Legislativas: Proximidade aos partidos tradicionais afastam Chega do distrito de Bragança

Legislativas: Proximidade aos partidos tradicionais afastam Chega do distrito de Bragança

A proximidade aos partidos tradicionais, aliada ao voto útil numa região que tem apenas três deputados, pode ajudar a explicar que Bragança seja o único distrito do país onde o Chega não elegeu deputados.

Dos círculos eleitorais cujas votações finais já são conhecidas (faltam os da Europa e fora dela), Bragança foi o único que não elegeu para o Chega, apesar da tendência à direita do distrito, nomeadamente para o Partido Social Democrata. Manteve o habitual desde as eleições em democracia e atribuiu dois mandatos à AD e um ao PS.

“Uma das principais explicações é o facto de eleger poucos deputados. Acaba por limitar eleger pelo Chega. Porventura, a percentagem de votos conseguida seria suficiente para eleger, por exemplo, um deputado em Vila Real”, começou por considerar à Lusa João Pedro Batista, professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O também investigador na área política salientou que o distrito brigantino tem “uma cultura ligada ao PSD”, integrado na AD. Contudo, de forma mais abrangente, os partidos mais tradicionais, à direita ou à esquerda, acabaram por criar “afinidade social”.

”Até porque nestes territórios do interior, como Bragança, há uma política de proximidade, de comunidade. E tem sido feita nos últimos dos anos por parte dos partidos que estão nas câmaras municipais, que estão representadas em determinadas instituições, como nas autarquias, nos bombeiros ou nos hospitais”, detalhou o investigador, referindo que assim está criada uma maior afinidade com o eleitorado.

Essa proximidade é, por isso, mais difícil a outros partidos menos bem integrados:”Nestas zonas onde muitas vezes o voto noutros partidos do sistema não são considerados, acaba por haver uma ótica de voto útil, também à esquerda”, segundo João Pedro Batista.

As mesmas ideias vão ao encontro do pensamento de Cláudia Costa, professora coordenadora da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo do Instituto Politécnico de Bragança:” As pessoas não consideram que o voto seja útil noutros partidos que não sejam ou a esquerda ou a direita tradicionais, porque consideram que não vão conseguir eleger ninguém”, partilhou.

Também Cláudia Costa considerou que o facto de o distrito de Bragança eleger só três deputados desde 2009 ajuda igualmente a explicar os resultados, a juntar ao referido eleitorado “mais fiel aos partidos antigos, que votam no mais tradicional”.

Hoje, em Bragança, num dos cafés centrais da cidade, Sérgio Gonçalves, que gere um destes negócios, contou à Lusa que o tema das eleições é o que “toda a gente comenta”, o que considera normal depois da noite em que se conheceram os resultados de mais umas legislativas antecipadas. Apesar disso, nem todos aceitaram dar-nos a sua opinião sobre o assunto.

“Tendo em conta os resultados nacionais, esperaria que o Chega pudesse eleger um deputado, o que aqui é sempre difícil, porque as pessoas são muito tradicionais”, caracterizou Sérgio Gonçalves.

Joel Anjos, um dos clientes de Sérgio esta segunda-feira, também sublinhou que o Bragança “é sempre à direita”, e fez a sua análise: “Foi muito bom a esquerda ter levado o tombo que levou. O Chega não ter sido eleito em Bragança, por outro lado, prova que não somos assim tão incultos”, considerou o brigantino.

A AD voltou a conseguir dois dos três deputados que o distrito elege, reforçando a votação, passando de 29.077 votos, e 40,01%, em 2024, para 30.611 votos e 43,74% nesta eleição.

Segundo os resultados oficiais do Ministério da Administração Interna na internet, o PS manteve a segunda posição, e conquistou um mandato, mas caiu nas preferências, com 25,43%, 17.796 votos, menos 3.742 votos do que em 2024, onde teve 29,64% e 21.538 votos.

O Chega voltou a ser a terceira força política mais votada e saiu reforçado em relação ao ano passado, com 20,42%, mas continua sem eleger. Nas últimas legislativas, obteve 18,19% das preferências, com 13.216 votos. Subiu agora para 14.288 votos.

