Finanças: Prazo de IRC alargado até 30 de junho

Finanças: Prazo de IRC alargado até 30 de junho

O prazo para a entrega da declaração anual do IRC (Modelo 22) foi prolongado até 30 de junho e o da declaração da Informação Empresarial Simplificada (IES) até 25 de julho, informou o Ministério das Finanças.

Este prolongamento do prazo foi decidido na sequência ainda do impacto do ‘apagão’ de energia elétrica registado no final de abril, nomeadamente tendo em conta a avaliação dos efeitos no cumprimento das obrigações fiscais pelos contribuintes.

“Tal como anunciado, logo no dia 29 de abril, na sequência da interrupção geral de fornecimento de energia elétrica que afetou toda a Península Ibérica, o Governo tem vindo a avaliar os respetivos efeitos para o cumprimento das obrigações fiscais, procedendo aos ajustamentos do calendário fiscal que se justificam”, refere uma anota emitida pelo Ministério das Finanças.

Apesar de até ao dia 4 de junho já terem sido entregues mais de 380 mil declarações Modelo 22, “o Governo constatou que, ainda assim, só tinham sido entregues cerca de 60% das declarações apresentadas no ano passado”, adianta o comunicado.

Perante estes dados, o Governo decidiu prorrogar o prazo para a entrega desta declaração anual do IRS até dia 30 de junho. Num primeiro momento, após os constrangimentos causados pelo ‘apagão’, o prazo para a entrega da Modelo 22 tinha sido prolongado até ao dia 16 de junho.

Também a entrega da IES pode ser feita até ao dia 25 de julho, segundo adianta o mesmo comunicado do Ministério das Finanças, dando assim mais 10 dias às empresas para o cumprimento desta obrigação declarativa.

Fonte: Lusa

Ensino: Mais de 160 mil estudantes inscritos nos exames do secundário

Ensino: Mais de 160 mil estudantes inscritos nos exames do secundário

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação indica que estão inscritos nos exames finais nacionais, mais de 160 mil estudantes do ensino secundário, sendo que 88.637 alunos pretendem concorrer ao ensino superior.

De acordo com os dados, 160.680 alunos inscreveram-se para exames nacionais do ensino secundário, estando prevista a realização de um total de 342.674 exames.

Dos 160.680 alunos inscritos, 88.637 declararam que iriam fazer o curso para concorrer ao ensino superior.

Do conjunto total de inscritos, 56% são do sexo feminino e a esmagadora maioria surgem de cursos científico-humanísticos (86%), seguindo-se os cursos profissionais (9%).

A primeira fase dos exames finais nacionais do ensino secundário decorre entre 17 e 30 de junho, com provas previstas de Português (inclui Português Língua Segunda e Português Língua Não Materna), Mandarim, Espanhol, Alemão, Italiano, Geografia, História da Cultura e das Artes, Biologia e Geologia, Francês, História A, Inglês, Geometria Descritiva A, Economia A, Física e Química A, Literatura Portuguesa, Desenho A, Filosofia, Matemática A, Matemática B, História B e Latim.

A afixação das pautas será a 15 de julho e a segunda fase dos exames decorre entre 18 e 24 de julho, com a publicação das pautas a 5 de agosto.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Dia de Portugal: Conhecer as novas comunidades

Dia de Portugal: Conhecer as novas comunidades

A diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) convidou a aproveitar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a 10 de junho, para reforçar o diálogo e conhecer culturas de novas comunidades presentes em território nacional.

“Se calhar podíamos aproveitar este dia para pôr em prática aquela orientação pastoral da promoção do encontro, seja ela a nível cultural, gastronómico, debate de ideias, é muito, muito importante nós sabermos, conhecermos, conversarmos com quem são os nossos atuais vizinhos”, afirmou Eugénia Quaresma à Agência ECCLESIA.

A responsável dá o exemplo de organismos como as Cáritas Diocesanas e os secretariados diocesanos, que já estão despertos para esta realidade e de paróquias que já fazem esta experiência, desafiando todos a seguir esse caminho.

“É importante caminhar para aí, não nos fecharmos no nosso medo, no medo do desconhecido, mas, de facto, avançar nesta escuta de outras histórias, de outras culturas”, destacou.

A diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações realça que os portugueses “já viajaram bastante pelo mundo todo” e que agora estão a receber migrantes: “É possível uma sã convivência se estivermos disponíveis, se estivermos de coração aberto”.

Eugénia Quaresma e Francisco Peixoto, chefe de delegação de Portugal na Universidade de São José (Macau, China) olham, no Programa ECCLESIA (RTP2) de hoje, para a presença da identidade portuguesa pelo mundo.

Falando no exemplo de Macau, o entrevistado deu conta que todas as universidade têm, de alguma forma, “alguma ligação ao mundo da lusofonia” e que todos os ciclos de educação estão presentes em Língua Portuguesa, indicando que, embora o ensino na Universidade de São José seja em inglês, a instituição tem “matriz portuguesa”.

O português é uma das línguas oficiais de Macau e permanecerá até 2049, explica Francisco Peixoto, que acrescenta que qualquer lusófono que se desloque à cidade se “sente muito confortável”, embora a maioria da população não fale o idioma.

“É uma situação que é difícil de explicar em palavras, mas que se sente verdadeiramente esse conforto, porque sentimos que estamos num sítio que tem esta sensação, este sabor português”, descreve.

O chefe de delegação de Portugal na Universidade de São José destaca a religiosidade “como elemento de inclusão social”, assinalando que existe uma enorme comunidade filipina, em Macau, “extremamente religiosa”, tal como a comunidade macaense.

“Nós vivemos isto com as peregrinações, a Nossa Senhora de Fátima, mas também com outras festas, com outras dimensões. E eu acho que é importante continuarmos a dar sinais de que é possível conviver a partir da raiz cristã. Conviver e dialogar com outros”, referiu Eugénia Quaresma.

Atualmente, Francisco Peixoto relata que o Portugal em Macau “olha essencialmente para o futuro”, evidenciando projetos e iniciativas ao nível do empreendedorismo que ligam Macau e o sudeste asiático ao país das quinas e à Europa.

“Os portugueses em Macau estão por todas as áreas sociais”, acentua.

Falando na nova diáspora de portugueses, que está “muito mais móvel”, “não está tão precisada da língua, porque já vai com a bagagem do inglês”, Eugénia Quaresma refere a dificuldade de a Igreja se aproximar nestes casos, apontando como foco a evangelização.

“Há aqui uma ponte a ser feita, estamos na era em que chegamos à conclusão que temos que trabalhar em rede, temos que operar com vista à comunhão e, portanto, é a hora de cruzar com outros setores da pastoral e ver como atuar, nomeadamente a pastoral juvenil, a catequese e a educação cristã, o mundo do trabalho e portanto somos chamados a trabalhar cada vez mais em rede para podermos responder a esta nova diáspora”, assume.

Na cerimónia militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, marcada para as 11:00, na Avenida dos Descobrimentos, irão intervir o Presidente da República e a escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge, natural de Loulé, no Algarve, que preside à comissão organizadora destas comemorações.

Estão previstas as presenças em Lagos do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do presidente do Chega, André Ventura, e do presidente e secretário-geral interino do PS, Carlos César, entre outros convidados.

Marcelo Rebelo de Sousa escolheu esta cidade algarvia como palco das suas últimas comemorações do 10 de Junho em território nacional, que já celebrou em Lisboa e no Porto, em Ponta Delgada, em Portalegre, no Funchal, em Braga, no Peso da Régua e, no ano passado, em três concelhos do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de 2017 – Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera – e em Coimbra.

Este Dia de Portugal acontece na semana seguinte à posse dos membros do XXV Governo Constitucional, o segundo executivo chefiado por Luís Montenegro, que foi entre quinta e sexta-feira, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, que a AD (PSD/CDS-PP) venceu, sem maioria absoluta e em que o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar.

Há um ano, na sua intervenção na cerimónia militar do Dia de Portugal, em Pedrógão Grande, que durou cerca de dez minutos, o chefe de Estado pediu um futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras do país, do litoral ao interior, sem novas tragédias como os incêndios de 2017.

