Vitivinicultura: EUA bloqueiam encomendas de vinhos portugueses e europeus
O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE), Paulo Amorim, disse que “os EUA pararam as encomendas de vinhos portugueses e de vinhos da Europa”.
“A incerteza é terrível e com a incerteza a cadeia de distribuição nos Estados Unidos parou as encomendas de vinhos portugueses e de vinhos da Europa e, portanto, neste momento estamos a enfrentar um problema terrível e não estamos a conseguir vender”, afirmou o presidente da associação.
Paulo Amorim teme ainda que, a concretizarem-se as tarifas, a “maior parte do prejuízo seja assumido pelos produtores de vinho”, o que considera uma “injustiça gigantesca”.
O responsável falou aos jornalistas após reunir-se, em conjunto com outras 16 associações setoriais, com o ministro da Economia e com o ministro da Agricultura e Pescas, em Lisboa, no âmbito das tarifas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos.
O presidente da ANCEVE disse ainda que o vinho português precisa “de um novo plano Porter”, que “ajude a promover o vinho português de uma forma mais dinâmica”, tendo em conta que “o vinho leva longe o nome de Portugal”.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão das chamadas “tarifas recíprocas” por 90 dias, sendo que estas incluíam a União Europeia.
O custo dos ovos fez aumentar 10 a 15% o preço do pão-de-ló de Ovar, ainda assim este aumento tem menos repercussão noutras variedades da doçaria tradicional de Páscoa.
É a própria presidente da Associação de Produtores de Pão-de-Ló de Ovar, Alda Almeida, a explicar que “os preços já aumentaram em março, quando começámos a receber os ovos muito mais caros. Cada produtor gere a sua casa como bem entende, sem influência da associação, mas, no geral, o quilo vai aumentar dois ou três euros”.
No seu próprio estabelecimento, que não atualizou os preços no Natal, Alda cobra agora 20 euros pelo que antes custava 18. Noutras casas, o pão-de-ló cremoso enformado em papel passou de 19 para 21 euros e há ainda aquelas onde a iguaria “agora chega aos 22 e 23”.
Expectativas de diminuição do preço não há: “Depois da Páscoa, a caixa de 360 ovos pode descer um ou dois euros, mas, isso não se vai repercutir no pão-de-ló. Só em termos técnicos, uma mudança de preço custa tanto a alterar no sistema de faturação que não se justifica o trabalho por tão pouco”.
Já noutro concelho do distrito de Aveiro, a casa “Pão-de-ló de Arouca”, fundada por Angelina Teixeira Pinto e agora gerida por Tiago Brandão, admite que atualizou os preços, mas garante que os que está a praticar na Páscoa “não refletem o aumento real do custo dos ovos” porque, caso contrário, “ia vender muito menos”.
Dos doces com mais saída nesta época, a casa destaca três: a variedade chamada “bôla” de pão-de-ló, que tem a forma tradicional, mas, cozida em forno a lenha, exibe uma camada superior de açúcar; a típica “fatia” de pão-de-ló, que se apresenta como um bloco mais húmido encharcado em calda açucarada; e, de criação mais recente, o “pão-de-ló cremoso”, que, maciço e redondo, parece um queijo da serra, tem uma superfície central esbranquiçada e, logo sob essa camada de açúcar, revela um topo cremoso e uma base consistente, que lhe permite que seja cortado à fatia em vez de comido à colher como o seu congénere vareiro – e que, por encomenda, também está disponível em chocolate.
“Isto não pára”, afirma Tiago. “Começamos às três da manhã e não temos hora para parar”, acrescenta, em referência a uma labuta que tanto se destina a satisfazer os pedidos entregues em mão como as encomendas online.
Na “Loja dos Doces Conventuais”, de Jorge Bastos, também há mais azáfama por estes dias, com oito funcionários na cozinha e 16 ao balcão, dispersos pelos estabelecimentos fixos de Arouca e Porto, e pelo sazonal de Gaia. Cheira bem logo à entrada, a amêndoas e ovos, e há uma mesa inteira forrada a pasta granulada cor-de-laranja, que senhoras exímias moldam em linha: uma faz da massa um rolo, outra desfaz o rolo em pequenos cubos e enfarinha-o, e as seguintes transformam cada cubo numa bolinha ovalada que dispõem sobre os tabuleiros e marcam com um garfo no topo, para lhe dar uns risquinhos de textura.
