Miranda do Douro: Município exige responsabilidades políticas na venda das barragens

Miranda do Douro: Município exige responsabilidades políticas na venda das barragens

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril exige que, quando for conhecido o resultado do inquérito crime sobre a venda das barragens, se deve constituir uma comissão para escrutinar a responsabilidade política de quem interveio neste processo.

“Quando for conhecido o resultado do inquérito crime que decorre sobre a venda das barragens, que se constitua uma comissão parlamentar, pois os portugueses têm o direito de escrutinar a responsabilidade política dos que intervieram no negócio da venda das barragens. Há nomes e há rostos, nós temos o direito de conhecer quem, por detrás da cortina, quis beneficiar a EDP, com prejuízo do interesse público”, disse Helena Barril, no decurso de uma audiência na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia da República.

Perante os deputados desta Comissão, a autarca social-democrata vincou que a situação “é tão grave como a ‘borla fiscal’ da venda das barragens, como o não pagamento dos devidos impostos como o IMI, com a agravante, neste caso, a EDP contou com a conivência da Autoridade Tributária (AT)”.

A propósito do IMI das barragens, a autarca partilhou com os deputados das várias forças políticas representadas nesta Comissão uma condição pessoal, ao afirmar que é funcionária da AT.

“Ao longo dos anos no Serviço de Finanças de Miranda do Douro, sempre perguntei: Porque é que a EDP não paga o IMI das barragens de Picote e Miranda? Bati a muitas portas dentro da AT. Não encontrei nenhuma aberta, nem vi vontade de mudar o ‘status quo’. Por isso, decidi candidatar-me a presidente da câmara, com o compromisso de tudo fazer, para que fosse pago o IMI das barragens de Picote e Miranda”, vincou Helena Barril.

Segundo a autarca, em março de 2022 foi requerido à diretora-geral da AT a inscrição das barragens na matriz, obtendo o município de Miranda do Douro uma resposta negativa.

“A resposta da AT foi negativa, o que não me espantou, conhecendo como conheço o poder da EDP. Mas não desistimos. Em 29 de janeiro de 2023, expusemos os nossos argumentos jurídicos ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais [Nuno Félix], e tivemos a sorte de encontrar um governante de grande lisura e comprometido com o interesse público. Em 3 de fevereiro de 2023, o governante ordenou à AT a inscrição das barragens na matriz e a sua avaliação, para efeito de cobrança do IMI”, indicou a autarca.

Assumindo “espanto”, quando a diretora-geral da AT não cumpriu o despacho ao Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, até suscitou por escrito dúvidas sobre a sua legalidade.

“Mais espantoso, os argumentos invocados pela AT foram os utilizados pela EDP em 2016, quando conseguiu reverter a primeira tentativa de cobrança do IMI das barragens”, disse Helena Barril.

Por outro lado, a autarca aponta o dedo à EDP, afirmando que a elétrica se arroga no direito de não pagar os impostos que todos os contribuintes pagam.

“A EDP e os seus dirigentes não contaram com a determinação e empenho das gentes das Terras de Miranda, e não perceberam que os portugueses já não toleram mais favores. Isto não é só uma questão de dinheiro. É, sobretudo, uma questão de justiça e equidade fiscal”, vincou Helena Barril aos parlamentares da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

A autarca disse ainda que, se necessário, a Câmara de Miranda, e todas as outras onde há barragens, romperão os seus contratos de fornecimento de eletricidade com a EDP.

“No limite, estamos dispostos a fazer disso uma causa nacional. Deixo dois apelos: um à AT, que tenha coragem e cobre à EDP os impostos que nos são devidos, outro a Miguel Stilwell d’Andrade, diretor executivo da EDP, que evite os danos reputacionais (…) e pague voluntariamente os impostos devidos”, afirmou a autarca transmontana.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa

Avelanoso: IX Feira da Castanha e Produtos da Terra nos dias 1 e 2 de novembro

Avelanoso: IX Feira da Castanha e Produtos da Terra nos dias 1 e 2 de novembro

A Feira da Castanha e Produtos da Terra, em Avelanoso, está agendada para os dias 1 e 2 de novembro, um certame que todos os anos possibilita aos produtores locais a comercialização da sua colheita de castanha e outros produtos e que nesta IX edição tem como novidades os 36 expositores, a missa em honra de Todos os Santos e a palestra “Um olhar sobre os castanheiros”.