Nos concelhos de Mirandela, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães e Mogadouro, todos mais a sul da região, o Chega ficou mesmo à frente do PS, e foi aí a segunda força partidária mais votada.

Na freguesia mais populosa do concelho e do distrito de Bragança – Sé, Santa Maria e Meixedo – onde havia 21.204 inscritos nos cadernos eleitorais, votaram 11.692. A AD venceu com 4.389 votos (37,54%), o PS ficou em segundo com 3.166 (27,08%) e o Chega teve 2.487 (21,27%).

A AD – Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, se se juntarem os três eleitos pela coligação AD com o PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, 58.

A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (9) do que em 2024, e o terceiro lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.

A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante enquanto o PAN manteve um deputado.

O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado. 

Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidos a 28 de maio.

Fonte: Lusa | Gráficos: SIGMAI

Legislativas: Abstenção alcança valor mais baixo em 30 anos

Legislativas: Abstenção alcança valor mais baixo em 30 anos

Nas eleições legislativas de 18 de maio, a taxa de abstenção deve situar-se nos 35,62%, o valor mais baixo em 30 anos, quando em outubro de 1995 ficou nos 33,70%.

Estes valores não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidos a 28 de maio.

A taxa de abstenção baixou nas duas últimas eleições legislativas, depois da tendência de subida durante décadas, tendo alcançado em 2019 o valor mais elevado desde 1975 ao atingir os 51,43%.

A taxa de abstenção nas eleições legislativas de 2024 situou-se nos 40,16%, a mais baixa desde 2005, quando ficou nos 35,74% e José Sócrates alcançou a primeira maioria absoluta do PS.

Nas legislativas de 30 de janeiro de 2022, quando António Costa foi reeleito com maioria absoluta, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, verificando-se já uma participação eleitoral superior à registada nas eleições de 2019, ano em que a abstenção atingiu o recorde de 51,43% e em que foram mais os não votantes do que os votantes.

Desde as legislativas de 1995, em que ficou nos 33,70%, que a abstenção não registava um valor tão baixo como o sufrágio de 18 de maio de 2025.

Só em 1980, 2002, 2005, 2022 e 2024 houve quebras na galopante taxa de eleitores ausentes das mesas de voto desde 25 de abril de 1975 (o menor valor, de 8,34%).

Abstenção em eleições legislativas:

08,34% - 25 abr 1975 (Constituinte).

16,47% - 25 abr 1976.

17,13% - 02 dez 1979 (intercalares).

16,06% - 5 out 1980.

22,21% - 25 abr 1983.

25,84% - 6 out 1985.

28,43% - 19 jul 1987.

32,22% - 06 out 1991.

33,70% - 01 out 1995.

38,91% - 10 out 1999.

38,52% - 17 mar 2002.

35,74% - 20 fev 2005.

40,32% - 27 set 2009.

41,97% - 5 jun 2011.

43,07% - 4 out 2015.

51,43% - 6 out 2019.

48,54% - 30 jan 2022.

40,16% - 10 mar 2024.

Fonte: Lusa

Legislativas: Presidente da República espera novo Governo perto do 10 de Junho

Legislativas: Presidente da República espera novo Governo perto do 10 de Junho

Após o resultado das eleições legislativas, o Presidente da República considerou que “à primeira vista” os partidos vão dar condições de governabilidade à AD (PSD/CDS-PP) e disse esperar que haja um novo Governo perto do feriado de 10 de Junho.

Em declarações a televisões, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que em 2024, o tempo para a formação do Governo PSD/CDS-PP “não demorou um mês”, mas assinalou: “Aqui a dúvida é como há o 10 de Junho, há ali uma série de feriados”.

“Se for possível ter [o Governo] pronto antes dos feriados, se não for possível, ficará para logo a seguir aos feriados”, acrescentou o chefe de Estado.

Interrogado se vê condições de governabilidade na sequência das legislativas, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Eu só posso saber depois de ouvir os partidos, mas à primeira vista não há razões para considerar que eles não queiram colaborar na governabilidade”.