Essas castanhas doces que vão depois a assar na brasa são das iguarias mais procuradas em Arouca, cumprindo a mesma receita que as freiras do mosteiro local da Ordem de Cister criaram há séculos, mas para as mesas pascais também se procuram os tradicionais charutos e morcelas, a que se juntam agora receitas contemporâneas como pedras parideiras, ovos de pega e doce de chila.
Só de castanhas doces, por exemplo, Jorge conta vender nesta Páscoa umas 2.000 caixas de 24 unidades, cada uma a 11 euros. O preço dessas delícias já foi atualizado em janeiro, antes do aumento dos ovos, e não vai sofrer mais alterações.
“É uma opção nossa, para o preço não ficar muito elevado”, explica, “mas ficamos prejudicados porque, além de estes produtos envolverem um processo manual de fabrico muito mais delicado, têm ainda a desvantagem do IVA: à mesa servimos os doces a 13%, mas, mal os embalamos para o cliente levar para casa, a caixa já tem que ser taxada a 23%, pelo que é difícil competir com as outras pastelarias”.
Paradela: Meio milhar de pessoas percorreram os trilhos do contrabando
Meio milhar de pessoas participaram na corrida e na caminhada do III Trail Contrabando do Café, uma prova de atletismo que decorreu em Paradela, a localidade mais oriental de Portugal, onde os visitantes se maravilharam com a beleza das encostas do rio Douro e a história do contrabando para Espanha.
A prova de atletismo realizou-se no Domingo, dia dia 6 de abril e o atleta do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), Ilídio Moreiras, voltou a vencer a corrida masculina, ao concluir os quinze quilómetros do percurso, em 1 hora 13 minutos e 34 segundos.
Nas senhoras, a espanhola, Tânia Lucas venceu com um tempo de 1 hora 35 minutos e 58 segundos. A atleta do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), Anabela Cameirão, foi a terceira classificada na corrida feminina, ao concluir a prova em 1 hora, 41 minutos e 11 segundos.
A prova de atletismo incluiu também uma caminhada de 12 quilómetros, pelo que no total, entre atletas, caminhantes e acompanhantes estiveram em Paradela, cerca de 500 pessoas.
A terceira edição do Trail Contrabando do Café foi organizada pelo Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) teve os apoio da União de Freguesias de Ifanes e Paradela e da Associação de Atletismo de Bragança.
O presidente de União de Freguesias de Ifanes e Paradela, Nélio Seixas, expressou grande satisfação pela consolidação desta prova desportiva em Paradela, o que contribui para a dinamização turística da localidade.
“Esta é já a terceira edição do Trail Contrabando do Café e de ano para ano, a seção de atletismo do Clube Desportivo de Miranda do Douro vai melhorando a organização da prova. Pelo feedback dos atletas e dos caminhantes apercebemo-nos que a participação neste prova desportiva é um excelente motivo para futuras visitas à localidade, que tem como maior atração o miradouro da Penha das Torres”, disse o autarca.
Para além da beleza natural, Paradela também fica na memória dos visitantes pela história do contrabando com a vizinha Espanha. Esta antiga atividade é evocada durante o trail, com uma representação teatral da caça aos contrabandistas pelos guardas fiscais.
“Este ano foi descerrada uma placa comemorativa do I Trail do Contrabando do Café, realizado em abril de 2023. Este ato visa também homenagear as gentes de Paradela, que noutros tempos tiveram que recorrer ao contrabando para sobreviver e sustentar as suas famílias”, disse.
Em Paradela, tal como noutras localidades situadas na fronteira entre Portugal e Espanha, as trocas comerciais com o povo vizinho sempre existiram. Mas, foi a partir de 1936, com o deflagrar da guerra civil espanhola, que o contrabando aumentou muito entre portugueses e espanhóis.