Numa antevisão ao certame, o presidente da União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso, Fernando Rodilhão, adiantou que nesta localidade do concelho de Vimioso se perpetiva uma boa colheita de castanha, ainda que a apanha esteja um pouco atrasada.

“Comparativamente com o ano passado, em que houve escassez de castanha, a colheita deste ano está bem melhor. As chuvas do mês de setembro também vieram ajudar ao desenvolvimento das castanhas, embora a apanha esteja mais tardia”, adiantou.

Em Avelanoso existem três variedades de castanha: a longal, que é o tipo predominante, a judia e a côta. Para muitas famílias de Avelanoso, a produção de castanha é uma fonte de rendimento suplementar e a apanha é uma atividade sazonal, realizada em contexto familiar.

“Em Avelanoso, as famílias proprietárias de soutos de castanheiros juntam-se habitualmente aos fins-de-semana e aos feriados para a apanha da castanha. Atualmente, na localidade está-se a plantar outra variedade de castanha, a Martaínha, que é um fruto de grande porte, com muito boa conservação natural e é caraterística dos territórios de altitude”, indicou.

Dada a crescente notoriedade da Feira da Castanha e Produtos da Terra, há muitos produtores e artesãos interessados em participar no certame em Avelanoso. Por esta razão, nesta IX edição, a organização aumentou o espaço da feira para acolher 36 expositores. Entre estes, 11 são produtores de Avelanoso e vão comercializar as colheitas de castanha, amêndoa, noz, avelã, marmelo, produtos hortícolas e a doçaria tradicional.

Nos dias da feira, os visitantes também podem comprar outros produtos da região, com destaque para o fumeiro, pão, queijos, compotas, mel, produtos hortícolas e o artesanato.

Todos os anos, o certame nesta aldeia raiana atrai muito público, também graças ao diversificado programa de atividade, que este ano apresenta como um dos destaques a celebração da Santa Missa, em honra de Todos os Santos, na sexta-feira, dia 1 de novembro.

“Dado que o feriado de Todos os Santos calha numa sexta-feira e o fim-de-semana é prolongado, esperamos a vinda de muitos conterrâneos, em especial os nossos emigrantes”, prevê o autarca de Avelanoso.

No dia 1 de novembro, após a missa, segue-se a abertura da feira ao público, com a apresentação dos expositores. Neste primeiro dia da feira, estão programadas as tradicionais chegas de touros, um magusto e o concerto da “Banda Nova Geração”.

No sábado, dia 2 de novembro, a montaria ao javali e o passeio pedestre são duas atividades que se espera tragam muita gente à II Feira da Castanha e Produtos da Terra, em Avelanoso.

“A montaria ao javali já tem as inscrições esgotadas, com a participação de 130 caçadores. Relativamente ao passeio pedestre, todos os anos procuramos inovar na oferta de atividades e nesta edição vamos organizar o passeio pedestre “Rota da Castanha”. O objetivo é dar a conhecer ao público este nosso produto âncora, a castanha, numa visita aos soutos de castanheiros”, justificou.

Segundo a organização, as inscrições para o passeio são gratuitas. Já os caminhantes que pretendam almoço, brinde e seguro pagam 13 castanhas.

“O local das inscrições para o passeio pedeste “Rota da Castanha” é no recinto da feira e a hora de partida é às 10h15”, informam.

Nos dois dias da feira, há serviço permanente de restaurante, com almoços e jantares, para que o público tenha a oportunidade de visitar o certame e possa participar nas atividades.

Na tarde de sábado, a animação do certame está a cargo do Rancho Folclórico de Vimioso e do espetáculo musical dos “LMC Band”.

