Fruticultura: Cereja tem qualidade e está atrasada duas semanas

Fruticultura: Cereja tem qualidade mas está atrasada duas semanas

A campanha deste ano da cereja do Fundão esteja atrasada duas semanas, prevendo-se que a fruta seja de boa qualidade, mas a colheita deve ser 40% inferior em relação a um ano normal.

“Estamos com uma campanha bastante atípica, porque, com a instabilidade meteorológica que tem pautado estes últimos meses, o ciclo vegetativo da cerejeira está atrasado. Em anos normais, já estaríamos a colher e há um atraso de quase duas semanas em termos de evolução da maturação da cereja”, informou, em declarações à agência Lusa, o sócio-gerente da Cerfundão, Filipe Costa.

Segundo o engenheiro agrónomo, a instabilidade nas condições meteorológicas, “principalmente as diferenças de temperatura”, muito baixas à noite e “flutuações muito elevadas” durante o dia, desequilibram fisiologicamente as árvores e verifica-se a queda do fruto recém-vingado.

Apesar da menor quantidade de cereja nas árvores em relação a um ano normal, a quebra não vai ser tão má como no ano passado, adiantou.

A menor capacidade produtiva dos pomares significa um impacto quantitativo, mas não qualitativo.

“Vai dar origem a um fruto de maior qualidade, com maior nível de açúcar e de maior tamanho. Parâmetros qualitativos que o consumidor aprecia mais vão ser otimizados em comparação com anos de maior produção”, explicou Filipe Costa.

Em termos globais, o responsável da Cerfunfão, que representa 25 produtores e cerca de 250 hectares de pomares de cereja, apontou para uma “quebra produtiva próxima dos 40%”, estimando o somatório das variedades todas.

O também produtor adiantou que as primeiras variedades começam a ser colhidas na próxima semana a sul da serra da Gardunha, onde as cerejeiras amadurecem mais cedo, e depois seguem-se as restantes “zonas produtivas” da Cova da Beira.

Segundo o responsável da cooperativa de fruticultores Cerfundão, as flutuações constantes de temperatura e a chuva são responsáveis por “índices elevados de fendilhamento” do fruto nas variedades precoces.

O responsável prevê que o pico da campanha deste ano aconteça a meio do mês de junho e não nas duas primeiras semanas.

Filipe Costa manifestou desejo de que as temperaturas passem a ser as habituais na primavera, que não baixem dos 10 graus e não ultrapassem os 26 a 27 graus, para não prejudicar o normal desenvolvimento da cereja.

O sócio-gerente da Cerfundão lembrou que nos dois últimos anos ocorreram fortes precipitações no decorrer da campanha e sublinhou que a instabilidade na meteorologia já se verifica de há uns cinco ou seis anos.

“Temos que nos adaptar, entre aspas, ao novo normal, e tentar encontrar soluções para mitigar estes efeitos, mas não tem sido fácil”, realçou o engenheiro, com pomares na aldeia de Alcongosta.

Um dos mecanismos adotados por cada vez mais produtores é a instalação de túneis, que abrangem pequenas parcelas dos cerejais, por representarem um investimento bastante avultado.

Filipe Costa disse que a instalação dessa solução para proteger a cereja das condições meteorológicas adversas tem um custo de 60 mil euros por hectare e aguarda que a tutela disponibilize os apoios para o efeito reivindicados pela Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco.

Fonte: Lusa | Fotos. Flickr

Função pública: Greve pode afetar educação, saúde e finanças

Função pública: Greve pode afetar educação, saúde e finanças

Os trabalhadores da Administração Pública realizam esta sexta-feira, dia 16 de maio, uma greve e os serviços do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e a Autoridade Tributária poderão ser alguns dos setores mais afetados, segundo o presidente do STTS.

Os trabalhadores da Administração Pública vão estar em greve e são esperados impactos em serviços públicos nos setores da educação, saúde, Autoridade Tributária e Instituto dos Registos e do Notariado (IRN).

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), que convocou esta greve, indicou que é esperada uma “adesão em massa”.

“A greve é nacional, para todos trabalhadores, independentemente do vínculo e da carreira”, recordou Mário Rui, salientando que na educação, por exemplo, estão abrangidos assistentes operacionais, técnicos auxiliares, assistentes técnicos e professores, enquanto na saúde poderão aderir à greve profissionais como médicos, enfermeiros, técnicos auxiliares de saúde e assistentes operacionais.