Diz-se que nessa época, os portugueses levavam para Espanha, produtos como o café, farinha, pão, azeite, gado suíno, tripa de porco ou têxteis.
De Espanha, os portugueses traziam gado, volfrâmio, a moeda (na altura, a peseta) e bens valiosos como artigos de ouro, prata, obras de arte e outros artigos de fácil comercialização.
Sendim: Tríduo Pascal com celebrações e procissões
Na vila de Sendim, as celebrações do Tríduo Pascal iniciam-se na quinta-feira Santa, dia 17 de abril, com a missa vespertina da Ceia do Senhor seguida da procissão do Senhor da Piedade e nos dias seguintes as celebrações pascais prosseguem com a procissão do Senhor da Boa Morte e a Missa da Ressurreição do Senhor.
O programa da Semana Santa é organizado pela freguesia de Sendim, em colaboração com a paróquia e o apoio do município de Miranda do Douro.
A par das celebrações religiosas, o programa festivo contempla na Sexta-feira Santa, o Concurso de Vinhos Caseiros e o Encontro de Músicos Sendineses.
No Sábado Santo, a vila de Sendim é o palco dos eventos desportivos: I Trail Arribas do Douro e do tradicional jogo de futebol Casado(a)s versus Solteiro(a)s.
No Domingo de Páscoa, dia 20 de abril, a alegria da Ressurreição de Jesus é celebrada com o repicar dos sinos, a música do gaiteiro no campanário da Igreja matriz e a Missa Pacal, às 11h30. À tarde, na praça central, realiza-se o concerto da Banda Filarmónica Mirandesa, as danças do Rancho Folclórico e dos Pauliteiros de Sendim, a música da Lérias e o jogo da caça aos ovos de Páscoa, para as crianças.
Finalmente, na segunda-feira, dia 21 de abril, as celebrações de Páscoa encerram com os jogos tradicionais e a degustação do Folar e da Bola Doce nos Pisões, onde está ainda programado o passeio de barco pelo rio Douro.
A Páscoa assinala a ressurreição de Cristo, a mais importante festa do calendário católico.
Miranda do Douro: Feira da Bola Doce dá sabor à Páscoa
No fim-de-semana de Páscoa, a cidade de Miranda do Douro é o palco da Feira da Bola Doce Mirandesa, um certame que visa promover este ícone da doçaria tradicional e outros produtos, como o folar de carne e o artesanato, animados pela música tradicional e as danças dos pauliteiros.
O certame decorrre de 17 a 19 de abril, no Jardim dos Frades Trinos, em Miranda do Douro e conta com a participação de uma centena de expositores.
Na feira, os visitantes têm a oportunidade de adquirir a bola doce mirandesa, assim como produtos locais e regionais como o folar de carne, pão tradicional, fumeiro, licores e vinhos regionais, frutos secos, azeite, peças de artesanato, entre outros produtos.
Segundo a tradição, a bola doce mirandesa é confeccionada com farinha de trigo, ovos, canela, açúcar, fermento padeiro, manteiga, azeite e sal. A bola doce é feita às camadas, sendo cozida em forno tradicional a lenha.
De 17 a 19 de abril, o evento conta também com a animação dos gupos do concelho, como a Banda Filarmónica Mirandesa, os Pauliteiros de Miranda, a Tuna da Universidade Sénior, Grupo de Danças Mistas do AEMD e L’s Madrigadores.
Outros destaques na Feira da Bola Doce são as sessões de culinária protagonizados pelos Chef´s Marcelo Dias, Lídias Brás e Marco Gomes, nos dias 17, 18 e 19 de abril, respetivamente.
Segundo o programa, na Feira da Bola Doce estão ainda previstos uma peça de teatro “Empresta-me a tua mulher”, a apresentação do livro “Hospital das Alfaces” e os concertos musicais de Nena e os D.A.M.A.
Na cidade de Miranda do Douro, o programa religioso do Tríduo Pascal inclui na tarde de quinta-feira Santa, dia 17 de abril, a missa vespertina da Ceia do Senhor, às 21h00, na igreja da misericórdia. Na Sexta-feira Santa, o largo Dom João III é o palco da dramatização da “Paixão de Cristo”, seguido da celebração do Enterro do Senhor.
