Ambiente: Pescadores lúdicos obrigados a registar capturas em aplicação
Em 2026, os pescadores lúdicos vão registar as capturas de peixes numa aplicação móvel, tendo a União Europeia (UE) criado um grupo de trabalho para discutir estas matérias, no qual Portugal está representado.
“[…] A partir de janeiro de 2026, os pescadores lúdicos devem registar e reportar as suas capturas através de um sistema eletrónico (na forma de uma aplicação móvel) e a ser desenvolvido pelo Estado-membro ou União Europeia”, lê-se numa nota da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).
Esta obrigação surge na sequência da publicação de um regulamento do Parlamento e do Conselho Europeu, que vem introduzir novas obrigações para a pesca lúdica.
Em Portugal, o registo eletrónico das capturas vai abranger todas as modalidades da pesca lúdica, lazer, desportiva, marítimo-turística e submarina, em terra, a partir de uma embarcação ou submersa.
As especificações técnicas da aplicação estão a ser discutidas e a União Europeia criou o Grupo de Trabalho para a Pesca Recreativa (‘Working Group Recreational Fisheries’) para o efeito.
Neste grupo participam técnicos da DGRM, da Inspeção Regional das Pescas e de Usos Marítimos dos Açores e da Direção Regional de Pescas/Inspeção Regional de Pescas da Madeira.
Ambiente: Governo vai renovar equipamentos dos sapadores florestais
O secretário de Estado das Florestas disse que o Governo está a trabalhar para renovar equipamento, desde veículos a motosserras e proteção individual dos sapadores florestais, que desenvolvem um trabalho” “invisível e imprescindível” na proteção dos territórios.
“A seu tempo vamos apresentar o plano com mais pormenor, mas queremos fazer uma coisa muito clara que é reequipar viaturas”, cuja “decadência é clara, e equipamento, que está obsoleto”, afirmou, Rui Ladeira, à margem da sua deslocação, a áreas queimadas do concelho de Nelas.
O governante indicou que, no país, há 412 equipas de sapadores florestais e algumas já deviam ter o seu equipamento de viaturas recuperado” e, para isso, prometeu “arranjar recursos para garantir essa realocação”.
Além das “viaturas todo-o-terreno”, há também “os ‘kits’ de primeira intervenção ao rescaldo dos incêndios” – estão a ser feitos avisos – e “vão continuar, para a proteção individual, por segurança”, para que chegue a “todas as associações e entidades gestoras”.
“Vamos fazer uma coisa que não tenho memória de ter acontecido, que é recuperar e entregar novo equipamento para estas ações: motosserras, moto roçadoras, tudo aquilo que é importante para a ação no terreno, não só em termos de segurança, mas também em termos de qualidade e eficiência”, acrescentou.
Rui Ladeira adiantou ainda que o Governo quer, ao longo dos anos, “lançar novas equipas de sapadores em zonas onde não há, nem nunca houve” e, “já assumido pelo primeiro-ministro, vai haver uma correção dos valores de protocolo, com efeitos retroativos.
Ou seja, os protocolos entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e as entidades gestoras vão “ter os valores anuais aumentados, aumentando desta forma o valor anual do serviço alocado”, neste caso, dos sapadores florestais.
“Vamos dignificar mais o estatuto do sapador florestal, é esse o nosso propósito”, assegurou Rui Ladeira.
Aos profissionais presentes nas Caldas da Felgueira, no concelho de Nelas, distrito de Viseu, o governante deixou as promessas da valorização da sua carreira e não poupou elogios pelo trabalho” invisível e imprescindível” na proteção dos territórios.
No concelho de Nelas, arderam este ano cerca de 2.300 hectares e, “após o impacto dos incêndios, há necessidades emergentes e urgentes de fazer a estabilização”, isto é, “desobstruir as linhas de água, criar zonas de contenção intermédia”.
“Aqui, e noutras zonas do país, foram criadas na linha de água paliçadas e zonas de contenção com o próprio material que ardeu para garantir que as cinzas não vão para os rios para perturbar e natureza”, apontou Rui Ladeira.
