Economia: Transporte ferroviário de mercadorias diminui 10%

Economia: Transporte ferroviário de mercadorias diminui 10%

Até abril, o transporte ferroviário de mercadorias diminuiu mais de 10%, face ao mesmo período de 2023, informou a Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF), responsabilizando os incentivos ao transporte rodoviário, estimando que existam mais 1.600 camiões por mês nas estradas.

“As políticas implementadas nos últimos anos levaram a uma quebra no transporte ferroviário de mercadorias superior a 10%” nos primeiros quatro meses deste ano, face ao mesmo período do ano passado, informou a Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF), em comunicado.

No sentido oposto, a associação estima que todos os meses existam mais 1.600 camiões nas estradas portuguesas, a transportar mercadorias que usavam a ferrovia, resultando em mais 20 mil camiões, por ano, nas estradas nacionais.

Para a associação, esta inversão de tendência é “uma consequência das políticas do setor e da má planificação e execução dos investimentos” e alertou para que as metas de descarbonização assumidas com a Comissão Europeia “estão comprometidas”.

“A avaliação dos impactos das políticas públicas para o transporte de mercadorias conclui que os últimos anos foram ‘marcados por incentivos públicos ao transporte de mercadorias por rodovia e com maior pegada carbónica e por medidas lesivas da competitividade do transporte ferroviário’”, realçou a APEF na mesma nota.

Em concreto, a associação apontou como causas da redução do uso de transporte ferroviário de mercadorias a descida de taxas de portagem nas estradas, suportadas pelo Orçamento do Estado, enquanto as portagens para uso do caminho-de-ferro (Taxa de Uso cobrada pelo Estado/Infraestruturas de Portugal) foram aumentadas em mais de 20% no último ano, e a redução da carga fiscal aplicada aos combustíveis fósseis sem que seja atribuído apoio ou redução para os custos da energia elétrica e dos combustíveis usados na ferrovia.

A associação destacou ainda o impacto negativo do encerramento do Terminal de Contentores da Bobadela, aumentando os custos globais de operação para os exportadores, e da derrapagem nos prazos de execução das obras ferroviárias, em alguns casos com atrasos de mais de quatro anos, e em que a principal linha de exportação (Linha da Beira Alta) está encerrada para obras desde abril de 2022, quando deveria ter reaberto em novembro de 2022.

“Sem uma alteração profunda da política de incentivos, privilegiando o transporte por ferrovia, conforme assumido nos diferentes acordos e pactos assinados por Portugal referentes à descarbonização da economia, estaremos perante um cenário em que quando as obras forem inauguradas, depois de centenas de milhões de euros investidos, teremos menos transporte ferroviário do que com a antiga infraestrutura”, realçaram os operadores ferroviários de transporte de mercadorias.

A APEF tem como associados a Medway (antiga CP Carga), a Takargo e a Captrain España.

Fonte: Lusa

Política: Municípios propõem nova e mais eficiente Lei das Finanças Locais

Política: Municípios propõem nova e mais eficiente Lei das Finanças Locais

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) propôs ao Governo uma nova Lei das Finanças Locais, que modernize o país e o torne mais eficiente e próximo das pessoas.

“Propomos, na verdadeira aceção do termo, uma nova Lei das Finanças locais. Uma lei que modernize Portugal e que seja em si mesma uma reforma do Estado, tornando-o mais eficiente e próximo das pessoas”, destacou, Luísa Salgueiro.

Na cerimónia evocativa dos 40 anos da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que decorreu em Coimbra, a autarca defendeu a importância de o país ser capaz de agir e reagir perante as transformações do mundo.

“Perante os desafios da contemporaneidade e perante o nosso antigo e continuado desejo de fazer a nossa democracia um expoente de justiça social, de competitividade de Portugal no mundo, de desenvolvimento sustentável e de afirmação da genuína alma portuguesa”, acrescentou.