A Feira da Bola Doce é um evento anual, organizado pelo município de Miranda do Douro e que conta com a colaboração das associações culturais do concelho.
Páscoa: Governo concede tolerância de ponto na tarde de Quinta-feira Santa
Na tarde de Quinta-feira Santa, dia 17 de abril, o Governo vai conceder tolerância de ponto aos trabalhadores do Estado, segundo um despacho assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
“É concedida tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração direta do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados, e nos institutos públicos no período da tarde de Quinta-feira Santa, dia 17 de abril de 2025”, lê-se no despacho a que a Lusa teve acesso.
No documento assinado por Luís Montenegro justifica-se a tolerância de ponto, com a prática habitual de deslocação de muitas famílias para fora dos seus locais de residência, no período da Páscoa.
Da tolerância de ponto ficam, contudo, excluídos “os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo competente”.
Para os trabalhadores que não usufruam da tolerância na quinta-feira, os dirigentes máximos dos serviços e organismos a que pertencem “devem promover a equivalente dispensa do dever de assiduidade” em dia a fixar oportunamente, “sem prejuízo da continuidade e da qualidade do serviço a prestar”.
Os trabalhadores do Estado passam assim a gozar, além do feriado de Sexta-feira Santa, a tarde de quinta-feira.
Algoso: Páscoa celebra-se com Sábado de Aleluia e Mercado Medieval
Na aldeia histórica de Algoso, a Páscoa celebra-se com o Sábado de Aleluia e o Mercado Medieval, um evento religioso e cultural, em que a Ressurreição de Cristo é celebrada com uma procissão noturna até ao castelo, para daí iniciar os cânticos de Aleluia, na noite de sábado para Domingo.
O evento decorre no fim-de-semana de 19 e 20 de abril e faz parte da estratégia da freguesia de Algoso, para promover o seu património religioso, cultural e histórico.
A presidente da freguesia de Algoso, Cristina Miguel, explicou que o “Sábado de Aleluia” é uma antiga tradição da localidade, que consiste numa procissão noturna, da igreja matriz de Algoso, até à capela de Nossa Senhora da Assunção, edificada junto ao castelo medieval.
“Antes da meia-noite, toda a população de Algoso participa nesta procissão até ao Castelo. Na subida para o castelo, são levados estandartes e o povo vestido de preto, em sinal de tristeza e luto pela morte de Jesus, canta as alvíssaras. Chegados ao castelo, à meia-noite os sinos começam a repicar para anunciar a Ressurreição de Cristo e a procissão regressa à aldeia, com o povo a entoar cânticos de aleluia e aclamações a todos os Santos”, descreveu.
Esta antiga tradição foi recuperada em 2018, ano em que a freguesia de Algoso começou também a organizar o Mercado Medieval.
“Com o propósito de promover o riquíssimo património histórico de Algoso, onde se destaca o castelo do século XII, decidimos recriar o tempo da Idade Média. A aldeia é decorada, os habitantes locais vestem-se com os trajes medievais e é instalado um mercado medieval, com barraquinhas de produtos locais e regionais, artesanato e tasquinhas com a gastronomia típica da região”, indicou.
Este ano, vão participar no mercado medieval 60 produtores de doçaria tradicional, folar, pão, fumeiro, azeite, mel, frutos secos, vinho, licores e outros produtos.
Durante o fim-de-semana, a animação é uma constante em Algoso, com jogos tradicionais, teatro, falcoaria, espetáculos de fogo, carrossel medieval, animais, entre outras atividades.
Na noite de sábado, outro destaque é o concerto medieval do grupo “Manta d’Ourelos”.
“O público que pretenda visitar Algoso durante do fim-de-semana, tem a possibilidade de almoçar e jantar nas tabernas do mercado medieval, na Casa do Povo ou no restaurante da albergaria. No que concerne ao alojamento, a albergaria local já esta lotada, pelo que os visitantes devem procurar alternativas nas localidades próximas dos concelhos de Vimioso, Mogadouro ou Miranda do Douro”, indicou Cristina Miguel.