O dirigente sindical salientou que é esperada uma adesão maior do que a que se verificou em fevereiro, na última greve, apontando que já existe um maior interesse por parte dos trabalhadores, que tiram dúvidas e têm acesso a mais informação.

Isto apesar de terem existido “tentativas de boicote por parte de várias entidades empregadoras”, segundo denunciou o sindicato em comunicado, através da não distribuição do pré-aviso de greve aos trabalhadores e da restrição da divulgação nos locais de trabalho.

Além disso, “vários sindicatos vieram a público afirmar que a greve do dia 16 de maio era exclusiva para os sócios do STTS, induzindo os trabalhadores a erro e criando um ambiente de caos e desinformação”, acusa o sindicato.

Apesar destas situações, o sindicato assegura que “os trabalhadores da Administração Pública não se deixarão calar” e que a greve “será um grito de resistência contra qualquer forma de repressão laboral”.

O STTS convocou esta greve devido à degradação das condições de trabalho e falta de valorização.

Num comunicado, a estrutura sindical disse que os trabalhadores da administração pública estão “fartos de baixos salários, de desvalorização das carreiras, de promessas vazias e de uma gestão que não reconhece a importância dos serviços públicos para a sociedade”.

Fonte: Lusa | Foto: MMD

Legislativas: Vice-presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz fala em campanha política «muito ruidosa»

Legislativas: Vice-presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz lamenta campanha política «muito ruidosa»

A vice-presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), Maria do Rosário Carneiro, considera que a campanha política para as eleições legislativas portuguesas, marcadas para 18 de maio, tem sido “muito ruidosa”,  num tempo de «perda de sentido de pertença comum».

“Em cada campanha há um acréscimo tecnológico, comunicacional, que vai alterando significativamente as coisas e, contrariamente àquilo que seria expectável e desejável, que seria uma melhoria da informação e da transmissão das mensagens e, consequentemente, um maior esclarecimento, temos mais ruído”, afirmou a responsável, em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido na RTP2.

Na véspera do encerramento da campanha eleitoral, Rosário Carneiro considera que “há muitas ações, há muito acompanhamento, há muita repetição de notícias, há muito comentário e tudo isto não ajuda a uma clara e objetiva transmissão de informação”.

“Fica por saber se está mesmo a ultrapassar o conjuntural e fica mesmo por saber se as propostas que estão a ser apresentadas, em algumas circunstâncias, serão mesmo viáveis, serão possíveis”, insiste.

De acordo com a responsável, “tudo isto não fica muito claro, porque no próprio domínio comunicacional, do comentário, da informação, da análise, fica tudo muito confuso e pouco esclarecedor”.

A vice-presidente da CNJP acredita que os portugueses sentem a “vida retratada” nos temas discutidos em campanha eleitoral, no entanto estes não são abordados “de uma forma tão esclarecedora quanto seria necessário”.

“Isso também é um fruto deste tempo que vivemos que é muito curto. Os ciclos políticos estão a tornar-se cada vez mais curtos. O que faz uma pressão do imediatismo de apresentar ideias muito rápidas de serem concretizadas”, sublinha.

A entrevistada salienta que “não é isso que se pede à governação, nem à política, nem ao desenvolvimento de um país”, defendendo que “é necessário pensar mais longe do que este imediatismo de ciclos políticos tão curtos”.

Segundo Rosário Carneiro, seria “mesmo muito importante” que houvesse “um tempo de silêncio e de acalmia” para que todos se pudessem ouvir “para além de todo o ruído de questões que são conjunturais”.

“É nesse aspeto que as pessoas podem não se sentir tão retratadas”, indica a responsável, acrescentando que “a voracidade com que as questões são tratadas não é tão apaziguadora”.

Vivemos num tempo em que há cansaço e há indiferença e há uma perda de sentido de pertença comum”, lamenta.

A vice-presidente do organismo católico lembra a frase “a política é a forma mais perfeita da caridade”, do Papa Pio XI, depois repetida pelos pontífices Bento XVI e Francisco, realçando que é nesse sentido que a CNJP apela à participação nas eleições, ao “recuperar do sentido de servir”.

A Comissão Nacional Justiça e Paz lançou uma nota, a respeito das eleições legislativas, na qual apelou aos partidos políticos que as “propostas presentes, ultrapassem o imediato, os conflitos conjunturais e assumam verdadeiros, honestos e viáveis compromissos, que superem o curto prazo e tenham a ambição de um futuro de desenvolvimento sustentável”.