Durante a visita, o secretário de Estado ouviu a explicação por parte do responsável do ICNF no local, Rui Ventura, que esclareceu que, ao longo de cerca de três quilómetros de linha de água foram criadas quatro a cinco barreiras que evitaram a deslocação para o rio Mondego, cerca de 200 metros a jusante, de uma “enorme carga de cinza”.
Também o terreno na margem da linha de água recebeu “uma sementeira com trator que ajuda a estabilizar o solo” e a “conter a água que desce das encostas, de maneira que não provoque cheias e enxurradas que, eventualmente, pudessem derrubar o aqueduto e, consequentemente, a estrada”.
Angueira: Feira do Mel e Produtos da Terra com mais visitantes
Em Angueira, a II Feira do Mel e Produtos da Terra encerrou na tarde de Domingo, dia 20 de outubro, com as tradicionais chegas de touros e a visita à feira, onde os expositores confirmaram a maior afluência de visitantes ao certame, embora tenham registado menos vendas.
O Rancho Folclórico de Vimioso animou a II Feira do Mel e Produtos da Terra, na tarde de Domingo.
Numa avaliação à II Feira do Mel e Produtos da Terra, o representante da freguesia de Angueira, Manuel João Fernandes Preto, disse que a população local acolheu muito bem esta iniciativa e nesta segunda edição trabalhou com vontade de melhorar ainda mais este evento anual.
“Queremos continuar a realizar este evento em Angueira. Em cada ano e durante um fim-de-semana, a localidade consegue atrair a vinda de muitas pessoas, quer os conterrâneos, os familiares e muitos outros visitantes. E esta grande afluência de pessoas dá ânimo à população local, ajuda a promover e comercializar os produtos e a divulgar a nossa cultura”, disse.
Do lado dos expositores, Ana Rosa Martins, de Caçarelhos, participou pela primeira vez no certame, dando a provar a doçaria tradicional, como os roscos, as cavacas, os económicos e o pão.
“Foi a minha primeira participação num evento deste género e as vendas correram mais ou menos bem. Se Deus quiser vou continuar a participar nas próximas feiras”, disse.
A seu lado, Paula Domingues, da cozinha tradicional “Cimo da Quinta” tinha à venda folares, bola doce, pão com chouriço, fumeiro, vinho caseiro e outros produtos.
“Comparativamente com o ano passado, verifiquei que a Feira do Mel e Produtos da Terra, em Angueira, está a crescer. As vendas também correram bem, mas deixava uma sugestão à organização: se fosse possível que o local das chegas de touros ficasse mais próximo da feira, para que ainda mais público viesse visitar-nos”, sugeriu.
Para o produtor de mel e frutos secos (amêndoa e castanha), Filipe Afonso, de Avelanoso, a II Feira do Mel e Produtos da Terra registou uma maior afluência de pessoas. No entanto, as vendas não superaram as do ano anterior, o que segundo o apicultor se deve à falta de dinheiro das pessoas.
Sobre o êxito destas feiras temáticas no concelho de Vimioso, Filipe Afonso, corroborou da opinião que são uma ótima iniciativa.
A II Feira do Mel e Produtos da Terra encerrou ao final da tarde de Domingo, com o convívio e o magusto de castanhas assadas, no largo da feira.
O presidente da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, regozijou-se com a afluência de pessoas à aldeia durante os dois dias do certame e agradeceu o envolvimento da comunidade local na organização do evento.
“Tal como referi na antevisão, este certame tem um tripla finalidade: do ponto de vista económico visa comercializar os produtos locais de inquestionável qualidade; do ponto de vista cultural, preservar e divulgar as nossas tradições, como a música e o folclore; e do ponto de vista social, propiciar o encontro e o convívio entre a população local e as pessoas que nos visitam”, concluiu.