Fontes: Ecclesia e Lusa| Foto: Flickr

Pecuária: «Os bovinos de raça mirandesa são um dos símbolos identitários de Tó» – Ricardo Marcos

Pecuária: «Os bovinos de raça mirandesa são um dos símbolos identitários de Tó» – Ricardo Marcos

A aldeia de Tó, no concelho de Mogadouro, acolheu no Domingo, dia 8 de junho, o Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa, uma iniciativa do município de Mogadouro que teve como objetivo premiar os criadores pela dedicação e preservação desta raça autóctone e símbolo do planalto mirandês.

No Concurso Concelho de Bovinos de Raça Mirandesa participaram 45 animais.

O presidente do município de Mogadouro, António Pimentel, referiu que a agricultura e e a pecuária são duas das atividades económicas predominantes no concelho, razão pela qual a autarquia apoia a realização de eventos como o concurso concelhio de bovinos de raça mirandesa.

“Para ancorar este setor e tendo em consideração a preponderância da agropecuária para o concelho de Mogadouro, decidimos avançar para a construção do matadouro municipal. Simultaneamente, já apoiamos os criadores de gado com o pagamento da sanidade animal e concedemos outros apoios”, disse o autarca mogadourense.

Com o objetivo de fomentar ainda mais a criação animal no concelho de Mogadouro, António Pimentel, avançou que está em estudo uma nova medida municipal e o regulamento destinado à vedação de terrenos para novas explorações pecuárias.

“Com vista à criação de ovinos e caprinos vamos apoiar os criadores na vedação de área de terrenos para esse fim. O município de Mogadouro entende que para rentabilizar o novo matadouro precisamos aumentar a produção de carne, para depois encontrar nichos de mercado e escoar essa produção ”, adiantou.

Para o presidente da Freguesia de Tó, Ricardo Marcos, a realização do Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa assume uma tripla importência: em primeiro lugar, porque nesta localidade do concelho de Mogadouro a agropecuária é uma atividade com uma longa tradição. Em segundo lugar, porque ele próprio é criador de bovinos de raça mirandesa. E em terceiro lugar, porque Ricardo Marcos exerce a profissão de médico-veterinário.

“Os símbolos da bandeira da freguesia de Tó são a raça bovina, o cereal e os sinos das capelas de São Pedro e do Senhor da Piedade. Ou seja, a nossa história está ligada ao cultivo dos cereais e a criação de bovinos de raça mirandesa e à religiosidade cristã. Por isso, é com enorme orgulho que a freguesia continua a organizar esta bonita tradição do concurso concelhio de bovinos de raça mirandesa, um dos símbolos identitários de Tó”, justificou.

Em Tó, António Marcos, tem uma exploração pecuária com 24 bovinos adultos de raça mirandesa. A criação destes animais vem da tradição familiar, tendo sido passada de geração em geração. Sobre o dia-a-dia de um agricultor, António Marcos, referiu que há sempre muito trabalho para efetuar e nesta altura do ano, para além do maneio dos animais há que recolher o feno e fazer a silagem. A isto acresce ainda o trabalho da horta, da vinha e dos olivais.

“O Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa é uma dia de festa e de confraternização entre os criadores. É claro que no concurso gostamos de apresentar os melhores animais e por isso existe uma competição saudável entre os nós, os criadores de bovinos mirandeses”, disse.

Na aldeia da Castanheira, no concelho de Mogadouro, Francisco Pimentel, é proprietário de uma exploração pecuária com 55 bovinos adultos de raça mirandesa. Sobre esta raça autóctone, o criador mogadourense destacou a beleza física e a qualidade da carne.

“Antigamente, na exploração tínhamos bovinos para produção de leite, mas como não era rentável, passamos a criar unicamente os bovinos de raça mirandesa”, informou.

O irmão e médico veterinário, Afonso Pimentel, realçou que esta raça é um símbolo cultural do planalto mirandês, razão pela qual os concursos concelhios atraem também a visita de criadores de outros concelhos.

“Estes concursos atraem multidões para ver os animais e para confraternizar com os criadores. Na minha família, sempre houve a tradição de criar animais e também por isso decidi enveredar pela profissão de médico veterinário ”, disse.