Rosário Carneiro olha para este como um “tempo de oportunidade”, ressaltando que “um voto é um ato político que se esgota naquele momento, mas que tem repercussões imensas”.

“E é o resultado de uma reflexão imensa de ambas as partes. Não há muito mais responsáveis do que outros. Uns têm a capacidade da decisão, mas os eleitores também têm, de uma outra forma”, referiu.

A responsável descreve que o apelo da CNJP é feito no sentido da “recuperação deste sentido de pertença” e só aí, e na ação convergente de todos, se deve pensar “na construção do bem comum”, para que a “erradicação da pobreza seja mesmo a prioridade”, porque “ela é determinante da paz”.

“A pobreza é injustiça. A pobreza fomenta a agressividade e a discórdia. Portanto, ela tem que ser a prioridade. […] E isso não é tão claro em nenhum dos discursos políticos”, evidencia.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Escritor Luís Osório inspirou os alunos a escreverem os seus sonhos

Miranda do Douro: Escritor Luís Osório inspirou os alunos a escreverem os seus sonhos

Na sua visita a Miranda do Douro, o escritor, Luís Osório, encontrou-se com os alunos dos 11º e 12º anos, no auditório da Escola Básica e Secundária (EBS), tendo encorajado os jovens mirandeses a sonhar, a escrever e a trabalhar pela concretização dos seus sonhos.

O encontro com o autor, que escreveu livros como “Mãe, promete-me que lês” e “Postal do Dia, decorreu na manhã desta quinta-feira, dia 15 de maio. Na palestra/conversa, o escritor falou do seu trajeto de vida e encorajou os alunos do 11º e 12º anos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), a não terem medo de sonhar.

“É fundamental sonhar e definir um plano para a vida. O que quero ser e fazer? Tenham sonhos, escrevam-nos no papel e trabalhem para os concretizarem”, aconselhou.

Sobre a sua vocação de escritor, Luís Osório, que tem onze livros publicados – “Mãe, Promete-me que Lês”, “Postal do Dia”, “A Última Lição de Manuel Sobrinho Simões”, “Ficheiros Secretos”, “30 Portugueses, 1 País”, “A Queda de Um Homem”, “Amor”, “Jorge Jardim Gonçalves”, “Só Entre Nós”, “Quanto Tempo” – revelou que a arte de escrever exige esforço, treino e aperfeiçoamento.

“Antes de ser escritor fui leitor. Os livros enriquecem-nos e abrem-nos horizontes! Vão à biblioteca, requisitem livros e leiam com gosto!”, indicou.

No final da palestra na Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, Luís Osório, sugeriu aos alunos mirandeses a leitura do livro “A Metamorfose”, do escritor checo Franz Kafka.

“Trata-se de um livro metafórico, que aborda a condição humana”, descreveu.

Sobre a visita do escritor ao Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o professor de Português, António Rodrigues, disse que o objetivo foi despertar nos alunos o interesse pelos livros e “abrir-lhes novos horizontes”.

“A visita do escritor, jornalista, cronista, consultor político e empresarial, Luís Osório foi uma oportunidade para conhecer o percurso de vida de alguém que se destaca em Portugal. Para os jovens, personalidades como o escritor, Luís Osório, são exemplos inspiradores para as suas vidas”, justificou.

A visita do escritor, Luís Osório, inseriu-se na iniciativa “Ler, Ouvir, Partilhar”, promovida pelo município de Miranda do Douro. Nesta estadia, o escritor realizou três encontros: na Biblioteca Municipal António Maria Mourinho, na Escola Básica e Secundária e na Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD).

Perfil:

Luís Osório nasceu em 1971, em Lisboa.

Dirigiu jornais e uma estação de rádio, o Rádio Clube Português.

Imaginou programas de televisão como Zapping ou Portugalmente.

Participou em comissões governamentais, coordenou a comunicação política de uma campanha presidencial e é consultor empresarial.

Realizou documentários e foi premiado como jornalista e criativo.

É cronista diário na Antena 1, onde assina o Postal do Dia.

Escreve todos os dias nas redes sociais, onde tem muitos milhares de seguidores.