De acordo com a autarca, Portugal está ainda longe das médias europeias no que diz respeito à gestão de recursos públicos confiados ao poder local, apresentando, por isso, ao agora Governo liderado por Luís Montenegro, um novo caderno reivindicativo, “para fazer de Portugal um país mais europeu”.

“Reforçando a descentralização de competências para os municípios e para as freguesias, acompanhadas dos necessários meios humanos e financeiros”, sustentou.

Ao longo da sua intervenção, perante um auditório repleto de autarcas e onde marcou presença o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a também presidente da Câmara de Matosinhos aludiu à importância de promover a regionalização.

“Portugal precisa de acompanhar o impulso reformista da descentralização com a coragem e determinação de cumprirmos uma ambição já demasiado antiga, de regionalização. É uma enorme reforma do Estado que os autarcas, repetidamente, reclamam nos congressos da ANMP”, referiu.

A regionalização não pode continuar a ser adiada, disse, dando por exemplo estudos que indicam que mais descentralização e mais regionalização permitem um maior desenvolvimento e crescimento económico de parceiros europeus.

“Não podemos continuar a adiar a regionalização, esta reforma tem vindo a ser protelada por muitos motivos. Esses motivos já não são suficientes para que consigamos continuar a aceitar o adiamento da regionalização que é para nós uma condição ‘sine qua non’ de defesa do nosso modelo de Estado social, democracia e capacidade de conduzirmos Portugal no Mundo”, justificou.

Segundo Luísa Salgueiro, regionalizar é a oportunidade de se fazer mais e melhor e de Portugal crescer enquanto país.

“De vencermos os desafios que enfrentamos coletivamente, com maior capacidade de resposta, com maior espírito de união e com efetiva participação dos portugueses nos processos de decisão”, indicou.

Em resposta à autarca, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que a regionalização não é prioridade para o Governo, preferindo prosseguir com o processo de descentralização de competências da Administração Central para as autarquias.

A cerimónia evocativa dos 40 anos contou também com a presença do primeiro presidente da ANMP, Artur Torres Pereira, juntando-se mais tarde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem coube descerrar uma placa comemorativa.

Fonte: Lusa

Macedo de Cavaleiros: Feira de São Pedro decorre de 29 de junho até 6 de julho

Macedo de Cavaleiros: Feira de São Pedro decorre de 29 de junho até 6 de julho

A 39.ª Feira de São Pedro, em Macedo de Cavaleiros, volta a decorrer ao longo de oito dias, de 29 de junho até 6 de julho e vai contar com 160 expositores, de acordo com um comunicado da organização.

A edição deste ano, marcada de 29 de junho a 06 de julho, vai ter como novidade a AgroSummit, a decorrer durante a semana e que vai contar com 160 expositores, com forte expressão nos setores agrícola e automóvel.

No cartaz musical estão nomes como Bárbara Tinoco, Dillaz ou Miguel Araújo.

Em 2018, o certame foi reduzido pela primeira vez, em modo experimental, para cinco dias e quatro noites. No ano seguinte voltou ao modelo convencional mas, desde essa altura e depois da pausa exigida pela pandemia de covid-19, a feira tem sido mais curta.

“Por experiência de anos anteriores, os expositores têm solicitado mais tempo. Tentámos durante dois anos fazer menos dias. As verbas eram escassas e não era fácil fazer mais dias sem artistas. O cartaz acaba por ser sempre a ferramenta para poder ter uma feira mais apelativa, até para o visitante, para poder entrar em contacto com os expositores e ter essa ligação com a feira com mais abrangência”, explicou Paulo Moreira, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Macedo de Cavaleiros.

Também o presidente da Câmara, Benjamim Rodrigues, deu conta do desejo dos intervenientes de regressar ao anterior figurino. O autarca reconheceu que é um investimento acrescido, que deve rondar os 150 mil euros este ano, mas com a expectativa de ter mais participantes.

Este ano em estreia, de segunda a sexta-feira, vai decorrer a AgroSummit, voltada para os expositores.