Com a chegada do verão e questionado sobre o risco da doença hemorrágica epizoótica, o médico veterinário prevê que a doença não afete mais os bovinos.

“Após o surto da doença, penso que a partir de agora haja uma imunidade natural à doença, no solar da raça mirandesa. Já quanto à doença da língua azul, que afeta sobretudo os ovinos, mas também os bovinos, prevejo que possam ocorrer alguns sintomas, porque ainda não estão vacinados todos os animais”, indicou.

Na aldeia de Tó, entre os visitantes do concurso estavam criadores de bovinos de raça mirandesa, de outros concelhos, como foi o caso de Elias Gonçalves, de Malhadas, do concelho de Miranda do Douro.

“Dada a enorme afeição por esta raça de bovinos, acompanho sempre os concursos nos concelhos do solar da raça e por isso vim hoje até Tó, no concelho de Mogadouro. Venho ver os melhores animais deste concelho. Aproveito também para conviver com os amigos criadores”, disse.

Sobre o atual momento do setor agropecuário, os criadores confirmam que se trata de um ano ótimo na recolha de forragens como a erva, palha, feno e grão para a alimentação dos animais. No entanto, os agricultores queixam-se do constante aumento das rações, dos combustíveis e equipamentos agrícolas.

Em Tó, o Concurso de Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa decorreu ao longo do dia 8 de junho, tendo começado com a exibição e avaliação dos animais, a entrega de prémios, o almoço-convío e as chegas de touros.

Anualmente, o Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa é organizado pelo município de Mogadouro e conta com as colaborações da freguesia de Tó, da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM).

Em Tó, as chegas de touros encerraram o Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa.

HA





Atenor: Três mil pessoas visitaram a XIII Ronda das Adegas

Atenor: Três mil pessoas visitaram a XIII Ronda das Adegas

A XIII Ronda das Adegas, que decorreu no fim-de-semana de 6, 7 e 8 de junho, na aldeia de Atenor, no concelho de Miranda do Douro, recebeu a visita de mais de três mil pessoas, que ficaram maravilhadas com o acolhimento da população, a gastronomia servida nas antigas adegas e o ambiente festivo animado pela música tradicional.

O evento gastronómico, cultural e musical realizou-se, mais uma vez, na zona antiga da aldeia de Atenor, onde está edificada a igreja, o lagar, o tanque comunitário e as casas tradicionais. Neste circuito, em forma de triângulo, os milhares de visitantes foram presenteados com exposições, música, tasquinhas, oficinas e workshops.

Ano após ano, a Ronda das Adegas, na aldeia de Atenor, continua a atrair a vinda de milhares de visitantes portugueses, espanhóis e de outras nacionalidades.

O sucesso do evento, explica a Associação Cultural e Desportiva de Atenor, deve-se em primeiro lugar, ao acolhimento da população, que confiadamente cede os seus antigos currais e espaços de armazenamento das alfaias agrícolas, para a instalação das tabernas, tascas e oficinas de artesanato.

Este ano, no fim-de-semana de 6 a 8 de junho, a aldeia de Atenor, recebeu a visita de mais de 3 mil pessoas. O casal de espanhóis, Irene e Miguel Angel, vieram de Zamora, juntamente com um grupo de amigos, portugueses. Nesta sua primeira visita a Atenor, os vizinhos espanhóis ficaram impressionados com a utilização dos antigos currais e adegas para aí instalar os espaços de restauração.

Outros visitantes, Renata Aguiar e um grupo de amigos vieram de Bragança, à Ronda das Adegas, pelo terceiro ano consecutivo. A visitante portuguesa, também corroborou da opinião, que o que torna este evento em Atenor tão especial é a arquitetura vernácula da localidade, com as antigas adegas e currais, a servirem de espaços de encontro e convívio.

“Na aldeia de Atenor, outro destaque são os retratos das pessoas afixados nas ruas, o que vem personificar e tornar o ambiente ainda mais acolhedor e familiar”, disse, a jovem médica.

De Nice (França), a jovem estudante de Línguas, Havy, que está a realizar um estágio na associação FRAUGA, em Picote, aproveitou a estadia em Portugal, para conhecer a Ronda das Adegas, em Atenor. A joven francesa mostrou-se surpreendida pelo caloroso acolhimento e a simpatia das pessoas e ficou fascinada com a beleza dos campos agrícolas.