A grande novidade da IX Feira da Castanha e Produtos da Terra é a palestra “Um olhar sobre os castanheiros”, agendada para o início da tarde de sábado. Esta sessão vai ser ministrada por docentes do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) que vão esclarecer os produtores locais sobre temas como as doenças antigas e emergentes do castanheiro; lavrar ou não, os soutos de castanheiros; e a reação do solo e a resposta do castanheiro à aplicação de fertilizantes.

“Perante as recorrentes doenças que afetam os castanheiros, decidimos organizar uma ação de sensibilização para os agricultores, de modo a saber que tratamentos devem ser implementados nos soutos”, disse.

A Feira da Castanha e Produtos da Terra é um evento organizado pela freguesia de Avelanoso e que conta com o apoio do município de Vimioso. Na preparação do evento, a freguesia realiza todo um trabalho prévio, na escolha da tenda para o recinto da feira, na contratação dos grupos musicais e na preparação das várias atividades.

“A realização destas feiras exige um rigoroso planeamento de custos e despesas. Em Avelanoso, fazemos inclusive um estudo de mercado para contratar os melhores serviços ao melhor preço, assegurando sempre a sustentabilidade financeira da freguesia. Na realização da Feira da Castanha e Produtos da Terra, uma das maiores despesas é o aluguer das tendas, cujo custo varia entre 4 mil a 6 mil euros”, explicou.

Para a realização da feira, a freguesia de Avelanoso conta com a valiosa colaboração da população local, que se disponibilza para realizar vários serviços como preparar o magusto, garantir o funcionamento do bar, assegurar a logística das chegas de touros, do passeio pedestre, entre várias outras atividades.

“Sem a ajuda da população de Avelanoso não seria possível organizar esta feira anual. Hoje em dia, este certame dedicado à castanha já é uma marca do concelho de Vimioso e é conhecido até no estrangeiro. Para tal, agradeço o apoio logístico, financeiro e humano do município de Vimioso”, concluiu, Fernando Rodilhão.

HA

Outono/Inverno: Relógios atrasam uma hora

Outono/Inverno: Relógios atrasam uma hora

Na madrugada do próximo Domingo, dia 27 de outubro, os relógios vão atrasar uma hora, em Portugal continental e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, dando início ao horário de outono/ inverno.

Na madrugada de domingo (27 de outubro), em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, quando forem 02:00 da manhã, os relógios devem ser atrasados 60 minutos, passando para a 01:00.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança é feita à 01:00 da madrugada de Domingo, passando para as 00:00.

A 30 de março 2025, a hora legal volta a mudar, para o regime de verão.

O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.

Fonte: Lusa

Ambiente: Pescadores lúdicos obrigados a registar capturas em aplicação

Ambiente: Pescadores lúdicos obrigados a registar capturas em aplicação

Em 2026, os pescadores lúdicos vão registar as capturas de peixes numa aplicação móvel, tendo a União Europeia (UE) criado um grupo de trabalho para discutir estas matérias, no qual Portugal está representado.

“[…] A partir de janeiro de 2026, os pescadores lúdicos devem registar e reportar as suas capturas através de um sistema eletrónico (na forma de uma aplicação móvel) e a ser desenvolvido pelo Estado-membro ou União Europeia”, lê-se numa nota da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).

Esta obrigação surge na sequência da publicação de um regulamento do Parlamento e do Conselho Europeu, que vem introduzir novas obrigações para a pesca lúdica.

Em Portugal, o registo eletrónico das capturas vai abranger todas as modalidades da pesca lúdica, lazer, desportiva, marítimo-turística e submarina, em terra, a partir de uma embarcação ou submersa.

As especificações técnicas da aplicação estão a ser discutidas e a União Europeia criou o Grupo de Trabalho para a Pesca Recreativa (‘Working Group Recreational Fisheries’) para o efeito.

Neste grupo participam técnicos da DGRM, da Inspeção Regional das Pescas e de Usos Marítimos dos Açores e da Direção Regional de Pescas/Inspeção Regional de Pescas da Madeira.