HA

Miranda do Douro: “Guerra do Mirandum” no fim-de-semana de 16 a 18 de maio

Miranda do Douro: “Guerra do Mirandum” no fim-de-semana de 16 a 18 de maio

A recriação histórica da Guerra da Mirandum está de regresso a Miranda do Douro, no fim-de-semana de 16, 17 e 18 de maio, um evento cultural que tem por finalidade dar a conhecer um dos acontecimentos mais marcantes na história da cidade, uma batalha que opôs Portugal à vizinha Espanha, no dia 8 de maio de 1762.

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, disse que a recriação deste acontecimento histórico visa homenagear os mirandeses que perderam a vida na defesa da cidade e assinalar a importância de Miranda do Douro na soberania de Portugal.

Segundo o programa, a recriação histórica da Guerra do Mirandum começa na sexta-feira, dia 16 de maio, com a participação dos alunos das escolas dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e de Vimioso, como figurantes nesta viagem até ao século XVIII.

“Apesar da Guerra do Mirandum ser um acontecimento trágico para Miranda do Douro, não queremos esquecer o sofrimento infligido à população da cidade. A recriação é também um modo de homenagear os homens e mulheres que resistiram e reergueram a cidade”, justificou Helena Barril.

Segundo uma investigação da arqueóloga municipal, Mónica Salgado e de outros historiadores, a Guerra do Mirandum decorreu da participação de Portugal na Guerra dos Sete Anos, que opôs Portugal e Espanha.

“A disputa em Miranda do Douro ficou conhecida como a Guerra do Mirandum, na qual, a 8 de maio de 1762, o exército espanhol, do Marquês de Sárria atacou a cidade de Miranda do Douro. Neste ataque, o paiol do exército português, instalado no castelo explodiu, causando a morte a aproximadamente 400 pessoas. Esta explosão levou à rendição e à entrada do exército franco-espanhol em Miranda do Douro”, contou.

O castelo de Miranda do Douro, local onde se deu a explosão, já foi alvo de várias campanhas arqueológicas, onde os arqueólogos colocaram a descoberto fragmentos relacionados com a Guerra do Mirandum.

“Este espaço histórico está ser alvo de várias intervenções arqueológicas para aqui criar um museu ao ar livre, para que as pessoas possam recuar no tempo até ao século XIII [data da fundação da praça forte de Miranda], e fazer uma viagem até ao século XVIII, e viver a história desta praça forte que tem muita importância na defesa da linha de fronteira e que colapsou com esta batalha no século XVIII”, indicou a arqueóloga municipal.

A recriação histórica da “Guerra do Mirandum” decorre no fim-de-semana de 16, 17 e 18 de maio. Nos três dias do evento, o público vai enccontrar um mercado, com música, canto, dança, malabarismo, acrobacia, jogos de destreza e treino de armas.

“Nas tabernas e tendas, vão escutar-se os pregões dos mercadores e os incitamentos ao comércio, enquanto os irresistíveis aromas do peixe e da carne grelhados vão atrair visitantes famintos e sedentos”, indica a organização.



No centro histórico de Miranda do Douro, vão encontrar-se almocreves e bufarinhentos, mendigos e rameiras, carregadores e aguadeiros, cativos e escravos, poetas e vendedores de sonhos e ilusões, fidalguia, burguesia e clerezia.

“Entre o povo vai ouvir-se uma balbúrdia de vozes e pregões, acompanhados pela música dos tangedores e menestréis. De tempos a tempos, o som da gaita-de-foles ecoará pelas muralhas, espalhando-se pelas correntes do rio e transportando todos para um passado de lutas e conquistas”, descrevem.

Fonte: Lusa e HA

Economia: Famílias portuguesas com maior aumento do rendimento em 2024

Economia: Famílias portuguesas com maior aumento do rendimento em 2024

O rendimento real ‘per capita’ das famílias portuguesas foi o que mais aumentou em 2024, entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ao subir 6,7% face a 2023.

Segundo os dados divulgados pela OCDE, no ano passado, todos os países da organização para os quais havia dados disponíveis – exceto a Finlândia e a Austrália – registaram um crescimento do rendimento real ‘per capita, destacando-se Portugal, com o maior aumento, de 6,7%, “impulsionado principalmente pela remuneração dos trabalhadores e por uma diminuição dos impostos pagos”.

Já a Austrália registou o maior declínio (-1,8%), embora tenha melhorado em relação à queda recorde de 5,1% registada em 2023, “impulsionada principalmente por pagamentos de juros e impostos mais elevados”.

No conjunto dos países da OCDE, o rendimento real das famílias ‘per capita’ cresceu 1,8% em 2024, ligeiramente acima dos 1,7% de 2023.

Segundo nota a OCDE, o aumento anual do rendimento real das famílias ‘per capita’ observado em 2024 na maioria dos países membros da organização ocorreu na sequência do abrandamento da inflação face ao ano anterior.

Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, o rendimento real das famílias ‘per capita’ na OCDE aumentou 0,5% face aos três meses anteriores, acelerando face à evolução em cadeia de 0,2% registada no trimestre anterior, enquanto o PIB real ‘per capita’ cresceu 0,4%.

Apesar deste aumento geral no último trimestre de 2024, o cenário foi misto nos países da OCDE: Dos 19 países para os quais existem dados disponíveis, nove registaram um aumento, sete uma diminuição e três não registaram alterações.

Entre as economias do G7, o rendimento real das famílias ‘per capita’ cresceu (em cadeia) em apenas dois países – Reino Unido e EUA –, enquanto os restantes sofreram uma contração ou uma estagnação.

O Reino Unido registou um aumento (1,5%), impulsionado principalmente pela remuneração dos trabalhadores e pelas prestações sociais, enquanto o PIB real ‘per capita’ diminuiu ligeiramente (-0,1%).

Já os EUA apresentaram um crescimento mais moderado do rendimento real das famílias ‘per capita’ (0,3%), também impulsionado principalmente pela remuneração dos trabalhadores, enquanto o PIB real ‘per capita’ aumentou 0,5%.

A Itália registou uma queda (-0,6%), em parte devido a uma diminuição dos rendimentos líquidos de propriedade e a um aumento das contribuições sociais, enquanto o PIB cresceu ligeiramente (0,1%).

Por sua vez, a Alemanha sofreu descidas tanto no rendimento real das famílias ‘per capita’ como no PIB real ‘per capita’ (-0,5% e -0,2%, respetivamente).

Quanto ao Canadá e à França, registaram uma interrupção do crescimento do rendimento real das famílias ‘per capita’ (de 1,4% e 0,9%, respetivamente, no trimestre anterior, para 0,0% no quarto trimestre de 2024).

Fonte: Lusa

Ensino: Calendário do acesso ao ensino superior

Ensino: Calendário do acesso ao ensino superior

Começam a 21 de julho, as candidaturas de acesso ao ensino superior público, para o ano letivo de 2025-2026 e posteriormente as matriculas são efetuadas a partir de 25 de agosto, indica um despacho publicado em Diário da República.

A apresentação de candidaturas na 1.ª fase do concurso de acesso às universidades e politécnicos vai decorrer entre 21 de julho e 4 de agosto e a divulgação dos resultados está prevista para 24 de agosto, segundo o despacho da Direção-Geral do Ensino Superior.

A matrícula e inscrição nas instituições de ensino superior dos candidatos colocados na primeira fase de candidaturas vai ter lugar entre 25 e 28 de agosto.

Apresentação de reclamações aos resultados da 1.ª fase do concurso nacional decorre entre 25 e 29 de agosto.

A 2.ª fase das candidaturas está marcada para entre 25 de agosto e 03 de setembro, segundo o despacho, e os resultados serão conhecidos em 14 de setembro, com as matrículas previstas para entre 15 e 17 de setembro.

A 3.ª fase de candidaturas vai decorrer entre 23 e 25 de setembro e a divulgação de resultados está marcada para 01 de outubro.

As candidaturas do concurso nacional de acesso e ingresso no ensino superior público são submetidas no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Para aceder ao sistema de candidatura é atribuída a cada estudante uma senha no sítio da Internet da DGES.

Fonte: Lusa

Legislativas: PSD é o preferido no distrito de Bragança

Legislativas: PSD é o preferido no distrito de Bragança

Os eleitores do distrito de Bragança têm mostrado preferência pelo Partido Social Democrata (PSD) nas eleições legislativas, com exceção nos anos de 2005 e de 2022, aquando das vitórias do Partido Socialista (PS).

Em 1976, ano das primeiras eleições legislativas estavam inscritos nos cadernos de voto 120.993 eleitores, no distrito de Bragança, dos quais votaram 78,84%, para escolher, pela primeira e única vez, cinco deputados. Nessa primeira eleição venceu o Partido Popular Democrático (PPD), com 33,16%, elegendo dois deputados. O Centro Democrático Social (CDS) também elegeu dois deputados, com 28,26%. O Partido Socialista (PS) elegeu um deputado, com 22,55%. Nesse ano, a nível nacional venceu o PS.