“Aproveitei a estadia na região, para visitar a Ronda das Adegas. A par do acolhimento das pessoas, fiquei maravilhada com a beleza das paisagens agrícolas que rodeiam a localidade”, disse.

Do lado dos expositores, Rafaela Trigo, instalou a adega “Copos e Companhia” num dos currais, da Ronda das Adegas, em Atenor. Após vários anos a “rondar” como visitante, este ano, juntamente com amigos, decidiram aventurar-se como “taberneiros”.

“Na minha opinião, o que torna a Ronda das Adegas um evento ímpar é a contínua aposta no que é tradicional, desde os espaços, passando pela música até à gastronomia. No decorrer do evento, na adega Copos e Companhia, servimos espetadas e bifanas de javali, caldo verde, grelhadas mistas, espargos selvagens, migas, alheiras, chouriças, entre outros petiscos. Nos três dias do evento recebemos a visita de pessoas e grupos vindos de Aveiro, Porto, Famalicão, São João da Madeira, entre outras localidades do país e do estrangeiro”, indicou.

No serão de sábado, o concerto musical dos Galandum Galundaina foi mais um motivo de interesse para visitar a XIII Ronda das Adegas, em Atenor.

Na visita à Ronda das Adegas, António Bárbolo, veio acompanhado da esposa, e ambos realçaram que a vinda de pessoas de várias regiões do país e também do estrangeiro, traz à localidade novas visões e contributos para o desenvolvimento local e regional.

Questionado sobre as razões do sucesso deste evento no planalto mirandês, o professor António Bárbolo, respondeu que a gastronomia, a cultura e a música são ingredientes que despertam a atenção e o interesse do público.

“A organização de eventos como a Ronda das Adegas exige uma constante renovação, seja no âmbito do espaço urbano onde decorre o evento, mas também no programa cultural, com a apresentação de novidades que continuem a gerar o interesse e a vinda de público. Outro aspeto a considerar na organização destes eventos é a renovação geracional, isto é, nestas localidades a população é maioritariamente idosa, pelo que importa envolver, desde cedo, os jovens na organização e dinamização dos eventos”, disse.

No final da XIII Ronda das Adegas, Hirundino Esteves, da Associação Cultural e Desportiva de Atenor, indicou que visitaram o evento mais de 3 mil pessoas. O dirigente associativo explicou que o sucesso desta iniciativa deve-se ao acolhimento prestado pela população aos visitantes, assim como à revitalização de antigas tradições, como a arquitetura das casas, os ofícios, a música ou os jogos tradicionais.

“Antigamente, os currais que agora servem de adegas eram os espaços para alojar os animais, como as vacas, as ovelhas ou os burros e guardar as alfaias agrícolas. Quero, por isso, agradecer à população de Atenor, a generosidade e a colaboração, ao ceder temporariamente os seus imóveis, para a realização da Ronda das Adegas. Este evento tornou a aldeia de Atenor conhecida em todo o país e até no estrangeiro, o que traz retorno turístico e económico para a região”, disse.

De visita à XIII Ronda das Adegas, em Atenor, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, frisou que esta localidade do concelho, ao fazer uso de uma antiga tradição – o ir provar o vinho novo às adegas – conseguiu projetar-se em Portugal e no estrangeiro.

“Este sucesso deve-se ao trabalho de todos, a começar pela população de Atenor, que acolhe os milhares de visitantes durante os três dias do evento. Segue-se o trabalho da organização, prestado pela Associação Cultural e Desportiva de Atenor e a União de Freguesias de Sendim e Atenor. Para a realização do evento, o município de Miranda do Douro prestou um apoio financeiro de 10 mil euros, mais o apoio logístico”, informou.

Para fazer face às despesas de 25 mil euros, com a contratação dos grupos musicais, animação de rua, sistema de som, iluminação, eletricidade e outra logística, a organização da XIII Ronda das Adegas cobrou um valor de entrada (5€) ao público e angariou ainda receitas com a venda das canecas e o aluguer dos espaços aos vários expositores.

