da União Europeia superior a 57 milhões de euros, no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional”, lê-se no comunicado.

Neste âmbito, já foi assinado um protocolo para a constituição e dinamização da Rede Temática Regional “Valorização do Ensino Superior e do Conhecimento no Norte”, entre a CCDR-N, as universidades do Porto, do Minho, de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Católica Portuguesa, os institutos politécnicos do Porto, de Bragança, de Viana do Castelo, do Cávado e Ave, e as escolas superiores de Aveiro Norte e de Tecnologia e Gestão de Lamego.

A CCDR-N avança que os apoios do Programa Regional Norte 2030 visam “aproximar a ciência e a inovação dos desafios concretos das pessoas e das empresas, promovendo a valorização do conhecimento como motor de desenvolvimento económico e social da região Norte”.

As iniciativas abrangem áreas estratégicas como a saúde, a agricultura sustentável, as energias limpas, os materiais avançados, a tecnologia fotónica, a cibersegurança e a transição digital, “refletindo a aposta do Norte 2030 na transição verde e digital”.

“Mais do que financiar projetos, o Norte 2030 está a aproximar a ciência do território, incentivando parcerias entre instituições de ensino superior, centros de investigação, empresas e entidades públicas”, sublinha o presidente da CCDR-N, citado no comunicado.

Para António Cunha, este investimento representa “um salto qualitativo na consolidação da região Norte como polo de conhecimento e inovação de referência na Europa, reforçando a capacidade de transformar investigação científica em soluções concretas que melhoram a vida dos cidadãos e aumentam a competitividade regional”.

Com este conjunto de apoios, o Norte 2030 “reafirma o seu compromisso com uma região mais competitiva, inovadora e sustentável, onde o conhecimento é o principal motor de futuro”.

Fonte: Lusa

Sociedade: Crimes contra idosos subiram 26,4%

Sociedade: Crimes contra idosos subiram 26,4%

Nos últimos quatro anos, os crimes contra pessoas idosas subiram 26,4%, destacando-se em 2024 as ofensas à integridade física, furtos em casas e a violência doméstica, segundo as estatísticas da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ).

As estatísticas da justiça sobre os crimes contra pessoas com 65 ou mais anos registados pelas autoridades policiais avançam que os crimes contra os idosos aumentaram de 33.469 em 2020 para 42.313 em 2024, o que corresponde a um crescimento percentual de 26,4%.

Os dados divulgados hoje mostram que em 2020 e 2021 o número de crimes é idêntico (33.469), aumentando para 38.721 em 2022, voltando aumentar para 43.640 em 2023, mas baixou para 42.313 no ano passado.

A DGPJ destaca que o aumento de crimes foi ligeiramente superior ao longo dos últimos quatro anos contra os idosos, apesar da maioria dos crimes ser contra a população com menos de 65 anos.

As estatísticas indicam também que as pessoas com 65 anos ou mais são principalmente afetadas por crimes contra o património, que constituem 67,5% das ocorrências neste grupo, seguidos por crimes contra as pessoas, com 28,6%.

Entre os crimes contra as pessoas, a DGPJ destaca que no ano passado 3.071 idosos foram vítimas de ofensa à integridade física voluntária simples, surgindo a violência doméstica contra cônjuge ou análogo como a segunda categoria de crime mais numerosa, contabilizando 2.434 pessoas com 65 anos ou mais.

Outros dos crimes de que esta população foi vítima em 2024 estão a ameaça e coação (951), outros tipos de violência doméstica (812), ofensa à integridade física voluntária grave (80) e, “com menor expressão quantitativa, mas elevada gravidade”, homicídio voluntário consumado (16).

Em relação aos crimes contra o património, as estatísticas da justiça sublinham que no ano passado 2.645 pessoas idosas foram vítimas de furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas, seguido de 2.409 situações de burla informática ou comunicações.