Angueira: Caminhada trouxe 80 pessoas à Feira do Mel e Produtos da Terra
Na manhã de Domingo, dia 20 de outubro, cerca de 80 pessoas participaram na caminhada interpretativa (de ida e volta) entre Angueira e Serapicos, uma atividade que fez parte do programa da II Feira do Mel e Produtos da Terra, um certame que tem como finalidade dinamizar económica e socialmente esta localidade do concelho de Vimioso.
Na manhã de Domingo, cerca de 80 pessoas percorreram em grupo, a distância entre as aldeias de Angueira e Serapicos.
O casal de emigrantes, Humberto e Noémia adiaram o regresso a França, para participar na II Feira do Mel e Produtos da Terra, que decorreu em Angueira, no fim-de-semana de 19 e 20 de outubro. Para além da visita ao certame, o casal também se inscreveu na caminhada de 12 quilómetros, ao longo do vale do rio Angueira.
“Adquirimos o hábito das caminhadas diárias, pois faz-nos muito bem à saúde. Foi o primeiro ano em que participámos nas atividades da feira e gostámos muito da caminhada, ainda que na nossa opinião, a paragem em Serapicos para a formação ambiental foi demasiado longa, o que nos tirou o ritmo e arrefecemos o corpo”, disseram.
Sobre os produtos à venda da feira, o casal de emigrantes indicou que compraram azeite, chouriças e mel.
Outro participante Desidério Afonso, veio de São Martinho até Angueira para participar na caminhada interpretativa e conviver com pessoas amigas.
“Tenho amigos em Angueira e decidi inscrever-me na caminhada para estar com eles e conviver. Achei a caminhada ao longo do rio Angueira espetacular. Como sugestão para a próxima edição sugeria à organização a oferta de uma t-shirt, um boné, água e um lanche mais reforçado a meio da caminhada”, disse.
Questionado sobre a utilidade de eventos como a Feira do Mel e Produtos da Terra, Desidério Afonso adiantou que gostaria de ver estes certames nas aldeias do concelho de Miranda do Douro.
“Na minha opinião, seria uma excelente iniciativa organizar feiras dedicadas aos produtos locais nas aldeias de Miranda do Douro. Seria um modo de ajudar as pessoas a escoar alguns dos seus produtos e divulgar as tradições de cada localidade. Em São Martinho de Angueira, por exemplo, poderia fazer-se um certame destes na festa de São Martinho, para promover a castanha e o mel”, disse.
A meio da caminhada, em Serapicos, foi ministrada uma formação ambiental sobre a fauna e a flora existente ao longo do rio Angueira. No local, os docentes do Instituto Politécnico de Bragança fizeram uma demonstração de pesca, na qual deram a conhecer aos caminhantes alguma das espécies que existem no rio Angueira, como os lagostins, as percas e os barbos.
De regresso a Angueira, à chegada os caminhantes foram presenteados com um almoço no salão de festas, onde conviveram entre si e com outros visitantes da II Feira do Mel e Produtos da Terra.
Angueira: Montaria ao javali abriu a II Feira do Mel e Produtos da Terra
No fim-de-semana de 19 e 20 de outubro, a II Feira do Mel e Produtos da Terra, em Angueira, iniciou-se com a montaria ao javali, uma atividade que contou com a participação de uma centena de caçadores, que aproveitaram a visita à aldeia para comprar alguns dos produtos da região como o mel, os produtos hortícolas, a castanha, o pão ou o fumeiro.
O certame iniciou-se na manhã de sábado, dia 19 de outubro, com a montaria ao javali, uma atividade que reuniu em Angueira, uma centena de caçadores, muitos deles vindos de outras regiões do país.
O presidente da Associação de Caçadores de Angueira, Álvaro Moreira, caçador há mais de 50 anos e um dos fundadores desta associação em 1992, sublinhou a importância da caça na dinamização económica e social do interior do país.
“A caça é um fator de desenvolvimento do interior do país. E para pequenas localidades como Angueira, atividades como as montarias ao javali conseguem atrair a vinda de centenas de pessoas. Simultaneamente, a realização de feiras dedicadas aos produtos locais como o mel, o fumeiro, os produtos hortícolas (batatas, cebolas, etc.), ajudam a dinamizar a economia local”, disse.