HA

Agricultura: Cooperativas pedem política agrícola mais forte e justa

Agricultura: Cooperativas pedem política agrícola mais forte e justa

A Confederação das Cooperativas Agrícolas pediu à União Europeia (UE), uma Política Agrícola Comum (PAC) mais forte e justa, que responda às necessidades do setor.

“Precisamos de uma PAC mais forte e mais justa para os agricultores e cooperativas agroalimentares”, afirmou, citado em comunicado, o presidente da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, Idalino Leão.

A Confagri recebeu, em Lisboa, o comissário Europeu da Agricultura, Christophe Hansen.

A confederação pediu a Hansen a construção de uma PAC que responda às necessidades dos agricultores e das cooperativas, assegurando condições para uma produção sustentável, justa e competitiva, segundo o comunicado.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, afirmou que o setor é uma prioridade estratégica para o Governo e defendeu uma atualização da Política Agrícola Comum, alertando que o atual modelo tem de ser simplificado e reforçado.

“A agricultura para nós é estratégica, é estruturante, é comida no prato, segurança alimentar, coesão, competitividade, investigação e inovação”, afirmou o governante, à margem de uma visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, onde esteve acompanhado pelo comissário europeu da Agricultura, Christophe Hansen.

O ministro destacou o trabalho que o Governo tem vindo a desenvolver na área, nomeadamente o reforço do rendimento dos agricultores, o apoio à renovação geracional e o lançamento do projeto “Água que Une”, referindo ainda que o défice agroalimentar português foi reduzido em mais de 400 milhões de euros em 2024.

Questionado sobre a Política Agrícola Comum (PAC), o governante referiu que é um instrumento essencial para garantir práticas agrícolas mais sustentáveis, mas alertou para a necessidade de aumentar os montantes disponíveis e de desburocratizar os processos.

“O agricultor não pode estar no campo e, ao mesmo tempo, preencher papéis todos os dias”, afirmou.

José Manuel Fernandes alertou igualmente para a necessidade de garantir o acesso generalizado a vacinas e produtos fitofarmacêuticos, referindo que apenas dois Estados-membros dispõem atualmente de laboratórios para produção de vacinas contra pragas e doenças.

“Temos novas pragas e doenças. Mas é essencial que as vacinas estejam disponíveis para todos os Estados-membros. Se esses laboratórios ficarem com as vacinas para os seus agricultores, haverá uma destruição do mercado”, avisou.

O ministro defendeu ainda o reforço da política de seguros agrícolas, alertando para as desigualdades entre os Estados-membros no acesso a instrumentos como os seguros contra intempéries.

“É importante que os seguros destinados às intempéries estejam disponíveis para todos os Estados-membros em condições semelhantes, para não termos um agricultor de um Estado-membro com acesso a um seguro e outro que não tenha”, acrescentou.

Ainda sobre a revisão da PAC, o ministro reiterou que “o que funciona bem não deve ser destruído”, considerando que o modelo tem sido “um grande sucesso”, apesar de admitir melhorias.

Já o comissário europeu da Agricultura, Christophe Hansen, sublinhou que a agricultura europeia enfrenta pressões crescentes, desde a mudança climática até ao impacto da guerra na Ucrânia, passando ainda pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

“A produtividade tem de voltar ao centro da política agrícola”, defendeu. 

O comissário lembrou que a Comissão Europeia apresentou recentemente um pacote legislativo para simplificar a PAC, esperando que seja ratificado em breve pelo Parlamento e pelo Conselho Europeus.

“Queremos aplicar estas medidas já no próximo ano”, afirmou, lembrando que a União Europeia tem uma lacuna de financiamento no setor agrícola na ordem dos 62 mil milhões de euros.

 Para o responsável, é essencial garantir condições atrativas para os jovens entrarem no setor agrícola, através de educação, estabilidade política e financiamento.

“A segurança alimentar e a soberania alimentar não são garantidas, temos de investir na geração futura”, defendeu.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Política: Presidente empossou 43 secretários de Estado do XXV Governo Constitucional

Política: Presidente empossou 43 secretários de Estado do XXV Governo Constitucional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu posse aos 43 secretários de Estado do XXV Governo Constitucional, chefiado por Luís Montenegro, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

Com a posse dos secretários de Estado, ficou completo o executivo PSD/CDS-PP formado na sequência das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

O segundo Governo chefiado por Luís Montenegro, com 16 ministros, tem um total de 60 elementos, um terço dos quais mulheres.