Outros tipos de crimes de que esta população é alvo incluem o furto em veículo motorizado (1.774), o furto em residência sem arrombamento (1.564), o furto de oportunidade de objetos não guardados (1.495), o furto por carteirista (1.441), o furto de veículo motorizado (1.247), o abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento (1.104).

A DGPJ avança ainda que os distritos do interior norte e centro do país registam as maiores proporções de crimes contra pessoas idosas, sendo Bragança o que apresenta o valor mais elevado com 25,18%, seguido Vila Real (22,99%), Guarda (22,72%), Castelo Branco (21,83%), Viana do Castelo (20,57%), Santarém (19,98%), Portalegre (18,47%), Viseu (18,40%), Coimbra (18,36%).

“Este fenómeno contrasta com os valores observados nos grandes centros urbanos e regiões litorais, onde Lisboa apresenta a menor proporção (11,47%), seguida pelo Porto (13,36%) e Setúbal (13,93%). Apesar de, em termos absolutos, distritos como Lisboa (8.189), Porto (5.911), Setúbal (3.916) e Faro (3.016) registarem mais casos, a sua expressão proporcional é menor devido ao elevado número total de vítimas nestas regiões mais populosas”, refere o documento.

As Regiões Autónomas dos Açores (RAA) e da Madeira (RAM)) apresentam também valores comparativamente baixos, com 11,70% e 13,47%, respetivamente.

Fonte: Lusa | Imagens: Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ)

Presunção

XXX Domingo do Tempo Comum – Ano C

Presunção

Sir 35, 15b-17.20-22a / Slm 33 (34), 2-3.17-19.23 / 2 Tim 4, 6-8.16-18 / Lc 18, 9-14

Deus não faz aceção de pessoas, não julga pelas aparências, lê nos corações. Os homens gostam de se comparar uns com os outros e de se julgar mais perfeitos que o próximo. Vemos isso retratado na parábola do fariseu e do publicano.

O Senhor exorta-nos a sermos «perfeitos como o Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48). Perfeitos na misericórdia (Lc 6, 36). Não existe ninguém que não tenha defeitos, mas todos são chamados a corrigi-los e a tender para a perfeição da caridade.

Isso implica que se tome consciência dos erros e fraquezas a que sucumbimos e, com humildade, reconhecer que ninguém se pode considerar melhor que os outros e que não se pode diminuir, humilhar, desprezar, julgar e condenar sem piedade seja quem for. Especialmente se não se é detentor de um cargo de autoridade a que outros devam obediência e prestação de contas.

O fariseu era cumpridor escrupuloso das suas obrigações religiosas e cívicas e achava ter a consciência limpa de culpas ou infrações merecedoras de repreensão ou castigo. Todas as pessoas têm o seu lado bom, coisas louváveis e outras menos boas. Do fariseu lemos que, com presunção, desprezava os outros, considerando-os menos cumpridores. Sem humildade, não há santidade. Não basta ir à missa ao Domingo, peregrinar e multiplicar as práticas ditas religiosas, se não se tem caridade.

Por sua vez, o publicano via bem, diante de Deus, como era fraco e como tinha cometido faltas graves de que se envergonhava e de que pedia perdão e misericórdia. O passado talvez o humilhasse, o tivesse tornado humilde, e a humildade é virtude que agrada a Deus e faz progredir no caminho da salvação.

Demo-nos conta do nosso lado bom, para o agradecermos a Deus e o fazermos frutificar em bons pensamentos, palavras e obras. Quanto ao lado negativo, que ele nos sirva de estímulo para sabermos compreender e perdoar as fraquezas do nosso próximo, deixando de nos atrever a ser juízes rigorosos dos nossos irmãos.