Um dos caçadores vindos de outras regiões, foi Abílio Baia, natural de Baião, no distrito de Porto, que há 20 anos visita regularmente a região de Trás-os-Montes para caçar.
“Gosto muito desta região e em particular da cidade de Miranda do Douro. Atualmente, há pouca caça, pelo que deveriam ser tomadas medidas para proteger e dinamizar esta atividade, que afinal é uma riqueza para a região transmontana”, disse.
Dado que a montaria ao javali estava inserida no programa da II Feira do Mel e Produtos da Terra, os caçadores aproveitaram para visitar o certame e comprar alguns dos produtos locais.
“Felicito a freguesia de Angueira, pela organização deste certame que dá a conhecer alguns dos produtos caraterísticos deste território. Pessoalmente, sou um apreciador do pão, das alheiras e do mel”, disse.
De Macedo de Cavaleiros, Paulo Vilares, que também veio até Angueira para participar na montaria ao javali, afirmou que estes certames são importantes para promover os produtos e tradições locais.
“No concelho de Macedo de Cavaleiros, quase todas as freguesias organizam estas feiras temáticas dedicadas aos produtos locais. Simultaneamente, são eventos onde se dão a conhecer as coletividades e tradições de cada localidade”, indicou.
Em Angueira, entre os 130 caçadores inscritos na montaria ao javali, havia também dois irlandeses, Turlough Nolan e Jack Nolan, pai e filho, que são uns aficionados da caça.
“Na Irlanda não existem javalis, pelo que viemos até Portugal para participar nesta montaria, a convite de um amigo português. Apesar de não falarmos português, estes encontros são também oportunidades de convívio e confraternização entre os participantes”, revelaram.
Sobre a II Feira do Mel e Produtos da Terra, os caçadores irlandeses expressaram grande satisfação pela variedade de produtos locais, destacando a sua preferência pela navalhas artesanais e os produtos hortícolas.
Na montaria ao javali, participaram também algumas senhoras, entre elas Lia João, que veio de Bragança. A jovem disse que é caçadora há dois anos e nesta atividade cinegética aprecia sobretudo o contato com a natureza e o convívio que se estabelece entre os caçadores.
«Em Bragança, temos um grupo de amigos que se chama “Tropa de Elite” e que junta caçadores também de Braga e que vêm todos os fins-de-semana à nossa região, para caçar. Eles gostam muito de Trás-os-Montes”, disse.
As danças dos Pauliteiros de Miranda (São Martinho de Angueira) animaram a II Feira do Mel e Produtos da Terra.
Em Trás-os Montes, a caça é considerada um fator de desenvolvimento económico, dado que promove a valorização dos recursos endógenos. Consequentemente, esta atividade fomenta a criação de postos de trabalho no interior do país (alojamento, restauração, turismo, comércio), contribuindo assim para a coesão territorial. No ambiente, a atividade cinegética contribui para a sustentabilidade da biodiversidade e a valorização dos habitats.
O primeiro dia do certame encerrou com o concerto musical do grupo “7 Saias”.
Banca: Limites às comissões nas transferências no MB Way
A partir de hoje, dia 21 de outubro, aplicam-se os limites às comissões bancárias nas transferências feitas através de plataformas de pagamento como MB Way, após a publicação da legislação em Diário da República.
As transferências nestas plataformas têm já, pela lei, comissões isentas quando não excedam 30 euros por operação, 150 euros por mês ou 25 transferências realizadas nesse período.
Caso as operações excedam estes limites, os operadores podem cobrar comissões que, com esta legislação, ficam limitadas.
A partir de 21 de outubro, as comissões estão limitadas ao máximo de 0,2% do valor da transferência para operações associadas a cartão de débito ou transferências imediatas.
Em agosto, a associação de defesa do consumidor Deco alertou para o risco de aumento de comissões no serviço MB Way na sequência do novo regime de pagamentos e disse que enviou uma carta ao Governo a pedir intervenção urgente e proporcionalidade nas comissões.