Fonte: Lusa

Ambiente: Governo vai renovar equipamentos dos sapadores florestais

Ambiente: Governo vai renovar equipamentos dos sapadores florestais

O secretário de Estado das Florestas disse que o Governo está a trabalhar para renovar equipamento, desde veículos a motosserras e proteção individual dos sapadores florestais, que desenvolvem um trabalho” “invisível e imprescindível” na proteção dos territórios.

“A seu tempo vamos apresentar o plano com mais pormenor, mas queremos fazer uma coisa muito clara que é reequipar viaturas”, cuja “decadência é clara, e equipamento, que está obsoleto”, afirmou, Rui Ladeira, à margem da sua deslocação, a áreas queimadas do concelho de Nelas.

O governante indicou que, no país, há 412 equipas de sapadores florestais e algumas já deviam ter o seu equipamento de viaturas recuperado” e, para isso, prometeu “arranjar recursos para garantir essa realocação”.

Além das “viaturas todo-o-terreno”, há também “os ‘kits’ de primeira intervenção ao rescaldo dos incêndios” – estão a ser feitos avisos – e “vão continuar, para a proteção individual, por segurança”, para que chegue a “todas as associações e entidades gestoras”.

“Vamos fazer uma coisa que não tenho memória de ter acontecido, que é recuperar e entregar novo equipamento para estas ações: motosserras, moto roçadoras, tudo aquilo que é importante para a ação no terreno, não só em termos de segurança, mas também em termos de qualidade e eficiência”, acrescentou.

Rui Ladeira adiantou ainda que o Governo quer, ao longo dos anos, “lançar novas equipas de sapadores em zonas onde não há, nem nunca houve” e, “já assumido pelo primeiro-ministro, vai haver uma correção dos valores de protocolo, com efeitos retroativos.

Ou seja, os protocolos entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e as entidades gestoras vão “ter os valores anuais aumentados, aumentando desta forma o valor anual do serviço alocado”, neste caso, dos sapadores florestais.

“Vamos dignificar mais o estatuto do sapador florestal, é esse o nosso propósito”, assegurou Rui Ladeira.

Aos profissionais presentes nas Caldas da Felgueira, no concelho de Nelas, distrito de Viseu, o governante deixou as promessas da valorização da sua carreira e não poupou elogios pelo trabalho” invisível e imprescindível” na proteção dos territórios.

No concelho de Nelas, arderam este ano cerca de 2.300 hectares e, “após o impacto dos incêndios, há necessidades emergentes e urgentes de fazer a estabilização”, isto é, “desobstruir as linhas de água, criar zonas de contenção intermédia”.

“Aqui, e noutras zonas do país, foram criadas na linha de água paliçadas e zonas de contenção com o próprio material que ardeu para garantir que as cinzas não vão para os rios para perturbar e natureza”, apontou Rui Ladeira.

Durante a visita, o secretário de Estado ouviu a explicação por parte do responsável do ICNF no local, Rui Ventura, que esclareceu que, ao longo de cerca de três quilómetros de linha de água foram criadas quatro a cinco barreiras que evitaram a deslocação para o rio Mondego, cerca de 200 metros a jusante, de uma “enorme carga de cinza”.

Também o terreno na margem da linha de água recebeu “uma sementeira com trator que ajuda a estabilizar o solo” e a “conter a água que desce das encostas, de maneira que não provoque cheias e enxurradas que, eventualmente, pudessem derrubar o aqueduto e, consequentemente, a estrada”.

Fonte: Lusa | Fotos: FMD

Angueira: Feira do Mel e Produtos da Terra com mais visitantes

Angueira: Feira do Mel e Produtos da Terra com mais visitantes

Em Angueira, a II Feira do Mel e Produtos da Terra encerrou na tarde de Domingo, dia 20 de outubro, com as tradicionais chegas de touros e a visita à feira, onde os expositores confirmaram a maior afluência de visitantes ao certame, embora tenham registado menos vendas.

O Rancho Folclórico de Vimioso animou a II Feira do Mel e Produtos da Terra, na tarde de Domingo.

Numa avaliação à II Feira do Mel e Produtos da Terra, o representante da freguesia de Angueira, Manuel João Fernandes Preto, disse que a população local acolheu muito bem esta iniciativa e nesta segunda edição trabalhou com vontade de melhorar ainda mais este evento anual.