“Há muitas empresas a investir bastante em vários setores para poderem realizar negócio. Esta ‘Summit’ quer ao longo da semana trazer temas e dinâmicas que podem enriquecer o certame”, adiantou Paulo Moreira.

Benjamim Rodrigues acrescentou que a ‘Summit’ vai permitir aos empresários e investidores, de dentro e de fora da região, discutir preocupações comuns, como novos modelos de empreendedorismo e de negócio, e que a iniciativa vai contar com a parceira também do Instituto Politécnico de Bragança.

Os temas a abordar passam pelo agroalimentar e o turismo. “Vamos envolver todo o nosso potencial ligado ao Geopark Terras de Cavaleiros, ligado à natureza, ao turismo de lazer ou gastronómico. Todas as fileiras estarão presentes, com a perspectiva de fixar jovens e de criar oportunidades de empreendedorismo”, afirmou ainda Benjamim Rodrigues.

Na música, a Feira de São Pedro abre com Bárbara Tinoco, a 29 de junho, dia do feriado municipal, e seguem-se Miguel Bravo, Marcus e Phoenix RDC.

A 3 de julho, Macedo de Cavaleiros recebe a banda tributo José Pinhal Post-Mortem Experience, enquanto no dia 4 é a Festa da Rádio Onda Livre, a rádio local.

Dillaz atua a 5 de julho e no último dia, dia 6, o palco é de Miguel Araújo.

Fonte: Lusa

Empresas: Académicos propõem baixar IRC em 7,5 pontos

Empresas: Académicos propõem baixar IRC em 7,5 pontos

A descida do Imposto sobre o Rendimentos de Pessoas Coletivas (IRC), em 7,5 pontos percentuais, faria aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) português em 1,44% a curto prazo, segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) coordenado pelo economista Pedro Brinca.

Uma das principais conclusões deste estudo é a constatação de um impacto negativo na produtividade e na criação de riqueza pelo facto de Portugal não ter acompanhado, nos últimos anos, a tendência da maioria dos países da Zona Euro e da OCDE na redução da carga fiscal sobre as empresas.

A taxa normal de IRC (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas) em Portugal é de 21%, mas as empresas também estão sujeitas à derrama municipal (receita das autarquias) e à derrama estadual que foi introduzida no tempo da troika.

Segundo os cálculos da OCDE, a taxa efetiva de IRC em Portugal é de 27,5%, um dos valores mais elevados da Europa.

O grupo de economistas e juristas responsável pelo estudo criou um modelo para medir o impacto na economia de uma redução da taxa efetiva de IRC em todos os escalões de 7,5 pontos percentuais (pp) e chegou à conclusão que esta baixa fiscal aumentaria o PIB (produto interno bruto) em 1,44% no curto prazo (após um período de dois anos) e em 1,4% a mais longo prazo (após dez anos).

E porquê uma redução de 7,5 pp? Porque seria a dimensão da descida que faria aproximar a taxa efetiva em Portugal da média europeia, explicou à Lusa Pedro Brinca.

A descida do IRC teria um impacto positivo no investimento, na competitividade e ainda no consumo já que, neste cenário de redução do imposto em 7,5 pp, a remuneração do trabalho também iria aumentar em 1,79%, pois as empresas conseguiriam reter e partilhar mais lucros com os trabalhadores.

Na perspectiva de Sérgio Gonçalves, sócio-gerente da Tanoaria J. M. Gonçalves, Lda., sediada em Palaçoulo, “a redução do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivos (IRC) atrai investidores e é o que Portugal precisa”, defendeu.

“Se Portugal tiver uma taxa atrativa de impostos consegue atrair mais investimentos. Atualmente, a maior parte destes investimentos realizam-se na Irlanda e no Luxemburgo porque nestes países implementaram reduzidas taxa de impostos para as empresas. Se Portugal reduzir os atuais 21% de IRC, para 15% ou menos, as empresas portuguesas tornam-se mais capazes de competir nos mercados nacional e internacional. É o chamado efeito multiplicador na economia: ou seja, reduzindo os impostos às empresas, estas conseguem criar mais empregos. E havendo mais empregos, há mais pessoas, o que gera mais consumo e acelera o desenvolvimento económico”, explicou.