A 2 de outubro, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, limites às comissões bancárias nessas transferências imediatas dizendo que o objetivo é “proteger os consumidores e clientes bancários”.
Alojamento: Bragança é a cidade onde estudantes pagam menos por um quarto
A cidade de Bragança tem os quartos mais baratos para arrendar no país, com um preço médio de 170 euros, segundo o observatório do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES).
De acordo com o índice de preços que recolhe informações em portais imobiliários e páginas da internet de agências do setor, e que analisa 20 cidades de Portugal continental e ilhas, em Bragança os preços de quartos para estudantes oscilam entre os 129 e os 250 euros, mínimos e máximos.
De acordo com o mesmo estudo, em setembro de 2021, data mais recuada disponível desta compilação de dados, em Bragança o preço médio de um quarto era de 123 euros. Há três anos, o preço mínimo era de 92 euros e o máximo era 261 euros.
“Hoje em dia já começa a ter os mesmos valores do que o litoral (…). No futuro, pode ser um entrave para virem estudar para Bragança e isso preocupa-nos”, referiu à Lusa André Caldeira, presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança.
O representante da academia estudantil atestou que o custo de um quarto tem vindo a aumentar, sendo que neste momento há os que passam já “a casa dos 200 euros, muitos deles 220 ou 250”.
“E alguns deles com condições que não são as mais desejadas, principalmente em Trás-os-Montes, em que o frio no tempo de inverno se faz sentir”, continuou André Caldeira.
O jovem relatou que ainda continua a ser frequente “passar ou não recibo”, sendo que, em caso afirmativo, “o preço parece que dispara”.
“Devia haver uma tabela e controlo de alguma entidade para conseguir controlar essa parte do alojamento”, defendeu André Caldeira.
Gabriela Rente entrou em Arte e Design. É de Seia. Encontrar quarto em Bragança, disse, “não foi assim tão difícil, mas também não foi assim tão fácil”, porque os preços com que se deparou não foram os mais convidativos.
“Pago 220 euros, mais as despesas. Então, torna-se um bocadinho caro”, confessou a jovem, acrescentando que vinha prevenida para rendas entre os 150 e os 200 euros.
Maria Madaíl é de Aveiro e está no primeiro ano de Línguas para Relações Internacionais. Paga o mesmo do que Gabriela, 220 euros por um quarto.
“Como estamos mais longe, achava que ia ser muito mais barato. Com as despesas da escola e da alimentação, pago um balúrdio. E não tenho ajuda de bolsas”, partilhou Maria.
Já Francisca Camelo, de Celorico de Basto, aluna do segundo ano do curso técnico superior de Acompanhamento de Crianças, esteve num quarto a 175 euros mensais, mas optou neste período letivo por um a 200 euros, porque o anterior “ficava a meia hora” de distância da escola.
Com o bolo dos gastos a cada mês e sem direito a bolsa de estudos, Francisca admitiu que “está a fazer um esforço para estudar”.
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB), com polos em Mirandela e Chaves, tem cerca de 10 mil alunos. Este ano, no total de todas as fases de acesso, registaram-se cerca de 2300 novas inscrições.
O presidente, Orlando Rodrigues, revelou que as camas que a instituição tem à disposição ainda não são suficientes para os bolseiros que têm, mas garantiu que estão a trabalhar nisso.
“O alojamento é uma dificuldade. Tem havido um desajustamento entre a oferta e a procura, uma vez que houve um crescimento acentuado nos últimos anos (…). Estamos a procurar resolver este problema com mais oferta de residências”, disse Orlando Rodrigues, relembrando que o IPB tem quatro residências em construção na região, que representam mais 500 camas a juntar às 350 já existentes.
O politécnico aderiu também ao programa governamental Alojamento Estudantil Já, anunciado este ano letivo, e que permitiu ao IPB adicionar cerca de 60 camas, 20 das quais estão, segundo foi informado pela Diocese Bragança-Miranda, no Seminário de S. José.
