Campo de Víboras: Antigos alunos agradecem em livro formação recebida nos seminários da Boa Nova

Os ex-alunos dos seminários da Boa Nova, do distrito de Bragança, realizaram um novo encontro no Domingo, dia 18 de agosto, na aldeia de Campo de Víboras, no concelho de Vimioso, durante o qual apresentaram o livro “Padrão Missionário da Boa Nova – Os seminários e a sua importância no teu percurso de vida”.

O encontro dos ex-seminaristas iniciou-se às 10h00, com a celebração da eucaristia, na igreja matriz de Campo de Víboras. Esta celebração foi presidida pelo missionário, padre Angusto Farias e concelebrada pelo antigo superior geral da SMBN, padre Albino dos Anjos e pelo pároco local, o padre Rufino Xavier.

Na homília, o padre Augusto Farias, agradeceu à Associação Regina Mundi (ARM), a oportunidade do reencontro entre os missionários e os antigos alunos dos seminários das missões, um momento que permite “fazer memória do bem recebido nos seminários das Missões”.

Sobre o Evangelho, o missionário que celebrou 53 anos de sacerdócio, afirmou que “Jesus é pão porque é dom, é dádiva para o homem”.

“Sempre que tomamos o Corpo e Sangue de Jesus, no sacramento da Eucaristia, recebemos o próprio Deus e tornamo-nos divinos. E ser divino é ser diferente.”, disse.

O sacerdote que foi missionário em Angola e atualmente é o diretor da Editorial Missões e da Escola Tipográfica, em Cucujães, prosseguiu dizendo que a missão de cada cristão é ser dom para os outros, nos vários espaços da realidade: na sociedade, na política, na cultura, no desporto, na família, no trabalho e na igreja.

“Por isso devemos interrogar-nos se a minha vida influencia a realidade à minha volta? O cristão tem que ser uma presença visível de Deus e fermento junto dos outros! Para que também os outros encontrem a caminho da felicidade plena que é Deus”, disse.



Após a celebração, seguiu-se a apresentação do livro ”Padrão Missionário da Boa Nova – Os seminários e a sua importância no teu percurso de vida”, da autoria de António Padrão.

“Na sequência da inauguração em 2023, do monumento aos Missionários da Boa Nova, no Campo de Víboras, decidi reunir testemunhos de vários ex-seminaristas. O propósito deste livro é fazer memória e agradecer a formação humana e espiritual recebida nos seminários das missões de Cucujães, Cernache do Bonjardim, Tomar, Fátima e Valadares”, explicou.

António Padrão recordou que durante o século XX, os seminários eram uma das poucas oportunidades que existiam para prosseguir os estudos, razão pela qual havia um grande interesse e afluência de jovens.

O livro inclui uma mensagem do bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida e reúne 15 testemunhos de personalidades que estudaram nos seminários da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN), entre os quais Artur Nunes, Quim Alves, António Padrão, António Emílio Pires, Francisco Costa Andrade, entre outros.

“A terceira parte do livro é da autoria do bispo emérito de Bragança-Miranda, D. António Moreira Montes e consiste num artigo científico sobre a história dos seminários em Portugal”, destacou.

O livro “Padrão Missionário da Boa Nova – Os seminários e a sua importância no teu percurso de vida”, inclui ainda uma listagem dos 599 alunos do distrito de Bragança que estudaram nos seminários da Boa Nova, entre os anos 1923 e 1996.

Na apresentação da obra literária, o missionário e padre, Augusto Farias, voltou a sublinhar a importância de recordar a história, para depois trabalhar na construção do presente e do futuro.

“Este livro também é um compromisso. Os ex-alunos da SMBN têm a missão de pôr-se ao serviço da sociedade e da igreja, na promoção do bem-comum, da justiça, da solidariedade entre os povos e na construção do Reino de Deus.”, exortou.

Os missionários da Boa Nova constituem uma Sociedade Missionária de Padres e Irmãos, fundada em Portugal, em 1930 pelo Papa Pio XI, dando-lhe o nome de Sociedade Portuguesa das Missões Católicas Ultramarinas.

Atualmente, esta comunidade de padres e irmãos missionários chama-se Sociedade Missionária da Boa Nova e trabalha em Portugal, Angola, Moçambique, Brasil e Japão.

HA

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