“Queremos continuar a realizar este evento em Angueira. Em cada ano e durante um fim-de-semana, a localidade consegue atrair a vinda de muitas pessoas, quer os conterrâneos, os familiares e muitos outros visitantes. E esta grande afluência de pessoas dá ânimo à população local, ajuda a promover e comercializar os produtos e a divulgar a nossa cultura”, disse.

Do lado dos expositores, Ana Rosa Martins, de Caçarelhos, participou pela primeira vez no certame, dando a provar a doçaria tradicional, como os roscos, as cavacas, os económicos e o pão.

“Foi a minha primeira participação num evento deste género e as vendas correram mais ou menos bem. Se Deus quiser vou continuar a participar nas próximas feiras”, disse.

A seu lado, Paula Domingues, da cozinha tradicional “Cimo da Quinta” tinha à venda folares, bola doce, pão com chouriço, fumeiro, vinho caseiro e outros produtos.

“Comparativamente com o ano passado, verifiquei que a Feira do Mel e Produtos da Terra, em Angueira, está a crescer. As vendas também correram bem, mas deixava uma sugestão à organização: se fosse possível que o local das chegas de touros ficasse mais próximo da feira, para que ainda mais público viesse visitar-nos”, sugeriu.

Para o produtor de mel e frutos secos (amêndoa e castanha), Filipe Afonso, de Avelanoso, a II Feira do Mel e Produtos da Terra registou uma maior afluência de pessoas. No entanto, as vendas não superaram as do ano anterior, o que segundo o apicultor se deve à falta de dinheiro das pessoas.

Sobre o êxito destas feiras temáticas no concelho de Vimioso, Filipe Afonso, corroborou da opinião que são uma ótima iniciativa.

A II Feira do Mel e Produtos da Terra encerrou ao final da tarde de Domingo, com o convívio e o magusto de castanhas assadas, no largo da feira.

O presidente da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, regozijou-se com a afluência de pessoas à aldeia durante os dois dias do certame e agradeceu o envolvimento da comunidade local na organização do evento.

“Tal como referi na antevisão, este certame tem um tripla finalidade: do ponto de vista económico visa comercializar os produtos locais de inquestionável qualidade; do ponto de vista cultural, preservar e divulgar as nossas tradições, como a música e o folclore; e do ponto de vista social, propiciar o encontro e o convívio entre a população local e as pessoas que nos visitam”, concluiu.

HA

Angueira: Caminhada trouxe 80 pessoas à Feira do Mel e Produtos da Terra

Angueira: Caminhada trouxe 80 pessoas à Feira do Mel e Produtos da Terra

Na manhã de Domingo, dia 20 de outubro, cerca de 80 pessoas participaram na caminhada interpretativa (de ida e volta) entre Angueira e Serapicos, uma atividade que fez parte do programa da II Feira do Mel e Produtos da Terra, um certame que tem como finalidade dinamizar económica e socialmente esta localidade do concelho de Vimioso.

Na manhã de Domingo, cerca de 80 pessoas percorreram em grupo, a distância entre as aldeias de Angueira e Serapicos.

O casal de emigrantes, Humberto e Noémia adiaram o regresso a França, para participar na II Feira do Mel e Produtos da Terra, que decorreu em Angueira, no fim-de-semana de 19 e 20 de outubro. Para além da visita ao certame, o casal também se inscreveu na caminhada de 12 quilómetros, ao longo do vale do rio Angueira.

“Adquirimos o hábito das caminhadas diárias, pois faz-nos muito bem à saúde. Foi o primeiro ano em que participámos nas atividades da feira e gostámos muito da caminhada, ainda que na nossa opinião, a paragem em Serapicos para a formação ambiental foi demasiado longa, o que nos tirou o ritmo e arrefecemos o corpo”, disseram.

Sobre os produtos à venda da feira, o casal de emigrantes indicou que compraram azeite, chouriças e mel.

Outro participante Desidério Afonso, veio de São Martinho até Angueira para participar na caminhada interpretativa e conviver com pessoas amigas.