Os acordos Alojamento Estudantil Já previam criar, em todo o país, 709 alojamentos em 22 Pousadas da Juventude e em quatro unidades do INATEL.
O Governo também disponibilizou às instituições do ensino superior “5,5 milhões de euros para celebrarem protocolos com entidades, públicas, privadas ou sociais.
Contactado pela agência Lusa, o Ministério da Juventude e Modernização informou que “até ao momento foram ocupadas 222 camas em Pousadas da Juventude, num total de 673 disponibilizadas, e 6 camas em alojamentos do INATEL, num total de 36 disponibilizadas”.
Já através da linha de crédito foram contratadas 428 camas ao abrigo desta medida e cerca de mais 400 em fase de contratualização, segundo ainda o gabinete de Mariana Balseiro Lopes.
“Não chega, mas já é uma ajuda para estabilizar um pouco o mercado. De qualquer forma, os privados também estão a responder. Tem havido bastante investimento, de mais qualidade (…). Necessariamente, nos próximos anos, este problema resolver-se-á”, rematou Orlando Rodrigues.
Arrendar um quarto em Portugal tem um custo médio atual de 398 euros, segundo o mesmo observatório PNAES. Em oposição a Bragança, a cidade mais cara é Lisboa, onde um lugar para dormir custará em média a um estudante 485 euros.
Ensino: Governo testa novos contratos de associação no pré-escolar
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai testar novos contratos de associação com privados e setor social no ensino pré-escolar e rever os programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de Educação para a Cidadania.
“Vamos reforçar o cultivo dos valores constitucionais e libertar esta disciplina das amarras a projetos ideológicos ou de fação”, anunciou Luís Montenegro, no encerramento do 42.º Congresso, na passagem mais aplaudida do seu discurso.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro anunciou sete decisões em várias áreas da governação e, na educação, destacou o aumento da “comparticipação pública por sala para garantir a universalidade do acesso ao ensino pré-escolar”.
“Pretendemos expandir a oferta pública, privada e social testando mesmo novos contratos de associação no ensino pré-escolarm olhando para o interesse das crianças e não olhando para qualquer bloqueio ideológico que frustra o acesso de todos a uma oportunidade a começar no primeiro ciclo de ensino, que deve ser dos zero aos seis anos, na creche e no pré-escolar”, defendeu.
Por outro lado, acrescentou, o Governo prevê “rever os programas do ensino básico e secundário incluindo nesta revisão a disciplina de cidadania”.
Na área da saúde, Montenegro apresentou ainda uma medida que o próprio admitiu que “parece pequena”, mas considerou que será “muito relevante para a vida de dezenas e dezenas de milhares de portugueses”.
“Vamos dar a cerca de 150 mil doentes a possibilidade de receberem os seus medicamentos na sua farmácia de proximidade, ao invés de terem de fazer 100, 200 ou 300 quilómetros para os ir levantar no seu hospital”, afirmou.
XXIX Domingo do Tempo Comum / Dia Mundial das Missões
Seguir Jesus implica a Cruz
Is 53, 10-11 / Slm 32 (33), 4-5.18-19. 20.21 / Hebr 4, 14-16 / Mc 10, 35-45 ou 10, 42-45
Quando Tiago e João, no Evangelho de hoje, pedem a Jesus um lugar ao seu lado quando chegar a sua glória, Jesus diz-lhes: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o batismo com que Eu vou ser batizado?».
Surpreende-me sempre a rapidez com que Tiago e João respondem «sim». Seremos mesmo capazes, no momento que nos for oferecido, de beber do mesmo cálice de Jesus? No horto das Oliveiras ouvimos o próprio Jesus pedir ao Pai que afaste esse cálice. Podemos, com tanta segurança, afirmar que partilharemos o cálice com Ele?