A concretizar-se a descida do IRC, o sócio-gerente da Tanoaria J. M. Gonçalves, Lda., prevê que a empresa passe a dispor de um maior rendimento disponível para “continuar a investir na tecnologia e modernização do equipamento e nas condições de trabalho e no salário dos trabalhadores”.

Na investigação, os autores argumentam que a perda de receita fiscal pela via da redução do IRC poderia ser financiada através de vários instrumentos de compensação orçamental, designadamente impostos sobre o consumo, impostos sobre o trabalho, despesa pública ou transferências sociais.

Assim, o estudo da FFMS deixa aos governantes três recomendações: uma “redução substancial da taxa nominal de IRC”, uma abolição da derrama estadual e, ainda, a ponderação da eliminação da derrama municipal criando, neste caso, medidas de compensação para as autarquias.

A outra grande conclusão deste estudo é que “a instabilidade legislativa no código do IRC tem um impacto negativo sobre a atividade económica”.

E provam isso com números: “Uma redução da taxa efetiva do IRC em 7,5 pp, seguida de uma subida da taxa nos mesmos 7,5 pp após um ano, faz com que o PIB e, principalmente, o consumo caiam de forma permanente (0,03% e 1,01% no longo prazo, respetivamente).”

Pedro Brinca e os restantes autores desta investigação recordam que o Código do IRC sofreu mais de 1.350 alterações desde a sua introdução em Portugal, em 1989.

Para promover a estabilidade do IRC, o estudo propõe que se introduzam regras que disciplinem a produção de leis fiscais.

Estes académicos recomendam “a estipulação de um prazo para a entrada em vigor de normas tributárias, suficientemente dilatado para assegurar a previsibilidade junto dos sujeitos passivos” e ainda “a realização obrigatória de avaliações de impacto económico” sempre que aconteçam alterações fiscais.

Além de Pedro Brinca, participaram nesta investigação Afonso Souto de Moura (do Banco de Portugal), Francisca Osório de Castro (especialista em direito fiscal), João B. Duarte (da Nova SBE), Miguel Cortez Pimentel (especialista em direito fiscal) e ainda o Paulo Núncio, advogado e atual líder parlamentar do CDS-PP e que ajudou a elaborar o programa económico da AD (Aliança Democrática).

No seu programa de Governo, a AD propõe uma redução do IRC de 21% para 15%, ao ritmo de 2 pp por ano, a eliminação gradual da progressividade da derrama estadual e a eliminação gradual da derrama municipal, assegurando, no caso desta última, “a compensação através do Orçamento do Estado da perda de receita para os municípios”.

Fonte: Lusa e HA

Fotos: Tanoaria J. M. Gonçalves, Lda.

Bragança-Miranda: Faleceu o cónego Francisco do Patrocínio Silva

Bragança-Miranda: Faleceu o cónego Francisco do Patrocínio Silva

A diocese de Bragança-Miranda comunicou o falecimento do cónego Francisco do Patrocínio Silva, com 88 anos.

Natural de Bemposta, concelho de Mogadouro, o sacerdote fez os estudos no Seminário de S. José de Bragança e foi ordenado presbítero em 14 de agosto de 1960, na igreja de Chacim, em Macedo de Cavaleiros, por D. Abílio Vaz das Neves.

O trabalho pastoral paroquial do cónego Francisco do Patrocínio Silva passou pelos concelhos de Bragança, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e Mogadouro.