“Tenho amigos em Angueira e decidi inscrever-me na caminhada para estar com eles e conviver. Achei a caminhada ao longo do rio Angueira espetacular. Como sugestão para a próxima edição sugeria à organização a oferta de uma t-shirt, um boné, água e um lanche mais reforçado a meio da caminhada”, disse.

Questionado sobre a utilidade de eventos como a Feira do Mel e Produtos da Terra, Desidério Afonso adiantou que gostaria de ver estes certames nas aldeias do concelho de Miranda do Douro.

“Na minha opinião, seria uma excelente iniciativa organizar feiras dedicadas aos produtos locais nas aldeias de Miranda do Douro. Seria um modo de ajudar as pessoas a escoar alguns dos seus produtos e divulgar as tradições de cada localidade. Em São Martinho de Angueira, por exemplo, poderia fazer-se um certame destes na festa de São Martinho, para promover a castanha e o mel”, disse.

A meio da caminhada, em Serapicos, foi ministrada uma formação ambiental sobre a fauna e a flora existente ao longo do rio Angueira. No local, os docentes do Instituto Politécnico de Bragança fizeram uma demonstração de pesca, na qual deram a conhecer aos caminhantes alguma das espécies que existem no rio Angueira, como os lagostins, as percas e os barbos.

De regresso a Angueira, à chegada os caminhantes foram presenteados com um almoço no salão de festas, onde conviveram entre si e com outros visitantes da II Feira do Mel e Produtos da Terra.

HA

Angueira: Montaria ao javali abriu a II Feira do Mel e Produtos da Terra

Angueira: Montaria ao javali abriu a II Feira do Mel e Produtos da Terra

No fim-de-semana de 19 e 20 de outubro, a II Feira do Mel e Produtos da Terra, em Angueira, iniciou-se com a montaria ao javali, uma atividade que contou com a participação de uma centena de caçadores, que aproveitaram a visita à aldeia para comprar alguns dos produtos da região como o mel, os produtos hortícolas, a castanha, o pão ou o fumeiro.

O certame iniciou-se na manhã de sábado, dia 19 de outubro, com a montaria ao javali, uma atividade que reuniu em Angueira, uma centena de caçadores, muitos deles vindos de outras regiões do país.

O presidente da Associação de Caçadores de Angueira, Álvaro Moreira, caçador há mais de 50 anos e um dos fundadores desta associação em 1992, sublinhou a importância da caça na dinamização económica e social do interior do país.

“A caça é um fator de desenvolvimento do interior do país. E para pequenas localidades como Angueira, atividades como as montarias ao javali conseguem atrair a vinda de centenas de pessoas. Simultaneamente, a realização de feiras dedicadas aos produtos locais como o mel, o fumeiro, os produtos hortícolas (batatas, cebolas, etc.), ajudam a dinamizar a economia local”, disse.


Um dos caçadores vindos de outras regiões, foi Abílio Baia, natural de Baião, no distrito de Porto, que há 20 anos visita regularmente a região de Trás-os-Montes para caçar.

“Gosto muito desta região e em particular da cidade de Miranda do Douro. Atualmente, há pouca caça, pelo que deveriam ser tomadas medidas para proteger e dinamizar esta atividade, que afinal é uma riqueza para a região transmontana”, disse.

Dado que a montaria ao javali estava inserida no programa da II Feira do Mel e Produtos da Terra, os caçadores aproveitaram para visitar o certame e comprar alguns dos produtos locais.

“Felicito a freguesia de Angueira, pela organização deste certame que dá a conhecer alguns dos produtos caraterísticos deste território. Pessoalmente, sou um apreciador do pão, das alheiras e do mel”, disse.

De Macedo de Cavaleiros, Paulo Vilares, que também veio até Angueira para participar na montaria ao javali, afirmou que estes certames são importantes para promover os produtos e tradições locais.

“No concelho de Macedo de Cavaleiros, quase todas as freguesias organizam estas feiras temáticas dedicadas aos produtos locais. Simultaneamente, são eventos onde se dão a conhecer as coletividades e tradições de cada localidade”, indicou.