Foi por mera casualidade que caí na conta da seriedade desta questão. Numa Eucaristia em que comungámos nas duas espécies, fiquei para último na comunhão e o sacerdote que segurava o cálice diz-me: «podes beber do cálice?». A pergunta era inócua e visava simplesmente ajudar à purificação das alfaias. Mas recordo-me que, interiormente, senti como se Jesus me perguntasse se podia beber do seu cálice. E estremeci. E hesitei.
Em cada um dos nossos dias, o Senhor coloca o cálice com o seu sangue diante de nós e pergunta-nos se podemos beber dele. Só confiados na sua graça podemos responder «sim», pois pelas nossas próprias forças tal não é possível.
Seguir Jesus implica partilhar o seu destino. Nós desejamos viver como ressuscitados sem passar pelo crivo da cruz. E sem amar até ao fim, sem sacrifício, sem arriscar a vida toda pela verdade, pela bondade, pela justiça, pela santidade, sem colaborarmos com Cristo na sua missão de compaixão pelo mundo, sem pegar na própria cruz, não há ressurreição, não há vida cristã.
O Senhor não nos engana. Ele é bastante claro ao apontar o preço da graça: adesão, sem reservas, à sua vida. Somos nós quem pretende criar uma fábula em que é possível viver rodeados de flores, sem enfrentar nenhuma das feras, sendo complacentes com o mal ou indiferentes a ele. Mas só seremos Reino, aquela que deveria ser a nossa meta, se entrarmos com Cristo no mundo, bebermos do seu cálice e recebermos o mesmo batismo, um batismo de cruz.
Desejemos, do fundo do nosso coração, a vida bela. Aquela que não ignora as sombras, mas que persevera no amor pela luz, tornando-se ela mesmo luz. Assumamos a responsabilidade pelos nossos irmãos, sendo santos, não para nos salvarmos, mas para que os outros se salvem. Se assim for, quando chegar o Dia, poderemos entrar confiadamente entre os esplendores da luz perpétua, sentar-nos no lugar que Jesus reservou para nós e juntar-nos ao coro dos anjos, dos santos que nos precederam e dos que nos acompanham e de toda a Criação, no seu louvor a Deus.
Atletismo: VI Trail La Raya Alcañices no dia 27 de outubro
No Domingo, dia 27 de outubro, vai realizar-se o VI Trail la Raya Alcañices, uma prova desportiva que que vai decorrer ao longo da fronteira entre Espanha e Portugal, nas modalidades de trail longo, trail curto e caminhada.
A prova desportiva contempla três modalidades: o trail longo, com uma distância de 27 quilómetros; o trail curto, de 14 quilómetros; e a caminhada de 9 quilómetros, para os participantes que preferem uma experiência desportiva mais tranquila na natureza.
De acordo com o Club Deportivo La Raya Trail Alcañices, organizador do evento, a Plaza Mayor de Alcañices é o local de partida e também a meta das três provas.
“Ao longo dos três percursos, os participantes vão passar por caminhos, pontes de madeira e bosques, onde têm a oportunidade de contemplar a natureza, que nesta estação do outono está especialmente colorida”, indica a organização.
Trail El Rincón de Aliste
No passado dia 13 de outubro, na localidade espanhola de Viñas de Aliste, realizou-se o Trail El Rincón de Aliste. Neste evento deportivo participaram 80 pessoas nas modalidades trail longo (19,7 km), trail curto (9,7 km) e duas caminhadas com 9 e 5 quilómetros.
No trail longo feminino, destaque para os três primeiros lugares alcançados pelas atletas do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), Rosário Sebastião (1ª), Anabela Cameirão (2ª) e Anabela Fernandes Martins (3ª).
Na classificação, por equipas o Clube Desportivo de Miranda do Douro alcançou o terceiro lugar, ficando atrás do Ginásio Clube De Bragança (1º) e da Raya Trail de Alcañices (2ª).
Os prémios foram entregues pelo Presidente da Diputación de Zamora, Javier Faúndez Domínguez, pelo deputado do Partido Popular (PP), Oscar Ramajo Prada, o alcalde de Viñas e o representante da Caja Rural de Zamora.