Em Algoso, o Domingo de Páscoa começa pela manhã, com a caminhada interpretativa pelo trilho do castelo. Neste percurso de 6,2 quilómetros, os caminhantes têm a oportunidade de conhecer os monumentos históricos de Algoso, como o castelo do século XII, a ponte românica, o pelourinho, a antiga Câmara Municipal e a fonte Santa, assim como a flora e a fauna da região.
“No Domingo, o maior destaque é a celebração da Missa da Ressurreição do Senhor, às 14h00, na igreja matriz de Algoso”, indicou a presidente da freguesia.
Na tarde de Domingo, a festa do Mercado Medieval prossegue com atividades como o jogo do cântaro, as oficinas de danças medievais e o baile medieval.
“Nesta altura do ano, Algoso recebe a visita de muitos dos emigrantes que trabalham em países como a Espanha, França e Suíça. Por isso, neste fim-de-semana esperamos a afluência de muita gente à aldeia para celebrar a Páscoa da Ressurreição do Senhor”, indicou a autarca de Algoso.
O evento “Sábado de Aleluia & Mercado Medieval” é organizado pela União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva e conta com o apoio do município de Vimioso. O evento conta ainda com a colaboração da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, da Santa Casa da Misericórdia de Algoso e das associações Palombar, AEPGA e Corane.
Duas Igrejas: Solenidade do Senhor dos Passos iniciou a Semana Santa
O Domingo de Ramos foi celebrado a 13 de abril, em Duas Igrejas, com a Solenidade do Senhor dos Passos, uma celebração religiosa que juntou centenas de pessoas nesta localidade do concelho de Miranda do Douro e deu início à Semana Santa.
A procissão do Senhor dos Passos contou com a participação de dezenas de figurantes.
Em Duas Igrejas, a solenidade do Senhor dos Passos iniciou-se com a benção dos Ramos, no adro da igreja de Santa Eufémia.
Seguiu-se depois a eucaristia presidida por Frei Hermano Filipe e animada musicalmente pelo grupo coral de Duas Igrejas. Na homilía, o sacerdote capuchinho afirmou que o Domingo de Ramos é a porta de entrada no mistério da Semana Santa.
“É possível que sejamos como a multidão que num momento aplaudiu Jesus e no momento seguinte o condenou à morte. Também nós, por vezes, somos facilmente manipuláveis, ora elogiamos, ora condenamos as outras pessoas”, começou por dizer.
O celebrante afirmou que “Jesus é rei em humildade, mansidão, coerência e obediência a Deus”.
“Como no tempo de Jesus, também hoje continuam a existir situações e gritos de injustiça, pobreza, violência que exigem a nossa coragem e coerência de vida para transformar a realidade”, disse.
A benção dos ramos, no adro da igreja de Santa Eufémia, em Duas Igrejas.
Após a missa, iniciou-se a procissão do Senhor dos Passos, uma representação da caminhada de Jesus para o Calvário, instalado no santuário de Nossa Senhora do Monte, em Duas Igrejas.
O mordomo, Fernando Gomes, explicou que nesta localidade do planalto mirandês, a solenidade do Senhor dos Passos celebra-se de dois em dois anos, sendo organizada por quatro mordomos.
“Antes da solenidade, são realizados alguns ensaios e preparam-se as várias estações ou passos, na aldeia de Duas Igrejas, até calvário, que é instalado na capela de Nossa Senhora do Monte”, indicou.
No decorrer da procissão são transportados os andores do Senhor dos Passos, de Nossa Senhora da Dores e do apóstolo, São Evangelista, acompanhados de dezenas de figurantes, entre adultos, jovens e crianças naturais da aldeia.
A banda filarmónica mirandesa acompanhou a procissão e foram representados alguns dos momentos mais marcantes da via-sacra, como o encontro de Jesus com sua mãe, Maria; o Cântico de Verónica; a Crucifixão e Morte de Jesus; e a Descida da Cruz.