“Entre 1975 e 1990 exerceu funções no Seminário diocesano de S. José, em Bragança, primeiro como docente e diretor espiritual, e mais tarde como formador e confessor. Foi subdiretor da Fundação Casa de Trabalho – Patronato de Santo António, em Bragança, assistente e diretor dos “Cursos Ministerium”, Chanceler da Câmara Eclesiástica e Secretário geral da Diocese”, informa a diocese em comunicado.

O cónego Francisco do Patrocínio Silva retirou-se em 2016.

As cerimónias exequiais realizaram-se no Domingo, dia 19 de maio, na igreja matriz de Bemposta, e foram presididas pelo vigário geral da diocese, o monsenhor Adelino Pães.

“Agradecemos a Deus o dom da sua vida e ministério sacerdotal. Que o Senhor o receba no seu Reino”, finaliza o comunicado.

Fonte: Ecclesia

Vem, Espírito Santo!

Solenidade de Pentecostes |Último Dia da Semana da Vida

Vem, Espírito Santo!

At 2, 1-11 / Slm 103 (104), 1ab.24ac.29bc-31.34 / Gal 5, 16-25 / Jo 20, 19-23

«Vem, Espírito Santo, Senhor que dá a vida». O Espírito é, em si mesmo, vida. É difícil falar d’Ele e ainda mais complicado explicá-lo, mas todos nós compreendemos o significado da frase «falta “alma” àquela casa», ou «àquele artista», ou «àquele sacerdote». A ausência do Espírito é notória quando, ainda que tudo seja cumprido, não há vida. E não há nada mais triste do que uma vida desprovida de vida.

É o Crucificado-Ressuscitado, ainda com as feridas da Paixão e ressuscitado pelo Espírito, que, após a sua Ascensão aos Céus e já à direita do Pai, nos envia o Espírito, como outrora também Ele o recebeu no batismo de João Batista. O Senhor envia-nos o Espírito para sermos cada vez mais como o seu Filho Jesus, disponíveis para a vontade do Pai, procurando ir além dos nossos apeteceres e opiniões.

O Senhor envia-nos o Espírito para que caminhemos com Jesus, para que tenhamos a misericórdia do Pai como alimento e a partilhemos com outros. Mas como podemos reconhecer a mão amorosa de Deus, a ação do Espírito, nas nossas vidas? Pelos seus frutos.

Quando, em nós ou naqueles que nos rodeiam, reconhecemos que há – ou que cresce – amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão ou humildade e o autocontrolo ou domínio de si mesmo, então o Espírito confirma os nossos passos. 

É isso que Paulo nos diz no capítulo 5, versículos 22-23 da carta aos Gálatas, passagem que devemos gravar no nosso coração, levar nos nossos lábios e deixar que guie as nossas mãos.

Neste domingo de Pentecostes, ousemos voltar à ousadia dos nossos primeiros irmãos, a esta liberdade para o Espírito. Reconheçamos que nos falta uma certa coragem para o que está por vir e que a nossa confiança na providência de Deus é frágil. E, a partir desta confissão de fragilidade, abramos as nossas vidas à graça, sempre presente, quer nas luzes, quer nas sombras.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Vem, Espírito Santo!

Vinde, ó santo Espírito, 
vinde Amor ardente, 
acendei na terra vossa luz fulgente. 
Vinde, Pai dos pobres: 
na dor e aflições, 
vinde encher de gozo 
nossos corações. 
Benfeitor supremo 
em todo o momento, 
habitando em nós 
sois o nosso alento. 
Descanso na luta 
e na paz encanto, 
no calor sois brisa, 
conforto no pranto. 
Luz de santidade, 
que no Céu ardeis, 
abrasai as almas 
dos vossos fiéis. 
Sem a vossa força 
e favor clemente, 
nada há no homem 
que seja inocente. 
Lavai nossas manchas, 
a aridez regai, 
sarai os enfermos 
e a todos salvai. 
Abrandai durezas 
para os caminhantes, 
animai os tristes, 
guiai os errantes. 
Vossos sete dons 
concedei à alma 
do que em Vós confia: 
Virtude na vida, 
amparo na morte, 
no Céu alegria.