Em Angueira, entre os 130 caçadores inscritos na montaria ao javali, havia também dois irlandeses, Turlough Nolan e Jack Nolan, pai e filho, que são uns aficionados da caça.

“Na Irlanda não existem javalis, pelo que viemos até Portugal para participar nesta montaria, a convite de um amigo português. Apesar de não falarmos português, estes encontros são também oportunidades de convívio e confraternização entre os participantes”, revelaram.

Sobre a II Feira do Mel e Produtos da Terra, os caçadores irlandeses expressaram grande satisfação pela variedade de produtos locais, destacando a sua preferência pela navalhas artesanais e os produtos hortícolas.

Na montaria ao javali, participaram também algumas senhoras, entre elas Lia João, que veio de Bragança. A jovem disse que é caçadora há dois anos e nesta atividade cinegética aprecia sobretudo o contato com a natureza e o convívio que se estabelece entre os caçadores.

«Em Bragança, temos um grupo de amigos que se chama “Tropa de Elite” e que junta caçadores também de Braga e que vêm todos os fins-de-semana à nossa região, para caçar. Eles gostam muito de Trás-os-Montes”, disse.

As danças dos Pauliteiros de Miranda (São Martinho de Angueira) animaram a II Feira do Mel e Produtos da Terra.

Em Trás-os Montes, a caça é considerada um fator de desenvolvimento económico, dado que promove a valorização dos recursos endógenos. Consequentemente, esta atividade fomenta a criação de postos de trabalho no interior do país (alojamento, restauração, turismo, comércio), contribuindo assim para a coesão territorial. No ambiente, a atividade cinegética contribui para a sustentabilidade da biodiversidade e a valorização dos habitats.

O primeiro dia do certame encerrou com o concerto musical do grupo “7 Saias”.

HA

Banca: Limites às comissões nas transferências no MB Way

Banca: Limites às comissões nas transferências no MB Way

A partir de hoje, dia 21 de outubro, aplicam-se os limites às comissões bancárias nas transferências feitas através de plataformas de pagamento como MB Way, após a publicação da legislação em Diário da República.

As transferências nestas plataformas têm já, pela lei, comissões isentas quando não excedam 30 euros por operação, 150 euros por mês ou 25 transferências realizadas nesse período.

Caso as operações excedam estes limites, os operadores podem cobrar comissões que, com esta legislação, ficam limitadas.

A partir de 21 de outubro, as comissões estão limitadas ao máximo de 0,2% do valor da transferência para operações associadas a cartão de débito ou transferências imediatas.

Em agosto, a associação de defesa do consumidor Deco alertou para o risco de aumento de comissões no serviço MB Way na sequência do novo regime de pagamentos e disse que enviou uma carta ao Governo a pedir intervenção urgente e proporcionalidade nas comissões.

A 2 de outubro, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, limites às comissões bancárias nessas transferências imediatas dizendo que o objetivo é “proteger os consumidores e clientes bancários”.

Fonte: Lusa

Alojamento: Bragança é a cidade onde estudantes pagam menos por um quarto

Alojamento: Bragança é a cidade onde estudantes pagam menos por um quarto

A cidade de Bragança tem os quartos mais baratos para arrendar no país, com um preço médio de 170 euros, segundo o observatório do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES).

De acordo com o índice de preços que recolhe informações em portais imobiliários e páginas da internet de agências do setor, e que analisa 20 cidades de Portugal continental e ilhas, em Bragança os preços de quartos para estudantes oscilam entre os 129 e os 250 euros, mínimos e máximos.

De acordo com o mesmo estudo, em setembro de 2021, data mais recuada disponível desta compilação de dados, em Bragança o preço médio de um quarto era de 123 euros. Há três anos, o preço mínimo era de 92 euros e o máximo era 261 euros.

“Hoje em dia já começa a ter os mesmos valores do que o litoral (…). No futuro, pode ser um entrave para virem estudar para Bragança e isso preocupa-nos”, referiu à Lusa André Caldeira, presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança.

O representante da academia estudantil atestou que o custo de um quarto tem vindo a aumentar, sendo que neste momento há os que passam já “a casa dos 200 euros, muitos deles 220 ou 250”. 