Esta cerimónia, realizada na Sala dos Embaixadores do Palácio Nacional da Ajuda, durou cerca de meia hora.

Assistiram à cerimónia o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro e todos os ministros do XXV Governo Constitucional, que tomaram posse na quinta-feira.

Os 43 secretários de Estado, 29 homens e 14 mulheres, foram chamados um a um, por ordem hierárquica, para prestar juramento e assinar o auto de posse.

Como há um ano, houve algumas mudanças na ordem hierárquica destes governantes, em relação à lista divulgada oficialmente na quinta-feira à noite.

No Ministério da Economia e da Coesão Territorial, Hélder Reis passou a primeiro na hierarquia de secretários de Estado. O mesmo aconteceu no Ministério do Ambiente e Energia com Jean Barroca e no Ministério do Trabalho com Adriano Rafael Moreira, que passaram ambos a ter a denominação de Adjunto.

A Assembleia da República vai debater entre 17 e 18 de junho o programa do XXV Governo Constitucional, que as direções do PS e do Chega já deram indicação de que não irão inviabilizar, enquanto o PCP anunciou que irá apresentar uma moção de rejeição.

A coligação AD (PSD/CDS-PP), liderada por Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas sem maioria absoluta, elegendo 91 deputados em 230, dos quais 89 são do PSD e dois do CDS-PP.

O Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, seguindo-se o PS, com 58, a IL, com nove, o Livre, com seis, o PCP, com três, e BE, PAN e JPP, com um cada.

Luís Montenegro é primeiro-ministro em 02 de abril do ano passado, após um ciclo de oito anos de governação do PS.

O anterior Governo minoritário PSD/CDS-PP foi derrubado no parlamento, em 11 de março, pela rejeição de uma moção de confiança, durante uma crise política que surgiu por causa de uma empresa familiar do primeiro-ministro.

Na quinta-feira, ao dar-lhe novamente posse como primeiro-ministro, o Presidente da República considerou que nas legislativas antecipadas de 18 de junho “o juízo coletivo reforçou a confiança política” em Luís Montenegro.

“Mas não foi um cheque em branco”, acrescentou. 

Segundo o Presidente da República, apesar de a AD (PSD/CDS-PP) não ter tido maioria absoluta, “foi uma vitória impressiva por ser com apenas 11 meses de Governo, pela carga decisiva do juiz ético ou moral que estava em causa, pela divisão da chamada direita e pela acrescida complexidade no derrube do executivo”.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Calor: Perigo máximo de incêndio

Calor: Perigo máximo de incêndio

Mais de 30 concelhos dos distritos de Bragança, Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Coimbra e Guarda estão em perigo máximo de incêndio, num dia em que as temperaturas vão chegar aos 39 graus Celsius, segundo o IPMA.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje em Portugal continental temperaturas máximas de 39 graus em Santarém e Braga, 37 em Leiria e Coimbra, 36 em Vila Real e Castelo Branco, 35 no Porto e em Bragança, 34 em Lisboa e Évora e 32 em Braga, Guarda, Beja e Setúbal.

Vários concelhos dos distritos de Portugal continental apresentam hoje um perigo muito elevado e elevado de incêndio.

De acordo com os cálculos do IPMA, o perigo de incêndio vai manter-se elevado em alguns distritos pelo menos até quarta-feira.

Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Por causa do tempo quente, o IPMA colocou os distritos de Évora, Beja, Castelo Branco e Portalegre sobre aviso amarelo desde as 23:57 de domingo e até às 21:00 de terça-feira.

Já os distritos de Bragança, Guarda e Vila Real estão em aviso amarelo partir das 12:00 de segunda-feira e até às 21:00 de terça-feira.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de mais nebulosidade no interior com possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada e subida de temperatura, exceto da máxima na região Sul, onde se prevê uma descida.

Na sequência de previsão meteorológica, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou à população um consumo regular de água, o uso de roupa larga e fresca e a utilização de protetor solar, de duas em duas horas.