Vimioso: Festa em honra de Santo Antão

Vimioso: Festa em honra de Santo Antão

A vila de Vimioso volta a celebrar no fim-de-semana de 18 e 19 de maio, a tradicional Festa em honra de Santo Antão, um santo que viveu nos séculos III e IV e é considerado o pai dos monges.

Tal como no ano anterior, a festividade em honra de Santo Antão inicia-se no sábado, dia 18 de maio, com a realização do jogo tradicional do “Fito”. Esta competição local serve também de apuramento para o 3º Campeonato de Jogos Tradicionais de Trás-os-Montes.

A noite de sábado é animada com a atuação do grupo musical Triângulo.

Na manhã de Domingo, dia 19 de maio, celebra-se às 11h30, a missa solene em honra de São Sebastião, seguida da procissão e da benção dos animais e das máquinas agrícolas.

Na tarde de Domingo, a festa prossegue com a realização do jogo tradicional da “Raiola”.

A organização da Festa em honra de Santo Antão é uma inciativa da comissão de festas, constituída por populares da vila, que conta com os apoios da Freguesia de Vimioso e da Câmara Municipal de Vimioso.

Liturgicamente, a Igreja celebra a festa de Santo Antão, no dia 17 de janeiro. 

O conhecimento da vida deste santo deveu-se a santo Atanásio, Bispo de Alexandria, no Egito. Segundo o bispo, santo Antão terá vivido entre os séculos III e IV e é considerado o pai dos monges. 

Sendo filho de pais ricos, abandonou o conforto das riquezas e foi morar no deserto. Aí, dedicou-se à oração, ao trabalho e à leitura da Sagrada Escritura. 

Santo Antão anunciava a todas as pessoas a importância da perseverança, como caminho para uma maior união a Deus e aos irmãos e irmãs. 

Segundo o relato de santo Atanásio, santo Antão morreu perto do mar Vermelho, aos 105 anos de idade. Foi um homem de Deus, que desde a juventude até a idade avançada, conservou o entusiasmo da fé.

HA

Reciclagem: Portugal continua aquém das metas definidas

Reciclagem: Portugal continua aquém das metas definidas

Em Portugal, a recolha seletiva de resíduos continua abaixo das metas definidas para 2025, sendo o plástico o menos reciclado, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

No relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre reciclagem em 2022, a recolha indiferenciada (lixo comum) representa 77% dos resíduos recolhidos, enquanto a recolha seletiva (reciclagem) representa apenas 21%.

A APA alerta que, apesar de algumas melhorias na recolha seletiva, que tem aumentado na última década, a taxa de recolha indiferenciada “mantém-se elevada” e que “é crucial inverter” o panorama.

Segundo os dados do relatório, o vidro foi o resíduo mais reciclado em 2022, representando cerca de 55% da recolha, enquanto a percentagem de plástico reciclado é de apenas 22% e a de papel e cartão de 47%.

A agência refere que nos resíduos urbanos produzidos em Portugal, a maioria – cerca de 57% – é depositada em aterro e apenas 16% são encaminhados para reciclagem.

Em 2022, a recolha de resíduos indiferenciados representou cerca de 80% do lixo recolhido, sendo este um indicador “que ao longo dos anos não tem dado sinais de melhoria”, apesar dos investimentos efetuados para o efeito.

A APA diz ainda que os resíduos recolhidos de forma indiferenciada têm “um enorme potencial” que é pouco aproveitado, por terem como destino o aterro ou a valorização energética.

Citada em comunicado a propósito do Dia Internacional da Reciclagem, que se comemora hoje, a diretora executiva da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, defende que Portugal “tem feito um trabalho notável no que diz respeito à reciclagem de embalagens” e o sistema “tem vindo a evoluir”, mas considera que “é preciso acelerar” porque o país “tem novas metas para cumprir”.