Este ano, centenas de pessoas de Duas Igrejas e de outras localidades participaram na solenidade do Senhor dos Passos. A celebração teve uma duração de três horas e proporcionou momentos de oração e manifestações de fé em Jesus Cristo.
No dia 18 de abril, a solenidade do Senhor dos Passos, em Duas Igrejas, conclui-se às 21h00, com a celebração do Enterro do Senhor. Nesta procissão, a assembleia volta a percorrer a aldeia até ao santuário de Nossa Senhora do Monte.
O Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) sagrou-se tricampeão distrital de futsal, ao vencer o derbi concelhio diante do Grupo Desportivo de Sendim, por concludentes 5-0, na penúltima jornada do campeonato.
A cerimónia de entrega do troféu de campeão distrital 2024/2025.
O derbi concelhio, realizou-se no serão de 11 de abril, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, onde os mirandeses começaram a construir a vitória aos 7 minutos de jogo. O primeiro golo foi da autoria de Vitor Hugo, que à entrada da área sendinsesa, rodou sobre o adversário e rematou rasteiro com o pé esquerdo para inaugurar o marcador 1-0.
O segundo golo do Clube Desportivo de Miranda do Douro foi apontado por Miguel Castro, aos 13 minutos, ao concluir uma combinação com o companheiro de equipa, Miguel Diz.
Na segunda parte do jogo, aos 23 minutos, novamente Miguel Diz, na execução do um livre, assistiu o irmão, Pedro Diz, que num remate forte, de baixo para cima, ampliou a vantagem para 3-0.
No minuto seguinte, foi a vez de Pedro Diz, após uma recuperação de bola assistir Miguel Castro, para num remate com ressalto num defesa sendinês rubricar o 4-0.
O 5-0 final surgiu aos 36 minutos, por Miguel Castro (fez um hat-trick) ao concluir com oportunismo um desvio incompleto da defesa do Grupo Desportivo de Sendim.
Na última jornada do campeonato, o já tricampeão Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD desloca-se a Torre de Moncorvo, para defrontar o segundo classificado, o Sporting Clube de Moncorvo.
Na presente época 2024/2025, a equipa de Miranda do Douro já conquistou a Taça Distrital de Futsal (também pela terceira vez consecutiva) e a Taça Transmontana, em setembro de 2024.
Neste final de época e com o objetivo de subir ao Campeonato Nacional de Futsal III Divisão, os tricampeões mirandeses vão competir na Taça Nacional de Futsal de seniores.
HA e AFB
Equipas
Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD): Guilherme, Castro, Ricky, Nickas, Miguel Diz, Couto (cap.), Davide, Pina, Renato, Pedro Diz, Vitor Hugo, Caio e Leo.
Treinador: Nélson Moreira
“Para a conquista deste terceiro campeonato consecutivo destaco a grande atitude dos jogadores do Clube Desportivo de Miranda do Douro, assim como o trabalho da direção e apoio incondicional dos adeptos mirandeses. O sucesso desportivo é o fruto do trabalho de todos e estamos muito felizes pelos títulos alcançados ao longo destes três anos. É uma honra representar e dignificar a cidade e o concelho de Miranda do Douro” – Vitor Hugo, jogador e treinador do CDMD.
“O Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) foi fundado em 2022 e ao longo destas três épocas conquistou três campeonatos, três taças distritais, uma supertaça distrital e uma taça transmontana. Tudo isto foi alcançado com muita dedicação e trabalho de todos, direção, equipa técnica, jogadores, associados e adeptos do clube. Se gostaríamos de subir ao Campeonato Nacional de Futsal III Divisão? Claro que sim, mas para isso temos que jogar e ganhar.” – Nuno Martins, presidente do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD).
“Estou muito feliz por ter aceitado o convite para representar o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), onde tenho muitos amigos. Percebi que o objetivo do clube era ganhar títulos e foi isso que conseguimos esta época, com as conquistas da Taça Transmontana, a Taça Distrital e agora o Campeonato. Não foi um caminho fácil, porque todas as outras equipas querem ganhar ao campeão. Nesta época vitoriosa, destaco a atitude trabalhadora, honesta, humilde e o rigor com que todos nos entregamos aos treinos e aos jogos” – Miguel Diz, jogador do CDMD.