“E alguns deles com condições que não são as mais desejadas, principalmente em Trás-os-Montes, em que o frio no tempo de inverno se faz sentir”, continuou André Caldeira.

O jovem relatou que ainda continua a ser frequente “passar ou não recibo”, sendo que, em caso afirmativo, “o preço parece que dispara”.

“Devia haver uma tabela e controlo de alguma entidade para conseguir controlar essa parte do alojamento”, defendeu André Caldeira.

Gabriela Rente entrou em Arte e Design. É de Seia. Encontrar quarto em Bragança, disse, “não foi assim tão difícil, mas também não foi assim tão fácil”, porque os preços com que se deparou não foram os mais convidativos.

“Pago 220 euros, mais as despesas. Então, torna-se um bocadinho caro”, confessou a jovem, acrescentando que vinha prevenida para rendas entre os 150 e os 200 euros.

Maria Madaíl é de Aveiro e está no primeiro ano de Línguas para Relações Internacionais. Paga o mesmo do que Gabriela, 220 euros por um quarto.

“Como estamos mais longe, achava que ia ser muito mais barato. Com as despesas da escola e da alimentação, pago um balúrdio. E não tenho ajuda de bolsas”, partilhou Maria. 

Já Francisca Camelo, de Celorico de Basto, aluna do segundo ano do curso técnico superior de Acompanhamento de Crianças, esteve num quarto a 175 euros mensais, mas optou neste período letivo por um a 200 euros, porque o anterior “ficava a meia hora” de distância da escola.

Com o bolo dos gastos a cada mês e sem direito a bolsa de estudos, Francisca admitiu que “está a fazer um esforço para estudar”.

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB), com polos em Mirandela e Chaves, tem cerca de 10 mil alunos. Este ano, no total de todas as fases de acesso, registaram-se cerca de 2300 novas inscrições.

O presidente, Orlando Rodrigues, revelou que as camas que a instituição tem à disposição ainda não são suficientes para os bolseiros que têm, mas garantiu que estão a trabalhar nisso.

“O alojamento é uma dificuldade. Tem havido um desajustamento entre a oferta e a procura, uma vez que houve um crescimento acentuado nos últimos anos (…). Estamos a procurar resolver este problema com mais oferta de residências”, disse Orlando Rodrigues, relembrando que o IPB tem quatro residências em construção na região, que representam mais 500 camas a juntar às 350 já existentes.

O politécnico aderiu também ao programa governamental Alojamento Estudantil Já, anunciado este ano letivo, e que permitiu ao IPB adicionar cerca de 60 camas, 20 das quais estão, segundo foi informado pela Diocese Bragança-Miranda, no Seminário de S. José.

Os acordos Alojamento Estudantil Já previam criar, em todo o país, 709 alojamentos em 22 Pousadas da Juventude e em quatro unidades do INATEL.

O Governo também disponibilizou às instituições do ensino superior “5,5 milhões de euros para celebrarem protocolos com entidades, públicas, privadas ou sociais.

Contactado pela agência Lusa, o Ministério da Juventude e Modernização informou que “até ao momento foram ocupadas 222 camas em Pousadas da Juventude, num total de 673 disponibilizadas, e 6 camas em alojamentos do INATEL, num total de 36 disponibilizadas”.

Já através da linha de crédito foram contratadas 428 camas ao abrigo desta medida e cerca de mais 400 em fase de contratualização, segundo ainda o gabinete de Mariana Balseiro Lopes.

“Não chega, mas já é uma ajuda para estabilizar um pouco o mercado. De qualquer forma, os privados também estão a responder. Tem havido bastante investimento, de mais qualidade (…). Necessariamente, nos próximos anos, este problema resolver-se-á”, rematou Orlando Rodrigues.

Arrendar um quarto em Portugal tem um custo médio atual de 398 euros, segundo o mesmo observatório PNAES. Em oposição a Bragança, a cidade mais cara é Lisboa, onde um lugar para dormir custará em média a um estudante 485 euros.

Fonte: Lusa