“Motivar para gerar ainda mais ação é fundamental. São os cidadãos que depositam as suas embalagens nos ecopontos e, por isso, a par de terem ao dispor um serviço de qualidade e conveniente, há que investir em campanhas de proximidade e diferenciadoras, ensinando o impacto positivo que este gesto tem no planeta”, argumenta.

De acordo com os objetivos definidos pela União Europeia, os estados-membros devem reciclar cerca de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado até ao final de 2025.

Fonte: Lusa

Agricultura: Feira Nacional de 8 a 16 de junho

Agricultura: Feira Nacional de 8 a 16 de junho

A Feira Nacional da Agricultura, que decorre de 8 a 16 de junho, em Santarém, tem este ano como tema a pecuária extensiva, uma atividade “sustentável” e “rentável”, “cada vez mais importante no setor agrícola português”.

Na apresentação da edição deste ano da FNA, realizada hoje em conferência de imprensa, Luís Mira, administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), que promove o certame, salientou que a pecuária extensiva “ocupa 64% da superfície agrícola útil em território nacional” e apresenta-se como uma “atividade rentável e sustentável” cada vez mais importante no mundo rural português.

“O objetivo da escolha deste tema é chamar a atenção dos cidadãos portugueses, dos políticos e do setor para a importância da pecuária extensiva (…). É uma atividade determinante para a sustentabilidade do país e para a preservação dos espaços rurais”, disse o também secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Para Luís Mira, esta atividade permite “uma melhor gestão do território agrícola” e apresenta várias vantagens como a preservação das raças autóctones e o “incremento qualitativo dos produtos provenientes dos animais de pasto”.

“Esta atividade oferece novas soluções para melhorar o pastoreio, adaptadas às alterações climáticas e queremos transmitir essa mensagem: De que há novas formas de alterar significativamente a forma como se faz o pastoreio em Portugal”, disse.

A edição de 2024 foi pensada para celebrar os 70 anos da Feira do Ribatejo, o 60.º aniversário da Feira Nacional da Agricultura e os 30 anos de atividade do CNEMA.

Para o efeito, e com o objetivo de dar as “boas-vindas” aos visitantes, o grande átrio de acesso ao edifício vai exibir uma exposição retrospetiva sobre o percurso histórico deste evento, recorrendo a fotografias de época, cartazes das várias edições e um documentário que retrata a evolução da feira nos últimos 50 anos.

A FNA será inaugurada no dia 8 de junho pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, e pela ministra do Ambiente e da Energia, Maria Graça Carvalho.

No ano anterior, a organização optou por não convidar qualquer membro do Governo, numa manifestação de descontentamento face às políticas implementadas para o setor.

Contudo, Luís Mira expressa agora um sentimento de “esperança” com o novo executivo, na expectativa de que sejam criadas “condições para que a agricultura portuguesa possa crescer, exportar mais e tornar-se mais sustentável”.

Nos Claustros, um dos espaços mais emblemáticos do CNEMA, vão estar presentes Associações de Raças Autóctones e empresas ligadas à Pecuária que irão dinamizar iniciativas relacionadas com o setor.

Uma das grandes novidades na edição deste ano diz respeito à criação de um espaço exclusivamente dedicado aos mais novos, com o objetivo de ensinar às novas gerações a importância do setor agropecuário através de uma série de atividades educativas sobre a agricultura, a alimentação e o equilíbrio do meio ambiente.

Intitulando-se como um “evento cada vez mais amigo do ambiente”, o certame vai disponibilizar copos reutilizáveis, ecopontos para reciclagem, uma estação com painéis solares para carregamento de telefones e um serviço gratuito de autocarros elétricos que fará a ligação entre a cidade e o CNEMA.

Também ao nível do ambiente, a FNA, em parceria com a Repsol, contará com carros de serviço que serão abastecidos com combustíveis 100% renováveis, que possibilitará “uma redução significativa da pegada de carbono de até 90%.”