Santa Madre Teresa de Calcutá afirmou: «Não posso julgar nem falar mal duma pessoa, se não amo essa pessoa». Também disse: «É melhor desculpar do que acusar». Oxalá pudéssemos desabafar como ela: «Um pecado que nunca terei de confessar é o de ter condenado alguém». Façamos a opção de preferir ver o lado bom de toda a gente.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa | Foto: Flickr

Mogadouro: Caminhada Mensal solidária “Outubro Rosa”

Mogadouro: Caminhada Mensal solidária “Outubro Rosa”

No Domingo, dia 26 de outubro, o Município de Mogadouro inicia o programa das “Caminhadas Mensais”, com um passeio pelas ruas da cidade de Mogadouro, uma iniciativa que visa também assinalar a campanha de sensibilização e prevenção do cancro da mama “Outubro Rosa”.

Com a “meta” de incutir hábitos de vida saudável na população, a seção de desporto do município de Mogadouro planeia e organiza caminhadas mensais, que este ano se iniciam com a caminhada Rosa, na cidade de Mogadouro.

Na manhã de Domingo, dia 26 de outubro, a Casa das Artes, em Mogadouro, é o local de encontro e de partida para a caminhada solidária de seis quilómetros.

Entre os benefícios das caminhadas, os médicos destacam a melhoria da circulação sanguínea, o bem-estar físico e mental, a redução do sedentarismo e da sonolência e o fortalecimento muscular. A caminhada é um exercício físico simples, que faz bem à saúde física e mental e que pode ser praticado por todas as pessoas, em todas as idades.

Em Mogadouro, a caminhada deste mês de outubro tem um caráter solidário, pois associa-se à iniciativa “Outubro Rosa”, promovida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, com a finalidade de consciencializar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do Rastreio e divulgar informação e formas de apoio à mulher e à família.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro desafia a comunidade a juntar-se ao movimento “Outubro Rosa”, com o desenvolvimento de iniciativas solidárias durante o mês de outubro, com particular destaque para 30 de outubro, Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama.

HA

Outono/Inverno: Domingo os relógios atrasam uma hora

Outono/Inverno: Domingo os relógios atrasam uma hora

Na madrugada de Domingo, dia 26 de outubro, os relógios atrasam uma hora, quando forem 02:00 da manhã, os relógios devem ser atrasados 60 minutos, passando para a 01:00, dando assim início ao horário de outono/ inverno.

Na madrugada de domingo (26 de outubro), os relógios atrasam uma hora, em Portugal continental e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança é feita à 01:00 da madrugada de Domingo, passando para as 00:00.

O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora, no último Domingo de março e no último Domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.

A 30 de março 2025, a hora legal volta a mudar, para o regime de verão.

Na União Europeia (UE), todos os 27 estados-membros voltam a debater o fim ao acerto sazonal dos relógios na primavera e outono.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que Espanha vai propor à União Europeia o fim definitivo da mudança de hora na Europa e a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu fizeram um apelo no mesmo sentido.

Durante um debate sobre o tema, todos os grupos políticos manifestaram-se a favor do fim da mudança da hora, sublinhando os impactos negativos na saúde.

O debate sobre o acerto sazonal não é novo. Em 2019, o Parlamento Europeu votou a favor do fim da mudança horária até 2021, na sequência de uma consulta pública da Comissão Europeia, em que 84% dos 4,6 milhões de inquiridos manifestaram-se a favor dessa posição.

No entanto, a medida nunca avançou por falta de consenso no Conselho da União Europeia, onde os ministros dos estados-membros não concordaram num posição comum para responder à proposta legislativa.

Fontes: Lusa e RTP

Bragança-Miranda: Seminário de São José vai ter uma hospedaria

Bragança-Miranda: Seminário de São José vai ter uma hospedaria

O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida informou que que o Seminário Interdiocesano de São José, na cidade de Bragança, vai ter uma hospedaria para albergar participantes em retiros, encontros e turistas, sendo que esta iniciativa visa contribuir para a sustentabilidade da Casa Pastoral Diocesana.