Grupo Desportivo de Sendim: Cristiano, Hélder (cap.), Jantarada, Quitério, Élvis, Altino e Tiago.
Treinador: Bina Rodrigues
“Em primeiro lugar, felicito o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) pela conquista do campeonato distrital de futsal. Foi um justo vencedor, dado que foi a equipa mais consistente ao longo da competição. Sobre a época do Grupo Desportivo de Sendim, tivemos muitas dificuldades em contratar jogadores e ter um plantel competitivo. Ainda assim, conseguimos concluir a época desportiva e pagámos todas as dívidas. Na próxima época, vou deixar a presidência do clube e desejo o melhor para o Grupo Desportivo de Sendim” – David Quitério, presidente do Grupo Desportivo de Sendim.
O cardeal português José Tolentino de Mendonça, poeta e teólogo, venceu por unanimidade o prémio Eduardo Lourenço 2025, anunciou a Câmara Municipal da Guarda.
O prémio Eduardo Lourenço, no valor de 7.500 euros, distingue personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas.
Uma nota da Câmara Municipal da Guarda recordou que o júri da 21.ª Edição do Prémio Eduardo Lourenço esteve hoje reunido na sede do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), naquela cidade.
“O júri reconheceu o perfil do intelectual, do humanista e do poeta que marca inequivocamente a cultura portuguesa contemporânea. Igualmente reconheceu o pensador ecuménico e do diálogo que, com a sua obra, nos ensina que a fronteira é um mistério de encontro. Na ocasião dos 25 anos do Centro de Estudos Ibéricos, o Prémio Eduardo Lourenço 2025 distingue, na personalidade de José Tolentino de Mendonça, o valor da Educação e da Palavra como fontes de inspiração para fortalecer laços que cruzam todas as fronteiras e dos quais o diálogo ibérico tem sido exemplo”, referiu a Câmara.
Tolentino de Mendonça é poeta e professor. Nasceu na ilha da Madeira e estudou Ciências Bíblicas em Roma. Vive no Vaticano desde 2018, onde foi responsável pela Biblioteca Apostólica e pelo Arquivo Secreto. É atualmente prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação. Em 2019, foi elevado a cardeal pelo Papa Francisco.
O júri do prémio foi constituído pelos membros da direção do CEI: presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, e os vice-reitores das Universidades de Coimbra (UC) e de Salamanca (USAL), Delfim Leão e Matilde Olarte, respetivamente.
Manuel Santos Rosa e Luís Umbelino, da UC, Antonio Notario e María Isabel Martín Jiménez, da USAL, também constituem o júri, assim como as personalidades convidadas António Apolinário Lourenço e Désirée Pedro, indicados pela Universidade de Coimbra, e Juán Andrés Blanco e María Teresa Conesa, indicados pela Universidade de Salamanca.
A investigadora e ensaísta espanhola Isabel Soler foi a vencedora da última edição do prémio, tendo então sucedido à escritora portuguesa Lídia Jorge.
Entre os vencedores contam-se também Maria Helena da Rocha Pereira, professora catedrática de Cultura Greco-Latina (2004), Agustín Remesal, jornalista (2006), Maria João Pires, pianista (2007), Ángel Campos Pámpano, poeta (2008), Jorge Figueiredo Dias, professor catedrático de Direito Penal (2009) e César António Molina, escritor (2010).
Mia Couto, escritor (2011), José María Martín Patino, teólogo (2012), Jerónimo Pizarro, professor e investigador (2013), Antonio Sáez Delgado, professor e investigador (2014), Agustina Bessa-Luís, escritora (2015), Luis Sepúlveda, escritor (2016), Fernando Paulouro das Neves, escritor e jornalista (2017), Basilio Lousada Castro, escritor (2018), Carlos Reis, professor e investigador (2019), Ángel Marcos de Dios, professor (2020), Fundação José Saramago (2021), Valentín Cabero Diéguez, geógrafo e professor (2022) são os outros galardoados.