A DGS desaconselha a exposição ao sol no horário entre as 11:00 e as 17:00 e pediu especial cuidado com a população idosa, com as crianças e os doentes crónicos, que devem permanecer em ambientes mais frescos e protegidos do sol.

Fonte: Lusa | Imagem: IPMA

Espírito Santo


Domingo do Pentecostes

Espírito Santo

At 2, 1-11 / Slm 103 (104), 1ab. 24ac.29bc-30.31.34 / 1 Cor 12, 3b-7.12-13 ou (próprio do Ano C): Rom 8, 8-17 / Jo 20, 19-23 ou (próprio do Ano C): Jo 14, 15-16.23a-26

Pentecostes significa quinquagésimo. Porque se celebra 50 dias depois do domingo de Páscoa. Festejamos a terceira pessoa da Santíssima Trindade. O Espírito Santo, enviado pelo Pai em nome de Jesus, veio e vem recordar aos homens o que o Senhor encarnado disse e fez. Continua a agir no nosso íntimo como inspirador, luz, fervor, entusiasmo, alegria e paz. É o que significam as línguas de fogo e a rajada de vento.

O Espírito dá respiração e vida, sopra e ateia o fogo da caridade que se transforma em serviço a Deus e ao próximo, aquecendo os corações e entusiasmando as vontades. O Espírito Santo é Deus em nós!

Invocamo-lo como «paráclito», isto é, como assistente, advogado, protetor. A sua presença no nosso íntimo como Deus escondido é, tantas vezes, esquecida! Infunde em nós os seus dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus.

Estas dádivas celestes fazem germinar em nós frutos abundantes que irradiam mensagens evangelizadoras: caridade, alegria, paz, paciência, bondade, mansidão, modéstia, castidade…, virtudes e atitudes que se opõem às «obras da carne»: libertinagem, discórdias, invejas, ciúmes, divisões, idolatria…

Possuídos pelo Espírito, superamos os medos, ousamos não calar a nossa fé, somos capazes de suportar a incompreensão, o desamor e a rejeição, imitando o Senhor e dando, assim, testemunho de fé.

Rezamos a Deus Pai, instruídos por Jesus e inspirados pela luz e força interior, fruto e manifestação do Espírito Santo que habita em nós.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Algoso: Caminhada de São Roque pela história da localidade

Algoso: Caminhada de São Roque pela história da localidade

Na aldeia histórica de Algoso, realiza-se na manhã de Domingo, dia 8 de junho, a Caminhada de São Roque, uma atividade organizada pela comissão de festas, que tem como destino dar a conhecer o património histórico e a beleza natural da localidade.

Às 8h00 da manhã de Domingo, inicia-se a concentração dos caminhantes, junto à capela de São Roque, em Algoso.

Meia hora depois (8h30) os participantes iniciam o passeio, que vai realizar-se pelo trilho do Castelo, um percurso pedestre, com passagens pela Fonte Santa, na capela de São João Batista, seguida da subida ao Castelo do século XII e a descida à ponte medieval sobre o rio Angueira.

Algoso é a aldeia mais a sul do concelho de Vimioso. O castelo do século XII é a sua principal atração, tendo sido construído a uma altitude de 681 metros, num lugar deslumbrante e a partir do qual se avista quase todo o nordeste transmontano.

A história do castelo de Algoso remonta ao século XII, ainda durante o reinado de Afonso Henriques e portanto está ligado à fundação de Portugal.

Segundo as Inquirições de 1258, o castelo terá sido construído por Mendo Rufino e posteriormente foi cedido a D. Sancho I, em troca da vizinha povoação de Vimioso. O texto das inquirições acrescenta que na sequência dessa permuta, o castelo de Algoso foi elevado pelo rei à condição de “cabeça” da Terra de Miranda.

No final da caminhada de oito quilómetros, os participantes inscritos têm direito ao almoço convívio.

Segundo a organização, a inscrição para a Caminhada de São Roque, tem um custo de 15€, com a oferta de merenda, almoço e t-shirt.

As inscrições podem ser realizadas através dos contatos telefónicos: 967 969 275/ 935 517 150.

HA