“A finalidade da hospedaria é oferecer uma casa de acolhimento, com 60 camas, para retiros, encontros, alguém que passa e queira ficar uns dias connosco. Pela experiência, em Portugal, não há nenhuma casa de retiros que sobreviva só com retiros.”, disse D. Nuno Almeida, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O bispo de Bragança-Miranda explicou que “o projeto está aprovado” e têm “a parte mais estrutural” da Casa Pastoral Diocesana construída, o que lhes deu a possibilidade de rever os planos, o “arquiteto está a transformar o projeto para que seja um hotel ou uma hospedaria”, porque “não teria sentido, uma casa tão grande, com condições” para receber atividades de meio a meio ano, ou de três em três meses.

Esta alteração ao projeto inicial da Casa Pastoral Diocesana, em Bragança, vai possibilitar à diocese transmontana “receber grupos, sobretudo no que respeita ao turismo religioso”, de candidatar “esta obra aos fundos da União Europeia”, e “também rentabilizar”, quando não estiver a ser usada para retiros, para receberem hóspedes, para além de congressos, no “auditório e várias salas”.

O bispo de Bragança-Miranda destaca que o Seminário Maior de São José já tem cozinha e lavandaria, e “um espaço fabuloso”, com um “bosque muito grande”, de nove hectares e campo de jogos.

No decreto de nomeações pastorais do ano 2024/2025, em setembro de 2024, o bispo brigantino anunciou que ia passar a residir no seminário diocesano, com aqueles que o acompanham no dia a dia, “por causa da fragilidade económica da diocese”, enquanto a Cúria e os restantes serviços continuavam na Casa Episcopal.

D. Nuno Almeida lembra que esta mudança “já estava prevista”, o projeto Casa Pastoral Diocesana tem “um pequeno apartamento episcopal”, com a intenção de “ter um ambiente de família”, mas antecipou essa decisão, salientando que no seminário funciona a Escola de Formação de Ministérios, o IDEP – Instituto Diocesano de Estudos Pastorais, os movimentos têm muitas atividades, e há grupos que pedem para celebrar a Eucaristia, e fazer refeições.

“A Casa Episcopal foi adaptada, nunca teve este ambiente familiar que precisamos todos. Sobretudo à noite, e ao sábado e domingo, morar sem ninguém é um pouco assustador. Esta decisão de habitar no seminário permite que façamos um dia a dia muito simples, com os sacerdotes que residem ali, também os sacerdotes idosos, os três seminaristas. E, depois, é uma casa onde há vida, porque há um andar que está ocupado por estudantes do IPB [Instituto Politécnico de Bragança, ndr.]”, desenvolveu.

Sobre a “fragilidade económica da diocese”, o bispo de Bragança-Miranda explicou que teve “a sorte de encontrar uma diocese sem dívidas, com algumas obras de vulto”, como a catedral, “mas economicamente muito frágil”, e percebem nas contas que mantêm a diocese “porque a maior parte de quem trabalha o faz voluntariamente”.

“Com os encargos fixos que a diocese tem, em termos também das responsabilidades com o seminário e com o funcionamento da cúria, estamos nesta situação frágil. Apercebemos, logo no início, que era preciso reduzir despesas, e tentarmos aumentar um bocadinho as receitas. Uma das formas de reduzir as despesas, por exemplo, foi termos só uma casa, só uma cozinha, só uma lavandaria, o aumentar a receita significa um apelo à generosidade, e também uma questão organizativa”, acrescentou D. Nuno Almeida.

O bispo de Bragança-Miranda realça que “a diocese é uma família de famílias, ou uma comunidade de comunidades”, e tem também que “ter responsabilidade em relação a cada paróquia, se um sacerdote está a passar dificuldades”, para além de ter “sempre alguém em formação”, sobretudo sacerdotes, em Salamanca e em Roma, mas também diáconos permanentes e sobretudo os leigos que trabalham nos secretariados.

Fonte: Ecclesia