Nos cadernos eleitorais de 2025, estão inscritos 132.779 eleitores, menos 1.458 do que em 2024.

Apesar de o número de eleitores inscritos ser superior comparado com as legislativas de 1976, atualmente Bragança elege três deputados. Até 2005, elegia quatro e, em 2009, já só elegeu três.

Há 20 anos, em 2005, o PS ganhou pela primeira vez as legislativas no distrito de Bragança, na maioria absoluta de José Sócrates, numa região que tem tradição de direita. A diferença de votos – 35.010 do PS contra 32.448 do PPD/PSD – ditou que os quatro deputados eleitos nesse ano ficassem divididos a meio, dois para cada lado.

O cenário de deputados repartidos com o PSD não foi inédito, com registos semelhantes em 1995 e em 1999.

A inversão de tendência repetiu-se em 2022, quando o PS venceu e o segundo partido mais votado foi o PSD. Foi uma vitória curta, por uma diferença de 15 votos – 26.495 para os socialistas contra 26.480 para os sociais-democratas, que deu dois deputados ao PS e ao PSD um.

Em 2022, a terceira força política mais votada no distrito foi o Chega (8,55%), posição ocupada em 2019 pelo Bloco de Esquerda, que caiu de 6,03% para 2,09% e passou para quarto lugar.

Desde que foi fundado, o Chega foi o partido que mais subiu no distrito, tendo em 2019 ficado em sétimo nas votações, com um aumento de 533 para 5.619 votos.

No ano passado, o partido manteve a posição, obtendo 18,19% dos votos (13.216). Ainda assim, Bragança foi o único círculo eleitoral pelo qual o Chega não conseguiu qualquer deputado nas legislativas de 2024.

A abstenção no ano passado no distrito de Bragança foi de 45,85%, segundo os dados disponibilizados na página oficial de Internet do Governo.

O Censos de 2021 revelou que vivem, nos 12 concelhos do distrito, menos de 123 mil pessoas, com a perda de mais de 13.600 habitantes numa década, comparando com 2011.

Treze partidos e/ou coligações apresentaram listas às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio pelo círculo eleitoral de Bragança, o mesmo número das anteriores, com a novidade do Partido Popular Monárquico a solo e do Volt. O Nova Direita e a coligação Alternativa 21, que concorreram em 2024, não apresentaram candidatos.

Para a corrida eleitoral antecipada deste ano, a renomeada coligação AD – Coligação PSD/CDS-PP, volta a ter Hernâni Dias como cabeça de lista, que foi presidente da Câmara de Bragança e secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território.

Júlia Rodrigues, médica veterinária e ex-deputada, suspendeu o seu segundo mandato como presidente da Câmara de Mirandela para encabeçar a lista do PS.

O Chega apresenta-se com José Mário Mesquita, de 71 anos, ex-presidente de freguesia pelo PSD.

A CDU (PCP/PEV) tem outra vez como primeira concorrente Fátima Bento e o Livre volta a apresentar Anabela Correia. Também o PAN repete o cabeça de lista, Otávio Pires.

A IL conta com Nuno Fernandes a número um, enquanto o BE voltou a apostar em Vítor Pimenta. Já o PPM tem como cabeça de lista Maria dos Anjos Cidade.

O Volt, que não apresentou lista em 2024, apresentou César Valente, o ADN avançou com Bruno Coutinho, o Ergue-te Carlos Teles e a lista do RIR é novamente encabeçada por Damiana da Fonseca.

Fonte: Lusa

Mogadouro: GNR fiscaliza Lagos do Sabor

Mogadouro: GNR fiscaliza Lagos do Sabor

Militares da GNR começaram a patrulhar os Lagos do Sabor, com recurso a uma lancha semirrígida, tendo como missão controlar embarcações de recreio e garantir a segurança dos utilizadores neste espaço fluvial.

O oficial de Relações Públicas do Comando da GNR, no distrito de Bragança, Hernâni Martins, explicou que esta lancha tem capacidade para fazer patrulhamento náutico, principalmente nos Lagos do Sabor.

Segundo o militar da Guarda, esta região abrange mais de 70 quilómetros de extensão navegáveis, resultantes do enchimento da barragem do Baixo Sabor.