Na vertente das conferências e debates, Luís Mira destacou o ciclo alusivo à “Pecuária Extensiva de Sequeiro” a acontecer nos dias 11, 12 e 13 de junho, havendo ainda várias iniciativas sobre a evolução tecnológica e a digitalização da agricultura.

A Nave volta a acolher o “Prazer de provar”, uma iniciativa que tem como objetivo colocar à disposição dos visitantes uma “variedade ampla de produtos” como azeite, vinhos, queijos, enchidos, entre outros, com ações de cozinha ao vivo e provas de produtos, além do habitual espaço dedicado ao Programa “Portugal Sou Eu”.

A nave B vai ter um espaço dedicado às organizações do setor e à exposição de equipamentos e serviços para a agricultura e a nave C vai acolher uma exibição de artesanato.

Entre os espetáculos musicais, a organização destaca os concertos com Excesso (dia 8), Quatro e Meia (dia 9), Diogo Piçarra (dia 14) e Davis Antunes (dia 15).

O dia 14 de junho é dedicado ao Município de Santarém, com a câmara a oferecer bilhetes aos moradores do concelho e a realizar várias iniciativas ao longo do dia com várias atuações de grupos e bandas musicais, espetáculos de acordeão, danças com ranchos folclóricos, malabarismos, ginástica, entre outros.

Fonte: Lusa

Política: Autarcas de assembleias municipais debatem os desafios do poder local

Política: Autarcas de assembleias municipais debatem os desafios do poder local

Os desafios e as oportunidades do poder local e a proximidade aos eleitores, sobretudo aos mais jovens, estão em debate no sábado, dia 18 de maio, em Barcelos, no IV Congresso da Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM).

O congresso “será palco para reflexão e debate sobre o papel dos municípios e da juventude na construção de uma sociedade mais participativa e inclusiva. Estes são temas cada vez mais pertinentes no atual contexto político e social em que se vive, em que o diálogo e a capacidade de construir pontes e entendimentos são cruciais”, realçou o presidente da ANAM, Albino Almeida.

O congresso tem início esta sexta-feira à tarde, dia 17 de maio, com a entrega dos Prémios ANAM a boas práticas nas assembleias municipais, a trabalhos realizados no âmbito escolar e do Prémio Dr. José Manuel Pavão, destinado a pessoas que se destacaram na promoção dos direitos fundamentais, reforço dos valores democráticos e apoio ao poder local.

Os trabalhos concentram-se no sábado, dia 18, com as presenças de autarcas e académicos, a partir da sessão de abertura, pelas 10:00, com a presença prevista do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.

Durante a manhã de sábado decorrerá a mesa redonda “Juventude e Participação Política de Proximidade”, com a investigadora da Universidade de Aveiro Patrícia Silva, a jornalista da RTP Cláudia Viana, vencedora do prémio ANAM de 2023, e Brian da Silva, o mais jovem presidente de Assembleia Municipal, na Lourinhã.

Na tarde de sábado dá-se “voz” aos presidentes das assembleias municipais, que apresentarão propostas e as moções que serão votadas.

Os trabalhos terminam às 18:00, prevendo-se a presença na sessão de encerramento do presidente da Assembleia da República, João Pedro Aguiar-Branco.

Este ano são distinguidas com o Prémio “Boas Práticas” as assembleias municipais de Arruda dos Vinhos, Ílhavo, Lagoa, Lagos, Lamego, Lourinhã, Mafra, Ourém e Porto de Mós.

O prémio de trabalhos no âmbito escolar distingue os agrupamentos de escolas da Gafanha da Nazaré, do Levante da Maia, Gonçalo Mendes da Maia e do Sardoal, além da Escola Básica de Góis.

O prémio Dr. José Manuel Pavão será atribuído às jornalistas Arlinda Brandão (RTP/Antena1) e Catarina Marques (SIC) e a Catarina Silva, Delgisa Fortes e Isabel Vilaboa do Instituto Politécnico de Bragança.

Fonte: Lusa