“Porque o mundo está como está, a Europa está como está e, portanto, é do interesse português que haja um esforço de todos no sentido da governabilidade”, argumentou.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Miranda do Douro: Semana de Empreendedorismo Agropecuário

Miranda do Douro: Semana de Empreendedorismo Agropecuário

A 19 de maio iniciou-se em Miranda do Douro, a Semana de Empreendedorismo Agropecuário, uma iniciativa conjunta das associações das raças autóctones, do município de Miranda do Douro e do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), que tem como finalidade desenvolver projetos e ações de revitalização do território rural.

Futebol Feminino: Atletas de Miranda do Douro, Mogadouro e Sendim na Festa Nacional no Jamor

Futebol Feminino: Atletas de Miranda do Douro, Mogadouro e Sendim na Festa Nacional no Jamor

No dia 17 de maio, a Cidade do Futebol, em Oeiras, acolheu a 12ª Festa do Futebol Feminino, um evento desportivo que juntou mais de 1000 jovens atletas, oriundas de 51 equipas de escolas e 38 equipas de clubes, entre os quais o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) e equipas dos Agrupamento de Escolas de Mogadouro e de Sendim.

A iniciativa foi organizada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em parceria com o Desporto Escolar e este ano superou o recorde de participantes.

A Associação de Futebol de Bragança (AFB) foi representada pelas equipas do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, categoria escolas; pelo Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), na categoria clubes, sub-13; e pela Escola EB 1,2,3 de Sendim, na categoria de sub-15.

O professor do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, Raúl Aleixo, descreveu esta experiência como “um dia magnífico, recheado de momentos especiais, um verdadeiro sonho tornado realidade para as jovens futebolistas”, destacou.

À margem da competição, as jovens atletas tiveram a oportunidade de conhecer de perto referências do futebol feminino em Portugal, como o selecionador Francisco Neto, a coordenadora Marisa Gomes ou a atleta internacional Fátima Pinto, jogadora do Sporting CP.

A 12ª Festa do Futebol Feminino proporcionou às jovens atletas assistir à final da Taça de Portugal Feminina Generali Tranquilidade, no Jamor, num jogo em que o SCU Torreense venceu o SL Benfica por 2-1.

Fonte e fotos: Associação de Futebol de Bragança

Futsal: Mirandeses perdem nos penaltis a Taça Transmontana

Futsal: Mirandeses perdem nos penaltis a Taça Transmontana

O Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), campeão de futsal no distrito de Bragança, não conseguiu reconquistar a Taça Transmontana de Futsal Séniores, ao ser derrotado pelo campeão de Vila Real, o Juventude de Pedras Salgadas, no desempate por grandes penalidades, por 5-4.

O jogo da Taça Transmontana realizou-se no dia 17 de maio, no Pavilhão Desportivo de Murça, onde a equipa mirandesa adiantou-se no marcador (0-1), já no decorrer da segunda parte, por intermédio de Pedro Diz.

O campeão de Vila Real restabeleceu o empate (1-1), através de Queiroga.

Com o empate no final do tempo regulamentar, a equipa de Vila Real foi mais eficaz na marcação dos penaltis, o que lhe valeu a conquista da Taça Transmontana referente à época 2024/2025.

O Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) vai voltar a defrontar a Juventude de Pedras Salgadas, no playoff de acesso ao campeonato nacional da III Divisão de Futsal, que se inicia a 24 de maio.

Na primeira jornada, a equipa de Miranda do Douro recebe a visita do campeão da Associação de Futebol de Braga, a equipa do Contato Futsal.

Fonte e foto: Associação de Futebol de Bragança

Legislativas: Terceiro pior resultado da história termina com demissão de Pedro Nuno

Legislativas: Terceiro pior resultado da história termina com demissão de Pedro Nuno

O PS alcançou o terceiro pior resultado da sua história em legislativas, ficando quase empatado com o Chega, o que levou o seu líder, Pedro Nuno Santos, a apresentar a demissão um ano e meio após a sua eleição.

As eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, ganhas pela AD, tiveram um impacto profundo no PS e, no discurso no qual assumiu a derrota, Pedro Nuno Santos anunciou que pediu ao presidente do partido a convocação já para sábado da Comissão Nacional para que haja eleições internas, às quais não se vai recandidatar.

Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos contados da emigração, o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos.

Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano.

Este é o terceiro pior resultado da história do PS em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se “puder ser já” e que não quer “ser um estorvo nas decisões” que o PS tem que tomar.

“Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos”, enfatizou.

Ao longo da campanha, Pedro Nuno Santos foi-se mostrando convicto na vitória do PS e de que iria derrotar a AD e as sondagens, que davam desvantagem aos socialistas.

No entanto, os resultados desta noite deixaram uma pesada derrota no PS, que ficou em primeiro apenas em um dos círculos eleitorais: Évora.

Apesar disso, o PS foi o único partido com eleitos em todo os círculos eleitorais do território nacional: o Chega falhou em Bragança e a AD em Portalegre.

Comparativamente às eleições de há um ano, também sob a liderança de Pedro Nuno Santos, os socialistas perderam o primeiro lugar em sete círculos eleitorais nos quais tinham vencido em 2024: Lisboa, Setúbal, Portalegre, Beja, Santarém, Coimbra e Castelo Branco.

Em Lisboa, o PS deixou de ser o partido mais votado e desceu dos 15 para os 12 deputados, ficando em segundo lugar, enquanto em Setúbal perdeu dois deputados e ficou na segunda posição, sendo ultrapassado pelo Chega.

Em Coimbra, em Castelo Branco e em Santarém, o PS perdeu um deputado para a AD em cada um destes distritos, deixando assim de ser o partido mais votado.

Em Portalegre e em Beja, os socialistas também deixaram de ser o partido mais votado, mas não perderam qualquer mandato.

Outros dos círculos eleitorais nos quais o PS perdeu deputados foi no Porto (tem agora menos dois) e em Aveiro, Viseu, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Leiria, Faro, Açores e na Madeira ficou com menos um mandato em cada um deles.

Fonte: Lusa | Gráfico: SIGMAI

Legislativas: AD foi a força mais votada nos 12 concelhos do distrito de Bragança

Legislativas: AD foi a força mais votada nos 12 concelhos do distrito de Bragança

Nas legislativas, a AD – Coligação PSD/CDS foi a força política mais votada nos 12 concelhos no distrito de Bragança, segundo os resultados provisórios.

É o seguinte o quadro completo dos resultados, por concelho, em comparação com os dados na eleição de 2024:

Resultados para o concelho de Miranda do Douro: 

Freguesias apuradas: 13

Freguesias por apurar: 0

2025

Lista %Votos

PPD/PSD.CDS-PP 46,71%

PS 26,17%

CH 15,05%

IL 2,03%

L 1,66%

ADN 1,52%

B.E. 0,86%

PCP-PEV 0,69%

PAN 0,60%

R.I.R. 0,23%

E 0,06%

PPM 0,06%
Outros dados das eleições Legislativas 2025:

Inscritos: 6.925

% Votos brancos: 2,29%

% Votos nulos: 2,03%

% Votantes: 50,48%

% Abstenção: 49,52%

Outros dados das eleições Legislativas 2024:


Inscritos: 6.995

% Votos brancos: 2,17%

% Votos nulos: 1,74%

% Votantes: 53,42%

% Abstenção: 46,58%

Resultados para o concelho de Mogadouro: 

Freguesias apuradas: 21

Freguesias por apurar: 0

2025

Lista %Votos

PPD/PSD.CDS-PP 50,76%

CH 21,51%

PS 20,09%

ADN 1,40%

IL 1,11%

B.E. 0,71%

PAN 0,61%

L 0,45%

PCP-PEV 0,43%

R.I.R. 0,28%

E 0,20%

VP 0,12%

PPM 0,10%


Outros dados das eleições Legislativas 2025:

Inscritos: 9.468

% Votos brancos: 1,01%

% Votos nulos: 1,22%

% Votantes: 53,52%

% Abstenção: 46,48%

Outros dados das eleições Legislativas 2024:

Inscritos: 9.640

% Votos brancos: 1,09%

% Votos nulos: 1,36%

% Votantes: 54,97%

% Abstenção: 45,03%
Resultados para o concelho de Vimioso: 

Freguesias apuradas: 10
Freguesias por apurar: 0

2025
Lista %Votos

PPD/PSD.CDS-PP 48,41%

PS 29,11%

CH 14,56%

IL 1,52%

ADN 2,60%

B.E. 1,46%

PCP-PEV 0,74%

PAN 0,79%

L 0,60%

ND 0,66%

PPM 0,14%

R.I.R. 0,14%

E 0,13%

VP 0,14%

R.I.R. 0,09%

MPT.A 0,04%

Outros dados das eleições Legislativas 2025:


Inscritos: 5.104

% Votos brancos: 1,20%

% Votos nulos: 1,06%

% Votantes: 42,54%

% Abstenção: 57,46%

Outros dados das eleições Legislativas 2024:

Inscritos: 5.178

% Votos brancos: 1,10%

% Votos nulos: 2,07%

% Votantes: 43,78%

% Abstenção: 56,22%

Fonte: Lusa | Gráfico: SIGMAI

Legislativas: Montenegro afirma que tem voto de confiança e pede responsabilidade “às oposições”

Legislativas: Montenegro pede responsabilidade “às oposições”

O presidente do PSD. Luís Montenegro leu os resultados das eleições como um voto de confiança pessoal enquanto primeiro-ministro, no Governo e no projeto político da AD, prometendo diálogo, mas pedindo responsabilidade “às oposições”.

Em relação a 2024, a AD sobe pelo menos 9 deputados (faltam apurar ainda os círculos da emigração) e cerca de 50 mil votos, totalizando 89 parlamentares e 32,7% dos votos.

A coligação liderada por Luís Montenegro aumentou a diferença em relação aos seus adversários diretos: PS e Chega têm, por enquanto, 58 deputados, quando, na anterior legislatura, PSD e PS tinham os mesmos 78 parlamentares.

Face a estes resultados, o líder da AD disse “não ver outra solução de Governo” que não passe por PSD e CDS-PP, considerando que “não é crível nem admissível” um cenário, aritmeticamente possível, de uma coligação entre PS e Chega.

“O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro; o povo quer que este Governo dialogue com as oposições, mas o povo também quer que as oposições respeitem e dialoguem com este Governo e com este primeiro-ministro”, salientou.

Questionado se mantém o “não é não” ao partido liderado por André Ventura, disse já ter demonstrado que cumpre a sua palavra. Nesta campanha eleitoral, reafirmou que não conta com o Chega para soluções de Governo.

“Tenho a certeza que vai acabar por imperar o sentido de responsabilidade, não só para a assunção plena de poderes do Governo, mas para condições de execução do programa do Governo em quatro anos”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de haver uma comissão de inquérito sobre a empresa da sua família, a Spinumviva, que esteve na origem da crise política, contrapôs que o que levou a legislativas antecipadas foi “a rejeição de uma moção de confiança na Assembleia da República”, pedindo a todos “respeito pela vontade dos portugueses”.

Na resposta às perguntas dos jornalistas, Luís Montenegro nunca deixou qualquer sinal de distinção entre PS e Chega – falando sempre “nas oposições” -, nem antecipou se falará ou não com a IL em relação à próxima legislatura.

Sobre a possibilidade que tem de fazer uma revisão constitucional sem precisar do PS, o que acontece pela primeira vez em democracia – a AD faz dois terços com Chega e IL -, recusou falar, para já, nesse assunto, bem como sobre um futuro líder socialista.

A AD venceu no domingo em 15 dos 20 círculos eleitorais já apurados: em relação a 2024, recuperou o primeiro lugar em Lisboa, Coimbra, Santarém e Castelo Branco, com mais um deputado em cada um deles; reforçou também a liderança no Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e nos Açores (mais um deputado por cada um destes círculos).