“Este território tem uma paisagem e um património riquíssimos que atrai já muitos turistas e pescadores. A GNR, enquanto polícia ambiental nacional, está preocupada com estas questões ligadas ao meio ambiente, mas também com o auxílio às populações em caso de acidente, como uma queda à água ou outras situações”, referiu.

A GNR também está preparada para fiscalizar a pesca recreativa e desportiva, verificando se tudo está a ser efetuado mediante a lei.

Um dos objetivos desta nova embarcação é que trabalhe o máximo de dias e horas possíveis, podendo ser alocada a outros cursos de água do distrito de Bragança, já que a mesma pode ser transportada por via terrestre.

Os Lagos do Sabor abrangem quatro concelhos do distrito de Bragança: Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.

Para o presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, a entrada em funcionamento desta embarcação demonstra a disponibilidade da GNR em se colocar ao lado dos quatro autarcas deste território no acompanhamento do desenvolvimento sustentável dos Lagos do Sabor.

“A GNR, como entidade fiscalizadora, vai contribuir para que esta região mantenha uma certa ordem, para não se cair numa certa anarquia ambiental. Esta embarcação vai ser extremamente importante para evitar que cada um faça o que lhe apetece neste território”, vincou o autarca de Mogadouro.

Esta embarcação foi colocada hoje pela primeira vez nos Lagos do Sabor, junto à ponte de Remondes, no concelho de Mogadouro.

Em 2017, foi aprovada uma candidatura ao Portugal 2020 com o objetivo de promover a valorização turística do património natural da albufeira do Baixo Sabor e a marca “Lagos do Sabor”.

O projeto Lagos do Sabor prevê ainda a criação de um ‘Eco-Resort’ flutuante, com unidades de alojamento e capacidade de navegação nos lagos e pontos de ancoragem.

Outras das iniciativas passa pela criação de um sistema de visitação do território com uma embarcação de passeio, dotada de conteúdos interpretativos e realidade aumentada, bem como o reordenamento da rede de percursos pedonais, promovendo a sua ligação através de um grande circuito panorâmico automóvel.

Atualmente os Lagos do Sabor são um local escolhido por quem gosta de pesca ao achigã e outras espécies piscícolas.

A albufeira da barragem do Baixo Sabor, onde estão incluídos os Lagos do Sabor, começou a encher em 2013 e foi inaugurada em 2016.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Município vai criar um parque biológico

Mogadouro: Município vai criar um parque biológico

O município de Mogadouro vai investir cerca de 3,5 milhões de euros na criação de um parque biológico, que ficará instalado na zona do Juncal, com arranque previsto para o mês de agosto, avançou o presidente da câmara municipal, António Pimentel.

“Este é um projeto há muito tempo pensado, tendo sido expropriada há vários anos uma área de 10 hectares de terreno, junto ao Parque Urbano da ribeira do Juncal. O futuro equipamento será referência para o ambiente e biodiversidade, onde serão colocadas várias espécies emblemáticas da fauna e flora autóctone deste território”, explicou António Pimentel.

De acordo com o autarca de Mogadouro, o projeto para o futuro Parque Biológico do Juncal já foi entregue e a previsão do arranque das obras aponta para o início do segundo semestre de 2025.

“Este projeto tem uma dotação de 3,5 milhões de euros, já foi entregue ao município. Esta iniciativa teve um apoio do Programa Portugal 2030, no montante de 2,5 milhões de euros. Este projeto terá de ser revisto por gabinetes, porque ultrapassa o milhão de euros, e logo depois se dará início à obra que já esta em plano”, indicou António Pimentel.

De acordo com o autarca mogadourense, este projeto tem dois anos para ser concluído, que começarão a contar após o arranque das obras, o que está previsto para julho ou agosto.

“Logo que seja revisto o projeto pelas entidades competentes, seguirá para a reunião de câmara, para ser aprovado o início ao concurso publico”, disse o autarca.

Segundo António Pimentel, este novo espaço temático tem como objetivo atrair turistas nacionais e estrangeiros ao concelho de Mogadouro.

“Este projeto nasceu após uma visita à região francesa de Bordéus e que pretendemos replicar aqui na cidade de Mogadouro, em continuidade ao Parque Urbano da ribeira do Juncal. Em França tivemos a oportunidade de constatar o grande número de visitantes a este espaço”, frisou.

Este projeto terá ainda uma segunda fase que contempla a construção de 10 ‘bungalows’, destinados às pessoas que gostam de contemplar a natureza em locais calmos.

Fonte: Lusa