Os votos dos emigrantes portugueses, que vão decidir qual é o segundo partido mais votado nas recentes eleições legislativas em Portugal, começam a ser contabilizados em Lisboa, estando marcado o seu apuramento final para esta quarta-feira, dia 28 de maio.
A operação de contagem dos votos por via postal inicia-se às 9:00 e decorre nas instalações da Feira Industrial de Lisboa (FIL), no Parque das Nações.
Serão 1.050 os membros das 150 mesas – sete por cada – a recolher e contar os votos dos emigrantes portugueses, para os quais foram enviadas 1.578.890 cartas, em 192 destinos, contendo o boletim de voto.
As cartas que chegarem até ao limite da entrega do correio, na quarta-feira, dia 28 de maio, são contabilizadas, estando previsto para a noite desse dia o resultado da votação, que encerra o escrutínio de 18 de maio.
Estes votos dos emigrantes portugueses vão decidir se é o PS ou o Chega a ficar em segundo lugar nestas eleições.
Em relação aos deputados eleitos pela Europa e Fora da Europa, serão dois os escolhidos por cada um destes dois círculos.
Nos últimos 20 anos, o PS e o PSD dividiram os mandatos pela Europa e Fora da Europa, mas este bipartidarismo terminou em 2024, quando o Chega elegeu um deputado por cada um dos círculos.
Argozelo: São Bartolomeu deu a partida para a VI Volta ao Nordeste em Bicicleta
No dia 24 de maio, o Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, foi o local de partida da primeira etapa da VI Volta ao Nordeste em Bicicleta, uma competição na qual participaram 150 ciclistas, de 17 equipas de todo o país, sendo que a corrida foi ganha por Hélder Loureiro.
O Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, foi o local de partida da primeira etapa da Volta ao Nordeste em Bicicleta.
A anfitriã da prova desportiva, a vice-presidente do município de Vimioso, Carina Lopes, salientou que o acolhimento da Volta ao Nordeste em Bicicleta, em Argozelo, para além de apoiar o desporto é também um modo de atrair gente ao concelho vimiosense.
“A primeira etapa da VI Volta ao Nordeste em Bicicleta partiu do Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, um local belíssimo e com muito espaço para acolher as equipas de ciclismo, os carros de apoio e toda a logística da prova. Com a partida de Argozelo, o objetivo do município também é dar continuidade à política de descentralização das atividades para outras localidades do concelho”, justificou.
Por sua vez, o presidente da Associação de Ciclismo de Bragança (ACB), Miguel Monteiro, indicou que nesta sexta edição da Volta ao Nordeste em Bicicleta participaram 150 ciclistas, de 17 equipas de todo o país.
“Em cada edição da Volta ao Nordeste em Bicicleta há uma crescente participação de equipas de ciclismo de todo o país, o que contribui para a consolidação e a notoriedade da competição. O objetivo é passar pelos vários concelhos do distrito de Bragança, de modo a incentivar a prática do ciclismo e dar a conhecer a beleza natural da nossa região. Este ano, coube aos municípios de Mirandela, Vimioso, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé acolher e apoiar a competição”, indicou o diretor.
A primeira etapa da prova, a mais longa com 134 quilómetros, partiu do Santuário de São Bartolomeu, na vila de Argozelo, com passagens por Vimioso, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor.
A segunda e última etapa da Volta ao Nordeste em Bicicleta concluiu-se no Domingo, dia 25 de maio, com a ligação de 72 quilómetros entre Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé.
O ciclista, Hélder Loureiro, da equipa Grupo Parapedra | RIOMAGIC voltou a vencer, pela terceira vez consecutiva, a Volta do Nordeste em Bicicleta.
O ciclista, natural de Castro Daire, começou a construir a vitória no contrarelógio de 4,5 quilómetros, em Mirandela, tendo registado o melhor tempo com 5 minutos 42 segundos e 47 milésimos.
“No nordeste transmontano há trajetos muito bons para a prática do ciclismo, com estradas em bom estado, pouco trânsito e constantes descidas e subidas, o que é desafiante para os ciclistas”, disse.
A classificação geral individual da VI Volta ao Nordeste ficou assim definida: 1º lugar, Hélder Loureiro, concluiu a prova em 5 horas 32 minutos e 10 segundos; 2º lugar, Ricardo Silva, a 11 segundos; 3º lugar, para António Cunha, a 20 segundos.
Destaque ainda para os prémios alcançados nas metas volantes por Henrique Nogueira (11 pontos) e na montanha, por Miguel Nunes (13 pontos).
Na classificação geral por equipas, a TWO Hundred Sports foi a vencedora com um tempo total de 16 horas 37 minutos e 11 segundos.
Entre o público que acompanhou a Volta ao Nordeste em Bicicleta, Vitor Emiclau, natural de Santulhão, é um aficionado do ciclismo e expressou a sua alegria pela passagem da prova pelo concelho de Vimioso .
“Dado que a nossa região tem excelentes condições para a prática do ciclismo, convido os clubes locais e as escolas a proporcionarem a prática do ciclismo. O desporto é uma atividade que liberta as crianças e jovens da dependência dos telemóveis”, disse.
Meteorologia: Subida da temperatura e aumento do perigo de incêndio
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou para a subida gradual da temperatura a partir de terça-feira, em Portugal continental, com o consequente aumento do perigo de incêndio rural.
Em comunicado, o IPMA salienta que a temperatura se encontra “já acima dos valores da normal climatológica do mês de maio na generalidade do território, e com tendência para uma subida gradual, mais significativa nos dias 29 e 30”.
Desta forma, a temperatura máxima deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território a partir do dia 27, terça-feira, com exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental, e valores acima de 35°C na região Sul e vale do Tejo.
A temperatura mínima também irá aumentar, prevendo, contudo, o IPMA ainda valores inferiores a 10 °C em alguns locais das regiões Norte e Centro até segunda-feira, subindo gradualmente ao longo da semana para valores acima de 15 °C na generalidade do território.
“Estas condições meteorológicas resultarão no aumento gradual do Perigo de Incêndio Rural (PIR), com a classificação de PIR elevado ou muito elevado a estender-se gradualmente à maioria das regiões, e a classificação de PIR máximo a atingir alguns concelhos do Sul, o que resultará em condicionantes das atividades permitidas em meio rural”, alerta.
Segundo o IPMA, a continuação do tempo quente e seco deve-se a uma massa de ar quente proveniente do Norte de África, pelo que prevê a continuação de céu pouco nublado ou limpo, podendo haver alguma nebulosidade durante a madrugada e início da manhã nas regiões Norte e Centro, mais provável nos primeiros dias da semana, e no litoral.
O vento vai continuar a predominar do quadrante norte, fraco a moderado, sendo temporariamente do quadrante leste durante a madrugada, soprando por vezes forte no litoral oeste e terras altas, em especial durante a tarde, com tendência para enfraquecimento e maior predominância do quadrante leste nos dias 29 e 30, dias nos quais será mais significativo o transporte da massa de ar quente e seco, acrescenta.
O índice de radiação ultravioleta vai manter-se em valores muito elevados, como expectável nesta época do ano próxima ao solstício de Verão e dada a ausência de nebulosidade.
Agricultura: Encerra o período de candidaturas ao Pedido Único
Após o Governo ter alargado o prazo, os agricultores têm até 26 de maio para apresentar a sua candidatura ao Pedido Único (PU) 2025, sem penalizações.
O PU abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.
O prazo inicial de apresentação de candidaturas ao Pedido Único 2025 terminava em 15 de maio, mas o Governo decidiu alargá-lo até 26 de maio, com o ministro da Agricultura a apelar para que não haja “relaxamento”.
De acordo com o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), é possível apresentar candidaturas até 1 de junho, com uma penalização de 1% por dia útil.
A apresentação do PU 2025 pode ser efetuada diretamente pelo beneficiário, na área reservada do portal do IFAP, em O Meu Processo » Candidaturas » Pedido Único (PU) » Entregar/Alterar/Consultar, ou através das entidades reconhecidas, numa das salas de atendimento existentes para o efeito.
Em 30 de abril, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) tinha reclamado a prorrogação, mas até 6 de junho, da receção de candidaturas ao Pedido Único 2025, alertando que a duas semanas do fim do prazo estavam por submeter mais de metade dos pedidos.
Caso contrário, alertou, em comunicado, “seria necessário submeter 7.754 candidaturas por cada dia útil, o que é impossível de concretizar”.
Segundo a CNA, entre os motivos do atraso na submissão dos pedidos estão os “estrangulamentos” que têm vindo a verificar-se desde o início do período de receção das candidaturas, a 17 de fevereiro, nomeadamente a “instabilidade da aplicação” e a “indefinição das próprias regras das ajudas”.
Mogadouro: Acidente com trator conduz à morte de homem de 70 anos
Um homem de 70 anos morreu na sequência de um acidente com um trator, na aldeia de Sampaio, no concelho de Mogadouro, informou fonte dos bombeiros locais.
“À nossa chegada, a vítima estava em paragem cardiorrespiratória, tendo sido iniciadas de imediato manobras de reversão. A vítima foi transportada para a urgência básica do Centro de Saúde de Mogadouro, onde viria a falecer”, explicou o comandante dos bombeiros de Mogadouro, Luís Azevedo.
De acordo com comandante da corporação de bombeiros, “o acidente resultou de um despiste, seguido de capotamento, de um trator agrícola, sendo que a vítima foi projetada para fora do veículo agrícola.
O alerta foi dado às 09:56, do dia 23 de maio.
A para o local foram enviados oito operacionais, apoiados por cinco viaturas. A estes meios juntou-se a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), estacionada no serviço de Urgência Básica de Básica de Mogadouro.
Ser cristão é ser instrumento de amor, alegria e paz
At 15, 1-2.22-29 / Slm 66 (67), 2-3.5-6.8 / Ap 21, 10-14.22-23 / Jo 14, 23-29
«Viver dignamente estes dias de alegria em honra de Cristo ressuscitado»: é o que suplicamos na Oração Coleta da missa de hoje. A Páscoa continua e persistem as razões para andarmos contentes, louvando o Senhor, repetindo, uma e outra vez, «Aleluia» = «Louvai o Senhor».
Escutar a mensagem pascal de paz que o Ressuscitado nos deixou, é celebrar a verdadeira liberdade que consiste em relativizar o que é secundário e centrar a atenção e o agir naquilo que significa seguimento de Cristo: confiança em Deus e entrega à prática ativa do serviço aos irmãos, sendo tolerantes com as fraquezas humanas.
O farol que ilumina o nosso caminhar deve ser o Cordeiro de Deus, cujos Apóstolos constituem o alicerce da cidade amuralhada que é a Igreja.
O Cristianismo é religião do amor, da alegria e da paz interior, refletidos no rosto dos crentes. Assim será, se guardarmos a Palavra apregoada por Jesus e inscrita no Evangelho.
Guardar a Palavra consiste em cumprir aquilo a que ela nos exorta. Se a guardamos, ela guarda-nos a nós e não nos deixaremos perturbar pelas contrariedades do quotidiano, nem seremos derrotados pelos medos que ameaçam apoderar-se do nosso coração.
No discurso de despedida, na Última Ceia, Jesus legou-nos a paz. A paz é dom divino, um dos frutos da presença do Espírito Santo. A terceira pessoa da Santíssima Trindade, enviada pelo Pai em nome de Jesus, é paráclito, consolador, advogado de defesa, intérprete da mensagem de Jesus Cristo. Ela recorda-nos o que Jesus disse e o que Jesus fez.
Aproxima-se a festa do Pentecostes, em que celebramos o Espírito Santo como fogo que abrasa os corações e como sopro de vida fomentador dos pensamentos, palavras e obras inspirados na Palavra que guardamos e que nos guarda.
Invoquemo-lo com a oração tradicional conhecida: «Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor. Ámen».
Miranda do Douro: Cidade celebra os 480 anos da diocese
No Domingo, dia 25 de maio, a cidade de Miranda do Douro comemora os 480 anos de fundação da diocese (1545), uma celebração que começa com o repicar dos sinos em todas as paróquias do concelho, seguida do desfile dos estandartes e a celebração da eucaristia na concatedral.
A comemoração dos 480 anos de elevação da cidade a sede da diocese, é uma inciativa da unidade pastoral de Santa Maria Maior, em parceria com o município de Miranda do Douro.
O programa da comemoração dos 480 anos da fundação da diocese inicia-se na manhã de Domingo, dia 25 de maio, com o repicar dos sinos em todas as igrejas do concelho. Às 10h30 ocorre a concentração dos estandartes paroquiais, para dar início ao desfile até à concatedral, onde às 11h00 se celebra a Eucaristia. A comemoração do 480º aniversário da diocese termina com um almoço comemorativo.
A antiga “Diocese de Miranda” pertenceu à Arquidiocese de Braga, até 1545. Neste ano, a 22 de maio, o Papa Paulo III, a pedido do Rei D. João III, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte.
Dois séculos depois, a 5 de Março de 1770, o Papa Clemente XIV, desmembrou a diocese em duas: a diocese de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome e a de Bragança, formada pelos outros quatro arciprestados.
A divisão durou apenas dez anos, já que a 27 de Setembro de 1780, o Papa Pio VI, pela Bula Romanus Pontifex, reuniu as dioceses de Miranda e de Bragança numa só, com sede em Bragança.
Em 1996, a Santa Sé deu à diocese a designação de Bragança-Miranda.
A diocese de Bragança-Miranda tem 6.599 km2 de superfície e é a quarta mais extensa do país. No censos de 2021 registava uma população de 122 mil 804 habitantes.
A Diocese de Bragança-Miranda venera São Bento como seu padroeiro.
Em Alfândega da Fé, há uma redução de 20% na colheita de cereja, comparativamente com o ano passado, devido ao frio e à chuva, indicou a cooperativa agrícola.
“A cereja de primeira de estação, além de estar atrasada devido às condições climatéricas, tem o problema da água, e já a está a rachar. De maneira que esta é para esquecer”, antecipou à Lusa o presidente da Cooperativa Agrícola, Luís Jerónimo.
O fruto em maturação é sensível à humidade em excesso, que o faz inchar e ficar com fendas, além de perder qualidade, explicou Luís Jerónimo, e por isso ressentiu-se com os períodos de chuva mais recentes.
Quanto à cereja chamada de meia estação, e, a seguir, a mais tardia e última colheita anual, também se esperam perdas.
“A floração foi muito boa, mas depois, devido à chuva e ao frio que se fazia sentir durante a noite, os vingamentos foram muito fracos”, acrescentou ainda Luís Jerónimo.
Num ano normal de produção, Alfândega da Fé produz cerca de 200 toneladas de cereja, segundo o dirigente agrícola.
“Vamos colher, não quero exagerar, mas menos 20% do que o ano passado. E não nos podemos esquecer que estas últimas duas campanhas já foram fracas, em que tivemos o problema na floração e das geadas tardias”, afirmou.
Por isso e ainda segundo os dados da cooperativa local, neste ano de 2025, comparando com o que foi a apanha em 2024 e 2023, devem estar nos cerejais entre 60 a 70 toneladas de fruta.
Por causa destas incertezas no tempo, Luís Jerónimo contou que já há alguma tecnologia a favor dos agricultores, como umas “redes sombras”, que ajudam a proteger o fruto das geadas.
“Mas, de qualquer maneira, quando estamos a falar de frio e humidade, para já não temos como resolver essa situação”, lamentou o presidente agrícola.
De qualquer forma, espera-se que haja fruto e em boas condições para a Festa da Cereja&Co, marcada de 6 a 8 de junho, se o tempo firmar e vier “sol e calor para criar doçura”.
No dia 7 de junho, a vila de Alfândega da Fé organiza a maior Feira de Ano, que coincide com o III Grande Encontro de Stand Up Paddle e Caiaques nos Lagos do Sabor.
Fernando Daniel, Ana Moura e Karetus são os nomes maiores do cartaz musical do evento.
Olivicultura: Portugal exportou mais de 1000 milhões de euros de azeite
Em 2024, as exportações de azeite de Portugal devem ter ultrapassado os mil milhões de euros em valor, o que acontece pelo segundo ano consecutivo e é considerado “histórico” para o setor.
Segundo o presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), Gonçalo Morais Tristão, em 2023, o valor das exportações já tinha ultrapassado os mil milhões de euros e, em 2024, “deve ter andado pelos mesmos valores”.
“É histórico porque ultrapassarmos a barreira dos mil milhões de euros, ainda por cima em dois anos consecutivos, é muito importante para o setor”, que está assente em “dois tipos de exportações”, o do azeite a granel e o do azeite embalado, frisou.
Gonçalo Morais Tristão falava a propósito do Congresso Nacional do Azeite (CNA) e da Feira Nacional de Olivicultura (FNO), eventos que decorrem de 22 a 25 de maio, em Campo Maior, no distrito de Portalegre.
Na vertente do azeite a granel, segundo o presidente do CEPAAL, as exportações seguem “sobretudo para Espanha e para Itália”, enquanto, na vertente do azeite embalado e com marca portuguesa, “o principal cliente é o Brasil”.
O CEPAAL, aludindo aos dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), deste mês, indicou que a campanha de azeite 2024/2025 contou com um aumento de produção na ordem dos 10% face à anterior, atingindo as 177.000 toneladas (antes tinham sido 150.000).
Nesse sentido, o ano de 2024 é considerado “o segundo melhor ano de sempre”, com uma produção de azeite de “quase dois milhões de hectolitros”.
Segundo o CEPAAL, regista-se, assim, este ano, um ajuste do preço ao consumidor em baixa, face ao aumento de preços do ano anterior, na ordem dos “40%” na garrafa de azeite virgem extra.
“A redução dos preços é benéfica, porque poderá haver mais adesão ao consumo. A alta de preços provocou alguma redução de consumo que a produção não quer, mas a descida de preços também não pode ser para [valores] que não consigam pagar alguns custos da produção”, notou Gonçalo Morais Tristão.
Portugal é já o sexto maior produtor de azeite do mundo e o terceiro maior exportador da Europa, de acordo com o CEPAAL.
Após quase 20 anos de ausência, a Feira Nacional de Olivicultura regressa à vila raiana de Campo Maior, acompanhada pela primeira vez pelo Congresso Nacional do Azeite.
Os eventos, promovidos pelo município e pelo CEPAAL, vão decorrer, no que toca à feira, no jardim municipal, entre 22 e 25 de maio, enquanto o congresso tem lugar no centro cultural, a 22 e 23 de maio.
A FNO conta com um espaço de exposição de “mais de 300 metros quadrados, com cerca de 50 expositores”, e aposta num programa que reúne conhecimento, cultura, entretenimento e animação em torno da “celebração e valorização” do património oleícola.
O Alentejo representa quase 90% da produção nacional de azeite, com a região a possuir “mais de 209.000 hectares de olival, mais de 116 lagares e mais de 95%” de azeite virgem e virgem extra produzido.
O CNA conta com mais de 30 oradores nacionais e internacionais, que vão debater temas como novos desafios para o setor, a identidade do azeite português, o caminho do azeite na alta cozinha, entre outros.
O evento, com o Alto Patrocínio do Presidente da República, reúne ainda um painel com cozinheiros e escolas de hotelaria e turismo.
Santulhão: III Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana inaugura o Centro de Promoção dos Produtos e Tradições
A Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana regressa no fim-de-semana de 31 de maio e 1 de junho, ao Centro de Promoção dos Produtos e Tradições de Santulhão, um moderno edifício que vai ser inaugurado no decorrer do certame, onde vão participar 30 produtores, com uma variedade de produtos locais como o azeite, o mel e o queijo.
A Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana é um evento comercial, cultural e recreativo que nasceu em 2023, com o propósito de valorizar e promover os produtos locais. Em Santulhão, o produto âncora é azeite proveniente da oliveira santulhana, a variedade de azeitona predominante nesta localidade do concelho de Vimioso.
O presidente da Freguesia de Santulhão, Jorge Gonçalves, confirmou que a feira vai realizar-se no moderno Centro de Promoção dos Produtos e Tradições, cujas obras estão concluídas e por isso vai ser inaugurado no dia 1 de junho.
“O Centro de Promoção dos Produtos e Tradições de Santulhão é um espaço polivalente que tem várias utilidades ao longo do ano. Desde o acolhimento a convívios e festas, passando pelos cursos socioeducativos, sessões de formação até à realização da aulas de ginástica de manutenção física, para as pessoas idosas”, indicou.
No certame agendado para o fim-de-semana de 31 de maio e 1 de junho, o Centro de Promoção dos Produtos e Tradições de Santulhão ser o espaço de exposição de 30 produtores locais e do concelho de Vimioso. Entre os produtos que vão ser comercializados destacam-se o azeite, o mel, o queijo, o fumeiro, a doçaria tradicional e o artesanato.
No programa de atividades da III Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, os destaques são a caminhada interpretativa “Por entre olivais tradicionais” e o workshop “Avaliação da fertilidade dos solos nos olivais”.
“A partilha do saber científico com os olivicultores tem sido uma aposta da freguesia de Santulhão. Em colaboração com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) já foram realizadas sessões de formação, sobre vários assuntos como o tempo ideal para a apanha da azeitona, as pragas e tratamentos do olival e os cuidados a ter com o solo. O workshop que vai decorrer na feira deste ano é uma continuidade das formações anteriores”, disse.
A caminhada interpretativa “Por entre olivais tradicionais” tem, segundo o autarca de Santulhão, o objetivo de explicar aos participantes que o olival é um ecossistema constituído pelas oliveiras e outros organismos vivos que importa valorizar e preservar.
Durante o fim-de-semana de 31 de maio e 1 de junho, o programa da Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, inclui várias atividades: um encontro de fotografia na natureza; o campeonato de jogos tradicionais concelhio; o passeio pedestre; o desfile de carros clássicos; e a constante animação musical, protagonizada pelo Rancho Folclórico de Vimioso; pelos gaiteiros; o XXIII Festival de Música Tradicional e Celta; Grupo de Fados e de Cavaquinhos da Universidade Sénior de Bragança; e os Pauliteiros de Miranda.
“Na Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana, o programa diversificado de atividades pretende corresponder aos interesses de vários públicos. Todas as atividades têm como denominador comum o contato com a natureza e a valorização das tradições, pois são dois dos mais importantes e valiosos recursos da região”, justificou.
Entre os visitantes do certame em Santulhão, Jorge Gonçalves confirmou o regresso do grupo da Universidade Sénior, de Freixo de Espada à Cinta.
“O grupo da Universidade Sénior, de Freixo de Espada à Cinta, quis regressar à Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana. No ano passado participaram como visitantes em algumas atividades, como a caminhada interpretativa. Dado que apreciaram o certame, este ano o grupo de Freixo de Espada à Cinta quis regressar a Santulhão e decidiram participar num momento cultural, com a declamação e canto de poemas”, adiantou.
A III Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana é organizada pela Freguesia de Santulhão, em parceria com o Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS) e conta com o apoio do município de Vimioso e a colaboração da organização Palombar.