Ou seja, no território nacional, a coligação PSD/CDS-PP só não venceu nos distritos mais a Sul: Faro, Beja, Évora, Portalegre (onde voltou a não eleger) e Setúbal.

Em 2024, a AD tinha vencido 12 dos 22 círculos: Aveiro, Braga, Bragança, Guarda, Leiria, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Açores, Madeira e Fora da Europa.

A coligação subiu, em relação há um ano, cerca de quatro pontos percentuais, mas ficou aquém da anterior vitória da coligação Portugal à Frente, de Pedro Passos Coelho, que em 2025, obteve36,8% dos votos e 102 deputados, mas não conseguiu governar.

O ambiente no hotel em Lisboa onde a AD acompanhou a noite eleitoral esteve sempre animado e a sala principal foi-se enchendo para ouvir os discursos finais dos líderes partidários, com alguns apupos ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, quando reiterou as críticas de falta de idoneidade a Luís Montenegro, e aplausos quando anunciou que abandonará a liderança dos socialistas.

Já a conferência de imprensa de André Ventura – que a sala não acompanhou na totalidade, sendo interrompido pelos hinos de campanha da AD – teve menos assobios do que a do ainda líder socialista e até do que algumas das perguntas dos jornalistas.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Um cristão distingue-se pelo amor

V Domingo da Páscoa / Último Dia da Semana da Vida

Um cristão distingue-se pelo amor

At 14, 21b-27 / Slm 144 (145), 8-13ab / Ap 21, 1-5a / Jo 13, 31-33a.34-35

«Temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no reino de Deus» (1.ª Leitura). É São Paulo quem o diz, ele que foi flagelado, perseguido, naufragado, ameaçado, metido na prisão…

A fé não nos isenta de passarmos pela cruz e pelas dificuldades quotidianas, mas insufla em nós a liberdade interior, da qual nada nem ninguém nos podem privar.

Porque é na fraqueza que somos fortes, se acreditamos na graça da presença fortificante do Senhor, que está sempre a acompanhar-nos e nos vai repetindo que não temamos, pois com Ele venceremos o mundo do ódio, da indiferença e da mentira. Foi-nos feita a promessa de «um novo céu e uma nova terra», Deus a enxugar as nossas lágrimas, a chegada a bom porto após todas as tempestades experimentadas durante a peregrinação terrena.

Continuamos em tempo de Páscoa, prossegue a celebração da Ressurreição do Senhor. O renascer cristão das mortes causadas pelo pecado tem por base e pressuposto o cumprimento do mandamento novo: «amai-vos uns aos outros como Eu vos amei».

É a mensagem do Evangelho deste domingo. O amor é o distintivo do cristão. É pela prática do amor/caridade que todos conhecerão que somos discípulos de Jesus. Porque o amor tudo perdoa, evangeliza pela alegria que transparece no rosto dos crentes praticantes. A alegria é fruto da caridade.

É o amor que nos abre os olhos para as maravilhas de Deus, nos aquece e amolece o coração e nos leva a dar, repartir, ter compaixão, acompanhar, aplaudir o bem, a dominar a língua, a não nos calarmos quando é preciso defender os inocentes indefesos, a suportar as situações e as pessoas que não podemos modificar.

É duro? Sem dúvida! Mas é possível. Se outros e outras puderam, também eu serei capaz, com a força da fé, a inspiração do Evangelho e o exemplo de Jesus Cristo e dos santos.

Como progredir no amor a Deus e ao próximo? Praticando a «Regra de Ouro», na sua formulação negativa: «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti» (Tobias 4, 15); e na formulação positiva: «O que quiseres que te façam os outros, fá-lo também a eles» (Mt 7, 12). Não fazer mal é muito bom. Fazer bem é incomparavelmente melhor e transformador, pois implica fantasia, efetivo pensar nos outros, para agir fraternalmente, sem egoísmo e em total desprendimento de si mesmo. Deus venha Boa Nova – maio 2025 11 em nosso auxílio para empreendermos este caminho de felicidade nossa e alheia.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa