Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida quer quebrar solidão dos idosos com entusiasmo e serviço dos jovens
O bispo da Diocese de Bragança-Miranda quer quebrar a solidão que os idosos enfrentam na região com o entusiasmo, dedicação e serviço dos jovens, “tão sensíveis ao voluntariado”.
“Olhando o Censos dos últimos anos percebe-se a diminuição significativa da população e o aumento do número de idosos que vivem sós. Aqueles números mostram pessoas e isso tem motivado conversa entre vários, porque está aqui um grande caminho para os jovens, que são sensíveis ao voluntariado e disponíveis para servir. Não é preciso fazer coisas complicadas, mas servir com o coração”, explica à Agência ECCLESIA.
O responsável indica que o Instituto Politécnico de Bragança tem 10 mil jovens com quem é necessário criar “ponte, sem receio de propor e convidar”.
D. Nuno Almeida, que entrou na Diocese de Bragança-Miranda no final de junho, depois de ter sido durante sete anos bispo auxiliar de Braga, destaca a vontade entre os jovens de “manter o caminho juntos, de maneira nenhuma voltar a dispersar” e o desejo de “recomeçar vida em grupo”.
A imagem da diocese como “estaleiro e não como um museu” foi traduzida no convite dirigido a todos, para que o contributo na construção quotidiana da Igreja seja partilhado.
“Todos têm direito à alegria do Evangelho. Temos o dever de anunciar, celebrar e partilhar. Este é um rumo e uma direção muito concreta”, sublinhou o responsável, que assume a sua “vontade de regressar às visitas pastorais”.
“Estou com muita vontade de retomar as visitas pastorais, mas neste momento, sem plano pastoral, que marca também as próprias visitas, não faz sentido. Em Bragança tenho de aliar a proximidade com a vastidão do território mas estou ansioso de recomeçar as visitas pastorais, que convida a viver durante uma semana com uma comunidade. Penso que a partir do Advento vamos retomar as visitas e nos próximos três anos podemos visitar todas as comunidades”, indica.
O responsável convida a olhar para a realidade da diocese, “captando as mudanças que acontecem na sociedade e nas comunidades cristãs, olhá-las à luz do Sínodo, do magistério da Igreja, do Evangelho, e do que se viveu na JMJ, para se definirem metas de ação”.
O bispo diocesano regista ainda a alegria e a novidade que reconheceu no encontro com os agentes pastorais e afirma ter encontrado “amor à Igreja” mas um desejo de a “tornar missionária, olhando para a realidade de envelhecimento e solidão que existe”.
Fonte: Ecclesia